Mortágua, Camilo, esquerdista da extrema nos anos sessenta e vindouros foi agora celebrado na revista Visão pelo feito de ter capturado e desviado um avião da TAP, em conjunto com outros piratas, para lançar panfletos (!!!) de protesto contra o regime político que estava e que o pirata queria substituir por outro que lhe permitisse impor a ditadura do proletariado ficando ele e os camaradas de armas a mandar na classe proletária, em nome do socialismo. O modelo era o soviético e por isso a liberdade que apregoava era apenas uma ilusão de pirata, uma trafulhice para enganar o povo. Continua a ser mas a Visão acha que deve dar espavento e atenção a estes aldrabões. Fica-lhes no currículo politicamente correcto andar a publicitar estes totalitários frustrados que perderam sempre a ocasião de serem poder mas nunca a expectativa de um dia, quiçà, numa manhã de nevoeiro espesso, enfim. O costume. Os donos da Visão contemporizam com esta fantasia desde que lhes pague as contas da falência previsível...
O pirata tem agora duas herdeiras dilectas, as manas Mortágua, que perseguem o mesmo objectivo turvo de transformar a sociedade num campo de concentração ideológico com tal propósito: liquidar o capitalismo e impor o socialismo tal como o entendem, sem grandes diferenças de fundo, porque não existem.
Uma delas faz figura de estrela parlamentar porque tem um olho esforçado para as trafulhices bancárias dos capitalistas que temos e em terra de cegos, já se sabe quem reina...
São estes os heróis da democracia que há: indivíduos, no caso piratas que queriam uma ditadura muito pior que a que existia. É difícil compreender tamanha imbecilidade em publicitar estes heroísmos, a não ser por pinderiquice ideológica e intragável indigência intelectual. Mas é isto a Visão:
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