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sábado, maio 06, 2017

A Censura democrática

Aqui fica um artigo em seis páginas no Século Ilustrado de 18 de Janeiro de 1975 sobre a liberdade de imprensa. O tempo, na época era de preocupação com a censura...de esquerda, marxista e considerada legítima.
O artigo é de uma revista italiana- L´Europeo- mas o assunto, segundo o mesmo Século Ilustrado, paradoxalmente vem revelar estranhos paralelismos com o chamado caso português". 




Por outro lado, nessa altura estava em estudo a feitura de uma nova Lei de Imprensa e a edição de 15 de Fevereiro de 1975 do mesmo semanário tinha uma entrevista com Sousa Franco, presidente do Grupo de Trabalho que elaborou o projecto de lei.

De acordo com um intelectual citado pelo mesmo, a referida Lei de Imprensa destinar-se-ia a "substituir a Censura por uma lei de imprensa que fosse equivalente a ela"...ou seja, instituir uma censura democrática.


 

1 comentário:

  1. onde está quem se intitula presidente de todos os portugueses?
    e o monhé?
    2 itinerantes


    É a hora!
    por Nuno Castelo-Branco, em 06.05.17

    venezuela_portugal.jpg
    Muito bem se fez tudo o que devia e tinha de ser feito: ofereceram-lhes protecção, guarida, assistência médica, escolas para as crianças, alimentos e agasalhos.
    Com todo o direito, partiram livremente e sem qualquer impedimento.

    Agora o que há a fazer com os recursos acumulados e que não podem ser desperdiçados?

    Isto: chegam todos os dias de forma tão sorrateira que a imprensa prefere minimizar, centos e centos de portugueses refugiados da situação do há muito previsível descalabro generalizado na Venezuela. O aeroporto do Funchal vê agora certas cenas que Portugal preferiu ostensivamente ignorar em 1974,1975 e 1976. O mesmo processo, os mesmíssimos casos de desespero total. O país não pode agora virar as costas a esta situação caótica que um dia destes tornará a Portela, Pedras Rubras, Funchal e Faro em acampamentos.

    Desta vez as nossas autoridades foram avisadas e como sempre improvisaram às cinco para a meia noite.

    Há gente que passou do meio século de vida e que não só não possui a menor possibilidade de se integrar no mercado de trabalho, como também nada, absolutamente nada possui no nosso país. Nem sequer gente de família ou uma muda de roupa. Devem ser de imediatos integrados no sistema de Segurança Social ou no RSI. Aos outros, os mais jovens que querem reiniciar por cá as suas vidas, deverão ser abertas linhas de crédito por parte do banco do estado, estabelecendo os seus afazeres e novos negócios.

    O que há então a fazer de imediato?

    1. Entreguem-lhes as casas abandonadas por quem há pouco partiu. Isto implica devassar a parte imobiliária acumulada pela banca estatal e privada, persuadida a libertar casas para o acolhimento de quem delas agora imperiosamente necessita. É uma medida demasiadamente radical? Sim, sem dúvida e por isso mesmo deve ser adoptada.

    2. Entreguem os mesmos serviços de assistência médica a quem deles muito precisa, acabando de chegar de um país onde os medicamentos e cuidados de assistência há muito se volatilizaram. Os mais idosos deverãos er devidamente tratados de forma célere e sem delongas burocráticas.

    3. Quem tenha filhos, deverá poder contar imediatamente com a integração dos mesmos nos equipamentos escolares da zona destinada à fixação, mesmo que provisória.

    4. Alguns dos que chegam mantêm a ilusão de retornar um dia à Venezuela. Enquanto isso precisam de ser protegidos, tratados, alimentados e agasalhados. Outros, mais realistas, dizem que jamais regressarão àquele país que os viu nascer. Conhece-se bem este tipo de história, Portugal já a viveu.

    Boa parte da sociedade organizou-se, recolheu fundos, mantimentos, roupas e boas vontades. Não pode isto ser atirado para o fundo das conveniências poíticas de de armazéns à espera não se sabe bem de quem e do quê.

    Utilize-se imediatamente o que foi acumulado e ofereça-se total assistência a estes necessitados. É o mínimo que a mais elementar decência impõe.

    O país deve nestes infelizes reparar aquilo que uma boa parte da sua actual população jamais esqueceu.

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