O dono da Impresa, Balsemão, foi "homenageado" pelo Governo que está, numa cerimónia formal, em S. Bento, por ocasião de uma efeméride anódina- os 40 anos do VII Governo Constitucional.
Estranho e bizarro? Nem tanto. O CM dá assim a notícia: uma celebração! De quê, afinal? Para mim, a consagração de um indivíduo que ajudou a moldar o sistema político-governativo-constitucional-cultural e recreativo que temos por cá. Portanto, na estranha celebração esteve presente tout le beau monde que comanda o panorama nacional nesses domínios, incluindo o actual governo em peso.
Balsemão é militante nº 1 do PSD? E que importa?! Também é militante da causa socialista e dos apêndices culturais que a Impresa suporta, fonte da sua empresa comercial e da qual vive, aliás muito bem, segundo se supõe, mas não se sabe ao certo. Fica por contar a história da Visão de um Delgado transformado instantaneamente em capitalista de venturas, salvo seja.
É um verdadeiro personagem e um dos principais protagonistas da quadratura de um círculo de giz que foi riscado no chão nacional em 1974. É um dos suportes principais do sistema que nos foi legado deste então e por isso também responsável pelo satus quo em que estamos- o de país mais atrasado da Europa.
Comprei o volume de memórias selectas do dito Balsemão para ler algumas passagens e dos dias de Abril de 1974 até 1975 é assim que o mesmo se lembra:
O sítio do Observador tem lá a escrever a jornalista Maria João Avillez que conhece Balsemão desde esses primórdios do jornal Expresso e conta assim, como foi a história deste "príncipe do jornalismo" com orelhas de burro, como soía na historieta. Enfim...
Como bónus, o Observador foi desencantar esta imagem amputada de uma edição do Expresso de 23 de Agosto de 1975.
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