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quinta-feira, junho 22, 2017

Num chega...o SIRESP tem Costas largas.

 Observador:

Depois de tudo o que se passou, há equipas que ainda estão no terreno e não estão a utilizar o SIRESP — Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal. O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP), Fernando Curto, afirma ao Observador que é “assustador e anormal, mas neste momento há bombeiros, como algumas equipas de sapadores de Lisboa, que estão no terreno e que estão sem SIRESP, porque ele não funciona.”
Fernando Curto considera “preocupante” esta situação porque é esta rede que garante que “todos os agentes estão em comunicação“. E volta a apontar para a influência que a falha do SIRESP pode ter tido na morte de 47 pessoas na EN-236, a chamada “estrada da morte“. Para o presidente da ANBP, o comando teria informação de que a estrada “estava no perímetro do incêndio” e não terá conseguido comunicar com quem estava no terreno (GNR e bombeiros) para tentarem evitar que as pessoas fossem para ali encaminhadas.
O comandante, no posto de comando, tinha de ter a informação que aquela estrada estava no perímetro do incêndio, que ela não tenha chegado em tempo útil só pode ter-se dado devido a uma falha de comunicação“, explica Fernando Curto.
O presidente da ANBP diz que o SIRESP “sempre falhou” e garante, por exemplo, que “em Vila Nova de Gaia não funciona o SIRESP”. Fernando Curto não quer fazer previsões. “Não vou dizer que se não houvesse falhas no SIRESP, não havia mortes naquela estrada. Mas se pessoas foram encaminhadas para uma estrada supostamente segura, que era perigosa, é porque houve falhas de comunicação“, acrescentou.
Quanto às redes redundantes, Fernando Curto diz que não substituem o SIRESP, que considera “imprescindível para a comunicação entre as várias entidades”.


                                                                 ***

Comentário: o SIRESP pode não ter funcionado, mas havia outros meios de comunicação imediata. A brigada de trânsito da GNR que estava no IC8 não precisava do SIRESP para saber do perigo que era a EN236. 

15 comentários:

  1. Bastava andarem 7 kms!

    Não andaram mas bloquearam a IC8 naquele nó e isso só pode ter por interesse de poderem circular mais livremente os carros de bombeiros.

    Enviaram quantos carros por volta das 7 horas?

    Por que estrada?

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  2. Até diria que fizeram mais. Escolheram aquele nó porque era dali que podiam circular os carros de bombeiros.

    Deixaram apenas como forma de saída a única por onde nunca os próprios se lembraram de usar!

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  3. Forma de saída das aldeias. Das pessoas. Eles não se aventuraram pela mesma estrada que acharam segura para quem fugia.

    Nem eles nem mais ningem. Nem a ministra, só por coisas que quando chegou já toda aquela gente tinha morrido e nem se deu conta disso.

    Ninguém deu. Entraram pela IC8 e agora dizem que a IC8 foi encerrada para defesa da população ameaçada.

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  4. Estúpidos é dizer pouco...

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  5. Pois é. Mas até acredito que a estupidez seja a principal explicação.

    Isso e o favorzinho da estrada desentupida para transitar quem mais conta.
    Porque se lembraram tarde e a más horas que era preciso enviar mais meios para fora de Pedrógão Grande.

    Por causa dos tais mirones- primeiro 20 que se lembraram de relatar como as únicas vítimas.

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  6. E toda a gente contou essa mentira.

    Até em jornais estrangeiros li que toda aquela gente morreu na estrada por estar descontrolada e se ter enfiado ao acaso onde não devia.

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  7. Quem vem no IC8, no sentido oeste-leste, para ir para Pedrógão, primeiro passa na viragem para a EN236-1 e foi por aí que se desviaram. Só a seguir é a viragem para Pedrógão.

    Logo, quando as "autoridades" chegaram, foi preciso levantar o "corte"...para os demais cidadãos. Se não fosse assim, tinham dado de caras com os mortos na estrada. Havia de ser bonito...

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  8. O trajecto das autoridades foi este da A 13 a Pedrógão Grande.
    Claro que levantaram o tal bloqueio da IC8 que dizem ter feito para proteger as populações às 7 da tarde, apesar de à mesma hora não se terem dado conta dos fogos que aconteceram de "forma inesperada".

    E vamos sempre ter aos dois nós da IC8 que eles bloquearam

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  9. Esse tal "comandante" é militar?

    Se não é militar a que propósito usa o título? Comanda o quê, ao certo?

    Saberão os "protetores" da "proteção" o que é um comando, uma operação ou uma manobra?

    Esse tal sirespe é superior aos meios e técnica das Forças Armadas?

    Os rádios ficaram sem pilha?

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  10. Se tivessem ficado não se lembravam de cortar o IC8 naquele local preciso...

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  11. Acho que desta vez o MºPº vai apurar tudo certinho e como deve ser.

    Quem lá está no terreno merece toda a esperança em que tal aconteça e rapidamente.

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  12. Parece que há imagens da comitiva do 1º-ministro a passar no IC8 cortado.

    https://www.youtube.com/watch?v=UZRpekIQDhc


    Replico o que deixei noutro local, onde vi as imagens:

    "Mas a que horas foi isto? Após as 18.50? Isto são mesmo imagens do IC 8 no dia 17 de Junho de 2017?

    1. Se o IC 8 foi cortado, às 18.50 horas, por razões de segurança, i.e., se não se podia admitir que particulares ali andassem por questões da segurança destes, seguramente não se permitiria ao Primeiro-Ministro de Portugal correr os riscos que aqueles não podiam correr.

    2. Mas se a estrada foi cortada para que estivesse livre para as comitivas que iam chegar, e puseram a Guarda a encaminhar as pessoas para estradas com metade da largura e árvores até à berma…

    Já tinha lido alguma coisa sobre isto noutro lado, mas é mau demais. É preciso perceber a que horas foi isto (se as imagens são mesmo da data e local alegados) e porque é que a comitiva pôde circular em estrada demasiado perigosa para os cidadãos em geral."

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  13. terry:

    Se isso assim foi teremos borrasca grossa se os media lhe pegarem...

    Por mim, vou fazer por isso uma vez que será um escândalo inominável e eventualmente irá fazer cair o Governo.

    Tal e qual.

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  14. a 17 de Junho de 2017?

    1. Se o IC 8 foi cortado, às 18.50 horas, por razões de segurança, i.e., se não se podia admitir que particulares ali andassem por questões da segurança destes, seguramente não se permitiria ao Primeiro-Ministro de Portugal correr os riscos que aqueles não podiam correr.

    2. Mas se a estrada foi cortada para que estivesse livre para as comitivas que iam chegar, e puseram a Guarda a encaminhar as pessoas para estradas com metade da largura e árvores até à berma…

    Já tinha lido alguma coisa sobre isto noutro lado, mas é mau demais. É preciso perceber a que horas foi isto (se as imagens são mesmo da data e local alegados) e porque é que a comitiva pôde circular em estrada demasiado perigosa para os cidadãos em geral."(Terry Malloy)

    Terry, foi exactamente como descreveu. É mais do que evidente que o IC8 foi fechado para que o primeiro ministro e comitiva (ele, qual marajá... ou rainha de Inglaterra) tivessem campo livre para poderem circular à vontade sem contratempos ou impedimentos ou atrazo de um minuto provocado pelas viaturas da plebe... Pois claro, os inúteis tinham que chegar na hora combinada para poderem ser filmados e entrevistados pelas várias televisões... todas compradas pelo poder. Tudo o que o sistema inventar para contradizer esta verdade, é pura mentira. Claro que o Costa e restantes ministros com cargos públicos, que, por acção ou omissão, estiveram directamente relacionados com esta catástrofe, têm inteira culpa por terem enviado conscientemente 64 cidadãos para a morte, todos eles serão protegidos do escândalo/tragédia por todos os meios ao seu alcance, não sendo o menor deles a comunicação social escrita e falada toda ela nas mãos da classe política ou, se se preferir, do sistema, este satânicamente engendrado e cìnicamente introduzido em Portugal.

    Quanto ao criminoso e negligente (não) combate aos fogos logo desde o seu início e que em poucas horas se transformaram em incêndios incontroláveis, é bom lembrar o que os habitantes de Pedrogão e horas depois nas restantes vilas e aldeias circundantes, afirmaram que durante todo o dia de Sábado e parece que toda a manhã de Domingo (neste dia só se avistava nos céus daquela vila um pequenino helicóptero que naturalmente não andava ali para combater incêndios, deve ter sido para inglês ver) não viram helicópteros ou aviões a atacar os incêndios que tinham por essa altura progredido alarmantemente. O que fez com que os canadairs não actuassem na devida altura??? Quem deu ordem para que eles se mantivessem em terra? Foi poupança no combustível (que também terá sido) ou outra coisa muito pior? Explicações sobre estas acções criminosas são exigidas com carácter d'urgência da parte do governo.

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