A revista Sábado, no último número, tem esta capa, com uma foto em que aparece Salazar acompanhado do "senhor dos diamantes de Angola", um anódino assim dado a conhecer:
O tal "senhor dos diamantes" foi administrador da empresa muito antes de Salazar chegar ao poder e até foi governante antes disso. A partir de 1919 e até à sua morte em 1967 foi o "senhor" da empresa.
Como é que Salazar aparece neste artigo da revista? Mal visto, como é costume, porque até o "senhor dos diamantes" o criticava, considerando-o um "pacóvio".
No artigo, no entanto, mostra-se que Salazar não era assim tão pacóvio ao não atender as diversas preces de intervenção favorável, vindas do "senhor dos diamantes".
Enfim, um artigo em que Salazar aparece quase como pretexto para publicitar a história da empresa do "senhor dos diamantes", cuja vida acabou sem dinheiro no banco e apenas uma grande colecção de antiguidades, aliás vendidas pelos herdeiros.
Enfim, uma história em que o contexto não justifica o texto e a foto da capa. Melhor seria contar o que se passou a seguir a 1975, com a Diamang e a descolonização, nomeadamente para se conhecer quem passou a ser o novo "senhor dos diamantes de Angola" e o que deixou para os seus...
A propósito de Salazar como pretexto para ajudar quem precisa, também um famigerado Zé Zé Camarinha, alvo de gozo colectivo e mediático devido a supostas proezas conquistadeiras nas praias algarvias, aparece a dar um ar de sua graça, aqui e assim:
Ou muito me engano ou este Camarinha, émulo e eventual precursor de outro conquistador das dúzias, no caso corações solitários de solteironas em carência, chamado "capitão Roby", já desaparecido, anda a falsificar a história.
A foto é mesmo de 1969, com aqueles modelos de carros, roupa e cabelo?!
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