O jornal i de hoje traz uma entrevista ao responsável pelo núcleo de bio-informática do INSA ( Instituo Ricardo Jorge) sobre os bichos, matéria de que são feitos e como se replicam.
Tem interesse por duas ou três coisas que diz: a primeira é que em Ovar tudo indica ter sido uma única pessoa a fonte primária de transmissão que depois se replicou em mais 700, o que é assustador pois se não tivesse existido quarentena e isolamento da zona teria sido um desastre ainda maior.
Depois, diz que ainda falta saber como é que os bichos entraram no país e se disseminaram através de mutações variadas, o que estão a estudar.
Vale a pena ler. Só é pena que diga "spikes" praqui e "spikes" prali quando poderia usar " espigões", palavra muito mais sonora e interessante:
Antes disto li o artigo de José Manuel Fernandes sobre o mesmo assunto. o problema de tais artigos de jornalistas especialistas em tudo e o par de botas habitual é mesmo esse: não oferecem a confiança do verdadeiro saber. É um saber emprestado, instantâneo e perigoso porque enganador, por vezes.
Como sou céptico este tipo de artigos deixa-me um pouco indiferente pois preciso de validação que não sei dar, ao ler.
Gosto de ouvir os debates que se mantêm no Observador com participantes como Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto e o mesmo José Manuel Fernandes sobre diversos assuntos, geralmente de índole histórica. Como nenhum deles presenciou a maior parte dos temas que debatem, para falar dos mesmos têm que ler outros autores que já escreveram sobre tais assuntos.
Assim, o risco de mutações é também elevado e a realidade original pode não ser coincidente com aquela que nos contam que foi.
Vou ouvir o que diz Rui Ramos sobre a Alemanha do pós-guerra porque é tema que me interessa, como tudo o que diz respeito aos alemães.
Como Rui Ramos não foi testemunha directa nem sequer viveu nesse tempo, teve que ler e informar-se através de outras pessoas, correndo igual risco de mutação genética nessa realidade que pode ser apenas inventada.
Enfim, é tremendo o cepticismo.
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