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segunda-feira, junho 20, 2016

O argumentário de José Sócrates é o de sempre

Hoje no JN do amigo Camões, José Sócrates escreve um pequeno texto para se defender de acusações ignominiosas dos pistoleiros do costume. Dizem que usou a CGD para favorecer amigos e num caso, no empreendimento de Vale do Lobo, até beneficiar pessoalmente com o esquema. Coisa mais hedionda para a reputação impoluta do antigo PM é difícil de encontrar no processo do marquês...
O MºPº anda a esgravetar há meses e meses para ver se descobre a minhoca escondida no estrume, mas José Sócrates afirma nunca ter sujado aí as mãos nem se ter escondido por trás de qualquer face oculta no esquema fatal. E é apenas isso que lhe importa registar reafirmando a cabala do MºPº que os seus advogados se aprestarão a injuriar de novo.
O Camões lá estava para as ocasiões ou não tivesse sido nomeado para o jornal pelo dito cujo, o que será outra ignomínia porque não há documento registado em notário de tal situação de facto. Estas coisas com o antigo PM nunca são nada com ele e é tudo de amigos dele...

O resto, tudo o resto que aconteceu desde Agosto de 2005 até agora é música de câmara para surdo ouvir...apesar de os jornais da época realçarem determinados factos insofismáveis:

É agora o primeiro socialista numa década a presidir ao Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos. Em comunicado, o Ministério das Finanças adianta que “na qualidade de representante do accionista Estado na instituição” decidiu, igualmente, reduzir de onze para nove o número de elementos da Administração da Caixa. Dos nove administradores da nova direcção, quatro são da área socialista.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/economia/detalhe/vara-na-administracao-da-cgd.html


[Carlos Santos Ferreira]"é agora o primeiro socialista numa década a presidir ao Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos. Em comunicado, o Ministério das Finanças adianta que “na qualidade de representante do accionista Estado na instituição” decidiu, igualmente, reduzir de onze para nove o número de elementos da Administração da Caixa. Dos nove administradores da nova direcção, quatro são da área socialista."
O outro que foi nomeado para o lugar-chave foi Armando Vara. Um grande especialista em direito bancário, munido de um diploma recente da UnI, que lhe conferia o direito a ser tratado por dr.   Incidentalmente foi descoberto há uns tempos que houve uns dinheiros que lhe foram parar a contas da sua confiança, no estrangeiro, vindos de negócios estranhos desse tempo da CGD. Dará contas disso, o Vara, certamente.

Quanto às nomeações o agora articulista do jornal do Camões não teve nada a ver com o assunto. Nem assinou os papéis. Foi tudo obra do seu ministro das Finanças, o Teixeira que ensina economia numa universidade do Porto e se prestou a ser o obreiro da bancarrota que estourou em 2011. 

Assim, quanto ao amigo que (não) o nomeou, não é nada com ele, naturalmente. Alguém pode garantir com prova documental que foi ele quem nomeou aqueles?  Enfim, não acusem o inocente de mais ignomínias se não ele volta a escrever no jornal do Camões.
Nada teve a ver com tal coisa nem com os aumentos de capital da CGD, ocorridos logo em 2009, mas com antecedentes conhecidos de má-gestão do banco público que aborveu dívidas do BPN, por indicação de alguém, do Governo. Teria sido o Lucas, o motoristas que não existe? 
Este comunista antigo explica assim  o fenómeno que agora este arguido -ex-preso- tenta iludir:

Um outro exemplo de engenharia financeira é o que está a acontecer com a CGD. Em menos de um ano, o capital social da CGD já foi aumentado duas vezes, passando de 2.950 milhões de euros para 3.500 milhões de euros. O 1º ministro anunciou na Assembleia da Republica, em 17/12/2008, um novo aumento do capital da CGD, agora de 1.000 milhões de euros, a ser financiado pelo Estado no âmbito dos 4.000 milhões de euros já aprovados pela Assembleia da República

Na verdade, o mesmo comunista arrependido até explicou mais:

Sócrates na intervenção que fez na Assembleia afirmou, com a falta de precisão e de transparência que o caracteriza quando fala de matérias económico-financeiras, que "nunca como agora o país precisou tanto de um banco público". Esta afirmação é surpreendente num governo que tanto fez para reduzir o papel do Estado, e mesmo desorganizá-lo, com o pretexto de que era necessário reduzir o défice orçamental. Com tal justificação pretendeu também fazer passar a mensagem que a única razão que movia o governo ao aumentar o capital da CGD era o interesse do País quando, na verdade, existem também outras razões, que o governo ocultou à própria Assembleia da República e aos portugueses, para tomar aquela decisão, como se vai provar.


Portanto, este antigo primeiro-ministro, arguido e ex-preso preventivo pretende, como sempre, lançar areia para os olhos fechados dos leitores do Camões e de outros cultores de estrofes de memória curta.

10 comentários:

  1. dizia o pessoal da pesada

    ''muito riso,
    pouco sizo''
    não se ri comigo.
    ri-se de mim

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  2. É tudo inocente:

    https://www.youtube.com/watch?v=O9Q70fkD22I

    Começando logo pelo Zé Sócrates que por ser um aluno tão bom e exemplar, foi-lhe concedido o privilégio de tirar o curso a um Domingo...

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  3. Hoje por acaso tive esse pasquim na mão e nem deu para ler esse desmando todo… só o facto de a chamada de capa(!) dizer "artigo de opinião" é de vómito. Um nojo. Confirma-se a cada passo a minha tese: Um CV como o de esse Sócrates dá imenso trabalho e não é obra de uma alminha solitária. -- JRF

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  4. No livro "Capone: The Man and the Era", no fim do cap.IV, o amigo Al afirma: -But I'm innocent, and it won't take long to prove it.

    Dá para pensar até onde chegaria a carreira dele no Portugal de hoje. Ao Panteão chegaria certamente. Capone era um mecenas para muita gente ligada à Justiça, política, etc. Os nomes que estavam na sua lista de pagamentos foram tornados públicos.
    Por cá, a lista do amigo Ricardo teima em não sair.

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  5. Caro José já leu isto:

    «http://mag.sapo.pt/tv/atualidade-tv/artigos/jornalistas-da-rtp-querem-afastar-jose-rodrigues-dos-santos»

    E atenção ao conteúdo dos comentários.

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  6. José Rodrigues dos Santos acaba de lançar "O Pavilhão Púrpura", o seu vigésimo livro, no qual o escritor refere que o fascismo teve origem no marxismo. Esta afirmação está a causar polémica entre os seus colegas jornalistas que, por isso, pedem que o pivô da RTP seja afastado do "Telejornal".

    «Segundo a notícia avançada pela TV Mais, um grupo de jornalistas da RTP exigiu um encontro formal com Conselho de Redação, para que seja discutido o afastamento de José Rodrigues dos Santos da apresentação do "Telejornal".

    Na base deste pedido de afastamento está a perda de confiança dos colegas no jornalista da RTP, que é um dos principais rostos da estação. O grupo está cansado que o jornalista "invente polémicas e se promova", assim como aos seus livros, "à boleia da televisão estatal".

    À mesma publicação, uma fonte referiu que Paulo Dentinho, o atual diretor de informação da estação estatal portuguesa, estará presente na referida reunião.»

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  7. É um remake do que se passou no Diário de Notícias em 1975 com Saramago...

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  8. Espero que isto não vá em frente. Mas se for servirá para abrir os olhos a muita gente. Se os jornalistas da RTP querem tirar o colega por dizer que o fascismo tem origem no marxismos então é porque são comunistas fanáticos. Tipo seita. E isso tira toda a credibilidade à informação da RTP. Se assim é, que se privatize.

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  9. Não é nada que me surpreenda. O José Rodrigues dos Santos está apenas a provar a "democracia" abrilina no seu melhor...

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  10. A questão da origem do fascismo é uma manobra de diversão. O que os incomodou foi isto:

    http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-05-05-A-guerra-da-divida-entre-o-PS-e-Jose-Rodrigues-dos-Santos

    "Um grupo de jornalistas" são apenas a mão visível do poder xuxa :)

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