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sexta-feira, fevereiro 24, 2017

A candura jornalística do Público

Na terça-feira passada o jornal Público anunciou que entre 2011 e 2014 ( governo Passos, pois claro) o Fisco não havia "tratado" as informações que os bancos lhe enviaram nesse período, relativamente a transferências de dinheiro para offshores, de cidadãos e empresas portuguesas ou que por cá devessem pagar impostos. Valor total do "não tratamento", conceito não explicado pelo jornal ?  10 mil milhões de euros.

A notícia era por isso clara: o Fisco não tratara tal informação, ou seja, deixara passar em claro qualquer eventualidade de sindicar tais transferências se tivesse razões para suspeitar de evasão fiscal, o que não foi devidamente explicado, ficando pela rama da atoarda de primeira página, eficaz como propaganda política travestida de notícia de jornal.

Tal notícia aparentemente pode ser falsa e parcialmente é mesmo falsa. Nesse período o que faltou eventualmente "tratar" terão sido 9.800 milhões de euros relativos a 20 declarações bancárias apresentadas. Nada mais e mesmo isso ´é duvidoso porque ainda não se apurou o modo desse tal "tratamento". Esse valor e declarações, o Fisco já admitiu que não "tratou" especificamente. Veremos como e porquê quando a explicação for dada, no Parlamento.

O Público explicou esta notícia falsa? Não, não é isso que interessa ao seu director, David Dinis, digno sucessor da artsy artsy que lutava pelas causas dignas da esquerda predominante, perante a total passividade do dono do jornal a quem interessa esta equivocidade.

Numa página publicada hoje tenta explicar o jornalismo cândido e puro do Público, em modo matreiro e indecente.

Assim:


O jornalista do Público Pedro Crisóstomo andava de olho em cima do Fisco e do governo na sua tarefa de sindicar o poder. De quem? Veremos. Em Abril de 2016 tinha dado conta aos leitores interessados do dinheiro que saíra para offshores no período 2011 e 2014. Ninguém ligou nessa altura na única perspectiva que agora ligam ( incluindo o ignorante destas matérias Pacheco Pereira, no Quadratura de ontem, onde fez tristes figuras sobre o assunto, apesar de esclarecido por Lobo Xavier) e que é a de vituperar os offshores como coisa diabólica do nosso capitalismo incipiente e pobre e de caminho o governo do Passos, único objectivo que interessa a fim de salvar a face desta Geringonça comprometida, no Governo, em trafulhices com sms na CGD.
Topou agora esse jornalista uma discrepância entre números do Fisco desse período e os de agora, de Abril e perguntou ao Fisco a razão. Diz Dinis que "foi na semana passada" que o jornalista do Público "se lembrou" do assunto e da polémica que agora lançou.

Na semana passada estava ao rubro a questão dos sms do Centeno e do Costa e do Marcelo e tutti quanti. Uma semana horribilis.
O jornalista do Público veio deitar água na fervura e desviar as atenções do Público e de todo o público, inventando uma notícia parcialmente falsa e lançando um equívoco que aproveita principalmente... a quem? O manhoso Jorge Coelho que agora vende queijo às dúzias disse ontem no tal Quadratura que nestas coisas não pode haver ingenuidade.

O Dinis do Público que sabe tudo sobre como tudo isto aconteceu escreve esta página vergonhosa em que tenta levar todos por parvos. Como ele?

Entretanto deixaram passar comentários mais alargados à notícia da nomeação do fradeca Louçã e do socialista Murteira Nabo para o Banco de Portugal. Grandes cabeças, estes indivíduos! Merecem todos os cêntimos que vão ganhar. Não havia outros...

O Jornal de Negócios, dirigido por Raul Vaz, o tal que faz tandem na Antena 1 com Ana Sá Lopes e o atrelado Delgado, a propósito do assunto fez jornalismo. Daquele que às vezes sabem fazer e que não se confunde com o do Público actual, cujo director, a continuar  assim, mais dia menos dia acaba a dirigir o Expresso.



11 comentários:

  1. Grandes cabeças, mesmo.
    Palhaçada

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  2. O queijo não é mau :) … nunca mais vi a Quadratura (não vou dizer nomes, mas um dos culpados é o José, agradeço, era uma perda de tempo), nem sabia que esse grande fabricante de queijo tinha voltado.
    Eu digo artsy fartsy.

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  3. Essa custa-te a engolir pergunta á Morais Leitão que eles explicam-te tudo tim por tim tá.!

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  4. tim por tim tá, dará timtim-tá?

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  5. em relação ao social-fascismo do rectângulo
    geringonça
    comunicação social

    aconselho o que em França
    chamam
    L'ALGORITHME DE JEMENFOUTISME

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  6. Tá, zazi? tá - lá? não ouviu, desligou. Não faz mal eu deixo o recado:
    O sr. vai para o Banco que já foi de Portugal, mas não aufere vencimento

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  7. Tá, zazi? tá - lá? não ouviu, desligou. Não faz mal eu deixo o recado:
    O sr. vai para o Banco que já foi de Portugal, mas não aufere vencimento

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  8. Tá, zazi? tá - lá? não ouviu, desligou. Não faz mal eu deixo o recado:
    O sr. vai para o Banco que já foi de Portugal, mas não aufere vencimento

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  9. Mas o Adelino enxameia a caixa de — comentários repetidos. E neste caso já um era fraco :) .

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