Para entender a origem do esquerdismo e da actual geringonça nada melhor do que ouvir os seus protagonistas falar acerca das suas raízes socio-culturais.
João Semedo entrou no PCP em 1972, depois de se aliar ao esquerdismo por causa das cheias de Lisboa de 1967 que lhe mostraram a pobreza que existia às portas de Lisboa. Portanto, para estes indivíduos a pobreza foi o leit-motivo para o esquerdismo activo e militante.
Não lhes ocorreu, em 1972, saber como ia a pobreza lá pelos lados dos países de Leste, lugar de todas as ilusões políticas. Não lhes ocorreu ligar os factos históricos ocorridos em 1956 na Hungria ou em 1968 na Checoslováquia e pensar por que razão o povo desses países não queria o que eles queriam. Já nem se fala em procurarem saber o que era o regime soviético e comunista na realidade e que em 1972 qualquer pessoa intelectualmente sóbria tinha possibilidade de saber se assim o quisesse.
Não, nada disso lhes interessou porque o desejo de combater o fassismo mais a vontade de sermos todos iguais sem condições naturais para tal se lhes sobrepôs no bestunto.
Este comunista arrependido lá se aguentou no PCP até ao ano 2000(!). Nenhuma leitura avulsa o demoveu. Nenhum testemunho passado o comoveu. Nenhuma história factual o convenceu. Só saiu quando concluiu que o PCP era irreformável.
E saiu logo para outra utopia do mesmo género ou pior uma vez que os princípios marxistas não ligam com a liberdade que pensa defender e não explica com que sistema económico pretende acabar com a tal pobreza que parece ser o elemento base de uma crença quase religiosa. Este Semedo como aliás o Louçã ou a Martins querem "mudar o mundo" e isso lhes basta como propósito. Como? Logo se vê..e como dizia John Lennon que eventualmente afeiçoam pelo lado esquerdista, logo em 1968 no álbum branco- "Então quer uma revolução? Bem, todos nós queremos mudar o mundo. E diz que tem a verdadeira solução? Então, gostávamos de ver os planos...)- o plano de "mudança do mundo" muda conforme as circunstâncias.
Actualmente é a geringonça que funciona como método, à míngua da revolução que soçobrou em 1975 ou das bombas das FP25 que só mataram moscas nos anos 80, àparte uns infra-humanos fascistas que só perderam pela demora.
Contudo estas pessoas que acreditam nestas utopias são sempre as mesmas, por dentro e por fora, só mudando o discurso em que descaem de vez em quando.
Semedo só descobriu em 2000 que Álvaro Cunhal se "cristalizou" nas ideias fósseis do comunismo estalinista.
Se lermos o que diz sobre o modo de "mudar o mundo" as ideias são fluidas como as palavras que encantam papalvos ou radicais de todas as cores: "primeiro os direitos políticos e depois os direitos sociais, muito relacionados com o trabalho, a protecção social, a reforma, o Estado social. E agora, uma nova geração de direitos, que aprofunda os direitos humanos, os direitos de cidadania e de identidade".
Estes "direitos" são o objectivo, o modo de os conseguir e o dinheiro ou pib para tal, disso é que não se fala. Não é preciso, aliás, quando se termina a entrevista dizendo que "sou um militante da esquerda socialista internacionalista".
Tal como Louçã ou outros. Tal como um tal João Martins Pereira já por aqui muito citado que encetou uma polémica por escrito, com António Champallimaud, na revista Vida Mundial de finais de 1974.
As ideias são as mesmas, as consequências iguais: pobreza, bancarrota e desgraça maior para os pobres que dizem querer defender.
Vão ver como esta gente vive diariamente e depois falamos...sobre a coerência de princípios e valores.
Repito: estas pessoas são as mais perigosas que existem em Portugal. São mentecaptos da realidade. Acreditam hoje numa utopia como há 40 anos acreditavam seria possível e continuaram a acreditar, através do comunismo e do socialismo. As três bancarrotas que sofremos nada lhes ensinaram e a quarta que se aproxima muito menos ainda.
Pelo sonho é que vão e sonhar custa muito pouco e sempre foi assim. Custa muito pouco ser amigo dos pobrezinhos acusando sempre os ricos de terem a culpa.
Esta gente que os acolhe nos jornais ( São José de Almeida, no caso) são fruto da mesma cepa ideológica e vinho da mesma pipa política. São os responsáveis directos, por antonomásia, de todas as nossas desgraças económicas dos últimos 40 anos e ficarão indignados se alguém lho escarrapachar na cara física.
Mas é assim mesmo.
querem dirigir o rectângulo porque
ResponderEliminar'a dívida aparece sempre'
o publico menciona as restrições do BCE
desde a minha infância sinto a alteração dos conceitos de espaço e tempo
ResponderEliminarfalta tempo para tudo
tenho projectos para o próximo milénio
neste tempo de espectáculo e narcisismo, a melancolia arrasta-se pelo espaço das férias
porque 'trabalhar é bom para o preto'
o espaço tende para infinito
regressou o paraíso terrestre
aguardo a chegada da factura
dia 11 Alto Douro
"Depois da leitura de inumeros livros que nos falam da "loucura" de Hitler, dos crimes do Terceiro Reich e das atrocidades da Segunda Guerra Mundial, há uma pergunta inquietante que fica sempre no ar: como é que aquilo pode acontecer?
ResponderEliminarEis finalmente um livro que nos apresenta uma resposta lógica e convincente: Hitler e os dirigentes do Reich compraram o silêncio e a cumplicidade da maioria dos alemães em troca de segurança e de bem estar material. Distanciando-se da visão tradicional que nos mostra umas quantas corporações empresariais e meia duzia de dignatários nazis que enriqueceram com a guerra, este livro - cuja publicação na Alemanha desencadeou uma verdadeira comoção nacional - demonstra documentalmente que a fome, a pilhagem e a expoliação da Europa ocupada, assim como o extermínio dos judeus e o saque dos seus bens, serviram, sobretudo, para manter e assegurar o nível de vida do povo alemão, que, na sua grande maioria, aceitou uma utopia assente no roubo, no racismo e no assassinatao"
O ESTADO POPULAR DE HITLER, Roubo Guerra Racial e Nacional-Socialismo, por GOETZ ALY, Texo Editores, 463 páginas, 26,90€.
Alguma dúvida sobre os propósitos um - pouco mais modestos - dos Novos Oligarcas e seus lacaios?