Essencialmente, foi isto que se resume a meia página e que deveria ter sido algo que o jornal podia e devia ter averiguado logo, esvaziando o sentido da notícia falsa. Porém, não era isto que agora se relata o que interessava noticiar, por muitas explicações cândidas de jornalismo puro que o seu director apresente. O que interessava é o que vem a seguir nos comentários de dois esquerdistas que abocanharam o filet-mignon da notícia para zurzir no capitalismo neo-liberal ou coisa que o valha.
Essencialmente, o jornalista investigador encartado nesta manipulação ( malgré lui? Dou de barato...) descobriu que não houve publicitação estatística de saídas de capitais de Portugal para offshores nos anos 2011 a 2014. Não houve publicitação estatística significa, explica agora o Público, que tal existia desde 2010 e se reportava a indicação no Portal das Finanças de tais movimentos. O jornalista investigador, encartado nessa tarefa e noutras, lá descobriu a falha, por si mesmo e porque é muito diligente. O quadratura Jorge Coelho lá disse que nestas coisas não há coincidências, mas neste caso houve. Claro que houve. É só perguntar ao jornalista Dinis que ele diz que já disse.
E que falha era assim tão importante para se colocar no título de primeira página de terça-feira do Público- "Fisco deixou sair 10 mil milhões para offshores sem vigiar transferências"- ?
Lá dizia na primeira página, em letras pequeninas que os pachecos e sãos josés de almeida não sabem ler: 20 declarações não foram objecto de "qualquer tratamento". E que tratamento era esse? Explica agora o Público, o que ainda não será suficiente para aqueles perceberem: verificar se há indícios de fraude fiscal.
Sobre o assunto essencial, noticiado em letrinhas pequeninas que aqueles não sabem ler, escreve-se agora que afinal terá sido dado algum "tratamento", isso na versão do ex-director geral da AT, José Azevedo Pereira ( nomeado pelo governo de Sócrates, em 2007). E acrescenta que tal "tratamento" estava a ser ultimado para divulgação oportuna. Ou seja, um tiro pela culatra naqueles que apostaram na "notícia" do Público que agora se transformou em não notícia e em arma de propaganda ideológica e política, apenas, por causa das "offshores" e nada mais.
A não notícia só agora o Público a explica: o prazo para a AT "tratar" essa informação, no caso concreto é de 12 anos e não quatro como tinham noticiado com grande conhecimento da causa. A AT tem até ao ano de 2021 tempo para tal. O Público não teve tempo para dar essa informação em primeira página, porque se assim fosse o director Dinis não podia fazer o frete. Malgré lui, também dou de barato, mas objectivamente é um frete e se Dinis não teve consciência disso é ainda mais grave.
O problema que foi agora mostrado pelo Sol, na edição de hoje, é este facto nada inocente, como realça o jornal: esta notícia é requentada e foi agora aquecida, em lume brando, como se vê. Isto, para o Dinis, não é de modo nenhum inocente. E por isso retiro o malgré lui para reafirmar uma natureza de frete. Um jornalista que a isto se presta nem jornalista é. Jornaleiro, pode ser.
A questão fica assim reduzida ao seu aspecto verdadeiro, essencial e inequívoco, apesar de todas as tergiversações jornalísticas com a candura obscena que agora apresentam: fustigar o governo de Passos, através do antigo Secretário de Estado Paulo Núncio, do CDS e com quem o mesmo teve aquele episódio edificante, na AR, com um governante actual, Eduardo Cabrita, a propósito de um microfone.
Quanto ao aspecto de propaganda ideológica e política o assunto já pegou de estaca mas vai estacar em breve, quando se perceber a ignorância de quem fala nisso.
Para já temos estes dois artigos magníficos dessa exemplaridade ideológica. Um de Pacheco Pereira que afinal retoma um amor antigo e assolapado ( não há amor como o primeiro...): a esquerda ideológica que combate sem cessar o capitalismo, a burguesia e os detentores do capital. Um clássico, portanto. Ao lado do artigo, para o reforçar, está outra colecção de aleivosias do mesmo género, provinda da mesma fonte e veiculada por alma gémea.
O tema principal deixou de ser o que não entendem e passou a ser a verdade alternativa do facto inventado. Fake news, lá diz o outro...
O esquerdismo, tal como a ferrugem, nunca dorme.
Mas há mais, na mesma onda esquerdista. No Sol, dá-se guarida à directora-adjunta do i, que no outro dia fustigou as tais offshores sem lhe ocorrer que receberá o salário de uma delas...
A parlapatice é a mesma que se pode ouvir na Antena Um, em tandem com o tal Raul Vaz e o inteligente periclitante Delgado.
Estas pessoas não podem arengar noutro lado? Têm mesmo que inundar o espaço público com estas aleivosias de esquerda quando já há tanto disso por aí? Desamparem o espaço público, porra!
ADITAMENTO:
O folhetim vai agora continuar com esta palermice para desviar mais uma vez a atenção do principal: o antigo director-geral, o tal Azevedo Pereira quer sacudir a água do capote. Então tem a lata de discutir a validade jurídica de um "visto" aposto pelo superior hierárquico. Diz que um "visto" é uma negação de autorização de divulgação da estatística.
Tirando a palermice o que lhe deveria ser perguntado é se diligenciou pelo "tratamento" dos dados que recebeu dos bancos. Os tais 20 casos. E se para tal precisava do "visto"...
Entretanto este enganou-se na crónica de hoje, no Público. Não era sobre o Louçã...era sobre o Dinis, pá! Será possível, um dia destes? Ou é daquelas difíceis...?
ADITAMENTO em 26.2.2017:
O antigo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, assumiu ontem a responsabilidade política pelo "visto" nos documentos que a AT de Azevedo Pereira lhe enviou. Reafirmou ainda que a mesma AT tem até ao ano 2024 para sindicar a eventual ilegalidade fiscal nessas operações relativamente aos "sujeitos passivos" de imposto. Seria interessante saber se neste período de tempo foi feita alguma coisa para isso, uma vez que a ausência de publicitação no Portal das Finanças não o impedia.
Assim se Paulo Núncio aceitou o sacrifício da responsabilidade política, quem sou eu para contestar essa responsabilidade...fica assim.
ahahahaha A cena do microfone com a montagem está o máximo
ResponderEliminar":O)))))))))
Que anormalzinho o Cabrita
Anormal, sem dúvida. Mas está neste Governo, com a mulher, a inenarrável Vitorino que há uns anos andava de Mercedes do Estado em peculato ambulante.
ResponderEliminarO PS não tem melhor que isto, actualmente. Tem o Galamba...que ainda é um melhor exemplo.
Que Estado!
Se o Governo de Sócrates era um governo de cínicos, este é um governo de sinistros, nas acepções que a palavra comporta.
ResponderEliminarQuem é a mulher dele?
ResponderEliminarVou espreitar. Isto é pessoal das barracas. E como eles gostam de ser prepotentes.
É dos transportes. Deve ser disso.
ResponderEliminarAna Paula Vitorino. Emprestou o Mercedes oficial a um motorista, preto...
ResponderEliminarFoi a que denunciou alguns aspectos do Face Oculta...relacionados com transportes, evidentemente.
ResponderEliminarÉ capaz ser pedir demais mas a crónica do JMT está com muita piada
ResponderEliminar":O))))))
Ah sim? emprestou ao preto para quê?
ResponderEliminareehhehehe
História antiga. É melhor ficar assim.
ResponderEliminarAinda é uma história muito quente, pode escaldar.....
ResponderEliminarhttp://derterrorist.blogs.sapo.pt/por-falar-em-claustrofobia-democratica-3460749
ResponderEliminarhttp://derterrorist.blogs.sapo.pt/por-falar-em-claustrofobia-democratica-3460749
ResponderEliminarOi Gentxe tenho aqui ao pé da porta uma farmácia «não das do Sócrates»
ResponderEliminarque tem todo o tipo de medicamentos se precisarem avisem.!