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domingo, março 12, 2017

Tiro ao Núncio: já chegamos à Madeira...

Público de hoje:


O advogado Núncio, ontem era crucificado nos media por ter sido autor de um parecer jurídico, no âmbito de consultadoria numa firma de advocacia "internacional", a Garrigues, para a qual trabalhou entre 2008 e 2010.
A firma de advocacia, com predominância espanhola,  representava interesses da empresa estatal venezuelana PDVSA, ainda no tempo de Chavez...e talvez por isso o PCP ande com muitas cautelas neste caso particular. Vai atirando pedras através dos seus trogloditas de serviço ( Miguel Tiago) mas esconde a mão para não sujar a imagem.

Hoje o Público descobre outra notícia fantástica sobre Paulo Núncio: foi advogado da Zona Franca da Madeira, esse cóio antipatriota que esconde fundos que nos são caros. A fantástica Ana Gomes está farta de o dizer...apesar de o PS dizer o contrário.

A notícia do Público, por isso, tem este relevo, associada à de ontem: "esta não é a única ligação do ex-governante a regiões com tributação privilegiada".

Portanto, temos um advogado-fiscalista, requisitado por empresas estrangeiras e nacionais interessadas em circular dinheiro por offshores e que fez parte de um governo no qual agora foi descoberto um problema de publicitação fiscal das movimentações nessas offshores.
Logo, culpado. De quê, afinal? De ter sido advogado-fiscalista e ter aposto um "visto" manhoso numa ordem interna tendente a publicitar tais movimentações de capitais quando foi Secretário de Estado.

O mesmo advogado já disse que foi sua intenção não publicitar e explicou de modo canhestro porque o fez. Andam agora a procurar motivos ocultos para tal façanha que suspendeu uma ordem de serviço interna que não era lei nem se impunha necessariamente como de cumprimento obrigatório.

Esta notícia de hoje do Público pretende esse efeito malandro: o tipo já andava há muito nestas águas turvas...estão a ver, não estão? O gajo é mesmo malandro...

É este o jornalismo do Público, hoje em dia.

Sobre a Zona Franca da Madeira já escrevi ontem que tem muito mais assunto pedir explicações ao marido da actual ministra da Justiça, Eduardo Paz Ferreira. Percebe há muito tempo da Madeira e também é um suposto especialista em direito fiscal, em zonas francas . Como é também sabido, foi fundador do PS e  o PS recusa beliscar benefícios fiscais da Zona Franca da Madeira.  O BE não tem o mesmo entendimento e desconfio que o Público alinha por este diapasão...

Quanto ao assunto de fundo, ou seja, as tais transferências para offshores é coisa do passado, já pouco interessa. Por exemplo, saber isto que o Jornal Económico relatou há dois dias:



 Por esta notícia se denota que o grosso das transferências para offshores ocorreram  por conta e risco do BES/GES, em datas que comprometem já, em grande parte o actual governo e não o anterior. Ocorreram por causa da Venezuela e da crise que enfrentam particularmente a empresa estatal de petróleos.

O BES tinha tal empresa venezuelana como o seu principal e melhor cliente. Em 2014 transferiu milhões e milhões que detinha em depósitos, para uma offshore no Panamá. Porquê?

Não foi certamente por causa do Núncio. Foi, além do mais,  por causa distodisto e disto. E mais isto. O BES ficou sem alternativa quando o seu maior cliente lhe roeu a corda. Conjugado com o que se passou em Angola, também por causa da Sonangol, a tempestade foi mais que perfeita e afundou-se o maior banqueiro português.

O Núncio no meio disto é um peão sem brega alguma. Na realidade o assunto das notícias do Público é, por isso mesmo,  o caso BES/GES, mas os seus jornalistas ainda não sabem...
Também é, incidentalmente, acerca de uma marquise atamancada ao edifício e o conspurcou. Por causa disso, o "inginheiro" técnico do acrescento, licenciado pela UnI ao Domingo,  vai responder na próxima Segunda-feira no DCIAP. 


Por tudo isto é que o Jerónimo anda muito calado e cauteloso: os tiros ao Núncio vão-lhe sair todos pela culatra. Quanto à cretina Catarina é o costume: ignorância, arrogância e petulância.O resultado irá ser a irrelevância.

14 comentários:

  1. ehehehe atavismo e estupidez natural.

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  2. Mas alguém (dos idiotas que o PS plantou a mandar bocas para o ar) se deu ao trabalho de saber se os venezuelanos ainda têm dinheiro no pós-BES?
    E pior do que isso, querem ver se de uma vez por todas os investidores (estrangeiros e nacionais) se colocam ao largo?

    As galinhas já se sabe que vão alimentando o chinfrim, mas coitadas só podem aumentar o ruído do que lhes chega de bandeja, pois não sabem nada de coisa nenhuma.

    O Nuncio já se percebeu que ficou na rifa, é uma espécie de Macário Correia no tempo do Independente, que entre várias opiniões teve a ousadia de emitir uma polémica, pois não gostava de panilas.

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  3. Por mim já me contentava em saber quem foi o escritório de advogados que ficou com o encargo de representar os interesses dos venezuelanos depois da Garrigues...

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  4. O José não vai dizer nomes, mas desconfia do escritório do maquiavel das beiras…

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  5. Como é que um pasquim como o Público, que não tem credibilidade e leitores sabe Deus, ainda é discutido e condiciona a agenda política como se tivesse?
    A favor deles, li um título a dizer que a CGD perdeu 4 mil milhões em seis anos. Bad!

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  6. Os revolucionários venezuelanos como sempre tem acontecido não pouparam em armas.Submarinos aos montes, aviões enfim prepararam-se para uma invasão que nunca veio mas ficaram tesos...
    Cá estamos tesos mas foram muito poupadinhos em armas.É mais para salvar o planeta cá dentro e lá fora pois que ninguém quer saber para quê tanto orçamento do MNE.Descolonizaram, mas não na despesa...
    Com um milhão de africanos espalhados por aí, muito com a dupla nacionalidade, não propagandeiam as campanhas eleitorais das democracias africanas cá dentro.Daí os turcos ficarem fulos por não nos terem escolhido a nós... os mais modernos dos modernos que aceitamos a dupla representação para os acolhidos e sentados na nossa mesa do orçamento...
    Depois admiram-se das bancarrotas...

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  7. Quanto ao Núncio que passou todo o seu tempinho a atiçar os cães informáticos para cobrar com ou sem razão que vá bebendo copos de água...e pense que se voltar a haver mar que reexporte mas é a despesa...coisa tipicamente de direita...

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  8. Andam por aí 30000 ilegais a fazer o quê?A trabalhar? De certeza?Ou em luta por mais uma legalização para que a raça mista vença?Um dia claro...

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  9. Ahaha!
    É preciso muita lata.
    A quadrilha parlamentar do PS, em vez do tiro ao Núncio, podia começar a explicar o que por lá fizeram nos tempos do saudoso "engenheiro" apanhado na "Operação Marquês" com as calças na mão.
    Mas, isso também ninguém lhes pergunta. Os partidos da esquerda soft, PSD/CDS não têm coragem para tanto.
    Há dias uma jornalista inglesa dizia que as TV's agora não têm jornalistas, têm atores que seguem um guião. O "Público" e afins têm datilógrafos :)

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  10. O Nuncio é peixe miúdo
    A intenção é chegar ao Doors, enfiado até às orelhas no lamaçal venezuelano

    Como o Público não vende cheta, vai vivendo das avenças do tio Belmiro, que aguarda a recompensa pela PT perdida.

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  11. Mas chegar ao Doors em quê? A Venezuela é terra queimada para dar seja o que for e se desse primeiro era o inginheiro marquês

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  12. O Doors é muito fino, considero que é outra eminência parda do regime. Conhece os meandros e os corredores como poucos, sabe muito de muitos e tem telhados de vidro e esqueletos no armário.
    Em relação aos outros figurantes, desta opereta rasca e de final infeliz, são demasiado miseráveis para serem alguém na vida.
    Estão convencidos que mandam alguma coisa-
    Uns zé-ninguém

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  13. Parece evidente e subserviente a decisão de não publicar as estatísticas, o alegado erro informático que escondeu algumas transferências do controlo do fisco, e os interesses profissionais particulares de Núncio.
    .
    O facto de parecer evidente não quer dizer que seja inequívoca a ligação destes indícios. Muito menos que haja uma tentativa de ocultar movimentos com origens em rendimentos ilegais. Pode ser apenas uma coincidência.
    .
    Movimentos de dinheiros para paraísos fiscais, tidos como destinos sem controlo e troca de informação, não é crime mas é natural que quem use estes canais queira esconder a massa e ter a garantia de que de lá não vem informação para cá. Por esta razão é que os bancos nacionais que fazem essas transferências são obrigados a comunicar os movimentos em declaração específica.
    .
    Ora, se há um 'erro informático ' que não faz chegar a informação aos serviços centrais e se ao mesmo tempo, por coincidência ou não, o governo resolve não publicar as estatísticas que servem para indagar eventuais incumprimentos, a coisa deixa de cheirar bem. Se cheira a rato é provável que haja um rato.
    .
    Só se pode saber se se trata dum rato ou não se se investigar a fundo. Sem partidarites associadas.
    .
    Bem faz o jornal o público em denunciar o caso. Haja algum jornal livre e desassociado com grupos, grupelhos e partidos.
    .
    Rb

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  14. O caso da publicação das estatísticas é um não assunto que só foi levantado para esconder o verdadeiro assunto: como é que se deu o assalto à CGD pelos partidários do PS.

    Só isso e sobre isso ninguém se importa em saber apesar de ser dinheiro nosso, dos cidadãos contribuintes que está em causa.

    No caso das offshores o Ralha já disse que não estão em causa dos impostos.
    No caso da CGD estão e de que maneira!


    A loucura sectária dá nisto.

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