Na sequência do postal acerca dos CSN&Y ressalta agora uma
novidade sobre Neil Young, o artista desse grupo que se manteve durante estas
décadas no activo em muito boa forma artística.
Já contei a minha história de Neil Young e hoje escrevo para
dar notícia da saída iminente de mais um álbum, dos antigos, gravados e nunca publicados.
Durante a crise sanitária que se atravessa, Neil Young deu
notícias e publicou novidades no sítio da internet que anima de há uns anos a
esta parte-Neil Young Archives- e que assino por ser o artista rock que ainda me interessa
ouvir e principalmente coleccionar discos antigos que gravou e afinal nunca publicou.
E têm sido vários ao longo dos últimos anos, na série dos seus “arquivos”.
Neil Young para mim e praticamente desde 1972 quando
publicou Harvest, foi sempre um artista cuja música me interessou ouvir, durante
estes anos todos.
A simplicidade relativa dos temas, dezenas deles, em tantos
álbuns, a par da beleza melódica das
canções, com um uso parcimonioso de
guitarras acústicas geralmente tocadas em flat picking, com uma destreza assinalável,
e também do som saturado e eléctrico de muitas composições, dão a Neil Young a
minha primazia entre todos os artistas desse género musical.
Há vários discos de Neil Young que figuram no topo do meu
interesse nessa música ao longo dos anos setenta: Harvest, de 1972; Time Fades Away, de 1973; On the
Beach, de 1974; Tonight´s the Night, de 1975; American Stars and Bars, de 1977;
Comes a Time de 1978 e Rust Never Sleeps de 1979.
Neste período temporal Neil Young gravou muitas outras músicas que
acabou por não publicar e até discos completos, com produção final a que só
faltou o lançamento oficial.
Os seus espectáculos ao vivo ao longo dos anos estão
repletos de canções que continuavam inéditas em disco muitos anos depois.
Um deles é de 1974-75
e chama-se Homegrown. É esta a novidade porque vai ser publicado no próximo
mês.
Uncut Junho de 2020:
Esteve para ser publicado em 1975 mas por força de algumas
circunstâncias que o artista explicou numa entrevista, logo nessa altura, à
Rolling Stone e ao New Musical Express, acabou por não ser e em vez de tal
disco saiu o também muito interessante Tonight´s the Night.
Na sua autobiografia Waging Heavy Peace também explicou a troca dos discos, em 1975:
Ao longo dos anos alguns aficionados do artista foram compilando
temas que supostamente integrariam tais discos, como é o caso de Homegrown que ganhou estatuto
mítico por causa disso.
Uncut de Setembro de 2017 em que se mostram os discos não publicados mais importantes, com as composições prováveis dos mesmos e que estão disponíveis por aí na internet para quem saiba procurar. Evidentemente limitados ao formato mp3, ou com resolução inferior à de um cd:
Com a revelação dos temas que o compõem conclui-se que
afinal tais compilações pecavam por incorrecções e a surpresa que se espera
deverá ser bem agradável tendo em conta a amostra que o artista publicou hoje no sítio
NYA e que se pode ouvir estes dias.
A composição Try, disponibilizada hoje para audição é simplesmente uma beleza intemporal, com som acústico, bateria de Levon Helm dos The Band e toda a atmosfera sonora dos setenta. Diferente e muito melhor que as versões ao vivo que se poderiam ouvir ao longo dos anos, em gravações sem grande qualidade e de índole pirata.
O som é de luxo e a composição é tipicamente daquelas que remetem para esse tempo. Que saudades!
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