Hoje estende este artigo sobre sinais exteriores de riqueza que estão associados a corrupção e "ninguém faz nada".
O caso singular retratado diz respeito a um antigo ajudante de Santana Lopes ( claro) , também presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis precisamente durante o tempo em que aquela foi directora do jornal diário da Sonae.
Toda a crónica gira à volta de um carro de luxo emprestado ao agora arguido Loureiro por empresário amigo e que a cronista critica por ser dádiva superior ao limite da "mera cortesia".
Subjacente, no artigo, está a corrupção e a ausência de luta adequada mormente através da sindicância de certos sinais exteriores de riqueza.
Ao ler a crónica lembrei-me logo disto, que a TVI reportou em 2010:
Em qualquer país civilizado esta notícia que dava conta da preferência de um primeiro-ministro em funções por uma loja de "apparel" de luxo no estrangeiro e com o nome próprio na montra, seguido do cargo público exercido, daria pano para mangas de reportagem e inquérito no Parlamento se os media lhe "pegassem". O Público nunca "pegou".
Em 30.3.2013 o Correio da Manhã que a antiga directora do Público deve julgar um "pasquim" , divulgou esta notícia:
Um mês e meio depois de ter saído da liderança do Governo,
José Sócrates comprou um Mercedes-Benz classe S 250 CDI em primeira mão, no
valor de 95 mil euros, que continua em seu nome, apurou o CM. Anteontem à
noite, porém, o ex-primeiro-ministro deixou o carro de luxo com o motorista e
apresentou-se na RTP, para a sua primeira entrevista desde que regressou de
Paris, ao volante de um Volskwagen Golf alugado. Sócrates adquiriu o Mercedes,
novo, em Agosto de 2011 - pouco depois de ter sido derrotado nas eleições de 5
de Junho e de ter saído do Governo no dia 21 do mesmo mês. Mas na RTP,
quarta--feira, afirmou: "A primeira coisa que fiz quando saí de
primeiro-ministro foi pedir ao meu banco um empréstimo para ir viver um ano
para Paris, sem nenhuma responsabilidade ao nível profissional." O
ex-líder do PS não referiu, porém, ter contraído qualquer empréstimo para
comprar um classe S por 95 mil euros.
E acompanhou com foto do local e do modelo:
Um mês e meio depois de
ter saído da liderança do Governo, José Sócrates comprou um
Mercedes-Benz classe S 250 CDI em primeira mão, no valor de 95 mil
euros, que continua em seu nome, apurou o CM. Anteontem à noite, porém, o
ex-primeiro-ministro deixou o carro de luxo com o motorista e
apresentou-se na RTP, para a sua primeira entrevista desde que regressou
de Paris, ao volante de um Volskwagen Golf alugado.
Sócrates adquiriu o Mercedes, novo, em agosto de 2011 - pouco depois de
ter sido derrotado nas eleições de 5 de junho e de ter saído do Governo
no dia 21 do mesmo mês. Mas na RTP, quarta--feira, afirmou: "A primeira
coisa que fiz quando saí de primeiro-ministro foi pedir ao meu banco um
empréstimo para ir viver um ano para Paris, sem nenhuma responsabilidade
ao nível profissional." O ex-líder do PS não referiu, porém, ter
contraído qualquer empréstimo para comprar um classe S por 95 mil euros.
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/politica/detalhe/saiba-tudo-sobre-o-carro-de-luxo-que-socrates-comprou
Em qualquer país civilizado estas notícias seriam replicadas por jornais como o Público, que lhe "pegariam" para questionar os visados sobre os factos. O Público de Bárbara Reis nunca "pegou".Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/politica/detalhe/saiba-tudo-sobre-o-carro-de-luxo-que-socrates-comprou
Teriam evitado o que se passou tempos depois, com o espalhafato mediático da prisão de um antigo primeiro ministro à saída de um aeroporto e que este tipo de jornalismo asséptico tanto criticou depois? Provavelmente. De qualquer modo seria assim que o jornalismo serviria a democracia e não a oligarquia, como o Público sempre fez, tendencial e partidariamente, o que se torna ainda mais vergonhoso. Uma prova disso está precisamente no artigo de hoje: o visado não é do partido afecto.
Bastaria que o jornal dirigido então por esta Bárbara Reis, "pegasse" no assunto.
O Público não pegou. E Bárbara Reis era a directora. E não foi por falta de informação e comentários, na época. Pode por isso ir dar banho ao cão se é que o tem.
O que revela com isto são os seus sinais interiores de pobreza, afinal.
À Bárbara interessam mais pretinhos.Aí ai de quem não se disponha a participar alegremente na raça mista...
ResponderEliminarno jornalismo de esquerda anda tudo à venda e à compra
ResponderEliminarjerónimo-martins
e antónio das mortes
são os máiores
Saliento uma diferença, o artigo de BR surge na sequência de uma investigação, detenções várias e apreensões; O Sócrates à época apenas usava marcas de camisas, cuecas, meias ou carros caros, tal, por si só, não constitui qualquer ilícito pelo que, a não ser por devassa ou lançar uma suspeição torpe, dificilmente poderiam ser objecto de notícia por parte de um jornal de referência.
ResponderEliminarPode ser subtil mas faz toda.
"O Sócrates à época apenas usava marcas de camisas, cuecas, meias ou carros caros, "
ResponderEliminarA Câncio parece que não será da mesma opinião. Mas acreditava que tudo vinha da fortuna mirífica de uma família desconjuntada em volfrâmio.
Enfim, cada qual procura ver o que lhe apetece.
Não foram só roupas caras a indiciar o assalto. O caso singular do Mercedes que custa quase 100 mil euros associado à ida para Paris numa nebulosa de despesas que a avença com a Octapharma não poderia justificar, deveria conduzir necessariamente à tal suspeita que agora o Hermínio Loureiro também carrega.
E este já se declarou inocente porque deve estar tudo em nome de um amigo qualquer...vai ver.
O problema é mesmo o de as pessoas quererem ver apenas o que lhes convém por motivos vários, mas tem a ver essencialmente com o clubismo que desculpa tudo aos "nossos".
Não há, na maior parte das pessoas um espírito minimamente isento.