Daqui, do blog Delito de Opinião:
Este sonso da extrema-esquerda procura sempre fazer de conta que é um democrata. Felizmente convence cada vez menos gente.
Em 2014, sobre a comparação que se faz entre a "PIDE" e a "STASI" escrevi assim, aqui:
"Nos dias a seguir a 25 de Abril de 1974, os jornais e revistas de informação geral davam conta dos antros do "horror" fascista que tivéramos por cá, durante mais de 40 anos: as prisões onde estiveram presos políticos a cumprir pena e não só, por actividades que a legalidade do regime considerava criminosas. Não estiveram presos arbitrariamente, por muito que tentem convencer que as prisões " sem culpa formada", eram mato e que as detenções preventivas não tinham prazo algum.
O tema, obviamente, era tabu porque nunca fora alvo de notícias, reportagens ou fotos. O regime não dava abébias aos seus inimigos declarados, como os comunistas do PCP e demais "subversivos" que foram presos, por vezes, raramente, aos magotes. Mas nunca aos milhares ou em grupo alargado, como nos regimes de Leste acontecia.
Quando esses democratas de uma 25ª hora que está para vir, pretenderam mostrar as câmaras dos horrores que supostamente exitiram no tempo em que estiveram presos, ( o que aliás ainda hoje é motivo de reportagem alinhada em episódios na Antena Um, aos Sábados de manhã, em que aparecem alguns dos antigos presos do "fascismo", todos comunistas a falarem da sua experiência), não arranjaram nada melhor que isto para mostrar.
Na Flama de 10 de Maio de 1974 mostrava-se aquilo que supostamente tinha sido o antro mais esconso e hediondo da tortura fascista.
Nesse tempo de 1974, aqueles que por aí passaram, nesses locais hediondos, pretendiam para Portugal, um regime semelhante ao que inventara lugares mais sofisticados para ouvir prisioneios políticos.
A Alemanha de Leste era um modelo de sofisticação e eficácia deste tipo de regimes que os comunistas portugueses, precisamente os que estiveram presos e agora depôem na Antena Um sohre a sua horrível experiência de prisão, apreciavam e queriam à viva força implantar por cá, sem qualquer pudor.
O que espanta mais é que sejam estas pessoas, como um Domingos Abrantes ou a mulher de um Pato a depôr sobre os horrores do "fassismo" e ninguém os questione sobre o que pensam dos lugares em que punham os olhos como modelo e particularmente num lugar onde estivera refugiado o próprio Álvaro Cunhal, a Alemana de Leste, em que o seu líder lendário e altamente estimado por aquele Cunhal, de seu nome Honnecker, era olhado como um pequeno deus caseiro e nada que se comparasse ao fascista Salazar.
Nessa Alemanha de 1974 e ainda durante muitos anos, na realidade até à queda do muro de Berlim, nessa mesma cidade funcionava uma espécie de forte de Caxias, na sede da polícia política, a STASI ( sim, porque nessa democracia, a verdadeira aliás, também havia disso e muito mais eficientes que qualquer Pide jamais o foi) em que as fotos então tomadas, não deixam mentir sobre a câmara de horrores que por lá havia ( e seria copiada por cá, evidentemente, caso os comunistas tomassem o poder total).
Por exemplo, não se encontra no forte de Caxias ou em qualquer outro lado, uma cela de interrogatórios com esta sofisticação estética:
Esta prisão, em Berlim, destinada também a pessoas que tentavam fugir do país ( uma das mais célebres Liberdades do regime era a de as pessoas serem livres de permanecer no território e de ficarem apegadas a essa liberdade de tal forma que era entendido como um atentado a essa Liberdade a ideia de fuga...) durante anos não existia nos mapas. Era uma prisão inexistente, ideia que Salazar nunca teve porque Caxias era tão visível e conhecida que nem podia ser riscada dos mapas. Mas a prisão da STASI, vá lá saber-se porquê, não existia. Em 1989, deu-se a descoberta de tal lugar inexistente...que era assim acolhedor:
As celas de Caxias, a hedionda, pela amostragem não se comparavam a esta pequena maravilha construida pela polícia política comunista que os presos de Caxias queriam imitar se tivessem a sorte de tomar o poder, em Portugal. A história está aqui, bem documentada, mas é tabu para o jornalismo português.
Quanto aos dramas familiares, tão tocantes como os contados pelos antigos presos de Caxias que não querem que se apache a memória e por isso contam histórias que não lembram ao diabo, mas não tão surpreendentes quanto esta...
A mother whose children were taken away by the Stasi secret police of former East Germany has been reunited with one of them nearly 40 years after she was born.
Petra Hoffman, 55, hugged her daughter Mandy Reinhardt, 38, for the first time this week since agents of the hard line Communist regime took her away shortly after she was born.
Ms Reinhardt was born in 1971 when her mother was just 16 and worked in a government cafeteria.
A mentalidade comunista era bem diferente, claro está. Censura? Nem pensar. Vigilância popular, sim, sobre os hediondos fascistas. O que levava directamente a proibições várias em nome das "amplas Liberdades", tal como mostrado aqui, nesta imagem de documentação deixada por conta, tirando a que foi destruída a eito e em empreendimento de tal ordem que só daqui a vários anos estará devidamente pronta para se perceber como é que funcionava a polícia política que os comunistas queriam imitar por cá, substituindo a hedionda PIDE:
Only after Unification, did the full extent of Stasi activities become known, as some 180 kilometers of files and 35 million other documents came to public view. In addition there were numerous photos, sound documents, and tapes of telephone conversations. The psychological impact on the population was almost worse than their physical shortages.
AH! E ainda falta a crème de la crème, assunto sobre o qual o antigo primeiro ministro se debruçou num livro que assinou: a tortura. Na Stasi, era coisa corriqueira e os instrumentos curiosos.
Nas fotos da Flama não aparecem instrumentos de tortura, eventualmente porque a do sono não precisava de tal ( e era entendida como a pior de todas). Mas a STASI era outra coisa e como tal aparece este instrumento curioso, com instruções em alemão que dão para entender...
E a particular curiosidade que os levava a ler correspondência alheia, coisa hedionda e sempre denunciada pelos antifassistas porque a PIDE o faria, conduzia a inventividade sem paralelo por cá: uma máquina para recolar os sobrescritos abertos pela coscuvilhice policial. A eficiência alemã e comunista, sempre em acção...
Evidentemente poderia continuar com este percurso de horrores que os comunistas portugueses apoiavam vivamente, ao ponto de os quererem por cá, em vez dos da PIDE...mas o essencial é isto:
como é que pessoas minimente inteligentes que militaram e ainda militam no PCP convivem com isto, com estas contradições, com este verdadeiro horror e mentira?
Não convivem. Denegam, em primeiro lugar e em seguida esquecem qualquer resíduo de má consciência que aparentemente são incapazes de ter.
Por isso é obsceno, para dizer o menos, aquilo que se passa na Antena Um, com os tristes episódios do "não apaguem a memória". Se não querem apagar a memória, lembrem estes episódios também, porque estes, sim, são os verdadeiramente horrorosos e hediondos. E eram esses que os comunistas portugueses então apreciavam e faziam de conta por não saberem. Mas souberam depois de 1989 e não aprenderam nem esqueceram nada.
Tenham por isso um módico de vergonha e calem-se, em nome da decência mínima."
Já vai sendo tempo de chimparem na cara a estes elementos de extrema-esquerda, disfarçados de democratas, o que fizeram os seus mentores ideológicos no tempo em que estavam no poder político, por trás do muro de Berlim.
Em 2009, noutro postal mencionei tal circunstância a propósito de uma "descoberta" que um jornalista "antifassista" tinha feito ao visitar a antiga RDA:
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