No DN de hoje, o historiador Jerónimo de Sousa, um antigo afinador de máquinas que tirou o curso de alfabetização em História, à noite, enquanto acumulava horários de trabalho no Parlamento e na fábrica ( facto real) escreve uma série de obscenidades.
Em 31 de Outubro de 1979 como mostra esta foto no O Jornal, Jerónimo já estava reformado do trabalho como operário e charlava com os seus pares, professores universitários de Direito, em Coimbra..era o tempo em que os deputados do PCP davam ao partido o que recebiam "a mais".
Jerónimo, aliás, ainda vive nesse tempo, prè-queda do Muro. Ainda continuará da dar ao Partido o que recebe "a mais"?
A imagem deve ser da revista Sputnik, as Seleções do Reader´s Digest soviéticas.
José Milhazes, no Observador, responde a este texto eivado de falsidades que evidentemente não é inteiramente da autoria de Jerónimo, mas do "colectivo", como é de rigor...
O enfraquecimento e degeneração intelectuais do Partido Comunista
Português são um facto cada vez mais evidente, principalmente quando o
seu dirigente Jerónimo de Sousa mente, falsifica a História e tenta
passar mais uma certidão de idiota aos portugueses.
Num artigo de opinião
publicado no DN, o secretário-geral comunista começa por escrever: “Foi
numa Rússia semifeudal, dominada pelo poder autocrático e repressivo
dos czares e da mais alta nobreza, com mais de cem nacionalidades
oprimidas, destruída pela I Guerra Mundial, com um povo fustigado pela
exploração, a repressão, a pobreza, a fome e o analfabetismo que, no dia
7 de Novembro de 1917 (25 de Outubro no antigo calendário russo), o
proletariado russo, com o papel de vanguarda do Partido Bolchevique,
conquistou o poder e lançou as bases de uma nova sociedade sem a
exploração do homem pelo homem”.
Ora qualquer aluno do 12º ano sabe que aqui há uma série de mentiras
ou de indícios de analfabetismo histórico. Primeiro, a revolução
comunista não foi feita contra o “poder autocrático e repressivo dos
czares e da mais alta nobreza”, mas contra um Governo Provisório que
mantinha na Rússia um sistema pluripartidário e se preparava para dar
uma Constituição democrática ao país”. Segundo, não foi o proletariado
russo que tomou o poder, mas um pequeno grupo de bolcheviques que só na
cabeça de Jerónimo de Sousa queriam criar um regime sem exploração do
homem pelo homem. O dirigente comunista não deve conhecer a velha
anedota soviética: “Qual a diferença entre o capitalismo e o socialismo?
O capitalismo é a exploração do homem pelo homem, enquanto que o
socialismo é exactamente o contrário”.
Claro que ninguém duvida, como escreve o dirigente comunista, que “a
Revolução de Outubro é (e continuará a ser) o acontecimento maior da
história da humanidade”, mas diz apenas meia-verdade pois mente ao
afirmar “que inaugurou uma nova época, a época da passagem do
capitalismo ao socialismo”. Pergunta-se: onde está esse socialismo
actualmente na Rússia e na maioria dos países que enveredaram ou,
melhor, foram obrigados a enveredar por essa via de desenvolvimento? Deu
lugar novamente ao capitalismo. Até na China se transforma cada vez
mais num regime capitalista oligárquico que explora os trabalhadores até
ao tutano.
Jerónimo de Sousa mente também quando afirma que a revolução
resultante do golpe de Estado comunista “fica marcada como a primeira e
única a empreender com êxito a gigantesca tarefa de construir uma
sociedade nova em que os recursos, os meios e os instrumentos do Estado e
do país foram postos ao serviço do povo”. Como é sabido, a União
Soviética era dirigida por uma oligarquia que, às vezes, nem sequer
atirava migalhas ao povo. Será que os milhões de soviéticos que morreram
de fome tinham os recursos, os meios e os instrumentos de que fala o
líder comunista, mas não sabiam?
É hilariante a afirmação de que “a edificação do novo Estado
significou a instauração de um verdadeiro e genuíno poder popular, uma
nova forma de democracia participativa – os sovietes”.
Qualquer pessoa minimamente informada sabe que os sovietes não eram
mais do que correias de transmissão do único partido existente na URSS: o
PCUS. Os sovietes foram completamente burocratizados e não passaram de
mais um instrumento de limitação das mais elementares normas
democráticas. Senhor Jerónimo de Sousa, a democracia não tem adjectivos:
ou é ou não é.
Bem, eu pagaria para ver o dirigente comunista dizer aos chechenos,
tártaros da Crimeia, estónios, lituanos, etc., etc., o seguinte: “De
facto, a fundação em Dezembro de 1922 da URSS como união voluntária de
nações iguais em direitos, significou um exemplo para todo o mundo da
forma como a nova sociedade se construía e dos novos princípios em que
se baseava e resolveu um gigantesco e complexo problema nacional”. As
deportações em massa, a que dezenas de povos foram sujeitos, é mais uma
prova de que Jerónimo de Sousa foge à verdade.
Parafraseando António Aleixo, para que as mentiras passem melhor é
preciso misturar alguma verdade: “A URSS, num curto período de tempo
histórico, alcançou um significativo desenvolvimento industrial e
agrícola, erradicou o analfabetismo e generalizou a escolarização e o
desporto, eliminou o desemprego, assegurou a saúde pública e a protecção
social, garantiu e promoveu os direitos das mulheres, das crianças, dos
jovens e dos idosos, expandiu o impacto dos movimentos de vanguarda
artística e as formas de criação e de fruição da cultura, conquistou um
elevado nível científico e técnico, colocou em prática formas de
participação democrática dos trabalhadores e das massas populares,
empreendeu a solução da complexa questão de nacionalidades oprimidas,
incrementou os valores da amizade, da solidariedade, da paz e cooperação
entre os povos”.
Quanto á vanguarda artística e formas de criação, por exemplo, o
dirigente comunista faz de conta desconhecer em que se transformou a
arte soviética, numa coisa chamada “realismo socialista”, que matou
qualquer tipo de criatividade. Os inovadores, fossem escritores,
pintores ou músicos, foram perseguidos, presos ou obrigados a fugir da
URSS.
Aqui recordo mais uma anedota soviética. “O que é um trio soviético? É
o que resta de uma orquestra do Teatro Bolshoi depois de uma digressão
pelo Ocidente”.
No que respeita à amizade dos povos, Jerónimo de Sousa certamente não
terá em vista o anti-semitismo ou as perseguições de que acima falei.
Estaria de acordo quando o líder comunista escreve sobre os êxitos
económicos e sociais que “no final da década de 80 do século XX, a URSS
encontrava-se na vanguarda em diversas tecnologias; possuía um terço do
total de médicos do mundo e a mais baixa taxa de mortalidade do planeta”
ou ainda que “em 1980, a União Soviética tinha 997 médicos para 10 mil
habitantes e todos os tipos de assistência médica eram gratuitos”, mas
só se ele fosse capaz de explicar o que levou uma superpotência tão
próspera a ruir onze anos depois. Será que devemos mandar às malvas o
marxismo-leninismo, no que respeita ao papel das massas, e acreditar que
foi mesmo a CIA e um grupo de traidores que deram cabo, em tão pouco
tempo, de um regime tão sólido como o soviético?
“A Revolução de Outubro projectou-se em todo o mundo determinando
grandes conquistas e avanços civilizacionais e libertadores para os
trabalhadores e para os povos”: esta é, talvez, a única verdade
existente entre a enxurrada de mentiras disparada por Jerónimo de Sousa.
Mas já foge à verdade quando acrescenta que, “no seguimento da
Segunda Guerra Mundial, foi ainda com o determinante papel da União
Soviética que se alterou profundamente a correlação de forças
internacionais, dando origem a uma nova ordem mundial que ficaria
consagrada na Carta da ONU”. Como é sabido, Estaline não libertou metade
da Europa do fascismo, mas substituiu esse jugo tenebroso por outro que
não lhe ficou atrás quanto ao terror e violência.
Depois de enumerar os problemas do capitalismo que todos conhecemos, o
dirigente do PCP continua teimosamente a insistir que “o futuro da
humanidade não reside na exploração, opressão, pobreza, injustiça e
guerra, mas sim na realização do sonho milenar do homem, na sua
libertação, na paz, no progresso social e na justiça – no socialismo e
no comunismo”.
Não nos venha com receitas velhas e promessas de que “nós não iremos
repetir os mesmos erros”. O resultado é sempre o mesmo. Por isso, não
nos venda mais mentiras, pois hoje é 7 de Novembro e não 1 de Abril.
Para um electricista (?), exprime e escreve muito bem!
ResponderEliminardiz-se que
ResponderEliminara 5ª da Atalaia
a sede com telhados de vidro
foram compradas pela urss
actualmente vivem
dos impostos dos contribuintes
e da festa do avante
se uma camara foi-se
1/3 é 'desmasiado'
A música de fundo é à vontade do leitor(a)
ResponderEliminarNo túmulo dos livros,
versos como ossos,
se estas estrofes de aço
acaso descobrirdes,
vós as respeitareis,
como quem vê destroços
de um arsenal antigo,
mas terrível.
Ei-la,
a cavalaria do sarcasmo,
minha arma favorita,
alerta para a luta.
Rimas em riste,
sofrendo o entusiasmo,
eriça
suas lanças agudas.
E todo
este exército aguerrido,
vinte anos de combates,
não batido,
eu vos dôo,
proletários do planeta,
cada folha
até a última letra.
O inimigo
da colossal
classe obreira,
é também
meu inimigo
figadal.
Anos
de servidão e de miséria
comandavam
nossa bandeira vermelha.
Nós abríamos Marx
volume após volume,
janelas
de nossa casa
abertas amplamente,
mas ainda sem ler
saberíamos o rumo!
onde combater,
de que lado,
em que frente.
(A Plenos Pulmões, Maiakovsky 1928-1930)
●as melhoras
Para quê persistir no reconhecimento de um partido ou ideologia onda jaz a mera seita?
ResponderEliminarSe é tanta a glória plantada pelo socialismo científico das gloriosas revoluções ditadas por iguais entre iguais onde está a evidência na herança?
Passemos à frente da tecnologia, da revolução digital, da verdadeira liberdade de pensar e dizer ao ponto do (até) disparate, quais são as marcas que nos foram legadas por tão gloriosos tempos?
Patentes médicas? Nã
Modelos pedagógicos? Nã
Colossos Económicos? Nã
Génios do pensamento? Nã
Grandes invenções/inovações disruptivas? Nã
Está difícil... Mais um esforço, e recitemos marcas que rimam com esses socialismos: Kalashnikov, Antonov, Kamov, enfim coisas que prevalecem notoriamente e com efeitos insubstituíveis no mundo contemporâneo!!!
Li por aí que na verdade o inventor do telemóvel era filho das revoluções e terá inovado em 1955??? Tal era a inovação consumada que levou mais de 4 décadas a ter serventia?! Haja pachorra!
Os socialismos matam com requintes de psicopatia e o resto é paisagem (ardida).
Têm razão quanto à educação. Instrução, melhor dizendo. Não vejo como se possa negar - era francamente boa. Não sei se acessível a todos, mas que era boa, era. Ainda é, parece-me. Se já o era antes, não sei.
ResponderEliminarQuanto ao capitalismo, mas qual capitalismo?
Havia capitalismo na Rússia czarista, fora dos capitalistas judeus que alegremente patrocinaram a tal revolução, feita, em grande parte, pelos seus cadetes?
O golpe deu-se contra a monarquia russa e aquele que era o último bastião não-liberal da Europa.
ResponderEliminarNão é por acaso que os comunas sacaram o poder aos liberais democacas que saparam previamente a monarquia - e não a esta, o que não conseguiram nem conseguiriam - no que foram, os ditos democacas liberais, objectivamente, aliados dos revolucionários. Como, aliás, em todas.
ResponderEliminarDiz o José, a terminar, que Jerónimo de Sousa continua teimosamente a insistir em receitas velhas de que "o futuro da humanidade não reside na exploração, opressão, injustiça e guerra, mas sim na realização do sonho milenar do homem, na sua libertação, na paz, no progresso social e na justiça - no socialismo e no comunismo".
Forçoso é concluir que, ao invés, o José defende que o futuro da humanidade reside na exploração, na opressão, na injustiça e na
guerra. Que o sonho milenar do homem, da sua libertação, do progresso social e da justiça é fruto de mentes doentias.
Quanta raiva destilada contra o sonho milenar dos explorados e oprimidos. O fascismo não passará, José, dure a luta o tempo que durar.
Digo-lhe no entanto o seguinte: não esperava isto de um magistrado jubilado.
João Pedro
E quem tiver dúvidas que leia o Soljenitsine para ver como os social-democacas e outros liberais sabotaram sistematicamente as reformas do czarismo para o fazerem tombar, em concerto com a comunagem.
ResponderEliminarAchavam que saíam por cima... Não valiam o chumbo e a pólvora que os eliminaram.
"... insistir que “o futuro da humanidade não reside na exploração, opressão, pobreza, injustiça e guerra, mas sim na realização do sonho milenar do homem, na sua libertação, na paz, no progresso social e na justiça – no socialismo e no comunismo”. (José Milhazes)
ResponderEliminarEstas linhas e o restante texto deste autor, que o José reproduziu, são verdades que doiem que nem punhais.
Tenha o José Milhazes deixado de ser comunista ou continui a sê-lo, devemos estar-lhe agradecidos pela frontalidade e honestidade demonstradas ao ter vindo a revelar verdades aterradoras sobre o regime soviético escondidas do Ocidente durante largas décadas, através dos seus livros, artigos e crónicas. Mais que não fosse, só por isto ele está mais do que de parabéns.
Só falta este autor revelar mais documentos ainda considerados secretos e ainda em posse do regime Russo, sobre os comunistas portugueses, com destaque para os seus principais dirigentes, que estiveram fortemente ligados à PIDE-DGS. Embora ele já tenha vindo a revelar uma parte (ínfima?) destes ficheiros, falta o mais importante. Há que trazê-lo á luz do dia.
Se mais ninguém o fizer, espera-se que José Milhazes tenha a determinação e a coragem para o fazer. Ele, mais do que ninguém, está na posse do que é necessário para uma empresa desta importância: tem o conhecimento total da língua e do país e é um conhecedor profundo do que foi realmente o regime soviético e o tremendo sofrimento que ele provocou àquele bom e nobre povo, além da destruição quase irremediável em que transformou um imenso e orgulhoso país.
O modo horrìvelmente cruel como os comunistas-sionistas (sim, a seita já estava fundada nesta altura e já puxava os cordelinhos nas ante-câmaras do poder e de que maneira) se quiseram desfazer do Czar e família sob ordens directas do sanguinário Lenine e o modo bárbaro como eles foram assassinados, não tem perdão possível e pena foi que os seus autores nunca tivessem respondido perante a Justiça (se a houvesse então ou mesmo posteriormente e ainda a tempo) por tão demoníaco crime.
Só seres humanos destituídos de alma e possuídos pelo demónio puderam ser capazes de praticar uma tal selvajaria. E eles foram as duas coisas.
"Têm razão quanto à educação. Instrução, melhor dizendo. Não vejo como se possa negar - era francamente boa."
ResponderEliminarQue obras de vulto temos para ler, fruto dessa educação esmerada?
Médicos, engenheiros, cientistas...que descobriram eles nestas últimas décadas para a Humanidade poder usufruir?
Alguma coisa na cosmologia? Alguma coisa na ciência da computação? Na Inteligência Artificial?
E nas Humanidades o que dizer? Onde estão os autores russos de renome e importantes? Traduzidos por quem?
Parece-me que a tal educação é um Mito. Mais um.
Ah! Lembrei-me agora: temos o Karsperski que aliás uso. Mas já havia outros...e vários: Norton. McFee, etc etc.
ResponderEliminar"Não é por acaso que os comunas sacaram o poder aos liberais democacas que saparam previamente a monarquia - e não a esta, o que não conseguiram nem conseguiriam - no que foram, os ditos democacas liberais, objectivamente, aliados dos revolucionários."
ResponderEliminarUma grande verdade. Um padrão que se vai repetindo: as "boas almas" vão desgastando o poder até lhe tirarem o tapete. Não assustam ninguém, levam o adversário à desistência e à abstenção, para longe da firmeza e da determinação.
Quando os "retrógrados" estão fora de cena é altura de entrarem os camaradas, a ordem está desarmada.
Miguel D
O comunismo morreu. O capitalismo globalizou-se e substituiu os amanhas que cantariam.
ResponderEliminar.
O problema nos dias que correm não reside no morto. Reside na ressurreicao dos fascismos. De esquerda e de direita. Nacionalismos exacerbados que trazem consigo coisinhas más como a xenofobia, autoritarismo, etc.
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Aliás, aquilo que justifica uma permanente guerra contra uma ideologia morta é bom indicador do ressurgimento virulento dos fascismos. Os fascistas é que precisam de encontrar comunas para desancar aludindo a falsos perigos comunistas, num populismo demagógico para fazer impor os ideais fascistas.
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Por essa razão é que vemos os extremistas de direita inventar comunistas. Eles descobrem comunistas onde eles não existem para arrigimentar a pandilha.
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Rb
Obscenidades, muito bem dito José. E gostei da anedota do trio, apesar de não dar para o campeonato do mundo… Nunca se viu hordas de ocidentais a querer saltar o muro para o outro lado — a não ser os sociopatas que iam em visita e voltavam maravilhados, pelo que depois se viria a ver em toda a sua extenção —, nem esta verdade tão simples demove os crentes.
ResponderEliminarA educação não sei… nos tempos que correm não é difícil ser melhor que a ocidental. Eu nos tempos de engenharia comprava livros da mir de matemática e física… há para lá bons crâneos, mas como a repressão e falta de iniciativa privada faziam o resto, não criaram nada que se visse. Avanços tecnológicos significativos não me lembro de nenhum que não tenha sido com base em espiões e ladroagem.
ResponderEliminarTinham o Tupolev, copiado do projecto Concorde, até no nariz adunco. Também desapareceu, como o outro.
ResponderEliminarTiveram grandes jogadores de xadrez. Mas outros também tinham. Tiveram ginastas e atletas que faziam acrobacias com esteróides.Idem, aspas. Tiveram um Nureyev que parece dançava bem, mas nunca vi. E o Bolshoï seria coisa de se ver, tal como o metro de Moscovo.
Mas tudo isso é poucochinho para quem promete amanhãs a cantar porque na maior parte dos dias era choro de manhã à noite. Nos Gulags, por exemplo.
E quando a KGB batia à porta.
Bem, por essa lógica então também os americanos valem pouco que se veja e os nazis estão a anos-luz de todos os outros.
ResponderEliminarSenão, vejamos: inventaram o motor a reacção - sobre o qual assenta toda a aviação mundial desde então e ainda a exploração espacial. O carrito que inventaram para o povo, ainda anda aí a dar curvas e, até há pouco tempo, ainda era fabricado em alguns países.
A máquina de cifragem Enigma já assentava, praticamente, na compreensão do que teorizou Alan Turing.
E, ao tempo dos Jogos Olímpicos de Berlim, já era possível ir aos Correios e fazer uma vídeo-chamada para um posto numa cidade diferente. Quanto tempo demorou o capitalismo a chegar lá? 50, 60 anos?
Até a energia atómica foram cientistas alemães, italianos e outros. Judeus, também, para quem acredita nessas coisas...
Portanto, que fizeram os americanos, propriamente, que se veja?
Desse ponto de vista, há Alemanha, Inglaterra, França e Itália, e o resto é paisagem...
Que fizeram o Japão? Ou a Suíça?
Os Tupolev ainda voam. Os do ISIS descobriram-no na pele, recentemente.
ResponderEliminarOs americanos andam há anos a desenvolver um super-avião, que pelas derrapagens em orçamento e tempo que já leva, mais valia terem entregue o projecto ao Sócrates, que ele com uma PPP não fazia pior...
Os americanos? Pense bem em quem são as principais empresas capitalizadas em bolsa hoje em dia e onde está o centro da inovação tecnológica que tal permitiu.
ResponderEliminarOs fundamentos terão sido os alemães e de outras coisas mais: por exemplo o som gravado ( antes do Edison) e o hi-fi. E isso diz-me muito porque sou fanático do som. No bom sentido, acho.
Os alemães são, nesse aspecto o povo que mais admiro. Ainda hoje têm tudo o que precisam e fabricam tudo o que é preciso. Menos uma coisa: humildade.
Hmm, vejamos então. Segundo a wiki:
ResponderEliminarApple Inc. - electrónica de consumo
Alphabet Inc. (Google) - publicidade
Microsoft - Programas de computador/electrónica de consumo
Amazon.com - retalho em linha
Berkshire Hathaway - conglomerado financeiro
ExxonMobil - petróleo
Johnson & Johnson - equipamento médico, drogaria
Facebook - publicidade
JPMorgan Chase - banco
Wells Fargo - banco
e estas que vão entrando e saindo do "top":
Tencent (China) - telecomunicações em linha
Alibaba Group (China) - retalho em linha
De efectivamente útil e produtivo, que há? Apple e os seus dispositivos, ExxonMobil na energia e Johnson & Johnson.
No meio disto tudo, quais devem a inovação ao capitalismo propriamente dito? ExxonMobil e, eventualmente, Johnson & Johnson.
Microsoft fez-se a vender um sistema operativo arcaico, pois já na altura havia muito melhor - desde logo na Apple. Quanto muito, anti-inovou. Gates era excelente negociante, porém...
Apple que começou numa garagem com uns engenhocas. Verdadeira inovação nos computadores foi quase toda assim e em pequeninas empresas que não estão no "top", ou foram entretanto compradas por outros gigantes: Xerox, Digital, Sun, etc.
E mesmo nessas, seria preciso ver quem eram os verdadeiros inovadores e donde vinham. Aliás, pode fazer-se o mesmo exercício nos "gigantes da inovação" tecnológica Apple, Google, MS ou Amazon...
Portanto, o que podemos concluir é que os americanos são bons, sobretudo, a negociar. E convenhamos que quando se controla a moeda na qual se efectuam as trocas comerciais internacionais também ajuda...
E quem diz americanos, diz americanos com apelidos de certa sonoridade germânica... Esses, então, especialmente conhecidos pelo talento para o negócio...
ResponderEliminarOu seja, no fundo, o capitalismo é bom a fazer empresas que vendem e cujo valor depende de quanto vendem...
É como uma história que um certo Atalli - que não tem apelido de sonoridade germânica, mas podia ter - conta sobre calças de uma perna só: servem para vender, e revender, e revender...
O capitalismo não é (apenas) bom a produzir invenções e empresas. É essencialmente bom a elevar o nível de vida do pessoal.
ResponderEliminar.
Rb
A todos os níveis, claro. Sem excepção.
ResponderEliminar.
Porém, para que as economias produzam bem-estar o capitalismo não deve ser um capitalismo de estado que não passa duma ditadura ou dum corporativismo que previligia um punhado de empresários amigos do regime como no tempo do Salazar. Nada disso, o capitalismo deve assentar na igualdade de oportunidades, isto é, toda a gente sentir que pode chegar lá. Como na América com o American dream.
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Rb
Os salazaristas são também putinistas. Claro, como não podia deixar de ser.
ResponderEliminarA única diferença entre o salazarismo e o putinismo reside nas características pessoais dos líderes: enquanto que Putin rouba para ele próprio e para os seus, o Salazar era desprendido dessa característica. Dormia num colchao de palha e tinha gostos e necessidades simples. Porém permitia que os seus roubassem à grande e à francesa.
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São regimes semelhantes. O capitalismo de estado e o corporativismo salazaristas obtinha as mesmissimas consequências. Um punhado de boas empresas emergiam por mera pre seleção e não por méritos como acontecia na América.
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Não é de admirar que o maior defensor do Salazar neste blogue, o mujinha, seja simultaneamente o maior defensor do Putin.
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Mal lhe cheirou que o trump podia vir a ser um sério candidato ao putinismo (salazarismo, portanto) os saudosistas do antigo regime atingiram o orgasmo. O dragão percebeu de imediato o erro e demarcou-se. Foi preciso o trump apoiar Israel com convicção. A única virtude do homem, vá, é o único defeito na percepção dos ditos saudosistas.
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É quem não salta é putinista olé olé.
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Rb
muja:
ResponderEliminarquem está no centro da inovação tecnológica que permitiu o aparecimento das "tecnológicas" do software e hardware, como algumas indicadas?
Quem é que na prática fez essas empresas e potenciou a sua expansão mundial que permite que estejamos aqui a trocar mensagens, que a Google nos permite?
"Johnson & Johnson - Dispositivos Médicos"
ResponderEliminarTodas as empresas da Companhia não foram fruto de investigação mas sim de aquisição.
A CIA e o KGB sempre arranjaram homens e mulheres que a troco de dinheiro faziam serviços de espionagem.
O Milhazes pelos serviços prestados à pátria tem lugar assegurado no Panteão Nacional; ficará ao lado da dona Amália e recordará a sua infância e juventude:
Numa casa portuguesa fica bem
Pão e vinho sobre a mesa
E se à porta humildemente bate alguém
Senta-se à mesa co'a gente
Fica bem esta franqueza, fica bem
Que o povo nunca desmente
A alegria da pobreza
Está nesta grande riqueza
De dar, e ficar contente
Quatro paredes caiadas
Um cheirinho à alecrim
Um cacho de uvas doiradas
Duas rosas num jardim
Um são josé de azulejo
Mais o sol da primavera
Uma promessa de beijos
Dois braços à minha espera
É uma casa portuguesa, com certeza!
É, com certeza, uma casa portuguesa!
No conforto pobrezinho do meu lar
Há fartura de carinho
E a cortina da janela é o luar
Mais o sol que bate nela...
Basta pouco, poucochinho p'ra alegrar
Uma existência singela...
É só amor, pão e vinho
E um caldo verde, verdinho
A fumegar na tigela
Quatro paredes caiadas
Um cheirinho á alecrim
Um cacho de uvas doiradas
Duas rosas num jardim
Um são josé de azulejo
Mais um sol da primavera...
Uma promessa de beijos...
Dois braços à minha espera...
É uma casa portuguesa, com certeza!
É, com certeza, uma casa portuguesa!
É uma casa portuguesa, com certeza!
É, com certeza, uma casa portuguesa!
No centro da inovação tecnológica? Depende. A origem é quase toda militar, com pessoal das universidades. Desde os primeiros computadores até à Internet.
ResponderEliminarA World Wide Web, que é o que lhe permite aceder ao blog, foi criada no CERN.
O servidor que provavelmente corre o software de blogging foi escrito numa universidade ou por um russo em código aberto, dependendo de qual usem. O sistema operativo foi escrito por um finlandês - código aberto. Garantidamente não é o da mui capitalista Microsoft.
Tudo já estava disponível bem antes de haver Google, muito pouco se deve a inovação capitalista.
Mas como o Google vende os seus dados aos que querem publicitar produtos, "oferece-lhe" o "espaço" - ficando com a propriedade da informação - que é o negócio deles.
Por isso essa história do capitalismo ser a única alternativa é uma grande balela.
ResponderEliminarO capitalismo não é alternativa a nada. Nem tão pouco é um sistema ou regime político. É, quanto muito, um fenómeno. Que, como todos, pode ser benéfico ou nocivo conforme as circunstâncias.
A inovação nada tem que ver com o capitalismo que é fenómeno do lucro pelo lucro.
A inovação capitalista, apesar de toda a fanfarra, tem resultado apenas em quantidades enormes de tralha que não vale nada e que é necessário substituir logo a seguir. O carro nazi do povo ainda anda aí, com quase 80 anos.
Os idiotas dos comunas é que perseguem, tocados à tal inveja, as quimeras saídas da patologia emocional e afectiva dos judeus que inventaram essa treta. Como se o lucro pelo lucro não tivesse existido desde sempre...
O que não existe desde sempre foi esse fenómeno ter rédea livre, que foi o que, e para o que, obraram - e obram - os liberais.
E, em "liberais", incluo os auto-denominados "conservadores".
ResponderEliminarEm boa verdade, se o comunismo é tocado a inveja, igualmente se poderá dizer que o capitalismo é tocado a ganância.
ResponderEliminarDois pecados mortais - o que não deve ser coincidência...
Não desvalorize os americanos e a tecnologia que souberam rentabilizar. Se não fossem eles, não havia www, apesar de ter sido inventada pelo tal do CREN ( Craig Venter, já agora é de que nacionalidade?)
ResponderEliminarTim Berners-Lee - inglês.
ResponderEliminarEu não desvalorizo nada. Não sobre-valorizo é os negociantes em mais do que o valor que têm: saberem negociar.
Não é fácil negociar. Gerir um negócio tem arte e tem saber. Mas é apenas isso: negociar.
E num mundo onde o negócio tem rédea livre, a única consideração é o lucro. Apenas e só. Quem tem outras acaba consumido pelos que não se desviam do essencial.
ResponderEliminarAo depois, admiram-se que a ganância, erigida em sistema, dê origem ao nemesis que é o sistema da inveja...
Não são apenas os americanos que funcionam na ganância ( greed is good...)
ResponderEliminarOs alemães que não são tanto assim funcionam em modo capitalista e não se lhes pode apontar o mesmo vício.
"Bem, por essa lógica então também os americanos valem pouco que se veja e os nazis estão a anos-luz de todos os outros. "
ResponderEliminarPor essa lógica e por qualquer outra, isso é a pura verdade. Aliás uma especulação interessante é onde estaria a humanidade em termos científicos que os nazis tivessem ganho. Li algures que toda a electrónica baseada em silício não existiria, seria algo muito diferente.
O resto Muja, lamento imenso, não tem qualquer mérito da sua parte. Estar a desvalorizar as conquistas americanas em termos científicos, cultural, artístico… é bizarro. É um facto absolutamente indiscutível. Nem percebo para se esta a discutir. E que na URSS nada disso aconteceu e ficaram a anos de luz em termos científicos, culturais, artísticos, sociais… é igualmente indiscutível. Têm bons matemáticos, bons físicos, bons químicos, bons escritores — conheço mal mas não digo que não —, mas para um país daquela tamanho, é incomparável com os EUA.
Agora Tim Berners-Lee, inglês, o computador da net? Um NeXT, americano. A Suíça foi uma coisa mais geográfica, não desvalorizando o CERN. E pode dizer — he pá, isso é Steve Jobs, um tipo de ascendência síria, não é americano. Mas isso não é parte de toda a ideologia do país? O sonho americano? Chegar a um país selvagem e poder ser alguém? Não estão lá neste momento, milhares de cientistas de todo o Mundo, designadamente portugueses? Com condições de trabalho dignas? Porque é que a URSS, como grande rival em tudo designadamente ideológico, não atraiu gente para lá trabalhar e desenvolver o país?
ResponderEliminarA Apple tem neste momento milhares de trabalhadores de outros países, que o cavernícola Trump quer expulsar. Não foi sempre com cérebros de fora que a américa andou para a frente? No fim da WWII foi um bodo aos pobres aqueles cientistas alemães… quantos não se atiraram para os braços dos aliados, já na época a fugir à selvajaria e ao terror comunista?
Eu não desvalorizei nada.
ResponderEliminarSimplesmente afirmei que a instrução soviética era boa. E são os próprios russos que o afirmam. E até dizem mais: que era melhor que hoje em dia. E não são os comunistas.
E mesmo nos outros países do bloco soviético dizem coisas semelhantes: havia coisas que funcionavam melhor, outras funcionam melhor hoje.
Nem sequer generalizei ao comunismo.
Mas, já agora, gostava de saber que conquistas artísticas e culturais são as dos americanos...
Os alemães são uma potência de inteligência indiscutível e igualmente de trabalho. Não terem estado na vanguarda da internet acho intrigante, mas diz ainda mais dos americanos como organização social e país.
ResponderEliminarA outra escala é como os judeus com o cinema. Quem fundou quatro dos cinco grandes estúdios foram judeus. Desde aí sempre controlaram o cinema, tv e informação. Mas foram eles que viram o futuro, investiram e colheram.
A Suíça dou de barato é um pequeno país, mas poderia comparar-se com Portugal… já a pergunta do que fez o Japão, só pode ser provocação. Entre uma cultura incomparável e milhares de coisas a todos os níveis, fez o LED, que me permite ver este ecrã, nem patenteado foi. Se foram depois os americanos que ganharam dinheiro, é outra história.
Quem tem mais patentes em todo o mundo? Quem tem um sistema de venture capital pronto a apostar em quem mostre potencial de ir a gerar qualquer coisa lucrativa, sem complexos?
ResponderEliminarFalei no Craig Venter por isso.
Mas nós também dizemos que a educação no Estado Novo era melhor. E era. E não é difícil. Agora é só javardos.
ResponderEliminarRecentemente um japonês ultrapassou Edison em patentes registadas. Acho que não estou a dizer mal. Que fez o Japão? Só esse indivíduo tem mais patentes que Portugal inteiro.
ResponderEliminarE não esquecer o Karaoke! Dr. Nakamats, 3.300 patentes em seu nome. Incluindo o floppy disc!
ResponderEliminar"By his count, Dr. NakaMats has clocked 3,377 patents, or three times as many as Thomas Edison (1,093 and no longer counting). “The big difference between Edison and me,” he says, matter-of-factly, “is that he died when he was 84, while I am now just in the middle of my life.”
ResponderEliminarHehe… o Japão deu-nos o optimismo!
Eu perguntei o que fez o Japão porque a pergunta era o que fez a URSS.
ResponderEliminarNão desvalorizo nada o Japão, já lá estive e impressionou-me.
Capital de risco? E então? O que prova isso a não ser que eles sabem negociar?
ResponderEliminarNão saímos disso.
E a "inovação" tecnológica tem nisso o seu fundamento: é o melhor vector para fazer negócio - um sem-fim de tralha, mais ou menos útil, que dura pouco, e se pode vender em largas quantidades. Made in China.
O mesmo se aplica à "inovação" cultural: a música e Hollywood. Mais tralha que dura pouco e só serve para vender.
Há inovação em tudo o que sirva para vender. O que não serve é obliterado, só estorva. Na melhor das hipóteses, vai para um museu.
É isto a grande alternativa ao comunismo?
É. E colocado assim ainda mais. Porque eu e o Muja, e qualquer indivíduo minimamente esclarecido, se fosse soldado do eixo, arriscaria a vida para ser preso pelos aliados e não pelos comunistas. É um facto, muitos arriscaram. A foto do soldado da RDA a escapar no Checkpoint Charlie é um ícone anti-comunista, porque ilustra bem até que ponto se ia para fugir ao comunismo. Ia-se ao ponto de arriscar, ou de perder a vida. Os EUA, grande alternativa! Esse soldado achou, milhares de outros acharam e eu acho e tenho a certeza.
ResponderEliminarMas não julgue que não entendo o que está a dizer. Entendo. Mas colocado assim? Excelente alternativa. Muito boa mesmo.
Conhece melhor?
ResponderEliminarA resposta à pergunta do que fez a URSS é simples: fez pouco para tanto amanhã a cantar. Até a cantar eram fracos. Foi o que o José disse e está certo.
ResponderEliminarPara uma ideologia que queria dominar o Mundo, que se apresentava como o paraíso numa terra sem Deus, fez mesmo muito pouco. E o pouco que fez, além matar à fome milhões de pessoas, oprimir e desgraçar muitos mais milhões, foi fraco.
Salto para a liberdade. É preciso dizer mais? Só um sociopata ainda defende o comunismo. Quando o 25A aqui se deu, com esse Jerónimo e outros brutos, já o terror comunista era sobejamente conhecido, o grosso dos muitos milhões de mortos já tinham sido consumados, a primavera de Praga já tinha acontecido. Ninguém me convence que houvesse um único destes analfabetos internacionalistas que não soubessem como foi em Praga. E como seria cá, se triunfassem.
ResponderEliminarIsto de interromper o velório do socialismo para lhe fazer a autópsia por necessário que seja não deixa de provocar compreensivelmente. Afinal existem os que falam do morto no modo dúplice de o fazer entre nós ainda que já por cá não ande: morreu, partiu mas permanece até ser carregado ao último repouso. O féretro é bem penoso e concedo o abono da dúvida aos condoídos entes do defunto.
ResponderEliminarFeito o intróito do nojo outros valores se levantam e a vida não nos permite deixar-mo-nos arrastar pelos idos.
Dos 1930's aos 1980's foram mais de 50 pífios anos onde a centralização e uniformização (muito além do pensamento) retirou estéril resultado que não perdura. Iludir a questão falando dos outros (os E.U.A. são a antítese preferida dos enlutados) é assumir a falta de mérito próprio. Na verdade é esta definição pelo negativismo que faz jus à verdadeira natureza do cadáver vacilante quando outrora marchava a passo resoluto e inclemente. Falemos do quanto os outros são maus para parecermos melhor?
Repito a minha questão: onde esta a herança? Qual a perene maravilha operada por longuíssima e tamanha façanha da ideologia?
A existência de génios da física, do xadrez, do desporto, do tudo e mais alguma coisa, provará tanto mérito a esse regime como os nossos génios portugueses dessa contemporaneidade abonam por Salazar! É esse o argumento sério dos empedernidos da seita?
Dos fracos não reza a história: disse-o o socialismo científico das suas vítimas como o dizemos nós desse socialismo ( e não ainda e infelizmente de todos).
Quem quer produzir em comunas? Privar-se em coerência das maravilhas da modernidade ainda que procedentes dos imperialismos? Ninguém? Quem quiser que mande telegrama para a caixa de comentários ou envie um pombo-correio, porque em rigor prescindem na demoníaca internet. Não será assim?
Então se entende, entende.
ResponderEliminarMas a resposta não é essa porque a pergunta foi, em si, a resposta a uma coisa simples que eu afirmei: a instrução soviética era boa. Apenas isto.
Se eu conheço melhor que o capitalismo liberal? Conhecer, conhecer, não conheço. Nunca vivi outra coisa. Mas também não conheço o comunismo, postas as coisas assim. Alguém aqui conhece, verdadeiramente?
Conhecendo da mesma forma conheço o comunismo, então, sim, conheço melhor. O corporativismo é melhor. Até o nacional-socialismo é muito melhor. Nenhum dos dois implica abolir a propriedade privada, por exemplo.
Porém, ir por aí é partir logo do erro. O capitalismo não é alternativa a nada. É um fenómeno. Acontece. Sempre aconteceu e há-de acontecer. Até nos países comunistas há capitalismo porque há sempre alguém que procura o lucro pelo lucro.
A questão é se o capitalismo sem rédea é ou não é desejável. Não sendo, que rédeas se lhe podem pôr e como.
Dizer que a alternativa ao comunismo é o liberalismo é dizer, na prática, que se não pode pôr rédea ao capitalismo - o que é absurdo porque durante muito tempo teve rédea, e curtinha.
E o capitalismo sem rédea há-de sempre engendrar o nemesis correspondente - chame-se ele comunismo ou outra coisa qualquer. É essa a lição a tirar do marxismo. À ganância livre segue-se a inveja desejosa de liberdade, e outras coisas mais - desde logo, cinco perfeitamente identificadas há muito e que todas clamam, respectivamente, a liberdade concedida à irmã erigida em sistema "sem alternativa".
Ou não é?
Tem razão quando diz que só um sociopata defende o comunismo. Eu diria mesmo mais: só um sociopata defende o liberalismo - seja ele qual for - o comunismo ou outro qualquer.
ResponderEliminar@muja
ResponderEliminarNão conheço o comunismo porque nunca o vivi?!
Do mesmo modo desconfio do Nazismo e sou relutante perante o Holocausto?
A peste bubónica será mito de historiadores?
E os dinossauros serão invenção de paleontólogos?
Desconhecer, o que é? Não ter vivido? Ou desdenhar a existência suspeitada quando não mesmo documentada e evidente?
Hitler morreu mas tinha um lindo bigode. A educação soviética era linda, mas sei sem ter vivido?! Em que ficamos? Conhecerá o que vive e faz o laudo àquilo em que se auto-define como desconhecedor?
O nacional-socialismo não aboliu a propriedade privada? Pois, deve ter sido, apenas mudou a propriedade entre privados sem o concurso dos mesmo. Que grande salganhada por aí vai.
Coerência centralista oblige...
@Jorge
ResponderEliminarQuem diz que a educação soviética era boa são os próprios russos que a viveram. Já o li várias vezes de russos anti-comunistas que lá viviam e pus aqui, há dias, um vídeo de um programa da tv russa em tal lá é afirmado. E também afirmam que tinham de esperar horas na fila para obter alimentos.
E então? É nos seus historiadores que nunca lá puseram os pés que devo acreditar? Ou em arrependidos que viam a luz toda e depois ficaram cegos, como o Milhazes?
Quanto ao nacional-socialismo, não dou para esse peditório. É assunto que não discuto com ignorantes. Leia o Schacht e o Delaisi e depois venha falar comigo.
O que é isso do centralismo? Se é cantiga de "libertário", também não dou para isso.
@muja
ResponderEliminarEis que se revela! Obrigado!
Deve reescrever o primeiro statement: (...) os russos que a sobreviveram.
Oscila entre o capitalismo, o liberalismo e até mesmo o libertarismo. Faltam-lhe referências a meu respeito e tergiversa? Não conheço a ideologia capitalista e não sou liberal e menos ainda libertário, deve afinar o retruco.
Quanto à (re)definição do conceito de propriedade privada que ignoro, será aquele em que a garantia de manutenção da mesma não existe? Como pode cometer a aleivosidade de ignorar que todos os deportados, saneados, assassinados, gazeados, eugenizados e por aí cantando alegre, foram privados do gozo do que era seu, isso é respeitar a propriedade privada?!
O primeiro mote de perseguição aos judeus foi a apropriação das suas riquezas e conjugar isso com não abolição da propriedade privada é mais que temerário, é simplesmente tolo.
Das profundezas do meu desconhecimento constato que o capitalismo jamais foi ideologia e Va Exa, do alto da sua sapiência, justapõe-o ao liberalismo e ao comunismo: tamanha erudição...
Por mim tenho um fascínio pelo corporativismo, mas duvido que hoje em dia fosse praticável. Tomara que o fosse!
ResponderEliminarMuja, eu percebo. Aliás o Guardian está a efectuar uma cobertura que me parece meritória dos paradise papers — onde aparece o Príncipe Carlos, embora felizmente para mim, superficialmente —, e tudo aquilo mete nojo. Porque de facto o capitalismo tal como se apresenta não tem limites, sequer de decência mínima.
ResponderEliminarLi este ano que depois de 2008, a bolsa, bancos, finança, está cada vez mais na mesma. Nada resultou positivo de falências e miséria. E aquilo que se constata pelas offshores é que o dinheiro nunca é suficiente. E nesse sentido, é fraco.
Tocqueville é evidente que o nacional socialismo não aboliu a propriedade privada. Se um amigo meu é expropriado para se fazer o nó das Antas, não foi abolida a propriedade privada. Se nos EUA um criminoso fica sem nada não é abolida a propriedade privada, se o mesmo criminoso não pode posteriormente lucrar com os crimes cometidos, escrevendo um livro por exemplo, não se aboliu a iniciativa privada e muito menos a literatura. Parece-me que tem de analisar a propriedade privada da época à luz da época.
ResponderEliminarO corporativismo resultou por cá, pelo menos durante umas décadas. Mas estou convencido que não há sistemas bons, se as pessoas não forem boas. O capitalismo seria melhor se existissem limites, mas teriam de ser os próprios a estabelece-los para si próprios. Tenho 1.000 milhões, podia resolver alguns problemas do próximo, e resolvo. Mas não, tenho 1.000, quero 2.000.
ResponderEliminarA grande falha do capitalismo que não vejo ser resolvida com as leis antitrust, é que tudo tende para o monopólio tal como no jogo. Por mérito ou não, no fim sobrevive um. E o inverso nem sei se é melhor: Em Portugal temos o capitalismo dos pequeninos, com falsa concorrência em tudo que dá dinheiro. Ainda agora pude comprovar isso ao tentar instalar cabo… aquilo entre os três deve ser resolvido numa jantarada, quem vai mamar onde. De modo a manter cerca de 30% do mercado para cada um, sem grandes ondas. Se assim não fosse, estou convencido que a Vodafone já teria esmagado os outros dois. Bastava um átomo dos +130 mil milhões da venda da Verizon nos EUA. Mas não dá jeito a ninguém isso… assim, apesar da publicidade que colocam na caixa, na minha nova rua há vodafone em 5 casas velhas mais abaixo da minha. A casa da frente também tem. A minha do outro lado da rua, parece que é obrigada a ter Meo. Anedódico isto.
Revelei-me? Mas andava escondido?
ResponderEliminarQuem precisa de afinar o retruco é Vocelência: diga ao que vem, já que quer conversa.
Faz-lhe comichão o confisco dos judeus?
Não lha faz o que eles praticam aos miseráveis que vivem, viviam, e sempre viveram na Palestina?
Faz-lhe impressão os eugenizados e alegadamente gazeados de há 60 anos? A mim faz-me mis os milhões e milhões “abortados” desde então, e sem fim à vista, por exemplo. Ou é pior gazeá-los em adultos do que despedaçá-los ainda dentro do ventre materno?
E se vem à caça de bruxas, tome cuidado. Não seria já o primeiro que aqui começava todo anti-socialista e acabava a defender o Sócrates...
não prenderam o raio
ResponderEliminarfecharam uma diz coteca
não fecharam o hospital
a Legionella anda a monte
secou a nascente do Douro
milhares de peixes
morreram no Tejo junto às gravuras que sabem nadar
para o ano provavelmente não se cultivará arroz no Sádico
antónio das mortes endivida o rectângulo a juros baixos
temas desactualizados
pergunta inconveniente
o José é jubilado
ou rejubilado?
Mas já que é ave de arribação, desde já o esclareço: não tenho partido, nem ideologia. Sou português, simplesmente. E isso me basta.
ResponderEliminarSe puder entender, entenda. Senão, paciência.
Jubilado de júbilo, talvez. Mas só e apenas, felizmente.
ResponderEliminar@joserui
ResponderEliminarA sua evidência carece de materialidade. Existem dois aspectos fundamentais que destroem qualquer ilusão de manutenção da propriedade privada pelo III Reich:
- As Leis de Nuremberg, mormente a lei da cidadania, têm uma implementação que ostraciza crescentemente o judaísmo alicerçada em 3 pilares: obrigatoriedade de recenseamento da propriedade, proibição de detenção de explorações fundiárias e gado e, arianização generalizada da propriedade judaica decretando a sua transferência para "alemães puros" por preço decretado e esbulhador
- A não constatação que a manutenção da propriedade privada "de jure" é uma realidade superficial porque escamoteia "que o verdadeiro conteúdo da propriedade dos meios de produção residia no governo alemão. Pois era o governo alemão e não o proprietário privado nominal quem decidia o que deveria ser produzido, em qual quantidade, por quais métodos, e a quem seria distribuído, bem como quais preços seriam cobrados e quais salários seriam pagos, e quais dividendos ou outras rendas seria permitido ao proprietário privado nominal receber" (von Mizes)
Esta questão não é de somenos não só por rigor analítico e histórico mas por ser exactamente a que determina que o nacional-socialismo foi uma forma de socialismo no aspecto económico tendo transformado os proprietários em pensionistas.
Ficar pela superficialidade das questões equivale a não as entender e quanto ao seu exemplo de expropriação ele serve a minha proposição já que manifestamente apela ao exemplo diminuto e esporádico para contraditar o generalizado e sistemático a que aludo, não o consegue.
acredito que as novas fontes de energia limpa vão ter sucesso
ResponderEliminara de origem solar poderá reduzir o preço do barril de petróleo para 10 USd
permitirá casas com energia independente da rede
a energia em França depende em 75% do nuclear
a queda semigráfica europeia será compensada pelos migrantes
a Itália tem 5 milhões de migrantes
a Alemanha 6 milhões
a França e a Espanha não revelam
Outra vez Tocqueville? O nacional socialismo não aboliu a propriedade privada, nem a iniciativa privada. Pode trazer as leis de Nuremberga, das outras cidades todas, vilas e aldeias. Por falar em aldeias, as quintas eram propriedade privada, indivisa. O mais velho herdava, não se dividia em socalcos. Eu não sou pensionista, sou inquilino deste estado ladrão, neste país onde não se pode ter nada que não seja cobiçado pelas finanças.
ResponderEliminar(Também consta, não sei se é verdade, que não faltaram judeus colaboracionistas.)
E outra coisa, eu gosto de andar à vontade na caixa de comentários, que é a única que frequento. Tanta erudição maça-me. Guarde para a próxima tese, entre os seus pares. Vai tirar 20 valores, quase de certeza absoluta.
"Não seria já o primeiro que aqui começava todo anti-socialista e acabava a defender o Sócrates... "
ResponderEliminarAhahah! Essa é que é uma grande verdade!
Jubilado é o Jerónimo… desde 1979 pelos vistos. A revolução paga.
ResponderEliminarFala-se muito aqui da inovação na área do consumo, mas esquecem-se da inovação na área da produção, isto é, na robótica, maquinas ferramentas, materiais, ferramentas. E aí não há pai para Alemães, Suíços e Japoneses. Quanto aos americanos aproveitarem as invenções dos outros, todos os impérios ao longo da história o fizeram e não deixaram de ser grandes por causa disso. Quanto ao sistema comunista, o problema é de incentivos, isto é, quando se mata o incentivo de ganhar mais que os outros, de poder ser rico e superar o outro, tudo cai por terra, pois é isto que alimenta a inovação, a tecnologia.
ResponderEliminarLuís Teixeira
Há mentiras que eles passam como verdades:
ResponderEliminarTaxa de mortalidade infantil: Estão manipuladas. Só registavam as crianças nascidas com quase um ano. As crianças que morriam antes de 1 ano nunca entravam na contabilidade.
Saúde: era péssima. Para se conseguir uma radiografia ou qualquer diagnóstico mais complexo tinha que se subornar funcionários. Os médicos, condutores de ambulância andavam permanentemente bêbedos e corria a máxima "Eles fingem que pagam nós fingimos trabalhar".
As elites tinham médicos ocidentais quando precisavam.
Longevidade. A divergência da longevidade tornou-se evidente entre a Alemanha de Leste e a Ocidental. Os de leste viviam menos dois anos e a genética era a mesma.
Mas o Jorge tem razão.
ResponderEliminarEra de facto assim. Mas a propriedade privada mantinha-se. A fábrica não pertencia ao Estado. Mas era o Estado que dirigia superiormente a economia. Porque a economia sujeitava-se ao interesse nacional e não o contrário. E isso está bem.
Mas as casas eram das pessoas, e isso vale muito mais do que decidir o que a fábrica produzia ou deixava de produzir.
Muja, aboliu ou não aboliu? É o que está em causa. Não aboliu. As quintas eram de quem? Das famílias. Os negócios? As fábricas? Eu também concordo que a economia se sujeite ao interesse nacional, é o que está correcto. Claro que aí se pode argumentar que o grande interesse era primeiro a preparação e depois o esforço de guerra. Ou seja, o nacional socialismo não foi verdadeiramente testado tempo suficiente, como modelo económico, em condições, vá lá, normais.
ResponderEliminarTendo em conta os belos resultados do 25A eu fui formando a opinião que as empresas deviam de ser privadas; entretanto, tendo em conta os belos resultados das privatizações, defendo que há sectores que nunca deveriam sair das mãos do estado e aí, os EUA, são de facto o pior modelo possível. Esta falta de integridade, a falsa concorrência, a corrupção pura e simples, o desinteresse completo pelo cliente, desgosta-me. Energia, telecomunicações, ctt, infraestruturas, saúde, etc, etc. Tudo nacional. É patético constatar que só foram privatizadas empresas vagamente monopolistas e de renda garantida. As deficitárias perpetuamente continuam a ser "nossas". Grandes gestores! Ao nível de um Bava!
Não aboliu, evidentemente!
ResponderEliminarO esforço de guerra começou apenas em 39.
Pessoalmente, acho que o nacional-socialismo não é de aplicação universal. Adequou-se ao temperamento dos alemães e, eventualmente, adequar-se-á ao dos asiáticos - suspeito que a Coreia do Norte pratique uma espécie de nacional-socialismo também.
Duvido muito que funcionasse em Portugal. Não temos o temperamento adequado, que requer muita disciplina.
Há, porém, lições a tirar - a preocupação da estabilidade da moeda - que Salazar advogava; e a definição de um cabaz de produtos de primeira necessidade cuja estabilidade do preço era a orientação central da economia.
Evidentemente, isto não se podia, nem pode, fazer de um dia para o outro...
Mas o corporativismo parece-me adequado ao nosso temperamento e escala da economia. Com a vantagem de ter funcionado durante séculos. No Estado Novo não houve propriamente condições ideais para o colocar em prática, mas há lições que se podem tirar, também.
Aliás, a maioria das “conquistas” democráticas não são mais do que a expansão desordenada do que já vinha sendo feito no Estado Novo: salário mínimo, higiene e segurança no trabalho, previdência, contratos colectivos, etc.
Não é preciso revolução. Basta retomar o caminho e avançar com prudência.
Estudar com dúvida, realizar com fé.
O homem sabia bem o que fazia...
O que o @Jorge parece ignorar é que não foi precisa repressão por aí além para levar os alemães a adaptarem-se ao novo sistema. Ao contrário do que os dirigentes soviéticos - que no início eram quase todos não-russos - tiveram de fazer.
ResponderEliminarOs judeus eram, para todos os efeitos, estrangeiros. E ninguém duvida da repressão qie sofreram.
Mas isso é uma circunstância do tempo e espaço em que decorreram os factos. E os ditos não se coibiram, em 36, de fazer publicar, num jornal de tiragem mundial, em gordas, que a Judeia declarava guerra à Alemanha. E, porém, hoje, ganem que nem desalmados contra o movimento BDS em relação a Israel.
Eu não pretendo fazer a apologia de nenhuma injustiça, mas também não me acho capaz de julgar quem estava a ser injusto.
Em Portugal não vejo que houvesse ou haja necessidade de fazer nada parecido, e isso é que me interessa.
Mas também havia aspectos maus no nacional-socialismo.
ResponderEliminarHavia racionamento de alguns bens. Mas, nesse aspecto, o socialismo funcionava: era igual para todos. Não tenho dúvidas que houvesse dirigentes nazis que se aproveitassem. Ma também não tenho dúvidas que, sendo apanhados, eram sumariamente fuzilados.
Como, aliás, o foram comandantes de campos de concentração acusados de maltratar os judeus. Isto é facto.
Mas este tipo de coisa era, e é, inimaginável em Portugal.
Somos demasiado poucos para andar a fuzilar sumariamente o pessoal - independentemente de eventualmente o merecerem ou não. É mantê-los afastados do que possam subverter e até acabam por contribuir.
Para se ter ideologia é preciso ter-se ideias.
ResponderEliminar"O esforço de guerra começou apenas em 39."
ResponderEliminarNão é inteiramente verdade… nos anos anteriores foi o rearmamento, guerra civil espanhola, etc… Sempre foi uma economia de guerra, acho eu.
Em em 1955, dez anos depois já tinham reconstruído uma boa parte do país e a funcionar melhor que por cá, em termos de inovação e racionalidade.
ResponderEliminarTenho uns documentos da época que atestam tal coisa e são impressionantes. Acho que já os publiquei aqui, em tempos.
Com este sistema democrata estilo bandalheira e irresponsável em que quem está "in" come e quem não está cheira é que não vão a lado nenhum sem ser mais uma bancarrota
ResponderEliminarE o "sistema" não quer sair do impasse.Actualmente com os chineses a rirem-se de ser tão fácil ocupar o que não era deles...
Entretanto temos um grande exército de doutorados.45000 e com tendência a subir.Claro que a maioria tem aquele gene do alegado combate à pobreza, racismo e paz no planeta.Mas sempre a piorar...porque para distribuir alguém tinha que produzir e não é cantando a internacional...
assisti como adulto ao que o José acaba de dizer
ResponderEliminarna Alemanha há outro tipo de gente que nunca seremos
disciplina
persistência
seriedade
...
vivi anos nas proxinidades
e tive ocasião de ver
por cá é
bandalheira
ou rebaldaria
Está aqui
ResponderEliminarAlguma vez teria que discordar do Muja.
ResponderEliminarNo que respeita à política económica dos nacional-socialistas, é indesmentível que há uma recuperação da actividade e do emprego nos primeiros 3/4 anos, o plano do Schacht, obras públicas etc.. A partir de 37 as coisas são diferentes e começam a acumular-se desequilíbrios colossais (uma dívida fora de controlo, por ex.) que só não são mais evidentes por causa do início da guerra. Nisto, o papel do Göring é absolutamente nefasto. E por falar em corrupção, basta dizer Karinhall e as Reichswerke Hermann Göring .
Tenho uma impressão muito negativa das capacidades administrativas da generalidade dos responsáveis nazis, as constantes duplicações de entidades, o darwinismo mais primário até na competição entre departamentos estatais. Há obviamente excepções extraordinárias a esta regra, que, com a capacidade do povo alemão, explicam muito os feitos notáveis na frente económica nos anos 30.
O modelo português era incomparavelmente superior em tudo, desde a solidez dos princípios teóricos à sabedoria por detrás da execução prática, a gestão da moeda, o primado da lei, a concertação dos interesses no respeito pelo interesse geral. E tudo a partir de uma situação muito mais precária do que aquela em que se encontrava a Alemanha em 33.
Miguel D
Poderás ter muitas ideias, ó pascácio, mas consegues ir escrevendo sem dar conta de nenhuma.
ResponderEliminarTalvez sejas somente um idiota...
JRF,
ResponderEliminarSchacht diz que foi nos fins de 38 que Hitler decidiu mobilizar a economia para a guerra. E que foi por isso que ele, Schacht, decidiu sair pois não concordava com isso.
Evidentemente houve antes o rearmamento e enviaram material para Espanha, mas não creio se possa dizer que era uma economia de guerra.
É impressionante a reconstrução depois da 2ª Grande Guerra, mas há que contar aí com o dinheiro americano...
ResponderEliminarQuando os nazis chegaram ao poder a situação era diferente. Havia zero capital disponível, zero reservas de divisa estrangeira e uma inflação alucinante.
A favor deles tinham somente a capacidade industrial intacta. Havia fábricas e havia mão-de-obra.
Miguel D,
ResponderEliminara que dívida se refere? Tanto quanto sei, a Alemanha trocava em géneros com os outros países, eventualmente adoptando depois um sistema em que os parceiros comerciais tinham uma conta de créditos em que os alemães pagavam as importações e que os outros países podiam depois gastar em mercadoria alemã.
Não havia, portanto, possibilidade de dívida em divisa ao exterior. Os países exportadores para a Alemanha apenas podiam ter mais ou menos créditos de exportações alemãs.
Quanto ao resto, não nego que fosse o caso.
ResponderEliminarO modelo português era superior, quanto mais não fosse, porque o era para nós. E isso é quanto basta.
Todavia, não sei se se poderá dizer que a nossa situação era mais precária que a alemã. Eles tinham a grande vantagem de já estarem industrializados, mas não se pode subestimar o estado desastroso em que eles se encontravam. Se Portugal alguma vez enfrentar uma situação semelhante - sem divisa estrangeira, sem capital, sem crédito em lado nenhum, com uma inflação absurda - não sei se sairemos dela.
Mas isso pouco importa. É irrelevante saber se estávamos pior ou melhor porque a solução para os nossos problemas não dependia da Alemanha.
E nunca poderemos ter a pretensão da autocracia. Nem quando Portugal ia até Timor, muito menos agora.
Porém, é evidente que o sistema de trocas comerciais internacionais é defeituoso e também pernicioso, porquanto está feito para os financeiros lucrarem, em primeiro lugar, e só depois para a conveniência dos interesses nacionais propriamente ditos, dos países.
O liberalismo força os países a uma esquizofrenia permanente em todos os planos. No económico, os estados são forçados , pelas circunstâncias e realidade das coisas, a intervir na economia ao passo que vigorosamente declaram que o Estado não pode nem deve intervir e que isso é que é o melhor. A polarização idiota socialismo/capitalismo apenas perpetua essa esquizofrenia.
Tal como no plano político se apregoa aos sete ventos que o ideal é ser toda a gente livre, quando governar é, por definição, restringir concretamente a liberdade.
Em ambos os casos, a esquizofrenia previne que se discuta o que realmente importa: qual é a boa forma de o Estado dirigir a economia e quais são as boas restrições à liberdade.
A esquizofrenia é evidente quando pergunta a alguém que é muito pela "liberdade" e acha o liberalismo muito bem, se a liberdade deve ser absoluta. Dizem que evidentemente não.
ResponderEliminarDesde logo, então, estamos perante uma trambiquice.
O que toda a gente, sem excepção, que se diz a favor da liberdade quer significar, é que é a favor das liberdades que lhe convêm. Ou seja, concretamente, pelas restrições à liberdade com as quais concorda.
Ser pela liberdade é ser pelo absurdo, ser por uma coisa que se nega a si própria. Na prática, ninguém é. Porque, como dizia Salazar, as contradições são possíveis no pensamento, mas não na acção.
Daí que toda a discussão que envolva "a liberdade" é, no melhor caso, uma trambiquice inconsequente. No pior, é fraude com vista a encobrir restrições à liberdade que se planeiam mas não se querem revelar.
Todo o paleio acessório e circundante de "direitos", sobretudo quando "fundamentais", é palha do mesmo palheiro.
Quando alguém fala em direitos fundamentais, já não se aproveita nada.
A autoridade pode conceder garantias e liberdades, e estas podem ser boas ou más conforme muitas coisas; a questão, nem sempre fácil ou linear, é saber quais são quais.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarO Max Stirner desmontou isso.
ResponderEliminarMuja,
ResponderEliminarRefiro-me à dívida pública, não à dívida externa.
A execução orçamental vai ficando cada vez mais comprometida, dívida em 38/39
" The result was that Schacht had to increase the money
supply and run up a massive deficit to counterbalance the loss in
capital and keep the rearmament going. From the start of Hitler’s
reign to the end of MeFo bill financing, the amount of RMs in
circulation rose from 3,560 million to 5,278 million. But from
March to December 1938, currency circulation rose to 8,223
million RMs, effectively rising more in ten months than it had in
the previous five years.7"
Aqui http://cupola.gettysburg.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1188&context=ghj
Miguel D
nomes estrangeiros + utilização de ... para parecer inteligente.
ResponderEliminarOs Adolfs podem ter pouco para ensinar mas, pelos vistos, ainda têm algumas coisas.
Ainda estás vivo? Continuas a mesma diarreia intelectual com os seguidores da ordem!
ResponderEliminarMARIA: Eles não revelam nada, pois são feitos da mesma massa. Os extremos tocam-se
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