Páginas

quinta-feira, fevereiro 18, 2016

As bancarrotas patrióticas são a nossa perdição...

Económico:

O presidente da Venezuela anunciou um aumento dos preços dos combustíveis – o primeiro em 20 anos – e a desvalorização da moeda por decreto, noticia esta quinta-feira o britânico “Guardian”. O objectivo é fortalecer a economia, fortemente atingida pela queda dos preços do petróleo, continua o jornal.

Assim, a partir de amanhã, o preço da gasolina de 95 octanas vai disparar mais de 6.000% (de 0,097 bolívares para 6 bolívares) enquanto a gasolina de 91 octanas vai aumentar 1.300%, continua o jornal. Mesmo assim, os combustíveis na Venezuela continuarão entre os mais baratos no mundo.

Já a partir de hoje, a taxa de câmbio oficial utilizada para importações de alimentos e medicamentos vai ser desvalorizada para dez bolívares por dólar, contra os anteriores 6,3, e a segunda taxa vai poder flutuar, indica ainda o "Guardian".

Nicolás Maduro disse esperar que as “pessoas na rua” compreendam as medidas, fazendo uma alusão à onda de violência de 1989 gerada pelo aumento do preço dos combustíveis.



Se Portugal saísse do Euro e o país ficasse entregue às "engraçadinhas" acolitadas por este PS não   não será muito arriscado dizer-se que poderíamos chegar rapidamente ao nível económico da Venezuela.

O que se passou em 1974-75 pode muito bem ser a referência. A Vida Mundial de 9 de Janeiro de 1975, há escassos 40 anos ensina como foi para se perceber como seria.



 A ideia fundamental é sempre a mesma: diabolização do estrangeiro capitalista, monopolista, imperialista como inimigo principal, com o apoio activíssimo dos Ricardos Costas prontos a tudo. Até o Balsemão colaboraria de bom grado, enquanto lhe mantivessem o estatuto e a renda. Já o fez em 1975, aliás, como demonstra o Expresso de 12 de Abril de 1975.


Mas não viria sozinho porque tem sempre acólitos que protegem acima de tudo a vidinha dos seus. Este Expresso é de Fevereiro de 1975. 40 anos certinhos...


E como é que isto se alcança? Rapidamente e em força, nacionalizações. Expresso de 5 de Julho de 1975.


E para mostrar determinação patriótica, acusar indiscriminadamente os refractários à mudança de crimes económicos. Expresso de 14 de Dezembro de 1974:


O que é que isto nos trouxe em 1976? Bancarrota e pobreza que se estende até agora.



E em 1983, não satisfeitos com a primeira, repetimos a dose:


As mesmas causas, sob idênticas condições tendem a provocar os mesmos efeitos. A Venezuela devia ser um exemplo. Mas parece que não é...

17 comentários:

  1. Nível económico da Venezuela, mas sem petróleo… não sei se ficávamos muito tempo nesse nível :) . -- JRF

    ResponderEliminar
  2. Esta ideia do Maduro poucas vezes terá resultado mas no Mundo de agora é virtualmente impossível. A vitória do capitalismo, goste-se dele ou não, inviabiliza uma clausura bem sucedida.

    O controlo artificial da taxa de câmbio, por exemplo, será uma Festarola para o mercado negro.

    É engraçado...a ideia do post parece ridícula porque somos europeus e parece impossível. Dá-se que não é.

    Já diz a Nike, impossible is nothing.

    ResponderEliminar
  3. os contribuintes privados ainda não seaperceram desta transição para o socialismo

    pensada e desjada há 40 anos

    a exacução vai com a raspidez possível mas vai

    com ou sen saída da UE e do€

    finalmente
    'a vitória foi difícil, mas é nossa'



    ResponderEliminar
  4. Sem petróleo nem cartéis de droga. O que é só chatices

    ResponderEliminar
  5. Kaiser- o Varoufakis está metido nessa e eu desconfio que ele é bem capaz de ser suficientemente mafioso para a ter pensado.

    Ah, e a dos 2 Dedos de Conversa também já conseguiu meter-se lá dentro. De parva desinteressada não tem nada, o raio da comuna riquinha.

    ResponderEliminar
  6. Quando o Kosta veio com a cena da recusa do resultado eleitoral, a manhosa fez uma série fotográfica de paisagem, sem nada a propósito e depois acrescentou em letra minúscula "sem nada a propósito, disto, está a ocorrer um golpe de Estado instucicional no meu país".

    Depois apagou.

    Agora deixou para lá uma trampa a esnobar com fotos ao lado do Varoufakis e mais umas tretas, sendo já membro da coisa e o titulo era: "v apena que eu tenho que Berlim não mande em Portugal".

    Nem os fãs comentaram. Mas a ideia dela é mesmo esta e se não pingasse nem se metia.

    ResponderEliminar
  7. http://conversa2.blogspot.pt/2016/02/e-uma-pena-nao-deixarem-que-berlim.html

    ResponderEliminar
  8. a situação política está para ficar haja o que houver

    as minorias activas estão dispostaS A TUDO

    as cidades acima dos 50 mil habityantes são muito vulneráveis a uma paralização dos transportes de víveres

    15 de boicote e até cai o regime

    ResponderEliminar
  9. Engenharias Sociais
    A percentagem de pobres mantém-se estável pelo menos desde 1974 quando o Estado gastava menos de 20% do PIB, em 1995 a taxa de risco de pobreza era de 23% para uma despesa do Estado de 42,6% do PIB e em 2014 era de 19,5% com uma despesa do Estado de 51,7% do PIB e a maioria desta despesa é do Estado Social.

    O que isto significa é que apesar do aumento brutal da despesa do Estado em gastos sociais a pobreza mantém-se estável desde 74 e se não fossem essas transferências sociais se calhar até tinha duplicado e o estado sempre a cobrar-nos mais.

    Talvez quando nos levarem tudo em impostos acabe a pobreza (e de certa forma acaba, como é um conceito relativo, se formos todos miseráveis não há pobres).

    HF

    ResponderEliminar
  10. Eu não percebo de Economia, mas aprendi uma coisa simples: a Economia vive de paradoxos. O que parece certo sai errado, muitas vezes.

    É essa a tragédia shakespeareana da Esquerda.

    ResponderEliminar
  11. Mas julgo que é por isso mesmo que as opiniões de uma palerma do género Mortágua são levadas a sério por gente que devia ter mais juízo.

    No fim de contas o que a palerma diz, baseada no que estudou bate certo, aparentemente.

    No outro dia disse uma coisa espantosa: que era preciso o Estado investir porque assim se criaria mais riqueza e as pessoas teriam maior rendimento. Assim, simples.

    Quando a minha filha mais nova era pequena uma vez perguntou-me porque razão os países não podiam fabricar mais dinheiro para as pessoas terem.Uma ideia lógica e que parece simples...

    ResponderEliminar
  12. ehehe A sua pequenita fez a pergunta que lhe deviam fazer.

    ResponderEliminar
  13. Foi para Artes e dá-se bem, pelos vistos.

    ResponderEliminar
  14. E já viu mais museus do que eu. O ano passado em Berlim foi ver tudo. Eu fiquei-me por dois, a que acrescentei o da DDR sobre os tempos do comunismo e nem sequer fui ao Alte onde está a Nefertiti. Nem me lembrei...

    ResponderEliminar
  15. Que engraçado. Mas deve sair ao pai no jeitinho

    ResponderEliminar
  16. vi o busto no Ägyptisches Museum und Papyrussammlung

    junto do Schloss Charlottenburg

    fechava estranhamente à 3ªf

    parece que agora em exposição na ilha dos Museus
    ao fundo da av das Tílias

    o Bode estava fechado para obras

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.