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terça-feira, abril 23, 2019

O homem das garrafas de vinho em envelopes fechados com fita-cola volta a atacar...



O antigo primeiro-ministro José Sócrates afirmou hoje que o Brasil está a viver "uma tragédia institucional" e considerou que o atual ministro brasileiro da Justiça, Sérgio Moro, atuou como "um ativista político disfarçado de juiz".
Estas posições constam de uma nota enviada por José Sócrates à agência Lusa, depois de o ministro brasileiro da Justiça e Segurança Pública e ex-juiz responsável pela Operação Lava Jato, Sérgio Moro, ter identificado uma "dificuldade institucional" em Portugal em fazer avançar o processo contra o antigo primeiro-ministro José Sócrates, tal como acontece no Brasil.

Respondendo à intervenção proferida por Sérgio Moro na Conferência de Abertura sobre o Estado Democrático de Direito e o Combate à Criminalidade Organizada e à Corrupção, no VII Fórum Jurídico de Lisboa, o antigo líder do executivo português (2005/2011) declarou: "O que o Brasil está a viver é uma desonesta instrumentalização do seu sistema judicial ao serviço de um determinado e concreto interesse político".

Segundo José Sócrates, isto "é o que acontece quando um ativista político atua disfarçado de juiz".

"Não é apenas um problema institucional, é uma tragédia institucional. Voltarei ao assunto", avisou.


Este José Sócrates continua a sair à rua da opinião sem vergonha alguma do que se passou e que já foi amplamente noticiado. Actua como se nada fosse com ele e como se tudo fosse apenas uma ficção...

Como é que um desgraçado de um pindérico que não tem onde cair morto, se não for ajudado por primos e amigos, porventura da onça, consegue ainda falar como fala e fazer das pessoas parvas? 

Não se compreende. A não ser que tenha um problema mental. 

 Repare-se no que a Visão reportou a propósito de coisas tão anódinas como pedidos de dinheiro como se fossem garrafas de vinho metidas em envelopes colados com fita cola. Isto que é factual não chegaria para calar este desgraçado? Não, parece que não:

Na investigação a José Sócrates, o Ministério Público reuniu indícios de provas forjadas, outras ocultadas, empréstimos sem pagamentos nem "se faz favor", arrendamentos sem pagamento de rendas, e muita linguagem em código. Rara terá sido a conversa que não terminou em dinheiro, apesar de "dinheiro" ser uma palavra proibida nas conversas telefónicas entre os dois amigos.
(...)
O Ministério Público faz o exercício: vamos supor que o dinheiro é mesmo de Santos Silva. Então por que razão, nas conversas intercetadas, nunca é usada a palavra "dinheiro"? À exceção de Sandra Santos, a amiga da Suíça que pede diretamente dois ou três mil euros quer a Sócrates quer a Santos Silva, todos os que estariam próximos do ex-primeiro-ministro seriam especialistas em pedir "fotocópias", "fotocópias mais miúdas", "documentos", "aquilo", "a coisa", "aquilo de que gosto muito", "o mesmo que da outra vez", "os apontamentos", os "livros do Duda [diminutivo de um dos filhos de Sócrates]". Sandra Santos, a amiga de Sócrates que vivia na Suíça, era descrita pelos amigos como "o senhor s". Nas conversas entre Santos Silva e a mulher, Sócrates seria "o outro" e quando o empresário ia ou vinha da casa do ex-primeiro-ministro as expressões seriam "estou a ir para o Marquês" ou "estou a vir do Marquês". Uma das conversas cifradas que mais terá divertido os investigadores terá sido uma em que Sócrates pedirá a uma amiga chamada Célia para pedir "ao amigo" se não lhe arranjava três ou quatro garrafas de vinho, que ela deveria entregar à empregada da mãe de Sócrates, acondicionadas num envelope com fita-cola.


Seja como for  o problema, aqui é a oportunidade que se dá a um indivíduo como José Sócrates para este manipular e espalhar notícias falsas em várias frases. Ninguém, nenhum jornalista o confrontou com factos como um comentador- Alberto de Freitas- do Observador o fez:

A gravidade não está na publicação das declarações de Sócrates, a gravidade é que são publicadas como factos verdadeiros, sendo falsos

.Mentiras que se fossem contadas por alguém não simpático à esquerda, o jornal cumpriria a sua missão de, no final, informar o leitor da verdade factual

.1 - quem estava a ser escutado era, o já condenado em 1ª instância, Lula da Silva.

2 - quem mandou prender Lula não foi Moro, mas o Tribunal de 2ª Instância, após o Superior tribunal de Justiça avalizar a condenação

.Por decisão do STF, a prisão tem efeito após condenação em 2ª Instância

Quem não permitiu a libertação de Lula foi o presidente do Tribunal de 2ª Instância, única decisão que podia prevalecer à decisão do juíz desembargador de turno

.3 - Quem não permitiu a candidatura de Lula foi o Supremo Tribunal eleitoral (conhece-se algum país que permita uma candidatura à presidência de alguém que esteja a cumprir pena de cadeia?

Tudo isto aconteceu antes de Bolsonaro ser presidente, e em que as sondagens não lhe davam qualquer hipótese de vitória.


À ofensa de José Sócrates, o ministro Sérgio Moro respondeu assim: chamou-lhe criminoso. Tal e qual.

Alvo de críticas do antigo primeiro-ministro português e arguido da Operação Marquês (está acusado de 31 crimes), José Sócrates, Sérgio Moro já respondeu. Em entrevista à RecordTV Europa, exibida no programa “Fala Portugal” desta terça-feira, o ministro da Justiça de Bolsonaro e antigo super-juiz do processo Lava-Jato disse: “Em relação à pessoa em particular, eu não debato com criminosos pela televisão. Então, não vou fazer mais comentários”.




E já houve contra-resposta do visado, no seu estilo impagável:

Numa reação enviada por escrito ao Observador, José Sócrates classifica mesmo Moro em três frentes: “Como juiz, indigno; como político, medíocre; como pessoa, lamentável”.

José Sócrates responde às palavras mais recentes do ministro brasileiro — numa série de troca de galhardetes que já vai longa — que lhe chamoucriminoso numa entrevista televisiva. “Não, nunca cometi nenhum crime nem fui condenado por nenhum crime. Não posso aceitar ser condenado sem julgamento, muito menos por autoridades brasileiras”, disse antigo primeiro-ministro acusado de 31 crimes de corrupção e branqueamento e fraude fiscal. A declaração de Moro, afirma, “põe em causa os princípios básicos do direito e da decência democrática”.

De facto, Sócrates ainda não foi condenado. Foi apenas acusado. Mas como se sabe só os criminosos o são, porque de outro modo não poderiam ser acusados. Podem estar inocentes, claro. Mas enquanto acusados, são criminosos. A prazo...e considerados "inocentes até prova em contrário". 

José Sócrates é por isso mesmo um criminoso que se presume inocente, para já.

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