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ADITAMENTO em 17.6.2021:
A assunção do estatuto é uma espécie de medalha de mérito em antifassismo, ostentada com o garbo proclamado de que "muitas das coisas que fiz nesses anos faria hoje exactamente da mesma maneira porque foram feitas não pela ideologia mas pela obrigação moral de actuar face a uma ditadura, mesmo com risco".
Tal garbo estupidamente proclamado, procura desvirtuar a faceta obscura dos fascistas ocultos que não se assumem como o bravo Pacheco agora se apresenta, enquanto defensor de liberdades contra uma ditadura.
A estupidez é esta:
A ideologia e organização política inerente que este Pacheco defendia, como modelo para o nosso país, era patrocinadora das maiores barbaridades e do totalitarismo mais implacável que a Humanidade jamais experimentou.
Pacheco defendia o que o maoismo defendia. Ora o maoismo foi o que um certo Simon Leys denunciou no início dos anos setenta e de que com toda a certeza este mesmo Pacheco garboso tomou conhecimento, como estudante de filosofia em que aliás se licenciou para "dar aulas", como deu.
Vale a pena por isso repristinar parte de um postal antigo sobre o assunto, mostrando a pouca vergonha que este Pacheco denota mais uma vez e agora com o garbo que a maré favorável lhe permite.
Em vez de cobrir a cara com um saco e dependurar ao pescoço o rótulo adequado a mais esta estupidez, já recalcitrante, tal como se fazia no regime que ambicionava para o nosso país, em vez da "ditadura" contra a qual lutava, ainda se gaba do feito! E voltaria a fazer agora muitas coisas que então fez... por lutar contra uma ditadura, preferindo uma outra, mais cruel, mais desumana, mais totalitária mas que fosse mais consentânea com aquilo em que acreditava. E pelos vistos continua a acreditar.
Depois disto torna-se penoso ler este Pacheco.
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