Paulo de Morais, articulista contratado pelo CM para escrever sobre o seu "fonds de commerce" que é o tema da corrupção visto pelo lado populista mais básico e sensacional, volta às páginas do jornal com o caso do procurador Orlando Figueira.
O que escreve é simplesmente difamatório a vários níveis, como se costuma dizer e provavelmente por ignorância atávica, porque repetida e relapsa.
Quando se contratam ignorantes relapsos para escrever em jornais o resultado é este:
O caso de Orlando Figueira já foi explicado sumariamente nos media. Por exemplo, aqui:
Factualmente é verdade que o procurador em causa foi acusado por ter sido corrompido por Manuel Vicente, por causa de processos relativos a branqueamento de capitais que corriam no DCIAP. Porém, tal acusação foi modificada e alterada, durante o julgamento e apesar da condenação, houve recurso do arguido, o qual ainda se encontra pendente. Tal significa que o mesmo ainda não foi condenado, com trânsito em julgado e é isso que conta para o caso.
Tal como explicava a RTP:
Quanto à circunstância de o procurador se encontrar em funções, como representante do MºPº num tribunal de execução de penas, tal é explicado claramente: não tendo ainda existido condenação do mesmo com trânsito em julgado, o processo disciplinar também ainda não teve o seu curso final.
A lei, o estatuto do MºPº, assim o entendem, ao contrário do ignorante Paulo de Morais que sabe mais que tudo o resto e tal escreve, clamando por gates e escândalos, na sua escrita que por este motivo só pode ser classificada de um modo simples e directo: de esgoto, "gate" em português corrente.
E no final, se Orlando Figueira for considerado inocente do crime que lhe foi imputado, tal como aliás se prefigurava no julgamento de primeira instância em que tal foi aludido e conduziu a dúvidas do próprio MºPº? E que dizer do que se seguiu?
Pois nesse caso Paulo de Morais, além de ter de engolir em seco tudo o que escreveu já sobre o assunto, terá que concluir que não tem qualquer credibilidade para escrever dislates e burrices no CM, ao Domingo.
Isso se não for entretanto confrontado na "justiça" com o respectivo processo crime por difamação, uma vez que a liberdade de expressão tem os limites precisamente nesse nível, o da ofensa à honra e consideração seja de quem for, de modo grave, indelével e indesculpável.
O simplismo, negligência no apuramento de factos e a ignorância das leis não podem justificar tudo. Principalmente por causa de um fonds de commerce cada vez mais duvidoso e que já recorre a argumentos como os de uma suposta "mafiosa Omertà" para explicar o que não compreende.
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