Outra remessa deste mês, em cima da mesa, para ler e rever:
O JL de 16 de Março de 1987 traz dez páginas com uma pequena história da banda desenhada de expressão portuguesa.
A "idade de ouro", da autoria de Luís Almeida Martins trata das revistas como O Papagaio, Diabrete, O Mosquito, Mundo de Aventuras e Cavaleiro Andante, em duas páginas. Mais à frente uma entrevista com Adolfo Simões Müller em que diz ter pago a Hergé em latas de sardinha, pelos direitos de publicação em Portugal do Tintin.
A história vem assim contada e é exemplar do tempo de Salazar. Diz muito sobre esse tempo e do mérito e vantagem de Salazar em termos escapado à guerra.
O Mosquito de Janeiro de 1985, uma nova série ( a V) da publicação publicação original. Nesta página o começo de uma aventura de um desenhador fora de série, infelizmente já desaparecido, na flor da idade e num trágico acidente de viação. Yves Chaland merecia um artigo só para ele. Aliás, já está feito, mas é demasiado sucinto e restrito.
Caderno Vida3 do Independente de 28.4.1989 também dedicado à banda desenhada, com várias páginas a resenhar os assuntos dessa altura. Numa página, a opinião de MEC sobre a banda desenhada, em desenhos de Jorge Colombo, um génio, claro. E que depois foi para Nova Iorque desenhar para quem lhe paga melhor. A New Yorker, por exemplo.
Neste caderno do Independente Jorge Colombo ainda tem mais duas páginas com palpites sobre vários assuntos de bd. Os comentários avulsos provam que percebia de banda desenhada, quase tanto como eu...ahahah!
Anúncio-sequência do walkman da Sony. O modelo apresentado pela revista hifinews de Novembro de 2010 é o Pro, lançado em 1984 e fruto da evolução criativa de Akio Morita. Em 2002 acabou de se produzir. Também foi assunto já tratado aqui.
Uma página do Público de 10 de Setembro passado sobre os discos de Luís Cília, um dos primeiros objectores de consciência esquerdista e desertor por opção ideológica. Um disco que dá para ouvir, apensar das melopeias da fossilização comunista, é o que se chama "contra a ideia de violência a violência da ideia". A panlogística aplicada à política...
Uma nova ( já vai no 10º número) revista inglesa- The Critic- com este sumário e ficha redactorial do número de Setembro:
A revista Nova Águia, um reposteiro e viveiro gráfico de alguma direita portuguesa. Quem quiser saber de onde vem o direitolas Pedro Mexia que se inclina sempre à esquerda, relevando as graçolas do palhaço rico, nos programas e escrita em que participa, é ler:
Finalmente dois álbuns de Gibrat ( um deles é duplo e contém os dois tomos da história Destino Adiado, a melhor do autor, sobre o que se passava em França no seio da resistência ao regime de Vichy, durante a IIGG-Gibrat é um esquerdista...) e duas páginas mágicas da sua habilidade no desenho, de um desses álbuns:
Un point, c´est tout!
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