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terça-feira, setembro 06, 2016

A cultura que a esquerda ignora

Morreu Fernando Guedes, o editor da Verbo, em 1959 e que muito contribuiu para a formação cultural de várias gerações. Tanto bastaria para que os obituários fossem de rigor e reconhecessem na pessoa desaparecida uma das maiores figuras da cultura nacional.

Tal não sucedeu porque Fernando Guedes não era editor da Cotovia ou da &etc ou outra qualquer "fenda" parecida. Fernando Guedes era do tempo do fassismo e dava-se bem com o regime.

O Diabo publicou esta página na edição de hoje:

A editora Verbo notabilizou-se pela publicação de obras enciclopédicas nos anos sessenta e livros juvenis ( colecção Anita ou a Biblioteca da Juventude). Notabilizou-se ainda pelo maior sucesso editorial de sempre: a publicação dos livros RTP, agora retomada emedição apócrifa.
No final dos anos sessenta era este o catálogo:






Nessa altura ( 1969-1970) a Verbo destacava-se pela publicação da "enciclopédia luso-brasileira de cultura "que durou vários anos ( ia então no 9º volume dos vinte publicados) e que fazia concorrência à "grande enciclopédia portuguesa e brasileira", mais extensa ( 40 volumes mais dez) e já inteiramente publicada em 1960.

Fascinava-me olhar e poder folhear tais obras, nessa época e esta fotografia mostra tais enciclopédias que me fascinavam e que originalmente estavam noutra sala. Mas eram estes mesmos volumes.




4 comentários:

  1. Há uns anos achei uns volumes da História do Prof. Verissimo Serrão, novos, ao desbarato na Bulhosa. Eis o mundo em que vamos: a Verbo, comprada por um grupo livreiro qualquer, P ôs esta História de Portugal em saldo; menos de três contos de réis cada volume. Mencionei-o sugestivamente ao livreiro: — «Os últimos destes que comprei custaram-me mais do dobro...» — A resposta de que um grupo tomara a Verbo cheirou-me a revolução no catálogo e vassourada no armazém. Outro volume da História do prof. Serrão (o XIX.º) não achei publicado. Nem sei se acharei.
    Cumpts.

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  2. Em moço costumava pegar nos volumes da Verbo do pai do meu amigo Jaime e punha-me a ler. Valia-me ràpidamente ser alvo de chacota.
    Este ano comprei os 40 vols. da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira mais umas actualizações e uns anuários; cinquenta e tal volumes por 100 € no OLX ou lá o de foi. Com a atrapalhação de os carregar debaixo dumas inoportunas bátegas de chuva não verifiquei a mercadoria e faltava o vol. 31. Cai naquela situação em que a pessoa me diz que me vendeu todos e eu me vejo com aquele em falta. Se houver aí uma alma que saiba dalgum 31 daqueles, avulso, livro-me eu do 31 que me arranjei... Mas, uma enciclopédia daquelas por 100 €, ao que isto chegou...
    Cumpts

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  3. as enciclopédias GEPB e Verbo ofereci ao meu filho
    fiquei com a Caxtox que vejo mas não utilizo

    ontem, ao contrário do que pensava, uma tv mostrou os resultados da extrema-direita europeia

    havia um certo cagaço porque na Alemanha ultrapassou a Srª Merkel nas eleições regionais

    por cá temos os profs drs da esquerda folclórica e o beijoqueiro

    os financiadores de Verbo foram vários, um deles português do Brasil

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  4. creio já ter publicado


    Otacílio Batista Patriota
    é
    O peido que a nêga deu quase não passa no cu

    A nêga tinha comido
    Da panela de um cigano
    Pimenta, sebo e tutano
    Cebola e peba dormido
    Foi tão grande o estampido
    Que se ouviu no Pajeú
    Toda praga de urubu
    Da caixa prego desceu
    O peido que a nêga deu
    Quase não passa no cu

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