O leitor comum do jornal não saberá dizer quem são os "Pequeninos" a quem se refere o juiz Mourão, agora voltado, como na cantiga do Quinteto Violado, mas será fácil se se mostrar aqui o rosto dos vilipendiados pelo juiz voltado que não aprecia fotos em destaque, exceptuando a sua nos tiques que vai debitando oportunamente no CM. Cada croniqueta, cada etiqueta. Desta vez são as fotos do presidente da ASJP que não nomeia e não mostra. Mostro eu...
A revista em causa é esta e o presidente da ASJP o que se mostra na capa e depois em "mais 7 logo nas primeiras folhas!":
O motivo das fotos é prosaico: uma entrevista alargada ao presidente da ASJP. E o que incomoda este Mourão voltado são as fotos do presidente que assimila a um culto de personalidade digno dos kims da Coreia do Norte!
Lendo algumas partes da entrevista podem, no entanto, descortinar-se outras razões para a fobia do reparo de Mourão. Por exemplo esta:
A ideia, ainda com pouca peregrinação é esta: "no que toca ao presidente do STJ diria que não podemos ter um presidente que se vai embora e as pessoas não sabem quem é".
Referia-se aos presidentes anteriores, como Henriques Gaspar que delegou quase todos os poderes noutro antigo director-geral, Mário Belo Morgado...ora isso parece ser fatal para alguns juízes que também foram directores-gerais e se equiparam nas ideias e quiçà oportunidades.
É esse o problema da meia dúzia de fotos no boletim da ASJP que aliás é privativo da classe e por isso atinge um máximo de cerca de 2 mil pessoas, se tanto. O universo da crónica do juiz Mourão é esse: dois mil juízes que votam dentro de alguns meses no futuro nome para a vice-presidência do CSM. O Correio da Manhã ainda não entendeu esta manha?
O referido Mário Belo Morgado já está na corrida porque o cargo lhe apetece, inequivocamente. E até o manifesta numa espécie de manifesto que aparece publicado no mesmo número da revista:
Num dos parágrafos da segunda página aprece numa frase, uma expressão que define bem Mário Belo Morgado:
"Potenciados pela especialização dos tribunais, pelo novo modelo de gestão das comarcas e pela real assunção da governança do sistema por parte do CSM"....
O antigo director-geral já se imagina como futuro director-geral...dos juízes em geral. "Governança", reparem no termo aparolado e mal traduzido da gestão anglófona que diz tudo desta espécie particular de arrivismo. No outro dia foi a "inteligência artificial" aplicada aos tribunais. Agora é a "governança"! Santo Deus! Perguntem-lhe coisas de motores! De carros, motas ou assim...
Ridículo? Antes perigoso. E sobre isso a crónica do juiz Mourão é omissa, completamente. Como lhe convém.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.