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quinta-feira, julho 16, 2015

O jornalismo cordial nasce desta incúria

Nas notícias do portal Sapo pelo menos há meia hora atrás, ( são 18:24) aparecia esta notícia:


Curioso acerca desta "cordialidade" sem qualquer sentido aparente fui procurar no sítio "linkado", do jornal "Económico". Aí estava: era mesmo "cordial" a palavra que o ministro teria usado...





 Procurei saber se havia mais lugares na internet das notícias nacionais a reproduzir a "cordialidade". que terá origem em qualquer ignorante da Lusa que deveria ter feito exame de português numa qualquer Independente.

A Visão também achou que era mesmo um assunto "cordial"...


O Negócios também foi atrás da onda da "cordialidade".



Eventualmente haverá mais, mas não busquei outros lugares.

Evidentemente que esta cordialidade é uma calinada que na escola primária onde se aprendia a escrever e a ler como devia ser, no tempo de Salazar, era punida com reguadas nas mãos.
E isso porque era no tempo do anafabetismo que estes doutores do jornalismo sabem identificar como tal, para distinguirem e desclassificarem o "fascismo".

Felizmente nem todos os jornalistas são analfabetos desta ordem...



Como é que aquelas pessoas, profissionais do jornalismo, se formaram e foram admitidas na profissão a darem calinadas daquele calibre?

Não sei. Julgo saber, no entanto, que é por causa destas e doutras que temos o jornalismo que temos e as lourenças que há por aí fora, a praticar o jornalismo da cordialidade para com uma certa corrente política de opinião.
Com professores tipo Serrano e Judites a esmo temos o que merecemos? Nem tanto, acho.



17 comentários:

  1. ehehehe

    Se não derem em jornalistas dão em profs e a coisa continua a propagar-se.

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  2. um cardiologista aconselhou

    ' o vinho do Porto é considerado um excelente cordial '

    tomar 3 cálices diários

    se a Europa como a conhecemos
    irá desaparecer dentro de 12 gerações

    a língua portuguesa muda de continentes

    ite

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  3. Eu nem estava a ver qual era a calinada... Pensei que fosse novilíngua para os trouxas, mais ou menos como quando esteva em voga há uns anos a "serenidade"...

    Depois no fim é que me ri... ahahah!

    Isto nem são calinadas, é mesmo não dar para mais. Naturalmente, quem ouviu a coisa da boca do ministro não conhece a palavra...

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  4. a introdução de curial trás nova confusão

    ainda vão pensar no Papa e na Cúria Romana

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  5. Desconhecer a palavra curial de modo completo e que a confusão com cordial mostra é analfabetismo, neste contexto em que os jornalistas trabalham.

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  6. Se até o desvirgulado jurisconsulto repara no analfabetismo reinante, estamos mesmo tramados.

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  7. Se até os profs universitários precisam de andar a catar vírgulas na blogo para mostrarem trabalho, ainda estamos mais tramados.

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  8. Essa catedral do saber enlatado em irrelevância.

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  9. Floribundus é um optimista: "a europa como a conhecemos irá desaparecer dentro de 12 gerações", ou seja, dentro de três séculos! Quereria dizer "três décadas"?

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  10. Curiabilidade é coisa já desusada em Portugal. E quando uma realidade se extingue o vocábulo que a designa transforma-se num arcaísmo.

    Além do mais, estas cabecinhas são pouco pensadoras...

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  11. A SICN é na verdade uma escola.
    Ainda ontem no seu site às 21,40 passava a noticia que o antigo presidente do União de Leiria, João Bartolomeu, era suspeito de insolvência "dolorosa" de empresa.

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  12. sobre o tareco filho
    hoje é dia de Sol

    o desaparecimento da Europa pertence a um estudo que anda na Net e tem algum interesse

    Papini no Diabo tinha outra visão

    mas este está sempre atrás da porta

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  13. Cordial no sentido de deferência, que é o que acho que o ministro queria dizer.
    .
    Curial no sentido de adequado que é o que acho que não queria dizer.
    .
    Se o ministro disse Cordial está bem dito.

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  14. É burrice em cima de burrice...no meu modesto entender

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  15. Há cerca de 12/15 anos Marques Guedes utilizou o termo "pobrérrimo", e duas vezes, num programa que havia na RTP2, o "Travessa do Cotovelo", apresentado por Maria Luísa Lepecki, se não estou em erro.

    Sobre o "seguidismo" dos jornalistas, lembro-me de uma entrevista a Vieira da Silva, em que ele utilizou o termo "flexigurança", que a jornalista (da TSF, creio) utilizou várias vezes nessa reportagem, sem se aperceber do dislate.

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