Ontem à noite realizou-se um espectáculo de gala, montado numa tenda, nos claustros dos Jerónimos, para celebrar a inauguração de uma nova estação de tv, dependente da Media Capital de Mário Ferreira e da CNN americana.
O Observador dá conta assim, do evento que concitou a presença de muitos notáveis dos media nacionais, a começar pelos políticos da actualidade governante e até do presidente da República (!) que ficou até ao fim e até jantou na companhia do grande Mário Ferreira, a sua mulher, juíza em licença e outros. Até o pobre Pacheco Pereira por lá deambulou a sua sina. Pelos vistos é um fã do Mário Ferreira e do seu neoliberalismo de pacotilha, apoiado pelo PS de sempre.
O "scoop" do momento foi uma entrevista pífia a um foragido à justiça nacional, o banqueiro Rendeiro, tornado bode expiatório das malfeitorias na banca. Queixou-se em directo de ter sido vítima de um processo "não equitativo" (!), ou seja em que não teve defesa à altura do que esperava e sentença ainda mais inesperada e nisso terá alguma razão. O presidente da República, presente, anuiu logo em comentar um eventual indulto, dizendo que estava fora do prazo! Enfim, Portugal no seu melhor com as elites do costume. Até uma pindérica atriz se ocultou das câmaras quando percebeu que iria ser apanhada a entrar no momento em que André Ventura também chegava. Disse que não se queria misturar com tal figura. A pindérica aparece muitas vezes no suplemento inenarrável do CM onde se mostram as estrelas nacionais das telenovelas e afins em poses e enredos pessoais que fariam envergonhar os actores da série que passa actualmente na RTP2. Não se quer misturar...enfim. O bravo Mário Ferreira, impante na empáfia dos simples, declarou que aquilo era para se ver que dava voz a todos...ou seja, foi ele quem convidou. E pagou, claro. Quanto a pagamentos provavelmente vai descobrir rapidamente o buraco onde se meteu, com o investimento. Daqui a um ano ou menos, os milhões vão começar a escassear e os notáveis que lá estiveram nem o irão conhecer.
Em 30.4.1981 a revista Rolling Stone trazia uma página com publicidade a um whisky, com a figura do dito então em voga. A imagem vale o recorte que então guardei, com a revista que então comprava e estava numa boa fase, quase a terminar, aliás.
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