A revista Sábado desta semana teve a ideia de entrevistar meia dúzia de "sumidades" no nosso establishment para inquirir sobre o que pensam do passado presente e futuro.
Quatro dessas personalidades resumem-se aqui no que disseram: nada de substancial e algumas ideias peregrinas, sem originalidade ou requentadas de tanto ferverem em água morna ao longo das décadas.
A afirmação mais lúcida e trágica pertence a Freitas do Amaral:
Que éramos atrasados há 40 anos, estão fartos de no-lo dizer os próceres que herdaram o pesado fardo do fassismo ou da "ditadura de direita", como este Freitas agora classifica o regime de que foi "devoto fervoroso" ( apud Marcello Caetano).
E que fizeram dessa herança pesada, para além de lhe aliviarem em várias toneladas o ouro que estava guardado como precaução e garantia de solvabilidade do país? Malbarataram quase tudo e estão muito contentes porque afinal o desiderato principal era...a democracia, ou seja a Liberdade, em modo absoluto e que faltava dantes em quantidade suficiente para o gosto actual daqueles.
Mas liberdade de quê, afinal? De dizer mal do regime do Estado Novo? De termos partidos políticos marxistas-leninistas que apenas pretendem revolucionar o regime e implantar um que lhes seja próprio e avesso à mesma Liberdade, em modo incomparavelmente mais radical do que o anterior? Que sentido faz isto? Liberdade de termos duas ou três centrais de informação que só passam notícias correctas para o regime? Que diferença substancial fazem da censura prévia, tirando aquele aspecto da propaganda proibida ao marxismo-leninismo?
De caminho, em prol dessa Liberdade, mantivemos o rumo da pobreza, como o próprio reconhece e parece que afinal o culpado terá sido a "Europa", a "troika" e o Passos. Deles e do respectivo papel como governantes ou assimilados é que nada de nada. Estão inocentes de tal malfeitoria. É este o pensamento político actual do Freitas do Amaral que estava sempre "rigorosamente ao centro" e virou à esquerda para não se enganar de percurso, este devoto fervoroso de Salazar...que agora acha adequado "investigar porque somos o segundo país mais atrasado da Europa". Por mim não sou capaz de lhe dar resposta cabal mas adianto já que aqueles governos de Sócrates em que participou e elogiou são bem capazes de ter contribuído com dezenas de milhar de milhões de euros para essa pobreza sistémica.
Depois temos o velho Adriano Moreira, antigo ministro de Salazar, das "Colónias", que se afastou do regime e se integrou plenamente na nova senhora, aproveitando o sistema e legando uma filha que é uma nódoa política.
Que diz Moreira, em balanço de vida? Que temos de nos concentrar em "três factores: a estratégia do saber, da segurança e da política internacional". Ele lá saberá dizer melhor mas parece-me pouco como futuro. "Estratégia do saber" com o ensino primário e secundário que temos?! É utopia.
Outra figura emblemática para aqui chamada é Ramalho Eanes, o presidente da República que Sá Carneiro queria afastar em 1980 para se livrar do espectro do MFA que durou até muitos anos mais tarde.
Ramalho Eanes identifica os factores de crise nacional com o nosso endividamento externo, público e privado. 400 mil milhões de euros, no total. Impagáveis, segundo o mesmo. Sério? E como pagamos em 1930 e anos seguintes, com Salazar?
Finalmente, um operacional da Marinha, o Almirante Nuno Vieira Matias. Tudo se resolveria com atenção a detalhes...como este, das marinas avulsas:
Diz que em 2003 não havia estudos estatísticos sobre o mar...o que é estranho para um país virado ao mar e com uma indústria que até à entrada na CEE tinha algum relevo e know how. Almirante Tenreiro, esse fassista, devia saber melhor...
Enfim, há mais duas figuras, decorativas, neste panorama: o pretendente ao trono de Portugal, D. Duarte de Bragança, uma alma pacífica e ainda o cardeal-patriarca de Lisboa que cura das almas e pouco mais. Em 1969 foi a Paris estrear um "Mini" e ficou embasbacado. Até hoje.
Um dos entrevistadores é Bernardo Theotónio-Pereira, descendente indirecto de um antigo governante de Salazar, pelo lado paterno, Pedro Teotónio Pereira ( estas coisas dos hh nos nomes têm dias...).
A figura de Teotónio Pereira é emblemática, a vários títulos, do salazarismo.
Em 21.9.1968 em pleno período de transição de Salazar, gravemente enfermo, para Marcello Caetano, ficou assim documentado no Século Ilustrado, com os mais lídimos representantes do tal fassismo ( o repórter disfarçado de cavanhaque só pode ser um intrépido antifassista).
E em 31 de Julho de 1970 logo após a morte daquele estadista português, o maior de sempre da nossa História contemporânea, aparece um perfil do mesmo Teotónio na Vida Mundial:
Cá por mim, o dito Bernardo que nasceu há ainda poucos anos ( é apenas trintão, mas é formado em Direito, ensina algures e já tem filhos) aprenderia mais sobre Portugal estudando o que o antepassado recente fez, até mesmo em Londres como embaixador durante a II Guerra Mundial, do que com estes sábios de meia tijela que afinal são dignos representantes da nossa miséria actual e que nunca compreenderão como nos tirar da mesma...porque foram precisamente eles e os seus parceiros políticos quem a ela nos conduziu.
Eles são parte importante do problema e nunca encontrariam a solução.Perguntar-lhes o que deveria fazer-se no futuro é chover no molhado.
O maior problema nacional e a ECONOMIA.
ResponderEliminarE so ouvi ate hoje tres pessoas a abordar bem o tema. Henrique Neto, Alvaro dos Santos Pereira e Medina Carreira.
Para a Economia mexer e preciso mexer na cultura juridica portuguesa e isso nao e possivel com estas elites politicas.
No seculo XVII os puritanos perseguiam suspeitos de bruxaria. Em Portugal a Inquisicao prendia quem negociava e acumulava riqueza... isto tem raizes.
O Estado que temos foi parido pela guerra civil no seculo XIX e viveu do saque e do defice ate vir o Estado Novo. Depois voltou ao mesmo. Esta reflexao nao se faz e o problema economico continua adiado ha seculos.
Nao vai ser o Estado a por a Economia a crescer mas serao os portugueses. Contudo para isso e fundamental rever leis, baixar impostos, mexer nas universidades e politecnicos...
Estes senhores que aparecem no post ja deveriam ter idade para dizer coisas com mais substancia mas se calhar nunca valeram do ponto de vista intelectual o que a sociedade julgou. Intelectual ou moral.
Quem diz o que deve ser feito para a economia crescer nao e ouvido pelo poder politico e os dois unicos ministros que fizeram reformas mais serias nas ultimas decadas, Vitor Gaspar e Alvaro dos Santos Pereira, foram corridos.
No ano passado um conhecido que tem um balcao de praia no Algarve fez um contrato de alguns meses com um empregado. Foi ao escritorio de contabilidade para o contrato ser redigido, eis que aparece esta clausula: por cada 135 euros de lucro em caixa o empregado tem direito a 10 euros extra no salario. E lei de 2010. Ora sendo um balcao de praia, que paga renda 12 meses por ano mas so rende 6, o Verao tem que render para o ano inteiro. E normal que a caixa faca mais de 135 euros num dia de Agosto. Mas em Janeiro faz 0 euros. Portanto feitas as contas mesmo a pagar salario minimo o custo de dois empregados num mes de Verao sobe bem acima dos 2000 euros... acho curioso que isto nao seja falado por ninguem. E mais. O empregado tinha direito a uma indemnizacao por nao renovacao de contrato. Em Portugal, se um patrao nao renovar um contrato, tem de pagar uma compensao choruda. E se o patrao tiver uma fabrica com tres seccoes, e uma seccao nao der lucro, mas se as outras derem, os empregados da secca que da prejuizo nao podem ser despedidos sem direito a indemnizacao. Quem quer correr riscos assim?
ResponderEliminarQuem faz estas leis. Juristas... sem qualquer nocao da realidade... portanto boa parte do problema comeca tambem nas faculdades de Direito...
O Medina Carreira costuma perguntar por que motivo nao ha empresarios, medicos, professores, gente com experiencia da economia real nos bancos da Assembleia... e ha cada vez mais advogados...
ResponderEliminarDurante decadas no Algarve alugaram se casas no Verao a turistas de Lisboa...
ResponderEliminarNao havia recibos e ninguem clamava por regulamentacao.
No ultimo Governo um sec. de Estado do CDS regulou os arrendamentos a turistas com uma lei razoavel sem o cunho da malicia. Vozes da Hotelaria pediam subtilmente uma lei restritiva que fizesse vida negra a quem arrenda quartos e casas... obviamente para limitar a concorrencia.
Isto misturou se com a ideologia de Esquerda e com os contactos com os jornalistas... e comecaram a chover artigos contra o Turismo na Visao, DN, Publico...
O Estado Novo deixou o Algarve mais desenvolvido do ponto de vista turistico que a vizinha costa andaluza. Mas Alvaro Cunhal era contra o turismo algarvio... e serao certamente ainda hoje. Que dirao os portugueses que trabalham na Ryanair, Easy Jet, agencias de viagens, ou que arrendam casas a turistas? Nao dizem nada porque os jornalistas do Publico nunca lhe dao voz activa. Sao a grande maioria silenciosa esquecida que so tem voz as vezes num Correio da Manha. E foi o turismo que salvou a Economia portuguesa este ano...
Diz se agora que o Governo PS vai mexer na lei do arrendamento local e a Hotelaria aplaude. Veremos...
ResponderEliminarAqui há dias li num jornal a história de um empresário de Viana do Castelo,ainda na casa dos trinta, filho de um trolha e de uma doméstica, sem grande instrução e que trabalhava numa empresa local de alumínios.
ResponderEliminarLembrou-se de inventar uma estrutura para janelas e portas-janelas em que o vidro desliza nas calhas em vez de serem estas a fazê-lo.
A ideia é simples mas o modus faciendi não deve ser assim tanto.
Um arquitecto pegou na ideia e de há meia dúzia de anos a esta parte é só crescer...no estrangeiro. No Dubai fez uma obra de milhões. Tem encomendas de mais milhões e trabalha que nem um trolha.
Acredito neste tipo de empresários.
Os intelectuais da treta corrente depois aparecem a teorizar estas coisas...
ResponderEliminarQuando a troika esteve ca disse que havia uma serie de sectores protegidos com falta de concorrencia... ninguem os ouviu.
ResponderEliminarExemplos.
1) Distribuicao alimentar, em parte devido ao excesso de regulamentacao e burocracia...
2) Telecomunicacoes... das mais caras da Europa...
3) Audiovisual... TDT com apenas 5 canais (em Espanha sao dezenas), e nao ha canais locais nem regionais como em Espanha...
4) Saude... falta de medicos, precos inflacionados...
5) Jogo e apostas... lei que protege interesses monopolistas mas prejudica a criacao de emprego...
ResponderEliminarCaro Jose.
O problema e que depois aparecem logo uns iluminados a pedir regulamentacao. E a dita regulamentacao e feita por juristas que nada percebem do assunto do ponto de vista tecnico. E como e comum, a regulamentacao mata o negocio... e as pessoas emigram...
Com este cultura juridica seria possivel termos Facebook, Google, Amazon, eBay, a nascer em Portugal? Nao seria, jamais.
Se calhar se tivessemos importado o modelo juridico anglo saxonico ha dois seculos o problema nao se colocaria... mas importamos outro e queremos ser mais papistas que o Papa...
ResponderEliminarQual economia qual quê, o problema de Portugal são os portugueses, na sua grande maioria apreciadores de praia e sereias que prometem amanhãs que cantam.
ResponderEliminarEstes cromos chegam a velhos sem perceber que não vale a pena andar a traçar infinitamente estratégias se depois nunca se cumpre nenhuma e o que interessa é a espuma dos dias.
Planos estratégicos são coisa de quem cumpre acordos, assume compromissos e paga dívidas (ou ainda melhor, que faz dívidas a pensar no seu pagamento).
De todos o melhor é mesmo o D. Duarte. É elucidativo ver que todos os outros acham que o que interessa são os serviços, produção é coisa para "os outros". É uma tragédia quando se consideram estas nulidades como senadores!
Os jornalistas do Publico fariam servico publico se fossem a Vila Real de Santo Antonio perceber por que motivo as fabricas fecharam todas mas floresceram em Ayamonte e Isla Cristina... a coisa mete politica e partidos de Esquerda no PREC e apos o PREC...
ResponderEliminarOu se fossem a Elvas perceber por que motivo o comercio morreu e passou para Badajoz...
Estes dois exemplos se forem bem esmiucados mostram por que motivos os espanhois nos passaram a perna ha 40 anos e sao mais bem ricos que nos.
ResponderEliminarSao assim agora.
Nao eram assim decadas atras.
"Qual economia qual quê, o problema de Portugal são os portugueses, na sua grande maioria apreciadores de praia e sereias que prometem amanhãs que cantam."
ResponderEliminarNo Norte ainda se ve muita gente que vive e pensa como ha decadas. Poupar e trabalhar. A Sul de Leiria a conversa e outra e quem manda esta em Lisboa...
Tenho em casa dos meus pais um artigo da Exame muito bom sobre o Azeite.
ResponderEliminarUm dos entrevistados conta que nos anos 90 tinhamos o pior azeite da Europa e ninguem nos queria comprar. A azeitona ficava guardada muito tempo antes de ir para o lagar e isso afectava negativamente a qualidade. Os italianos, os gregos e os espanhois ja faziam azeite de qualidade e ja se tinham mecanizado decadas antes... mas em Portugal so em anos recentes comecamos a trabalhar como os outros vizinhos do Sul, com muitas decadas de atraso...
So em anos recentes a producao de azeite aumentou consideravelmente, com muito investimento espanhol a mistura...
Em Inglaterra so vi uma unica vez a venda azeite portugues. Foi em 2002 em Londres, azeite Galo. Hoje em dia por todo o lado ha azeite espanhol, italiano, grego, cipriota. Mas nao ha portugues...
Na mesma altura os cavaquistas diziam, segundo Medina Carreira, que "agricultura nunca mais"... e o Prof. Pedro Arroja dizia que o futuro estava na agricultural e industrias tradicionais que deveriam ser modernizadas e era alvo de chacota. O poder politico falava em grandes eventos, obras publicas, ciencia...
Sao estes assuntos que deveriam ser discutidos diariamente e com prioridade e nao as intrigas do Marques Mendas, as inseminacoes das lesbicas, ou as gritarias dos sindicatos.
Num supermercado ingles e facil encontrar produtos alimentares importados de Franca, Italia, Espanha ou Grecia. Queijos, frutas em calda, vinhos, azeite. O queijo da serra da Estrela merecia estar em todo o lado como esta o Brie... mas nao esta. No Porto nem sempre encontrava queijo de Nisa e de Tolosa e para comprar um dos melhores queijos que ja comi tinha de ir... a uma aldeia de Mertola...
ResponderEliminarPor que motivo estes produtos portugueses nao sao conhecidos em toda a Europa e nao temos grandes fabricas a nivel local a exportar? Os espanhois, os franceses e os italianos tem... nos nao... porque?
Quando Passos Coelho estava no poder a Esquerda achava que as exportacoes ja tinham atingido o seu limite e que nao iriam crescer mais... esta gente conhece mesmo o pais em que vive e a Europa?
ResponderEliminarOutra nota interessante...
ResponderEliminarO PS foi grande promotar dos grandes eventos para atrair turistas... e dos grandes projectos turisticos... como uma Comporta... em terras comunistas...
Agora que o turismo cresceu em grande medida gracas a Ryanair e as novas tecnologias a Esquerda vocifera contra o turismo e os jornalistas apoiam e subtilmente vao corroendo a opiniao publica, lancando veneno contra o Turismo...
Estranhas incoerencias que ninguem denuncia e que demonstram tambem por que nao crescemos.
Ontem vi aqui no UK um anuncio televisivo de uma agua engarrafada de Italia que esta a venda por todo o lado e e muito popular por ca. Nos em Portugal temos aguas que mereciam igual sorte. A de Monchique ou a do Luso, por exemplo.
ResponderEliminarUm dos refrigerantes mais populares aqui e italiano e esta por todo o lado...
O nosso Licor Beirao merecia ser tao conhecido quanto aquela marca de licor irlandes, o Baileys, mas nao e.
Ha uns anos uns sabonetes do Porto ganharam notoriedade porque uma Oprah os recomendou. Mas a producao nao deve ser grande pois nunca os vi a venda fora de Portugal... aqui no UK nao faltam marcas francesas de cosmeticos nas grandes superficies...
Por que motivo estes produtos portugueses nao crescem ao ponto de serem conhecidos em toda a Europa e vendidos por todo o lado como acontece com os produtos franceses, espanhois e italianos?
Isto ninguem discute e para isto os iluminados como o Prof. de Direito que e PR nao tem resposta. Mas se calhar um Medina Carreira tem...
Ha meses a Economist trouxe um artigo muito bom sobre as PMEs alemas...
ResponderEliminarParece que e comum as familias mandarem os herdeiros para escolas tecnicas ou universidades... isto para trabalharem depois nas PMEs da familia e ajudarem a sua modernizacao, trazendo novas ideias e energias que a geracao anterior ja nao tem.
E em Portugal? Os herdeiros das nossas PMEs que restam, que estudos tem... ou que estudos as familias os incentivam a ter? Sera que as nossas universidades e politecnicos preparam efectivamente os jovens para modernizarem e expandirem as nossas PMEs? Creio que nao...
Muitas empresas portuguesas interessantes morreram nos ultimos 20 anos com a morte do fundador ou do patriarca... os mais novos tinha sido formados para seguir outro caminho... funcionalismo publico ou emigracao sao exemplos...
ResponderEliminarE ja agora outra problema que nao e paixao para o nosso PR que foi Prof. de Direito e que bloqueia a economia. As herancas indivisas, uma praga em Portugal. So Medina Carreira costuma abordar regularmente o problema... fala dos casos que estao 20 anos em tribunal... meio Porto esta a beira da ruina por causa de herdeiros que nao se entendem... porque? Por que motivo estes conflitos nao tem resolucao celere em dois ou tres anos apos morte do proprietario? Estas coisas bloqueiam a Economia e impedem o crescimento mas nunca ninguem deu solucao apesar de andarem ha decadas a falar na lentidao da Justica...
ResponderEliminarO que querera dizer Adriano Moreira com a estrategia do saber?
ResponderEliminarQuando Guterres teve a paixao da educacao encheu o pais de escolas que agora estao a ficar as moscas por falta de alunos, quando ja tinhamos duas decadas de natalidade baixa... e de Politecnicos.
Diz se que cerca de 50% dos enfermeiros que saem das universidades estao sem emprego... e com os alunos de Direito, Medicina Dentaria ou Arquitectura sucede o mesmo. Valera a pena formar jovens... para a emigracao? Que significa isso da estrategia do saber? Aumentar exponencialmente o numero de estabelecimentos de ensino superior e de vagas para formar profissionais em excesso para a emigracao?
Curiosamente, nos anos da dita paixao educativa, nada decente se fez no Ensino Tecnico e Industrial...
A lentidão da justiça tem várias causas e analisar cada uma delas é diabólico.
ResponderEliminarTudo se perde numa burocracia infinda em que qualquer incidente pode demorar anos a resolver.
Se formos a ver porque razão concreta tal acontece por vezes é ridículo.
O Adriano Moreira diz sempre as mesmas coisas sem sentido, algumas delas. E com um sentido difuso, outras.
ResponderEliminarA filha não aprendeu nada com ele, portanto...
O mantra da Educacao por si nao resolve nada e a prova disso e que andam ha anos a dizer que temos as geracoes de jovens mais preparadas de sempre... mas o pais nao cresce desde 2000 e crescia mais por ano antes de 1974 quando havia bandos de analfabetos... ahah na pratica o efeito e reduzido pois o que conta mostra outra realidade: uma divida gigante, uma economia que nao cresce e uma natalidade suicida... a paixao pela Educacao nada resolveu...
ResponderEliminar"A lentidão da justiça tem várias causas e analisar cada uma delas é diabólico.
ResponderEliminarTudo se perde numa burocracia infinda em que qualquer incidente pode demorar anos a resolver.
Se formos a ver porque razão concreta tal acontece por vezes é ridículo."
Por que motivo na pratica nao se analisa a aplicacao das leis e nao se corrigem depois? Isso nao se faz em Portugal...
Por exemplo, aquela lei da difamacao e calunia dos anos 80 parece me um aborto que ja deu condenacoes contra o Estado portugues no tribunal europeu...
Os grandoleiros que gritavam contra o Passos sao os primeiros a usar esse lei para calar vozes incomodas... mas sao grandes defensores da liberdade...
E ja agora existe a nocao que a balanca juridica costuma pender contra os proprietarios e os empresarios por vezes de forma descarada e diria ate imoral... quem redigiu estas leis... basta ver as ideias de ilustres professores de Direito de Coimbra... e respectivas simpatias politicas...
A Educação deu-nos boas coisas: melhores engenheiros e médicos, por exemplo.
ResponderEliminarNas chamadas ciências sociais só nos deu maiores desgraças. E
é delas que saem os jornalistas...
O Direito é o mesmo de há 50, 60 anos...
ResponderEliminarAs literaturas são instrumentais.
As sociologias deviam ser proibidas.
As gestões dão no que dão: o segundo mais pobre da Europa.
"A filha não aprendeu nada com ele, portanto..."
ResponderEliminarA filha saiu defensora da agenda dos ditos LGBT sem ser lesbica e tem poder para que tal agenda seja implementada pela via legislativa. Como e de Esquerda e Professora Universitaria ha muito respeitinho e nunca foi criticada publicamente nem alvo do jornalismo. Soube bloquear bem as coisas pois se no futuro algum Governo quiser mexer nessas leis ja nao podera... pois sera inconstitucional... a Contituicao ja fala na orientacao sexual... ahah
"A Educação deu-nos boas coisas: melhores engenheiros e médicos, por exemplo."
ResponderEliminarJa no Estado Novo tinhamos grandes professores de Engenharia e de Medicina...
Mas de nada servem a economia se nao houver um tecido economico decente, e tal nao existe...
Temo que a Medicina ja esteja a ser corroida e basta ver o caso do curso de Medicina em Faro...
O caso da Isabel Moreira parece me de revolta contra as instituicoes tradicionais e isto e caso para um bom Psicanalista analisar.
ResponderEliminarSegundo a traducao de um papiro egipcio feita por um frances que comprei ha uns anos devemos manter nos sempre afastados de quem se revolta contra a norma...
A revolta contra as instituicoes e tao forte ao ponto de as querer destruir e e isto pega com as leis fracturantes.
Portugal e um caso interessante a nivel mundial pois apos 1974 em meia duzia de anos tornou se um dos paises do mundo com menor indice de fertilidade e hoje em dia deve ser o pais da Europa e talvez do mundo com maior percentagem de divorcios. So as leis LGBT e que nao pegaram muito pois consta que os casamentos sao poucos e as adopcoes tambem. Se calhar a minoria e muito mais pequena do que se diz... e nao merecia nem de perto nem de longe a atencao mediatica que tem desde os Governos Socrates e o tratamento politico dado por um certo PS e pelo BE, com o silencio do CDS e do PSD, e a viragem cinica do PCP que no passado considerava a coisa vicio burgues...
Esta Isabel Moreira que eu saiba nunca deu ao pais uma lei ou reforma que melhorasse notoriamente a vida do cidadao comum. Ficara para a Historia como uma das efectoras praticas da agenda LGBT. Que beneficio trouxe a 99% dos portugueses? Nenhum, mas com uma atencao mediatica totalmente desproporcionada. Ela e uma das caras mais conhecidas e influentes deste novo PS...
ResponderEliminarComentário da ANIT-LAR no parlamento em Novembro:
ResponderEliminar“Um colaborador da ANIT-LAR foi convidado a enquadrar os titulares de um projecto de investimento estrangeiro no sector industrial, no que respeitava a legislação laboral, assim como outros o fizeram para a área de programas de incentivos e estatuto dos benefícios fiscais. Pretendia a entidade que assessorava aquela proposta de investimento estrangeiro na indústria, demonstrar as vantagens da opção por Portugal. Como é habitual nestes processos, também estudavam a hipótese de investir noutros Estados, sendo um parceiro de Portugal na União Europeia e que veio a ser o escolhido. Recordo o que nos foi relatado sobre a decisão final — os titulares do investimento reconheceram, em comparação com a situação encontrada no país escolhido que: os trabalhadores Portugueses eram tecnicamente mais capazes; a legislação laboral Portuguesa dispunha de melhores instrumentos para a organização das relações de trabalho; os benefícios fiscais Portugueses eram mais atractivos, mas tinham-se decidido por investir no outro país porque tinham a garantia que os principais eixos da legislação não sofreriam alteração nos cinco anos subsequentes e a realidade Portuguesa ia no sentido contrario, não permitindo projectar razoável e conscientemente um investimento. Cremos que este exemplo real elucida bem a razão de ser da nossa preocupação com a instabilidade legislativa.”
http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheAudicao.aspx?BID=103277
Mas já se sabia o que a casa gasta:
"Temos de reconhecer que não alcançámos ainda soluções satisfatórias para todos os problemas constitucionais do regime, e só por esse motivo este deve admitir reformas mais ou menos vastas. Isto é uma questão; outra é saber se está sujeito a revisões sucessivas o conjunto dos seus princípios e dos seus caracteres essenciais. Se isso pudesse ser, é que o regime, em vez de saudável tendência para progredir e aperfeiçoar-se, teria consagrado o princípio da sua mesma instabilidade e desenvolvido no seu seio o germe da própria destruição."
Salazar, 07/01/49
"Acontece, sim, que à superfície de vez em quando se levantam ondas que mais chamaríamos modas ou efervescências de opinião, destinadas a cair e a acalmar-se, se não lhes dá a razão de ser da própria vida política, como tem sido muitas vezes o caso. De modo que o essencial é descobrir as linhas mestras da vida nacional que possam adaptar-se, sem se quebrarem, às contingências dos tempos, e definir a orientação que se lhes dá a imprimir, e muitas vezes não é mais que a linha de continuidade de um sentimento colectivo."
Salazar, 18/12/65
dizia o meu Amigo comuna
ResponderEliminar'no 25.iv rebentou o cano de esgoto'
como se pode ver pela amostyra junta
os sindicatos vivem dos contribuintes, pois só 125% dos trabalhadores estão sindicaslizados
falta high.tech
os empresário que não dependem do oghe são GADO para os malhadinhas
a d.-branca da ss está falida
a banca continua em queda e só 50% é nativa
a gerringonça afunda o país
porque a DÍVIDA AUMENTA
arrium porrium
Devia "ser investigado" e condenado!
ResponderEliminarE calma, que o povo é sereno e não somos maus em tudo. Em desflorestação somos a quarta potência mundial nos últimos 15 anos, mais uma conquista de Abril. Atrás da Mauritânia, do Burkina Faso e da Namíbia. E se juntarmos sermos a maior potência mundial em eucalipto por m2, está feito mais um retratinho inacreditável do que foi a gestão dos nossos parcos recurso nos últimos 40 e mais anos. Condenado até é pouco. -- JRF
net
ResponderEliminarune grande partie des pratiques « hégémoniques», au sens que Gramsci donne à ce mot, peuvent être qualifiées de violentes; elles sont en effet totalitaires et mutilantes.
monhé e geringpnça são TOTALITÁRIOS e REPRESSIVOS
um tipo de VIOLÊNCIA social-fascista
Uma pergunta que faço com curiosidade legítima: Quem vai para direito, fá-lo por algum tipo de idealismo? Qual é o atractivo de ir para direito? Às vezes vê-se nos filmes americanos uns tipos a dizer que queriam participar no sistema para o tornar mais justo, defender os inocentes e coisas assim (normalmente tipos já corrompidos).
ResponderEliminarAs generalizações que se fazem dos advogados, juristas e em geral dessa área, são a cada dia que passa mais achincalhantes e absolutamente desprestigiantes. Consta que para o recém licenciado não há patrão que pague menos que o advogado. Mas depois populam os partidos e parecem multiplicar-se como coelhos. Que leva uma pessoa a escolher direito como curso e pior, algo relacionado como profissão? -- JRF
A concorrência nas grandes áreas de negócio é falsa e/ou cartelizada. Distribuição, telecomunicações, energia, água, etc… Passar empresas públicas dignas, pessoa de bem, honestas, para a mão de privados, huh… privou os portugueses de preços justos, de infraestruturas que tinham sido pagas pelos contribuintes, em última análise de bom serviço. Nunca ouvi os meus pais dizer que não confiavam nos TLP, mas quem é que hoje confia numa PT, Meo ou Nos? Só um tolinho. Ou numa EDP? São empresas virtualmente monopolistas que existem para espoliar os portugueses do pouco que têm. As empresas deficitárias cronicamente continuam na mão de "todos os portugueses". Eu também sei gerir a EDP, já a CP, tenho dúvidas (mas era capaz de resolver uma ou duas coisas).
ResponderEliminarMas agora que digo isto, o estado também deixou de ser pessoa de bem há muito, portanto, não era gerindo estas empresas que solucionava qualquer problema. -- JRF
Isso dos produtos portugueses e da sua promoção e venda já vem de longe. Há alguns que saem, mas poucos e pouco significativos. Um como o vinho do Porto, de verdadeira projecção mundial tem mão dos ingleses. O chá podia ser "nosso", não é; as tulipas podiam ser "nossas", não são; as especiarias orientais; imensa coisa, nunca soubemos construir e gerar valor. Isto já vem do tempo dos descobrimentos.
ResponderEliminarAinda recentemente, a vitacress do agrião e depois de outros verdes, fornecia Londres, mas era de um inglês (foi vendida à Rar, se não me engano). Se não tivermos a mão de um estrangeiro, os nossos produtos não saem nem conseguem impor-se em lado nenhum. -- JRF
Empresas com mais de 100 anos são uma raridade, a maior parte delas desaparece com o fundador, que nunca teve a) ou família à altura para prosseguir; ou b) visão para preparar a empresa para ser autónoma e ter sucessor e sucesso.
ResponderEliminarAinda este ano pedi um orçamento para electrodomésticos para uma cozinha completa na casa onde compro tudo, os meus pais compravam e o meu avô comprava. O dono já nos oitentas já estava bastante diminuído, tendo acabado por falecer. Um mês antes já a casa estava fechada. Em conversa com os funcionários, soube que já tinham sete meses de salários em atraso. Mas estavam lá a filha e um filho a tratar… pois bem, trataram tão bem, que vou ter de comprar noutro lado. E é tudo assim. Vamos ver se "marcas" como Souto de Moura ou Siza Vieira sobrevivem aos seus mentores… A Zaha Hadid já faleceu no início do ano e pelos vistos continuam a sair projectos do seu estúdio. -- JRF
Por acaso tenho dúvidas que a educação nos tenha dado melhores engenheiros e médicos. Se calhar está a confundir melhores com melhor tecnologia. Eu dos médicos que tenho na família ouço que os novos são uma nulidade, que não tocam num doente por exemplo.
ResponderEliminarHá uma cena confrangedora no CUF, com um médico a aconselhar uma prima a fazer mil e um exames, não sei se ignorando que também era médica e pior, que a filha que estava ao lado também e ainda pior, radiologista que não só viu os exames, como falou com o colega radiologista que os relatou. O indivíduo, despiu a bata de médico e colocou a gravata com nó grosso à vendedor e estava ali a vender medicina e banha da cobra, dizendo exactamente o inverso que o radiologista que relatou o exame disse. Isto deve ser o pão nosso de cada dia nesses centros comerciais da medicina. Chega a ser tenebroso e perverso. -- JRF
Em 2002 procurei vinho de mesa portugues em Londres, nao havia. Mas havia vinhos chilenos, e ainda hoje sao talvez mais populares que os nossos, tirando o vinho do Porto. Ontem reparei que havia muita fruta chilena no supermercado... consta que foi o Pinochet que pos os vinhos e outros produtos do Chile nos mercados europeus e da America do Norte... o Professor Pedro Arroja fala disso...
ResponderEliminarE nao sao proteccionismos bacocos que a Esquerda quer e alguma Direita ultra-salazarista defende que vao ser a solucao... sempre que os tivemos... o pais ainda ficou mais atrasado e empobrecido... as Mortaguas andam agora a defender esses proteccionismos contra os produtos importados mas o Esquerda.net tem um artigo razoavel que mostra as consequencias nefastas do proteccionismo que houve apos a bancarrota de 1892 e que culminou nas campanhas do trigo. Em 1915 ou 1916 Salazar arrasou essas campanhas e mostrou um caminho... a exportacao...
O regadio do Alentejo idealizado no Estado Novo ainda esta por cumprir e em 1986 Espanha ja tinha cerca de um terco da area irrigada da Europa Ocidental... obra do Franco...
A economia nunca foi prioridade para nenhum Governo desde 1974 e por isso nao exportamos como deveriamos.
A Universidade Classica de Lisboa ha uns anos tinha 500 vagas para Direito. A de Direito de Coimbra tinha mais de 300. Havia inumeros cursos privados. Abriram uma Faculdade de Direito no Porto e um curso em Braga. Os cursos no privado continuam a encher tal como no publico. A exigencia no acesso ao curso caiu drasticamente. O Latim desapareceu do Secundario. Cortar vagas para adequar a realidade do mercado de trabalho ira eliminar centenas de tachos universitarios por todo o pais. As universidades tambem ja se tornaram parte do problema do Regime e nenhum destes partidos as vais por na Ordem.
No Reino Unido ja se discute o corte de vagas em alguns cursos porque comecam a faltar jovens para profissoes que nao exigem licenciatura.
Os diplomas estao a tornar se uma negociata.
"Empresas com mais de 100 anos são uma raridade, a maior parte delas desaparece com o fundador, que nunca teve a) ou família à altura para prosseguir"
ResponderEliminarPois o artigo que mencionei da Economist mostrava como nas familias alemas a propria familia prepara o futuro...
Em Portugal vi gente com negocios que tinham futuro se fossem modernizados a incentivar os rebentos a irem para doutores... depois acabaram no desemprego ou na emigracao... ou em empregos onde auferem muito menos do que receberiam se estivessem no negocio da familia... penso que isto se deve muito a proliferacao das ideias de Esquerda apos o 25 de Abril... ser patrao passou a ser coisa desvalorizada, ridicularizada... enquanto se valorizavam os empregos no funcionalismo... as paixoes da Educacao e a parolice dos diplomas que vieram a reboque tambem contribuiram para isto... ah, e o estoiro do Ensino Tecnico e Industrial apos 1974.
Aliás… agora que me lembro… os meus filhos raramente ou nunca estão doentes, mas uma vez a minha filha estava com uma otite e lá foi a esse CUF. Atendida por uma médica já toda bem recauchutada por várias plásticas, diagnóstico: Tem seguro? Operação e urgente. Vou já marcar análises.
ResponderEliminarIsto foi há quatro ou cinco anos e ainda não foi operada a nada. Quando saiu, a minha filha com uns 9-10 anos comentou que não havia nada certo com ela. Que tinha doença e defeitos em tudo. Uma cena inacreditável. Portanto, quanto a melhores médicos, está visto.
Engenheiros… uma FEUP (que frequentei), ganhou prestígio "na idade das trevas do Estado Novo". Não me parece que o tenha aumentado (embora não diga que o tenha perdido, não sei). -- JRF
Um fenomeno que se acentuou muito apos o 25 de Abril foi a panca da Medicina e dos cursos de Saude... fora de Portugal nao vejo tal endeusamento da profissao medica...
ResponderEliminarTal profissao concentra 80 ou 90% dos melhores alunos de Secundario de Portugal... muitos desses jovens tinham outra vocacao... Medicina e curso de media alta em quase todo o mundo civilizado mas o caso portugues, que eu saiba, e unico na Europa. E alimenta por sua vez a negociata dos colegios privados que inflacionam notas... se eu fosse jornalista saberia quem iria entrevistar a este proposito, isto se a pessoa aceitasse falar, coisa que duvido... no Porto ha muito para contar sobre este tema e na Universidade ha um estudo excelente que prova a dita inflacao para o acesso a Medicina. Sera que dentro do Governo de Guterres e de Socrates nao sabiam disto? Nao? Duvido...
"Engenheiros… uma FEUP (que frequentei), ganhou prestígio "na idade das trevas do Estado Novo". Não me parece que o tenha aumentado (embora não diga que o tenha perdido, não sei)."
ResponderEliminarTenho em casa sebentas que comprei num alfarrabista dos anos 50 e 60 de professores do IST e da UP. Engenheiros. Textos excelentes e acessiveis sobre o problema da erosao dos nossos solos ou da floresta, que continuam bem actuais. Pouquissimos professores ja preparam material daquela qualidade para os alunos.
Falou do eucalipto. Uma ilusao que ate o Prof. Jose Hermano Saraiva denunciava nos seus programas. O eucalipto e uma desgraca e acredito que se Marcelo Caetano mandasse agora em Portugal acabava com o negocio do eucalipto tal como o conhecemos.
Os diplomas não se estão a tornar uma negociata, já o são há uns anos. Aliás, temos o douto exemplo do 44, Vara, Relvas e muitos outros para o comprovar. E depois disso, mestrados, doutoramentos, MBAs, pós-docs e apesar de não ser contra a educação em princípio, acho que todos temos de chegar a uma altura da nossa vida em que produzimos alguma coisinha.
ResponderEliminarViver à custa dos pais ou dos contribuintes, a pseudo-investigar as tretas mais ridículas que se possam imaginar (e nem eu tenho imaginação para tanto e toda a gente diz que vivo no meu Mundo imaginário) e a fazer turismo científico, não gera valor nem para o próprio, nem para o país. Alguém tem de pagar.
A isso junto a endogamia das universidades portuguesas, a falta de mobilidade e capacidade de inovação. Interessa sempre a alguém que as coisas estejam como estão e continuem por muitos e bons anos. -- JRF
Estou convicto que isso de imporem aos jovens o mestrado e o doutoramento antes dos 30 e uma das causas do nosso suicidio colectivo na natalidade.
ResponderEliminarAte agora ninguem fez a avaliacao de Bolonha... as universidades interessou. Foi um aumento encapotado das propinas e dos tachos pois explodiu o numero de regencias.
Antigamente acabava se o curso aos 22 ou 23 e comecava se a trabalhar, pouco depois vinha o casamento e vinham os filhos... Bem antes dos 30... havia uma u outra excepcao, os medicos eram um exemplo, era comum so ficarem estabilizados quase aos 30 ou depois, por causa do internato medico...
Mestrado ou Doutoramento era coisa que se fazia mais tarde, com a vida material e familiar ja bem organizada...
Ninguem faz esta reflexao em Portugal, e de loucos...
Se eu mandasse em Portugal estoirava imediatamente com Bolonha. Os ingleses tambem nao seguiram e estava na mesma na UE.
ResponderEliminarMas por falar em falta de mobilidade, os realmente bons têm mobilidade e movem-se, para os Estados Unidos e alguns para a Europa. Nós não os conseguimos manter cá e muito menos captar de fora. E porquê? Provavelmente porque se alimenta um exército de medíocres, quando se podia apostar em menos, mas realmente geniais. Mas para isso seria preciso ter objectivos, uma estratégia montada. Nada disso, o bom que vai acontecendo é à custa da energia, saber e vontade de muitas vezes uma só pessoa, que muitas vezes contra a própria instituição lá vai levando a água ao moinho. É à base de estertores pessoais que muito desenvolvimento acontece neste país, como o tipo das janelas… É o país que temos. Se alguém chega cheio de vontade de trabalhar é logo recebido por um "tem calma pá, tens de deixar trabalho para amanhã, ou andas aqui para a medalha de cortiça?". Eu no mundo anglo-saxónico que sigo não vejo isso. -- JRF
ResponderEliminarIsso é verdade, nem tudo é culpa do português. Essa treta de Bolonha foi o belo presente envenenado e o portugalzinho modesto e bom aluno, quando não "mais papista que o papa" foi logo a correr implementar tudo e mais alguma coisa. Porque será que não me admira que os sacanitas não tenham adoptado essa treta? Nisso admiro-os.
ResponderEliminarNa natalidade não concordo. Já há gente a mais e só vejo preocupados com a natalidade os que perguntam "e agora quem me vai pagar a reforma"? Se os portugueses fossem 5 milhões chegava bem e sobrava. Com esta mentalidade vigente e belo regime, nem com 20 milhões o país se safava. -- JRF
Odivelas vai assegurar-nos muitos nas cimentos africanos e de outras paragens.Para nos pagarem a pensão claro...
ResponderEliminarNesta república de advogados o "estado de direito" anda num brinquinho...então quando os deixam cagar sentenças ui ui ui...
ResponderEliminarReler Eça - chega e sobeja.
ResponderEliminarOu, nos nossos dias, VPV.
É que, por estranho que pareça,Portugal continua a ser habitado por portugueses...
Tutelados no pós 1640,tendo um sobressalto (involuntário, é bem certo) de carácter patriótico com Salazar,desaparecido o estadista ràpidamente voltámos à nossa verdadeira essência : povo do "caldo da portaria do convento", ignorante e abúlico,embevecido por tudo o que vem " de fora ", desde pinchavelhos a "teorias","sistemas" ou "ideias",rebanho ideal para qualquer vigaristazeco de terceira categoria.
O recentíssimo passado e o histriónico presente são provas mais que suficientes de que o eterno sonho centralizador de Madrid não está muito longe de ser realidade - é só esperar pelos "desajustamentos" europeus...
Pois sim, mas houve sempre um "punhado" de portugueses que não deixaram a geringonça parir o mostrengo.
ResponderEliminarOnde andarão eles agora?
Não os vejo nas tv´s ou media em geral mas que los hay, los hay.
Quem tem culpa do atraso endémico? Pois são os políticos que sempre governaram para se governar: manter o poder custe o que custar. Infiltrar as instituições do estado, infiltrar a comunicação social, distribuir migalhas que caem da mesa dizendo que as tiraram aos mais ricos,manobrar o orçamento para serem lembrados a poucas horas das eleições, etc, etc.
ResponderEliminarFigurões que deviam ser irrelevantes.
ResponderEliminarNa educação o melhor que podiam fazer era reduzir a escolaridade mínima para os 16 anos e deixar fazer à vida quem não quer ficar na escola mais tempo, em vez da fraude que é prometerem emprego com o curso.
Bolonha podia ter sido útil se o novo mínimo não passasse a ser o mestrado.
É um absurdo as pessoas ficarem enredadas na "educação" até aos 25 e mais anos. É um absurdo e é uma canalhice.
Quanto ao eucalipto, pode bem ser assim; mas pergunto eu: já vos ocorreu plantar árvores como forma de negócio ou investimento? É que as coisas assumem contornos diferentes nesse caso.
Num país que arde todos os anos, só um tolo é que não vai plantar a árvores de corte mais rápido que encontrar.
O problema é de ordenamento florestal. Não é de limpeza de matas nem outras tretas com que enganam por aí os tolos. Ordenamento florestal e repressão.
Caro Muja, é essa mentalidade de curto prazo que tem dizimado o ambiente e estragado a sociedade. As árvores são o que são, por essa ordem de ideias ninguém plantaria sobreiros (ou os teria plantado), já que o eventual lucro será para os netos. Porque arde, a solução é eucalipto e, por sorte, o eucalipto está bem adaptado ao fogo. Ora bolas.
ResponderEliminarO país arde todos os anos, é mais uma conquista de Abril, segundo julgo saber. Aliás, num ano de 425.000 hectares, o 44 andava despreocupado pelo Quénia em Safari. Se os canalhas que nos têm governado não vivessem de negociata em negociata, a floresta era vista não para 4 anos, mas para 400. É gente sem estofo para estar à frente dos destinos de qualquer país.
Quanto ao eucalipto, é uma negociata pura e simples e mais uma factura para os filhos e netos. E quanto à adequação de espécies, não é preciso embrenhar-se na floresta, basta passar nos pseudo-jardins, canteiro e rotundas. -- JRF
Vejo que por aqui também se instalou a mentalidade de esquerda de ser contra o eucalipto, e com toda a razão (ironia)! Ora sendo uma árvore que gera tanto rendimento ( é o investimento mais rentável do momento na agricultura), só pode ser uma árvore capitalista (ironia)!
ResponderEliminarMas como diz o Muja, e bem, os eucaliptais bem ordenados com corta-fogos, ardem menos que a restante floresta, ora vá se lá saber porquê...
O outro mito é relativo ao consumo de água, que já está provado que é ridículo, consomem quase o mesmo por quilo de biomassa produzida que as congéneres (pinheiros, etc). É claro que se produzem biomassa mais rápido também o consumo o será.
Depois e para finalizar, temos a ladainha da biota, ora se é para ser coerentes deixe-se já de produzir vinha, batatais, milheirais, tomatais, etc, estes sim que além de não fazerem parte da biota portuguesa ainda contribuem com a adição de pesticidas e herbicidas para o seu cultivo.
Claro que a floresta nativa deve ser preservada, como também devemos ter um ordenamento do território favorável à agricultura e silvicultura para fins industriais.
Boas festas,
Phi
Pois ó JRF, mas olhe que não é tanto visão a curto prazo quanto é ser curto o longo prazo... Se as árvores ardem que sobra para os netos?
ResponderEliminarEsse assunto interessa-me porque acho as árvores um excelente investimento, posto que não lhe peguem fogo todos os anos. Mas vou plantar árvores que demoram vinte anos a cortar com tal exposição ao risco de incêndio? Claro que não!
Há uma questão prática que não se pode perder de vista, senão nunca ninguém adere a eventuais soluções.
O problema é de ordenamento. Não só de corta-fogos mas também de espécies. Por cada determinada área plantada devia haver corredores de espécies resistentes ao fogo, para o retardar e conter. Mas isto só pode ser imposto e estudado pelo estado.
Enfim, vamos sempre dar ao mesmo que é falta de ordem.
Se alguém tem uma opinião contra a direita da treta ou o capitalismo selvagem, vêm logo com o terrorismo intelectual. De esquerda és tu ò pascácio. Só gostava de saber porque é que o eucalipto é de direita. Aliás as causas de direita são a cada dia que passa mais edificantes.
ResponderEliminarO que acontece em Portugal com o eucalipto é um crime contra o ambiente e contra os portugueses, que são os que vão pagar a factura no fim. Aliás, um país que é atrasado em tudo, no eucalipto é o primeiro do Mundo, isso a direita ignorante, anti-ambiental, bronca e como diria a Zazie porca, não questiona. E é o quarto em desflorestação atrás de três países na orla de desertos. Enfim…
A relação da água e biomassa também é fantástica, este deve ser cientista de foguetões. -- JRF
As árvores ardem? Tem notícias de muitos carvalhais e muito montado a arder? Deve ser na sua zona. Eucaliptos com corta-fogos, ora aí está a solução dada pela direita bronca. Não suporto a esquerda, mas a direita bronca ainda consegue ser pior.
ResponderEliminarUma coisa eu lhe digo, a floresta, é outra oportunidade perdida, pela má gestão tipicamente portuguesa. Isso do imposto pelo estado é um falso problema, aliás acho que a floresta é mais uma área que considero que onde o estado mexe, só estraga. Meu caro, se o seu objectivo é pagar o empréstimo do carro, já vai tarde até para plantar eucaliptos; se é o fim do empréstimo da casa daqui a 20 anos, plante, não chame é gestão a isso. Chame um desenrrasque porque está falido.
Se quer cuidar da sua terra, das gerações futuras, incluindo filhos e netos, carvalhos (vários), freixos, bétulas, salgueiros, amieiros, cedros-de-itália ou do atlas, altamente retardantes de fogo, resistentes a seca… Sobreiros, se está numa zona apropriada. Isto é um investimento que quem está à rasca não pode fazer. O nosso país é parco em recursos e os que tem desbarata, nada de novo.
É como lhe digo Muja, por essa lógica podíamos ir longe. Aliás a EDP e Iberdrola seguem-na também: As árvores ardem, vamos abatê-las aos milhões e construir barragens — também é sabido que os rios dão pouco lucro e água boa é a engarrafada. E porque não mais campos de golfe e "resorts"? Está certo. -- JRF
O caro JFR, caso não saiba, o não reconhecimento da ironia, desta vez sem parêntesis, é indicio de doença mental!
ResponderEliminarCertamente, é a-dogmático a todos as outras cultural que referi... A urticária deriva, unicamente, dos taninos essenciais das folhas do eucalipto! Recomendo, em tal caso, lenço de flanela para a corriza nasal e folha de couve para limpeza anal!
Saudações.
A minha lógica não é outra senão a que diz ue o problema é a falta de ordem, geralmente falando.
ResponderEliminarNão é ser contra ou a favor dos eucaliptos.
Essas árvores são resistentes ao fogo mas não são imunes. Com o tempo de levam a crescer estão sejueitas a muitos incêndios que vão sempre queimar algumas. Para se ter alguma certeza de que rendem alguma coisa é preciso plantar grandes áreas, o que, como diz, não está ao alcance de todos.
Uma área bem mais pequena de eucalipto, ponderadas todas as circunstâncias, é provavelmente mais rentável ao fim desse tempo.
Penso que há espaço para tudo. Mais uma vez, desde que haja ordem. Para o que tenho em vista até me convêm melhor essas espécies, mas com as coisas neste estado não me parece grande ideia.
Evidentemente, quando falo em estado, falo num a sério, não naquilo que temos à guisa de tal.
Muja, árvore predominante na floresta portuguesa com 25,4%: Eucalipto. Maior área da Europa em termos absolutos. A quinta maior do Mundo (Brasil, Índia, China e Austrália, tudo países pequenos como é sabido). Este número por si só não encerra uma conclusão óbvia? Não querer isto é ser de esquerda pelos vistos. É cada idiota.
ResponderEliminarNote que os eucaliptos não resistem minimamente ao fogo, ardem e bem, em incêndios gigantescos. Estão é adaptados e a sua sobrevivência como espécie garantida, que é o que interessa à sua própria natureza.
Eu ainda podia acrescentar nogueiras, cerejeiras bravas, castanheiros, oliveiras… estas duas últimas com excelentes resultados ultimamente. Mas é para os filhos e netos. Esta canalha que faliu o país, podia pensar nisso — já que são os filhos e netos que vão pagar a factura, ao menos vamos deixar-lhes alguns recursos. -- JRF
E aqui está mais uma boa noticia:
ResponderEliminarhttp://observador.pt/2016/12/22/fabrica-de-pasta-de-papel-investe-853-milhoes-de-euros-para-inovar-producao/
Se temos produção, é bom que não haja défice de matéria prima nacional. Não venha dos países Sul-americanos.
Ò meu caro eu não tenho que reconhecer nada uma vez que com o seu estilo de escrita elaborado, colocou "(ironia)" em tudo o que é canto. E quanto a doenças mentais, são como os telemóveis, cada um tem o que merece. Eu tenho um iPhone 7Plus com 256Gb de memória e gosto imenso. A folha de couve não está mal, mas use antes um caco que é melhor. O meu avô para lhe crescerem os pêlos faciais (vulgo barba) aconselhava merda de galinha. Aproveite que eu não duro sempre, esfregue bem e boas festas! -- JRF
ResponderEliminarOs pontos óbvios que o JRF não percebe, ou não quer perceber são:
ResponderEliminar1 - A par de Espanha o clima europeu não é de todo favorável à plantação de eucalipto (não tenha inveja dos socialistas nórdicos, se não plantam eucalipto é porque não podem, com pesar da IKEA)
2 - Temos a Indústria transformadora nº1 da Europa, não ter matéria prima para a fornecer é pedir a sua deslocalização e todo o buraco na economia que isso acarreta.
Importamos tudo graças a Deus, mas em eucaliptos a direita de serviço quer autonomia. O que é bom para o eucalipto é bom para o português. Só visto isto. Aliás desde que a geringonça iniciou funções, as boas notícias sucedem-se a cada passo. -- JRF
ResponderEliminarMal empregada celulose que lhe limpa o rabo, tipos com você só deveriam usar fraldas de pano.
ResponderEliminarAi, esta esquerda caviar...
Os nórdicos? Têm florestas de produção a sério e sustentáveis, não é a brincar, grande exemplo!
ResponderEliminarEsse fantasma da deslocalização é treta. Pode ter toda a matéria prima do Mundo que as empresas deslocam-se na mesma. Aliás, se calhar já hoje o eucalipto chinês é mais barato. Mas exactamente em que corrida está Portugal? Na corrida para o fundo? É essa a sua lógica? Quer ser o primeiro?
Eu sei que a pasta de papel portuguesa é de qualidade e que o eucalipto é um dos responsáveis. Não quero é mais eucaliptos. Quero menos, porque as desvantagens para o país (não é para as celuloses) são mais que as vantagens. Depois da pasta de papel vem a transformação secundária em papel e onde estamos nessa guerra? No papel barato? Onde estão as nossas fábricas com mais de 100 ou 200 anos, a produzir grande valor acrescentado? Uma Arches, Hahnemühle, Somerset, Gmund… onde estão? Diga-me o nome de um papel português conhecido mundialmente. Só me lembro de um e é de fotocópia. Parece curto para tanto eucalipto. -- JRF
Você é completamente atrasado homem?
ResponderEliminarAi os nórdicos tem florestas de produção a "sério" e são sustentáveis? Olhe, é por serem nórdicos!
É só o eucaliptal a "sério" que não é sustentável, ou não é a "sério" por ser português? Você é burro.
Lá a floresta nórdica "a sério" não arde é por ser nórdica? Não tem nada a ver com as temperaturas?
Olhe para estes relatórios, dessa marca (nº1 mundial) na produção de papel de fotocópia de qualidade e aprenda como se cria riqueza e uma floresta sustentável, ao invés de párias com o sô JRF e restante comunada.
http://www.thenavigatorcompany.com/
A ignorância, a inveja e a mesquinhez, em suma, a comunada é que afunda o País.
Ainda está aí José? O seu post era sobre "Os problemas nacionais e as soluções encontradas"… está aqui a solução: Eucalipto. Acha que é com esta mentalidade que este país avança? E o pascácio na falta de argumentos, ainda me chama burro e comuna. Um indivíduo que chama sustentável a uma floresta com 25,4% de eucaliptos. Hehe… estas coisas não se conseguem inventar. Isto é que é visão de longo prazo. E ciência? Vai beber à página da empresa.
ResponderEliminarEu conheço a empresa pascácio. Fui à Drupa deste ano a convite deles e nem por isso deixo de ter olhos.
E quanto ao papel de fotocópia é bom, mas custa-me uns 4€, 500 folhas. Não há eucaliptos que cheguem. -- JRF
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarTu és mesmo atrasado pá!
ResponderEliminarNeste altura do campeonato ainda não sabes diferenciar entre floresta autóctone e sistema silvícola, e que, enquanto o primeiro é sobretudo estético, o segundo é que gera riqueza e postos de trabalho? Mais, que os dois podem coexistir através do ordenamento do território?
Não há paciência para estes revoltados contra as fraldas descartáveis
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarRealmente está-nos na massa do sangue; onde haja dois portugueses há dois partidos. Razão havia na União Nacional contra partidos. Das vezes que foram inteiros fizeram os portugueses obra de vulto. Mas perdem-se depressa. Não se inteirem que logo acabam! A ver se não foi / é...
ResponderEliminarAnno bom!
Porca e bling-bling
ResponderEliminar":O)
Feliz Ano Novo
Eu c'a s'o planto plantas pre-historicas e rosas com s'eculos. Das antigas, com perfume, recuperadas pelo David Austin
ResponderEliminarTudo o que 'e bonito 'e fragil.