CM de hoje:
O ISQ é um organismo privado mas de utilidade pública, o que é relevante para todos os efeitos e cuja linguagem de apresentação ao leitor mediático é uma reprodução fiel do linguarejar da gestão e da parolice habitual de quem a escreve, com réplicas em inúmeros sítios similares. Uma praga que deslustra a cultura e o modo de bem falar português.
Uma vergonha, em suma, pelo que representa de espelho do que são os gestores que andam por aí, a sua cultura e a formação nas escolas da especialidade, aliás consideradas das melhores do mundo e arredores.
O seu gestor de topo é este indivíduo que geriu o gabinete de Manuel Pinho, uma referência no sector, durante o governo Sócrates, outra referência máxima nestes meios. Já foi arguido no caso dos bilhetes da Galp para o futebol mas isso, como diria o seu antigo ministro, são "pinoutes".
Tem este currículo.
A notícia do CM repica uma reportagem da TVI sobre um carro atribuído ao tal gestor e que depois de 5 anos e 150 mil quilómetros andados, numa média de 30 mil por ano, por montes e ladeiras, estradas e caminhos, sempre em serviço da gestão, naturalmente, foi parar à garagem privada do gestor, com documento passado em seu nome, mediante o troco de 50 euros e depois de ter sido devidamente pintado e reparado.
Naturalmente que terá sido trocado por outro, pela entidade em causa e o gestor já deve andar refastelado na nova viatura enquanto a usada fica onde está ou para onde vai...
Casos como este, em Portugal, em empresas deste género, são aos magotes e a TVI foi logo meter-se com esta entidade! Desaforo!, gritaram lá de dentro, procurando saber quem bufou à TVI a anedota dos 50 euros.
O jornalista Eduardo Dâmaso indigna-se com a pouca-vergonha mas falta dizer o resto: para que foram os seis milhões de euros que o Estado gastou com a "entidade privada"? É esse o único pretexto para a notícia e fica sem se saber nada sobre o assunto...
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