Conta Fernando Correia que na altura em que Marcello Caetano se dirigia ao palácio de Buckingham "levou com uma carga de tomates (...) atirada por portugueses". Presumivelmente, um deles seria Mário Soares, num acto de dignidade notável, para um patriota.
Diz então que "recordo-me que me apetecia contar, mas não podia"...
Não podia?! Fernando Correia deve lembrar-se de uma reportagem desenvolvida e explícita sobre o mesmo acontecimento, efectuada por outros seus colegas jornalistas portugueses que então trabalhavam na revista Observador.
Esta revista, não me canso de repetir, é o melhor espelho da sociedade e realidade portuguesas de então, excluindo naturalmente a narrativa comunista e socialista, que se esforçavam então como agora em reescrever uma História fictícia em que acreditavam. No caso, contra Portugal e o que designavam de colónias.
O Observador de então e a maioria esmagadora dos portugueses da época não viam a realidade desse modo e o que relatava a revista era o que sentiam os que não se reviam na fraseologia e ideologia comunista e socialista que aliás eram uma minoria pequeníssima da nossa sociedade de então.
O que espanta é o modo como adquiriram a maioria, ganharam eleições e conseguiram impor uma linguagem que não era a nossa, nem devia ser, nunca. Mas é.
Ainda hoje me revejo nesta linguagem do Observador que não era uma revista fascista nem nada que se pareça e basta ler o modo como se faz o relato acerca dos movimentos de oposição, mediáticos, contra a nossa presença no Ultramar.
Basta ler como se escreve que nas manifestações de Londres estiveram também notórios arruaceiros que também tinham estado em Paris, em 1968.
Nesse contexto não se percebe porque Fernando Correia não escreveu que em Londres houve manifestantes contra a nossa presença no Ultramar e que alguns portugueses presentes apuparam o antigo presidente do Conselho.
A revista Observador fê-lo.
Aqui fica o relato nessas páginas que nos mostram que havia e há uma alternativa à linguagem comunista e socialista que temos em Portugal, nos media, há mais de 40 anos e levam um repórter como Fernando Correia a adulterar memórias.
É assim que se lavam cérebros e se suja a memória e a realidade. Já o tinha escrito aqui. E aqui também.
Portugal não é uma coutada de socialistas e comunistas e se estes têm lugar no ambiente democrático é preciso dizer que os comunistas se mandassem nunca aceitariam uma revista como o Observador de antanho. Nem o moderno, aliás...
Por causa desta homérica lavagem ao cérebro que dura há 44 anos ou mais podemos ler este título no Público de hoje:
A ilha de Cuba é de Fidel?! O que diriam se alguém escrevesse "Portugal. Salazar, o teu país afundou-se"?
E é verdade, quanto a mim. Por culpa de comunistas, em primeiro lugar e socialistas logo a seguir.
Claro que esta conversa é reaccionária. "Cada vez mais".
O problema é que será mais próxima da realidade do aqueloutra que continua a entender Cuba, como a ilha de Fidel...e vemos que o jornalista Adriano Moreira [ Miranda, claro] não esconde a sua preferência pela " ilha de Fidel" como se tal fosse a coisa mais natural do mundo, acrescentando no final do artigo que "E todos nós sabemos como é o capitalismo. É como aquele monstro dos filmes de Hollywood, nunca morre por mais tiros que leve, é viscoso, traiçoeiro e espalha-se por todo o lado".
Temos portanto um comunista assumido a escrever ideologia numa reportagem de viajem paga pelo Público do capitalista Sonae que isto tolera. O capitalismo é, aliás, apresentado por aqueles como o modo de produção da corda que os há-de enforcar. E é isso, secretamente que alimenta a esperança destes indivíduos que dominam os media em Portugal...
O jornalista chama-se Adriano Miranda, mas o José escreveu Adriano... Moreira. Eh! Eh! Eh! Foi mesmo só um lapso?...
ResponderEliminarShit! Agora reparo...um lapsus calami!
ResponderEliminarMas como e por que meios conseguiram dominar todos os media e a academia? Essa é a pergunta do milhão.
ResponderEliminar'mané borreira', comuna ao serviço do saramago no dn
ResponderEliminar«Manuel Cadafaz de Matos é (para além do proprietário), também, o director científico do Centro de Estudos de História do Livro e da Edição. É Doutorado pela Universidade Nova de Lisboa em Estudos Portugueses (área de História do Livro) e tem, na especialidade, cerca de 120 trabalho científicos, a maioria deles sobre temas da História do Livro e da Edição.»
gramsci, o marreco, por ter mal de Pott ou tuberculose óssea
está desactualizado devido às redes sociais
nem tomates nem gubernáculo
ResponderEliminarsó para inglês ver, quando se pensa ser o centro do mundo e acaba morto e esquecido
« O Brasão do Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito é composto pelo mapa do Brasil, no fundo, pela
Águia Bicéfala Coroada* de asas abertas, em vôo, tendo nas garras uma Espada, e debaixo desta um listel, com o moto:
DEUS MEUMQUE JUS (Deus e o meu Direito), mas abaixo o dístico:
ORDO AB CHAO (A Ordem deve vir depois do Caos). No peito da águia tem um delta com o numeral 33, referente ao último grau da escala maçônica deste rito. »
Lapsus calami? Vou apontar!
ResponderEliminarNeste país em cada jornada de futebol são estádios cheios de antifassistas! O repórter notabilizado por relatos de futebol (avec très gros blague) é apenas mais um.
O Artur Agostinho, um dos mais perigosos fassistas que aparece numa lista "Most wanted" que o José já por aqui publicou, fez-lhe o retrato em meia-dúzia de pinceladas num livro escrito no exílio.
ResponderEliminarArtur Agostinho foi preso na sequência da tourada falhada da maioria silenciosa, em 28 de Setembro de 1974 pelos antifassistas que começaram então o PREC.
ResponderEliminarAcusação? Ser um fascista.
gostei da expressão latina
ResponderEliminarprincipalmente porque a associo à calamidade chamada antonio das mortes
«outros utilizavam uma caneta primitiva, feita de junco (era o caso dos romanos e dos árabes). Em Latim, chamava-se de calamus (do Grego kálamus) esse junco, que era cortado em hastes de mais ou menos 20cm, com a ponta cuidadosamente aparada e fendida, à semelhança das penas de nossas canetas modernas. Aliás, o nome caneta, derivado de cana, lembra até hoje a origem desse poderoso instrumento »
foi um domingo triste porque minha MÃE faleceu há 50 anos
para arejar fui caminhar para junto da casa do 44
naquele local havia uma grande lixeira e um acampamento de etnia Rom
hoje o lixo é humano e os ciganos fingem que são ricos
o correia não é caso único
é 'gado do vento', como se lê no foral da minha aldeia guardado no ANTT
karl heinrich marx
ResponderEliminar« (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883) »
judeu prussiano na diáspora
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarObviamente que por haver arruaceiros em Londres nao implica que naquele momento a posicao da maioria do povo portugues fosse a mesma dos arruaceiros. Tal so seria possivel saber com estudos de opiniao que tivessem sido feitos naquele momento e tivesse sido bem desenhos, ou com um referendo sobre a nossa presenca no Ultramar...
ResponderEliminarPortanto, quem for ingenuo e da minha geracao, quem nao viveu aquele tempo pensa assim... havia manifestacoes em Londres contra o Governo, logo Marcelo era impopular, logo o povo portugues estava contra Marcelo e contra o Ultramar... e assim se manipula a realidade historica.
Um palerma com idade identica a minha tera dito, segundo li aqui, que Salazar era racista e homofobico. O pateta se calhar nao sabe que a homossexualidade quando Salazar faleceu era considerada doenca pela OMS e so deixou do ser mais tarde. E era crime na livre Inglaterra. Nos paises nordicos, em vida de Salazar, havia tratamentos compulsivos. Em Portugal os valores perante a coisa eram identicos aos que havia nas democracias europeias. Sabera isto o imbecil? Quanto ao racismo. Houve alguma medida politica que impusesse uma diferenciacao pela via legislativa tendo em conta a etnia ou cor da pele? Nao houve e portanto o pateta mente.
Ninguem expoe em horario nobre esta canalha e diz bem alto que o rei vai nu. Enquanto tal nao suceder continuaremos pelintras.
Tenho notado um regresso em forca das tematicas ligadas ao Estado Novo desde os incendios do Verao passado. Sera por acaso? Ou nao? Quanto ao Fidel... tera matado muito mais que o Pinochet. A Mariana Mortagua anda regularmente com o Pinochet na boca. Por que motivo ninguem lhe responde que o Pinochet deixou o pais muito mais rico, ao contrario do que se passou em Cuba?
ResponderEliminarA Direita esta capada e enquanto continuar assim sem dar a devida resposta a Esquerda nao saira do poder.
"Mas como e por que meios conseguiram dominar todos os media e a academia? Essa é a pergunta do milhão."
ResponderEliminarParte do problema explica-se assim: em Portugal nao se le nem se estuda sobre tecnicas de manipulacao da Linguagem e da comunicacao social.
A Direita, sejamos honestos, nao e genericamente culta. Desfilam vaidades e diplomas, e dedicam-se a negociatas que envolvam ao Estado, ou acesso ao poder para criar legislacoes favoraveis aos seus. A Direita com nocao de servico publico e com gente "tecnocrata" no bom sentido do conceito nunca existiu em democracia. Nem no cavaquismo. Passos teve gente bem intencionada, devidamente corrida do poder pelo "sistema". Mas ja nao havia muito a fazer... neste momento o "sistema" esta incontrolavel.
Quando Passos estava no poder a comunada mandava cromos repetidos fazer manifestacoes. Ninguem dizia que aquilo eram profissionais da agitacao das ruas, que eram manifestantes profissionais organizados para agitar a "rua" e que nao representavam nenhum movimento civico genuino e independente. Para os jornalistas eram inocentes pessoas do povo... logo representavam a vontade da maioria, melhor, de todos! O jornalismo portugues deve ser o mais faccioso da Europa Ocidental.
ResponderEliminarJa agora, alerto o Jose e os leitores para o seguinte fenomeno do jornalismo portugues. Anunciam-se obras publicas, leis, mudancas. No entanto, uns meses depois, ninguem vai confirmar se a obra foi feita, e em que condicoes. Se a lei foi publicada, e como esta a correr a sua aplicacao pratica. Por exemplo, veja-se o caso da ala pediatrica do Sao Joao do Porto. Foi anunciada a obra em 2015. Ate agora, ate 2018, ainda ninguem se tinha lembrado de ir la confirmar se a obra tinha avancado.
ResponderEliminarOutro fenomeno curioso sao os anuncios de "novos empresarios". Com frequencia, na restauracao. Sao com frequencia jotas "empreendedores". Um ou dois anos depois, ninguem vai confirmar se o negocio vingou ou nao...
Em Portugal tudo se anuncia com pompa e circunstancia antes de qualquer resultado pratico.
Aqui fala-se e bem com frequencia de um pecado capital bem portugues. A inveja. Acrescento outro tambem bem portugues, e que esta na lista dos pecados mortais. A vaidade.
Até tu, Brutus
ResponderEliminarhttp://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/fernanda-cancio/interior/a-tragedia-de-socrates-9314793.html
A de Formentera está a sentir o cu apertado por causa das escutas.
ResponderEliminarEla devia voltar a colocar as fotos gourmet das férias que gostava de mostrar, para esnobar, no twitter.
A amiguinha psico-monga ficava maluka com aquilo.
trivial
ResponderEliminarcâncio uma no cravo outra na rosa murcha
chefre do estrado a que isto chegou orçamenta-se
importante
El País
“Ojos que no ven, corazón que no siente”. Al leer este conocido refrán, todos los nutricionistas piensan en el efecto negativo que ejerce sobre nuestro corazón (o sobre nuestro sistema cardiovascular) ingerir a menudo productos insanos. Es mejor que nuestros ojos no los vean para no sucumbir a la tentación y dañar a nuestro corazón. Por desgracia, los consumimos excesivamente. El último estudio sobre el tema constató que los españoles cubrimos el 31,7% de nuestras calorías con alimentos ultraprocesados, y que el 80,4% del azúcar que ingerimos proviene de tales “alimentos”. No es un panorama tan desolador como el de Estados Unidos, donde el 57,9% de las calorías consumidas proviene de alimentos ultraprocesados, pero que casi una tercera parte de nuestra energía provenga de productos superfluos debería encender sin falta todas las alarmas.
Dalai Lima
ResponderEliminarsegunda-feira, 7 de maio de 2018
Escuta telefónica
– Está lá, Santos Silva? É o Zé.
– Olá, Zé, estás bonzinho? Então que mandas?
– Era a ver se me mandavas aquela coisa de que eu gosto muito...
– Como assim, Zé? Tu gostas de tanta coisa... A que te referes?
– Ora, Santos Silva, tu sabes, aos nosso negócios...
– Oh Zé, eu não trato dos nossos negócios, trato dos negócios estrangeiros.
– Não é Carlos Santos Silva?
– Não, Augusto!
– Desculpe, foi engano!
ps, antónio das mortes, 44
ResponderEliminartrio de cantores latrinos
La cucaracha, la cucaracha
Ya no puede caminar
Porque le falta
Porque no tiene
La patica principal
namorada do Sócrates diz hoje da sua justiça:
ResponderEliminar...Urdiu uma teia de enganos. Mentiu, mentiu e tornou a mentir...Mentiu ao país, ao seu partido, aos correligionários, aos camaradas, aos amigos. E mentiu tanto e tão bem que conseguiu que muita gente séria não só acreditasse nele como o defendesse, em privado e em público, como alguém que consideravam perseguido e alvo de campanhas de notícias falsas, boatos e assassinato de caráter (que, de resto, para ajudar a mentira a ser segura e atingir profundidade, existiram mesmo). Ao fazê-lo, não podia ignorar que estava não só a abusar da boa-fé dessas pessoas como a expô-las ao perigo de, se um dia se descobrisse a verdade, serem consideradas suas cúmplices e alvo do odioso expectável. Não podia ignorar que o partido que liderara, os governos a que presidira, até as políticas e ideias pelas quais pugnara, seriam conspurcados, como por lama tóxica, pela desonra face a tal revelação....
Lá se foi o draifuzinho da viúva
ResponderEliminarEstas coisas da propaganda pelos "intelectuais" são muito fáceis de explicar:o controleiro - mor estabelece a agenda e a partir daí a orquestra vermelha vai dando-nos música e anotando quem falha...que deixa de comer...
ResponderEliminarno ps não sei quem será o 'último a rir'
ResponderEliminarcarpe diem
« Vindo da decadência do império Romano o termo Carpe diem era dito para retratar o "cada um por si", devido o império estar se desfazendo, naquele momento a visão de que cada dia poderia ser realmente o último era retratado pela frase que hoje é utilizada como uma coisa boa, porém sua origem vem do desespero da destruição de um grande império antigo. »
ResponderEliminarGregório de Matos, 'o boca do inferno'
aplica-se este poema à governação actual
« A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana, e vinha,
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.»