Enfim, o dito Zé Pedro, indivíduo da minha idade, parece que era um "gajo porreiro" e espero por iso que esteja em paz, junto de Quem aparentemente não acreditava que existisse. Ou então acreditava porque houve missa de corpo presente, nos Jerónimos (!).
O caso porém, é que o assunto já o transcende por via de um fenómeno cuja manifestação só compreendo através da análise de um Bourdieu que escreveu há 50 anos um livrinho sobre a sociedade do espectáculo, com teses de pendor marxista, aferidas a produtos, mercadorias e modos de produção, incluindo culturais.
Este espectáculo agora apresentado sobre o significado do que Zé Pedro fez nos últimos 40 anos legitima assim uma visão única, fruto de um pensamento único que é agora imposto aos leitores e espectadores através de opiniões que se revelam solidárias umas das outras, mantendo assim um ambiente deletério de falsidade e de história falsa, como acontece por exemplo com o relato das cheias de 1967 ou o que aconteceu no tempo de Salazar.
Leia-se o que um salafrário intelectual, dependente do trostkismo escreve sobre o assunto no Público de hoje:
O músico Zé Pedro, coitado, é apresentado como o "inventor do Portugal moderno, que retirou do século passado"... nem mais!, continuando a aleivosia pelo escrito fora. É este tipo "conselheiro de Estado"!
Chegado a este ponto de confrangedora aleivosia importa perceber de onde veio o referido Zé Pedro e até onde chegou.
Em primeiro lugar deve dizer-se desde já que Zé Pedro dos Xutos & Pontapés não reinventou nada de nada de especial. A música dos Xutos é tão pobre e tão básica que nem ponta tem que se lhe pegue para análise musical séria. O músico Zé Pedro está para o rock cantado em português como o guitarrista dos Stones para os guitarristas de blues americanos que copiou escandalosamente. Com uma vantagem para este último: sabia tocar bem o que tocava e inventou o som de cinco cordas em vez de seis, afinado por ele para o efeito.
Ainda assim ouve-se muito bem a musiqueta dos Xutos sobre " a minha casinha" e outras mas muito poucas. Não tenho nenhum disco dos Xutos e não conto vir a ter porque musicalmente são desinteressantes para dizer o mínimo, mesmo em relação ao rock de expressão anglo-saxónica que aprecio e que imitaram.
Não percebo os ditirambos expelidos por colegas de profissão nas páginas dos jornais de ontem. No Público, num bom artigo de seis páginas assinado por Mário Lopes, cita-se o "carisma" . Nunca o percebi muito bem mas também nunca vi o grupo ao vivo.
De resto, os Xutos & Pontapés são um produto mediático muito moderno e com alguns anos de vida em notoriedade. Os Xutos são mais que Zé Pedro e continuaram em grupos avatares como os Resistência ou Rio Grande, com maior participação de outros músicos, bem mais interessantes do que Zé Pedro. Foi nesse desenvolvimento que se ampliou a importância mediática dos Xutos e se assim não fosse, teriam o mesmo destino que outros antes deles e seus contemporâneos. Que é feito do Corpo Diplomático? E que importância se dá aos GNR que foram verdadeiramente os iniciadores da "onda", a seguir ao punk que se exprimia em inglês?
O grupo terá começado no ano de 1979 e seguindo a imprensa da época, reduzida a um jornal de espectáculos semanal que tinha aparecido em meados de 1978, o Sete, praticamente não há notícia de actividade musical do grupo até esta referência a um single que aparecia num "top" do jornal TvTop, de 26 de Janeiro de 1982: Sémen era o nome do single que fez nascer o grupo.
Verificando a companhia musical aparece outro grupo português, muito mais antigo- Go Graal Blues Band- e que merece referência no panorama do então chamado "rock português", epíteto inventado no início dos anos oitenta por qualquer radialista dos rocks em stocks e afins que eram apenas um espaço radiofónico que simplesmente não ouvia com regularidade porque existiam outros nessa época que lhe davam água pela barba, como por exemplo os programas de Jaime Fernandes e João David Nunes, no mesmo comprimento de onda em FM estéreo.
Sete de 14.5.1980 e 13.1.1982:
A Go Graal Blues Band era um dos grupos da segunda geração do "rock português" ( a primeira, dos anos sessenta é lendária e já foi estudada pelo ié-ié) , aparecido em 1976 e que tinha sido notícia na revista Música & Som de 2 de Junho de 1977: um grupo muito incipiente e cuja audição em programa de rádio antigo, me lembro de me provocar pena pela confrangedora mediocridade sonora que tresandava nas gravações que passaram no rádio.
Porém, estes Go Graal que integravam o músico Paulo Gonzo, futuro autor de musiquetas de banda sonora de telenovela ,sempre com o mesmo compasso musicado, consideravam-se os filósofos da música desse tempo, como denotam aqui numa entrevista de 25 de Novembro de 1981 ao Sete.
Até o Rui Veloso, o efectivo e putativo "pai do rock português" era mencionado como um coitado que gostaria de saber tocar blues...como eles. Enfim.
Em 1980 aliás, a novidade era Rui Veloso, mas antes dele apareceram outros grupos de "rock", particularmente no Norte, como os Trabalhadores do Comércio e Arte e Ofício e principalmente os Jáfumega que tinham aparecido na infância dos Mini-Pop e se desenvolveram no Porto, terra dos Psico e outros Pop Five.
Sete 15.10.1980 e 23.2.1982.
Sete 10.3.1981, com Rui Veloso e Carlos Tê, por ocasião do segundo disco daquele.
E a opinião dos Jáfumega sobre o "rock português"...em 5.8.1981:
No sul do país quem mandava no rock e na atitude "rock n´roll", agora atribuída ao falecido Zé Pedro, mas muito antes dos Xutos, eram os GNR de António Ribeiro que agora também diz que o Zé Pedro é o maior. Humilde (sans blague), este António Ribeiro. E não parece.
Sete 15.4.1981:
Perante este panorama apareceram outros grupos a tentar a sorte, em mini-festivais, alguns promovidos pelo jornal.
Sete, 13.1.1982:
Em Coimbra, no Jardim da Sereia, junto à praça da República, em Maio de 1981 apareciam grupos cujos nomes fariam inveja aos Xutos e Pontapés ( portanto a historieta do Louçã sobre o nome do grupo é no mínimo risível e denota que este indivíduo vive de memórias deturpadas...)
Lembro-me bem disto porque vi alguns destes grupos e ouvi uma das melhores aparelhagens de som PA ( public address) que tenho memória. Foi então que o Sultans of Swing dos Dire Straits me soaram como nunca tinha ouvido...)
Sete 6.5.1981:
Quanto aos Xutos, nem em 1983 eram ainda "gente"...ao contrário de outros hoje esquecidos.
E de resto como reagiam os velhos dinossáurios da cantiga de amigo e panfletária, como José Mário Branco e Luís Cília, os verdadeiros mentores culturais da música de Louçã? Muito mal...
Sete, 13.1.1982:
Sete 18.11.1981:
E a intelectualidade crítica?
Sete, 17.10.1979:
Sete 17.11.1982:
E os próprios músicos não levavam muito a sério isso do "rock português"...
O maior deles todos ( sim, deixemo-nos de peneiras porque é mesmo e o único que merece o panteão...), Rui Veloso, em 21 de Janeiro de 1981 ainda tinha a reticência do pai que até o achava um "parasita", antes do sucesso musical. Tal mostra bem a importância do nosso "rock n´roll" que agora é entusiasticamente elevado á categoria de obra-prima por personagens como o próprio presidente da República! Onde Portugal chegou...
E no entanto era assim o Portugal do início dos anos oitenta, quando os Xutos e Pontapés começaram. Nada que se pareça com o Portugal que nos querem impingir agora como se tivesse sido assim como dizem que foi.
Não foi! Tal como antes de 25 de Abril de 1974 não foi como nos andam a contar...mas como a memória das gentes é curta aqui ficam as lembranças da praxe que não mentem porque são da época.
Em 1981 o panorama musical em Portugal, da música portuguesa era relativamente pobre.
Sete 23.9.1981:
A mim o que me valia eram as revistas estrangeiras ( Rock & Folk, Rolling Stone, New Musical Express, entre outras. A mim e a quem fazia o Sete, mas julgo que nem esses as liam...)
E quanto ao rádio que escutava, julgo que nunca mais foi melhor que esta grelha que aqui se apresenta, em 12.10.1983, simplesmente fabulosa.
Entretanto sobre os Xutos & Pontapés topei mais duas imagens de época. O Sete descobriu o grupo em 3.8.1983, assim:
Portanto os Xutos, em 1983 ainda tocavam em part-time. Zé Pedro era empregado de escritório. Escreve o Sete: "foi há cerca de um ano que os Xutos publicaram o seu primeiro álbum. De então para cá pouco se ouviu falar do grupo, tendo mesmo corrido a notícia de que iria acabar".
Por outro lado, na época definiam-se como "filhos ilegítimos do punk". Ou seja, bastardos de uma música estranha vinda de algures. Eram pela "raiva e revolta"...
Dois anos depois, em 1985 o jornal que então se publicava ( já ia no segundo ano) chamado Êxito, do grupo do Correio da Manhã fazia uma notícia sobre o grupo em Espanha, em 19.9.1985.
Se me permite, assino por baixo.
ResponderEliminarAntónio Cabral
Grande antologia.
ResponderEliminarPois é música pobre e básica.
ouvi pela 1ª vez em 1955 no Porto
ResponderEliminarBill Halley and his Comets em Rock Around the Clock
ainda ouvi See you later alligator, mesmo depois da sua morte cerca de 1980
o José tem muita paciência
com a miséria da condição humana
Ao menos valeu a pena amontoares todas aquelas revistas e jornais lá por casa... De facto fazes uma "história" muito interessante. O Zé Pedro é apenas um tipo porreiro, simpático, simples até, como foi dado ver pela entrevista à Alta Definição há tempos. Música? Deixemos isso para outros, como acabas de demonstrar. Mas obrigado por me fazeres regressar a uma certa adolescência e juventude. O que foi possível, claro, naquele tempo.
ResponderEliminarEu também espero que descanse em paz, era um tipo porreiro. A banda? De uma mediocridade difícil de conceber… décadas e décadas daquilo… o Zé Pedro pareceu-me sempre o menos mau. O que — coitado —, se desunha todo a fazer que canta… não há palavras. Eu acho que o gosto também se discute, não estou é para isso a partir de certos patamares.
ResponderEliminarO indivíduo louçã é conselheiro do estado disto, mais nada.
O presidente já me começa a enervar neste papel de emplastro a querer estar em todas que lhe tragam um módico de dividendos.
Estava com esperança de ler o que o José tinha a dizer sobre este fenómeno Zé Pedro e é isto mesmo. Temos é de estar atentos ao que anda a fazer o malandrim do Costa… porque esse gosta é de fenómenos Zé Pedro a enxamear jornais, para passar despercebido enquanto encava o país.
Intriga-me que considere o Rui Veloso para o panteão… bem apertadinhos cabem lá todos, mas não entendo muito bem essa história do panteão. Um tipo toca umas guitarradas e faz umas caras a fazer de conta que é preto dos blues e vai para o panteão? Alguém ouviu falar de Rui Veloso, um pouco depois de Badajoz? Não entendo.
ResponderEliminarO panteão serve para quê? Há alguma regra para lá entrar ou é à vontade do freguês da época? No mínimo deveriam ser personalidades que de alguma forma prestigiassem o país no Mundo, não é no bairro. Como Salazar, por exemplo. E o resto tudo no olho da rua.
Onde se lê gralha é grelha?
ResponderEliminarvive-se o que os intelectuais parolos designam por idade média
ResponderEliminara ignorância sobre esta idade histórica é tamanha. pata um agnóstico como eu, que fico estarrecido
a designação, de origem cristã, era considerada a intermédia entre vinda do Filho e a do Espírito Santo
a época actual é uma idade média entre a tecnologia conhecida e a que começamos a iniciar os primeiros passos e irá condicionar toda a politica futura
se não houver nenhum desastre nuclear de centrais desactualizada e decadentes
ou um lançamento coreano
Atenção que o Rui Veloso é outra loiça. Tente cantar certas canções que o mesmo escereveu e cantou nos primeiros discos e perceberá o que quero dizer.
ResponderEliminarDo Rui Veloso tenho vários discos e são bons. Há canções que são de antologia como é o Porto Sentido e outras. Do melhor que pode haver.
O Rui Veloso é mesmo um músico fora de série.
Sobre ser ou não conhecido para além de Badajoz ou Vigo pouco importa. Também o Paco Ibanez não é conhecido por cá e é bom músico na mesma.
ResponderEliminarOu o Gerard Manset, francês que não passou aquém Pirinéus.
Jorge:
ResponderEliminarA música em causa, o chamado "rock português", para mim valia pouco mas ainda havia umas músicas e uns grupos que se ouviam no rádio. Esse rock era mais pop, mesmo o dos GNR.
E havia uns pedantes como os Tantra.
Os Trovante foram outro grupo que brilhou no final dos oitenta com um disco que tenho - Terra Firme, de 1988.
Mas tudo isso foi já nos oitentas...e a música pop/rock para mim, mesmo a anglo-saxónica, terminou nessa altura.
Quanto aos Jafumega, tenho discos do grupo porque era bom ( por exemplo o tema Ribeira) e lembro-me de ver os Mini-Pop num certo palco, em Braga, aí por alturas de 1970 ou 71.
Acho que deves lembrar-te também...ahahaha.
POrtanto, para mim quando os Xutos apareceram já não tinha interesse para mim. Tudo o que ouço desde então é na maior parte para trás desse tempo.
A questão aqui é o panteão… bom músico, pacífico. Mas há imensos bons músicos — executantes pelo menos. E se esses Gerard Manset e Ibanez, estão no panteão lá do sítio. Não entendo o conceito panteão nem para o que serve. Diz que se janta lá bem…
ResponderEliminar"panteão" com letra pequena é metáfora. Gralha era grelha...
ResponderEliminarObrigado por ter publicado o texto do Público, que ainda não tinha lido e merece os meus parabéns. O resto não comento.
ResponderEliminarConcordo que os xutos não são nada do outro mundo e que o falecido não teve a enorme importância que lhe parecem atribuir depois de morto. Mas ainda percebo menos a atribuição, aqui confirmada, do Rui Veloso como o nosso "rei do rock".
ResponderEliminarSerá que ninguém reparou que a música dele nem sequer é rock ?
música de róbôs
ResponderEliminarRobôs ‘matam’ 800 milhões de empregos
- fonte:
SOL
Até 2030 um quinto da força laboral global será substituída por robôs. A longo prazo a automação vai atingir metade dos empregos. E as finanças globais ainda estão periclitantes.
roque politico
ResponderEliminarAlberto Gonçalves no Observador.
(…) O PSD tem muito menos encanto na hora da despedida de Pedro Passos Coelho. Terminada a vigência desse homem afinal tão decente que se calhar passou por aqui ao engano, o que sobra? Sobra, pelos vistos, o socialismo nem por isso envergonhado de Santana Lopes e de Rui Rio, sobre os quais não é fácil arranjar um argumento que os distinga. Felizmente, o dr. Rio dá uma ajuda: a sua comissão de honra e a sua lista de apoios declarados, repletos do pior entulho oligárquico que o partido produziu em décadas, são quase um manifesto favorável ao rival. Nomes como Ângelo Correia, Manuela Ferreira Leite, Couto dos Santos e Ferreira do Amaral, isto para não falar das paixões assumidas de Pacheco Pereira ou daquele sr. Capucho, são, ou parecem ser, razões sucessivas para um optimista achar que, apesar de tudo, o PSD ficará mais bem servido com o embaraçoso dr. Santana. Mas um realista percebe que o país está desgraçado. (…)
"Será que ninguém reparou que a música dele nem sequer é rock ?"
ResponderEliminarO que é o rock?
Os Cars são rock? Jackson Browne é rock? Os Eagles? Os Beatles?
Sem dúvida que se podem integrar nos muitos sub-géneros do rock ou pop.
EliminarJá o Veloso não tem nada a ver. Não é por ser música popular que passa a ser rock. O facto das fronteiras entre os géneros poderem ser difusas não quer dizer que se possa chamar tudo a toda a gente.
Já agora chamem á Amália rainha do punk ou ao Marco Paulo rei do heavy metal.
Por falar nisso, o Veloso já declarou publicamente que não aceita o "título" por... a sua música não ser rock...
Além da música anglo-saxónica que ouvia, por cá, gostei da primeira fase do Rui Veloso, nomeadamente um álbum que tem uma música chamada "e a gente não lê", que é de uma beleza incrível. também gostei muito de jafu mega, UHF, que tinha muito bons poemas, escritos pelo AMR, os trabalhadores do comércio. De Xutos, nunca gostei. Acho uma rockalhada muito básica para o meu gosto. Em dada altura, não sei como, ouvi um tipo chamado Gerard Manset, de que gostei imenso, comprei uma data de discos dele, importados claro. Por cá não encontrava nada dele. Hoje ainda o ouço, com um prazer enorme. Ouvia também um grupo francês de que gostava muito, os Ange. Tenho a discografia deles quase toda em vinil, importada. Ouvia também Cristien Vander e os magma, tudo muito bom.
ResponderEliminarUm postal verdadeiramente "Vintage" e muito adequado para leitura a um Domingo. Recuei à minha juventude e quase senti a sensação de voltar a desfolhar o Sete. Aquela da Ana Bola substituir o Luís Filipe Barros no Rock em Stock não lembrou ao careca. De resto a esquerdalhada vigente e patrulheira dos costumes não poderia deixar passar esta oportunidade com a morte do Zé Pedro para uma vez mais evangelizar os Portugueses de fraca sensibilidade intelectual coisa que nem era necessária pois o ADN dos Portugueses já é suficientemente socialista. Quanto a Zé Pedro a sua importância está claramente sobrevalorizada conforme o seu postal demonstra.
ResponderEliminarClaro que me lembro dos Mini-Pop... E tivemos por "lá" os Psico de que não gostei porque faziam muito barulho naquele salão que hoje é o Auditórium Vita... ah ah ah. Quanto aos outros concordo contigo, menos na canção preferida do Rui Veloso. Para mim, "Paixão",com aquela frase que tenho citado muitas vezes em conferências: "Não se ama quem não ouve a mesma canção"...
ResponderEliminarQuanto à questão do "Rock" também não sei definir muito bem e isso talvez seja mesmo o "rock'n roll": um calhau aos trambulhões...
Que o conselheiro de estado Louçã(o que demonstra ao estado a que isto chegou) guru de um pequeno grupo de activistas adeptos de lamber cus ou esfregar cona com cona que dominam através de papagaios semeados na propaganda pense no seu próprio enterro.Com ou sem raça mista ele virá...
ResponderEliminarSim...mas então diga lá o que é o "rock"...
ResponderEliminarOs Beatles são rock?
"A minha casinha" dos Xutos & Pontapés é rock?
ResponderEliminarE "O homem do leme"?
Haja alguém que mostra as coisas como elas são. Já agora, uma coisa que me aborrece é o facto de falarem dos Xutos omitindo, quase sempre, o papel do primeiro vocalista. Se falamos de espírito punk, seja lá isso o que for, é impensável não referir o sr. Zé Leonel que depois dos Xutos teve os Ex-Votos e fez bastante pela promoção de novas bandas portuguesas, umas meritórias e outras nem tanto, mas dentro de um espírito muito Do It Yourself.
ResponderEliminarSobre a definição de "rock português" talvez valha a pena ler o artigo do Sete de 17.11.1982.
ResponderEliminarA polémica é antiga.
o Rui veloso, sem o Carlos Té, não funciona, como se verifica/ouve nos seus últimos trabalhos, quanto ao facto de tentarem colocar o "Zé Pedro" num patamar, onde ele nunca esteve, bem, tempos modernos.
ResponderEliminaros Xutos, falam e cantam muito do que se passou nos idos de fins de 70, princípios de 80 na margem sul e têm canções em meu entender muito bem conseguidas, o Tim não canta, mas de outra forma, não funcionava. existem certas coisas que são mesmo assim.
falta aqui falar, ler e ouvir o AMR mentor e carregador dos UHF,,,
o resto "chiclete, mastiga e deita fora"...
Lembro-me bem desses rocalhadas no jardim da Sereia em 1981. Os xutos eram gozados, como coisa básica que era. Mas houve um grupo ainda antes e que é sempre esquecido. Era meio esquisito, mas tinha algumas virtudes , os Tantra.
ResponderEliminarOs Tantra de um tal Frodo, imitador da mitologia nórdica?
ResponderEliminarTambém topei referências mas não é verdadeiramente rock. Queriam imitar o "prog"....
Os Trovante idem, embora não tenham seguido a via do prog mas do pop.
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