Há uns bons trinta anos um estudante que agora é "professor catedrático" na Universidade do Minho decidiu escrever uma tese sobre um assunto interessante: "O olho de Deus no discurso Salazarista". Adivinha-se imediatamente o partis-pris, a educação jacobina, o enviesamento cultural canhestro e canhoto, enfim a ausência de um rigor académico que conferisse valor acrescentado ao discurso ambiente do anti-zalazarismo serôdio e bafiento do costume.
O Sapo24 conta assim a história, a propósito da reedição do livro que analisa os discursos de Salazar que as editoras não reeditam há anos e anos. Práticamente só em alfarrabistas se consegue arranjar os seis volumes, para além de um volume que os reúne, editado há uns anos mas ausente das livrarias e só passível de aquisição por via postal.
Esta vergonha nacional que não incomoda ninguém com responsabilidades permite depois estas aleivosias avulsas, colocadas nos media para confundir as pessoas que ainda terão interesse pelo assunto e que serão um punhado de curiosos e pouco mais. Os discursos dos mários soares e quejandos são muitíssimo mais interessantes e encontram-se aos montes, sem vender, nos sítios onde se vendem livros.
Transcreve-se uma pequena parte do texto para se ler a aleivosia maior:
Por se manter actual, a editora Afrontamento publicou a 2.ª edição do
livro “O Olho de Deus no Discurso Salazarista”, que reproduz a tese de
doutoramento defendida por Moisés de Lemos Martins na Universidade de
Ciências Humanas de Estrasburgo, em 1984.
O que o agora professor
catedrático da Universidade do Minho fez foi estudar os discursos de
Salazar, para tentar compreender a questão: por que razão o regime
salazarista durou tanto tempo?
A partir da ideia de que para o
compreender não se poderia limitar a interrogar as práticas
antidemocráticas e a natureza ideológica de Salazar, Moisés de Lemos
Martins decidiu interrogar o “imaginário salazarista”, ou seja, tentar
perceber, através do seu discurso, que sonho tinha para Portugal.
A
conclusão a que chegou foi que Salazar tinha “uma visão de esplendor”
para o país, uma “ideia grandiosa”, “um sonho megalómano”, um Portugal
que vive modestamente, gerindo bem os seus recursos, mas que
simultaneamente é um império que vai “do Minho a Timor, e se mais mundos
houvera”, explicou à Lusa.
No entanto, para chegar aqui, Moisés
de Lemos Martins isolou “duas figuras maiores” do imaginário
salazarista, que eram recorrentes no seu discurso: uma é a da “boa dona
de casa” e a outra é a do “navegador-guerreiro das caravelas”.
Bastaria compreender a figura de Salazar que não se fica pelos discursos no contexto do tempo para não escrever asneiras destas. Mas enfim, quem as escreve chega a professor catedrático. Temo pelos alunos que terá...
acabei de leer no Sapo
ResponderEliminarProfessor catedrático da Universidade do Minho, Moisés de Lemos Martins, quer compreender por que razão o regime salazarista durou tanto tempo.
sempre a mesma indigència
este vai com 40 anos de falèncias
qualquer dia o rectângulo dá o berro
geringonça monhé
ResponderEliminarSegundo avança o Expresso de hoje, o tribunal ordenou a penhora de mais de 50 mil euros nas contas do partido em novembro do ano passado. Em causa está uma dívida acumulada em rendas de um prédio na Rua de São Marçal, perto da Assembleia da República, que servia de base da secção do Bairro Alto do PS, que está abandonado há mais de 15 anos.
O proprietário do prédio acusa o partido de não pagar a renda desde a mudança da lei do arrendamento em 2013 e de se recusar a devolver o imóvel aos donos.
O PS é o segundo maior proprietário entre os partidos. Tem 87 imóveis, terrenos ou frações avaliados em 7 milhões de euros, isentos de IMI por estarem afetos à atividade partidária.
Um "catedrático" que é uma besta, ou uma besta que é catedrático".
ResponderEliminarÀ escolha..
o 'olho de Deus'
ResponderEliminaré maçónico
Caramba! Para concluir que Salazar tinha “uma visão de esplendor” para o país, uma “ideia grandiosa” &c. foi ler os seis volumes dos discursos de Salazar?! Que trabalho! Para o efeito a colecção de cromos da História de Portugal da Agência Portuguesa de Revistas chegava e sobrava. E até tem bonecos, que não só divertem, ajudam a compreender...
ResponderEliminar(A propósito, do Marocas quantos volumes serão precisos para perpetuar a lábia oratória?)
para o compreender não se poderia limitar a interrogar as práticas antidemocráticas e a natureza ideológica de Salazar,
ResponderEliminarPois eram as práticas antidemocráticas e a natureza ideológica de Salazar que justamente conviria interrogar.
Mas, como dizem os bárbaros: para quê fazer perguntas cujas respostas se não gosta?