Helena Pereira de Melo arranjou hoje um lugar cativo na página 11 do Público, com um artigo sobre Salazar que resume quase todas as ideias feitas sobre o regime do tempo de Salazar.
Esta senhora é uma das dignitárias dos apaniguados do regime que está e como tal se deve contextualizar o escrito.
Note-se sobre a corrupção do regime: " dos poucos que lhe tinham acesso directo e a quem concedeu, ao longo dos anos, grandes benesses, aquém e além-mar".
Salazar foi por isso um corrupto que "concedeu benesses" a quem bem entendeu. Exemplos? Nem um, apenas uma afirmação gratuita e difamatória.
Sobre o que Salazar pensava das mulheres: " deviam conservar-se na sombra e desempenhar a nobre função de reproduzir a valorosa raça lusitana enquanto cosiam as meias do marido". Era mesmo isto que Salazar pensava das mulheres? Segundo esta idiossincrática da brand de uma certa esquerda, era mesmo isso. E nem adianta escrever o contrário ou contrariar a ideia feita.
Sobre a repressão política do comunismo e seus acólitos: " a Colónia Penal do Tarrafal aberta por decreto-lei também assinado, em 1936 pelo Senhor Presidente do Conselho, António de Oliveira Salazar, não se afasta significativamente dos campos de concentração nazis".
Parece que até teria um forno crematório, "significativamente" escondido, não será assim?
A Colónia Penal do Tarrafal era "significativamente" usada para aplicar a pena de desterro, prevista no código penal relativamente a condenados por delitos comuns e também políticos. Foi pensado logo em 1933 e levada a efeito três anos depois.
Quem ler os artigos destas sabidolas do regime ficaria a pensar, se mais não soubesse que o desterro fora inventado pelo regime de Salazar, logo em 1933. E que o degredo era uma expressão dos romances de Alexandre Dumas pai e filho.
É esse efeito que pretendem colocar nas idiotices que escrevem, apesar desta sabidolas ser formada em Direito, com PH d que a deveria ter obrigado a estudar história, como a que vem na Wikipedia. : a pena de desterro era pena bem comum em todos os estados europeus da época e que vinha de longe...não era uma particularidade "significativa" do Estado Novo.
Se esta sabidolas licenciada em Direito e com Phd soubesse melhor teria pensado duas vezes antes de escrever o que escreveu, por causa destes artigos do C. Penal de 1852 que vigoravam ao tempo do governo republicano e jacobino que precedeu o Estado Novo e o justificou em parte devido aos desmandos e crimes cometidos sob a respectiva alçada:
Além disso ainda há mais: "talvez a nostalgia do regresso à ordem representada por Salazar, expressa no adágio ( ?!) Deus, Pátria, Família, seja a nostalgia da boa ordem que nos acompanhou durante longos tempos da Santa Inquisição primeiro e, mais tarde, da PIDE..."
Estamos conversados quando lemos estas pérolas de sabedoria desta Phd.
É disto que temos nas madrassas do ensino público, nas fundações subsidiadas pelos impostos e que asseguram a boa vidinha desta gentinha. Sim, gentinha.
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