Sobre o caso Banif escreve-se hoje nos vários jornais. Dois deles- o de "referência" de uma esquerda alinhada com "o Costa" , o Público; e o jornal considerado "pasquim" e com notícias de faca, alguidar e liga à mostra, o Correio da Manhã.
Comprei os dois para ler a diferença entre as notícias sobre tal assunto e o modo como explicavam ao leitor o que se passou no Banif.
O Público de "referência" adjudicou a quatro-jornalistas-quatro ( Maria Lopes, Maria João Lopes, Paulo Pena e Márcio Berenger) a tarefa de lidar com o tema que no jornal se resume a uma notícia: "a direita não se compromete e esquerda está contra rectificativo do PS".
Sobre o caso em si e o que sucedeu até o banco chegar à situação que chegou e a explicação para tal, quase nada. A declaração de Horta Osório, ontem, não mereceu aos quatro bandarilheiros qualquer referência no jornal de "referência" e o assunto é meramente político e pouco ou nada de polícia. Aliás aquele mesma Maria Lopes, bandarilheira da "referência" tem a distinta lata de assinar um artigo de página sobre o "Conselho da Diáspora Portuguesa" sem tocar no nome de Horta Osório e da sua declaração "de referência".
Fosse o BPN...e outro touro saltaria, para as pegas de caras e cernelha.
Portanto e em resumo, o tema principal, para este jornal de "referência" é a questão política do tal rectificativo. A capa tem a mensagem: "orçamento rectificativo depende dos votos da direita".
Direita versus esquerda, como se aquela direita que temos fosse uma direita a valer ou coisa que se visse como tal. Esta "direita" assim definida por estes referentes ideológicos é funcional na medida em que se opõe à esquerda que acaparam, no anseio de governar e prol "do Costa".
O resto não interessa nada e dá muito jeito porque a tal "direita" em Portugal é ideia execrável de que ninguém se reclama e todos rejeitam. Cereja em cima de bolo, portanto, neste jornalismo de "referência" e que pratica Gramsci todos os dias. E de qualquer modo ninguém dá por nada...
O pasquim, esse, ocupa três páginas com fotos grandes e ainda consegue informar como deve ser, sem alardear referências ou palermices esquerdóides, a não ser a aculturação estúpida sobre a tal "direita". Já enfileiram no mantra, também.
No entanto o jornal não precisou de quatro-jornalistas-quatro, para a faena e apenas um- Miguel Alexandre Ganhão- lhes basta para explicarem aos leitores coisas básicas e essenciais como a notícia de que a TVI pode ter prestado mais um frete ao seu banco de "referência", o Santander, accionista de "referência" da Prisa. O assunto já mereceu a atenção do MºPº mas tenho a suspeita de que a investigação vai valer-se do que a CMVM fizer...
Ir lá aos telefones do director Sérgio Figueiredo, nestes dias, e vasculhar os seus interesses pessoais e profissionais não lhes passa sequer pela cabeça de investigação.
De qualquer modo quem quiser ficar melhor informado sobre este assunto deve ler o "pasquim" e amaldiçoar aquele de "referência " que está cada vez pior.
Assim é de evitar a todo o custo, a quem quiser ficar informado sobre o assunto, a leitura do tal jornal de "referência" perante tal rebéubéu de propaganda político ideológica que envergonha o mais distraído e já se encontra em campanha aberta para modificar a linguagem corrente, como é costume nestas coisas.
O governo que passou é de "direita" e assim fica o caso arrumado que é a ideia fundamental a passar. O Passos nunca foi social-democrata e o próprio Marcelo Rebelo de Sousa vai ser o candidato da "direita".
A Esquerda é outra coisa, outra loiça e outra categoria. Ou não fosse a natural protectora dos pobrezinhos e desvalidos que aquela direita malfadada procura sempre atacar para lhes chupar o sangue, pela calada, "em bandos com pés de veludo", como cantava o bardo Zeca de memória viva na "referência" ideológica. Afinal não é essa "direita" que congrega os tais "eles" que "comem tudo e não deixam nada"?
Nestas faenas ninguém os bate de há 40 anos a esta parte. Nem o Belmiro ( ou a filha ou lá quem seja) que lhes paga o estipêndio revolucionário...
A diferença está na defesa dos interessados nesta solução, que foi a pior para os contribuintes em detrimento dos grandes depositantes, acionistas e obrigacionistas.
ResponderEliminarPenso que o anterior governo e o BP têm culpas em deixar arrastar a situação, e não compreendo a falta de coragem de Passos e Albuquerque em dizer alto e bom som que a solução que que defendiam era deixar cair o Banif em 2016.
Acho também que uma das razões do não acordo para formar governo com o PS/PAF terá sido precisamente como resolver o caso. Está na cara que a PAF queria deixar para 2016 que o caso fosse resolvido pelo BCE e que o Costa (para agradar aos amigos?) queria a solução já.
De qualquer das formas vamos ver o que a CI vai dar (se calhar nada).
O melhor seria uma auditoria externa liderada pelo BCE para chegar à verdade. Não é compreensível que um banco tão pequeno tenha uma dívida colossal como esta. Se não á indícios criminais, pelo menos má gestão e com valorização de activos mirabolantes devem ser mais que muitos ( e ninguém deu por nada?)
Já agora, o que a TVI fez dava direito a prisão dos responsáveis e cessação da licença. Nos EEUU o Figueiredo tinha sido preso na mesma noite.
A "má gestão" de privados não é crime previsto no Código Penal e é bom que isto seja dito já, para não andarmos aqui outra vez com a estupidez da "gestão danosa".
ResponderEliminarA "gestão danosa" chama-se no Código Penal "administração danosa" e só se aplica a empresas públicas.
O resto é o nada. Tal como se viu no caso BPN e se verá no BES e outros.
Mais: só há adminsitração danosa enquanto crime se a empresa for à insolvência declarada. Antes, nem isso há.
ResponderEliminarRelativamente a jornais apenas compro o Expresso (Apenas por tradição) e sempre que posso leio o Correio da Manhã, que é o Jornal que melhor informa (O que não é um elogio aos media), pois para além de me informar sobre os temas que me interessam também me informa sobre a bola, assassinatos e assaltos, bem como sobre uma coisa chamada "A Quinta", que é o que verdadeiramente interessa aos trabalhadores da minha empresa e assim posso entabular conversa com eles à hora do café.
ResponderEliminarJosé, o que digo é que a má gestão de uma entidade privada não deve ser paga pelos contribuintes, quem é acionista e quem negociou com o Banif é que devem pagar. Se há crime, acusem os responsáveis se forem condenados, vão presos.
ResponderEliminarO que eu acho é que mais uma vez o "centrão" fez um favor a amigos.
"mais uma vez o "centrão" fez um favor a amigos."
ResponderEliminarÉ o que eu penso.
Porém, para haver crime é preciso que haja uma lei que diga que tal comportamento será crime. Não se podem inventar crimes só porque achamos que é crime.
E não existe lei para isso.
ResponderEliminarA corrupção é crime que no caso José Sócrates pode lá chegar por aproximação mas com muito cuidado porque é preciso acumular factos e provas indirectas.
Neste caso nem isso é possível porque se trata de política de centrão, ou seja corrupção moral sem crime aplicável.
presépio de Natal antes do Nascimento do Menino.
ResponderEliminarno estábulo, estão unicamente:
burros
camelos
vacas
Sejam felizes nas festas familiares de Natal
já todos receberam a prenda
em 2016 há mais
Pois... é o problema da password no Banco de Portugal!!!
ResponderEliminarSó pode comprar quem estiver dentro do segredo!!
Lamas
ResponderEliminarExplique lá como é que esta opção é boa para os acionistas?
Enquanto não houver lesados, não há crime.
ResponderEliminarNunca vai haver lesados, como não tem havido.
Não somos lesados, somos contribuintes, reparem no significado: - con-tri-bu-in-tes.
Num país normal, accionistas haveria que teriam a correr em tribunal acção crime, e depois haveria meninos e meninas na choldra.
Reparem quão distante e exótica nos parece esta realidade.
A melhor forma, mais técnica e maquiavélica, de se resolver uma situação aguda passível de ser considerada crime é.... aprovar lei que não considera essa situação crime.
Voilá
BANIF, o mal que veio por e para o "bem" dos do costume.
ResponderEliminarA rosa não pica aos "seus".