CM de hoje em que se noticia mais uma decisão da Relação favorável a uma decisão do juiz Carlos Alexandre. Os arguidos queriam mais tempo para "estudar" o processo e eventualmente requererem instrução que é facultativa e vai obrigar a novo sorteio do processo ( e esses mesmos arguidos esperam ansiosos que seja outro do género "calhou-me a mim"). Perderam o recurso e vai ser preciso estudarem o que já sabem de ginjeira, em tempo razoável.
Resta agora saber a razão da fronda que se instalou na comunidade jurídico-judiciária e política contra o referido juiz:
O que se estranha na fronda autêntica que se gerou de há uns anos a esta parte contra o juiz Carlos Alexandre é a extensão de participantes na manobra.
Começou com as indignações postiças do conhecido advogado da Sombra do duo los três, Proença de Carvalho. Foi esse o primeiro de todos os preocupados que se seguiram. Nessa altura eram desesperadas e repetidas as investidas mediáticas desse Sombra na democracia. Ultimamente tornou-se silencioso porque afinal conseguiu o que pretendia: alcançar a contento o desiderato exposto.
Ao movimento inorgânico juntaram-se alguns juízes conhecidos, como o agora caído em desgraça Rangel, mais os sistemáticos das informações secretas, Anteros e quejandos Belos Morgados, tornado ajudante de ministro quando foi copiosamente derrotado no sítio onde queria chegar. Deve andar a matutar porque é que nunca passa da cepa torta dos ajudantes, desde sempre, ele que sonhou com a "governança"...
Depois, por uma estranha coincidência juntou-se-lhes o actual presidente da ASJP que tomou as dores de todos e lendo o seu percurso percebe-se melhor porque se tornou uma figura presente em todos os media do sistema, tendo já mais fotografias suas em poses de estadia do que todos os dirigentes sindicais anteriores, por atacado. Afinal, talvez o juiz Mourão tivesse alguma razão...
O que é estranho nisto tudo mas nem tanto assim é simples de enunciar:
O juiz Carlos Alexandre é lesto no que faz, não atrasa o serviço e trabalha mais que muitos. Não é por aí que o poderiam criticar.
Trabalha bem porque tal já lhe foi reconhecido inúmeras, dezenas de vezes nos tribunais superiores, ao contrário de alguns que andam por aí e não têm tal currículo para apresentar a ninguém. Também não é por aí que o poderiam derrotar e afastar.
Sendo tais qualidades imbatíveis e preciosas em qualquer juiz torna-se bizarro que haja juízes que agora defendem o seu afastamento do lugar que ocupa, por causa de ser o contrário do outro que lá está e que segundo se pode verificar, trabalha lentamente, mal e provoca danos na justiça que se tornam irreparáveis.
É simplesmente patético o género de argumentação do referido presidente da ASJP a que aderiu toda contentinha a actual ministra da Justiça, com o séquito de preocupados todos que alinham desde sempre no estribilho e na pauta sistemática.
Não se entende de todo como é que se pode defender publicamente, com um mínimo de seriedade, o afastamento de um juiz que afinal é exemplar naquilo que faz e na função específica que exerce.
Sendo assim, a conclusão é óbvia: querem-no fora do lugar precisamente por isso. Nada mais que isso.
É triste.
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