Esta notícia da Visão de 22.6.2020 dá conta do que foi a questiúncula jurídica originada no "caso EDP", um assunto de corrupção: o MºPº pediu ao JIC que sancionasse a proposta de suspensão de funções dos arguidos no caso, acompanhada de cauções elevadas devido ao estatuto dos mesmos, também elevado.
O JIC Carlos Alexandre deu provimento ao requerido pelo MºPº e até diminuiu substancialmente o valor das cauções, mantendo a medida de suspensão de funções, a verdadeira machadada nas pretensões dos arguidos.
Por isso, a equipa do advogado João Medeiros do escritório de Vieira de Almeida, um dos maiores escritórios de advocacia em Portugal tomou conta do caso. Para grandes males os remédios têm de ser proporcionais. Vieira de Almeida foi personagem ligada ao PS logo após o 25 de Abril de 1974 e foi o ministro que foi a Angola no tempo em que ainda havia ilusões sobre a evolução pacífica do regime angolano no processo de independência. Falhou. Este velhote esquerdista que advoga no luxo já disse em tempos (2012) que em Portugal "o povo foi sempre melhor que as elites".
O eco de 7.7.2020 dava conta do problema bicudo que o escritório tinha para resolver:
Precisamente neste caso concreto o escritório devia saber melhor e aplicar aquele conhecimento e sabedoria sobre o povo e as elites, recusando o patrocínio em vez de litigar de um modo que agora se revelou um falhanço, como mostra o CM de hoje.
A notícia do "Correio Indiscreto" de Miguel Alexandre Ganhão, sítio cada vez mais imprescindível para se conhecerem algumas artimanhas da elite que nos governa, é reveladora e não foi mencionada aquando do afastamento voluntário, há dias, dessa pretensa elite da empresa EDP, agora na posse de chineses, muito por causa da gestão de tal elite.
Qual era o argumento que os advogados de tal elite brandiram contra a decisão do JIC Carlos Alexandre e a proposta do MºPº?
Este: os da elite não podiam ser assimilados a funcionários na acepção que a lei penal o admite. Perderam na Relação, apesar dos pareceres catedráticos todos, da excelsa escola de Coimbra e da faculdade de Direito de Lisboa e arredores. Enfim, uma desgraça jurídica, uma vergonha para tais catedráticos. E não foram poucos: pelo menos nove, mais o do cão e do gato que também lá devem estar, a mexer e a miar!
"(...) nove pareceres sobre as medidas de coação impostas a António Mexia e João Manso Neto, que incluem as posições de vários especialistas jurídicos como José Faria da Costa, Maria João Antunes, Nuno Brandão, Paulo Otero e Filipe Cassiano Santos. Há também um parecer do escritório de advogados King & Wood Mallesons, entre outros."
Ora o terramoto de escala superior aos quatro envolvidos e que se instalou na sede desta elite da EDP, contrastava com a falta de vergonha dos ditos que procuravam por todos os meios afastar o juiz maldito e já com movimentações espúrias e inusitadas por outras bandas, para surtir o mesmo efeito, aproveitando a ingenuidade de quem não entende o que se passa e julgam que os outros vêem tudo a preto e branco, disparam rápido, enquanto eles vêem tudo em cinemascope e aquecem-se em fogo lento.
Para além de contestarem o despacho tinham tentado afastar o juiz:
Pois perderam em toda a linha! E souberam do resultado do recurso do despacho maldito, dentro dos oito meses fatais e em cujo decurso para além do prazo apostavam incisivamente. Lixaram-se!
Bem feito e parabéns, ao MºPº e ao Juiz de Instrução Carlos Alexandre.
É por estas e por outras que o querem correr do lugar...
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