Neste mês de Outubro, os trabalhos artísticos e depois as "produções Walt Disney" vindas de Chicago, Kansas City e Hollywood perfazem cem anos de existência.
Depois de Mickey, aparecido em 1928, surgiram outras personagens, historietas em desenhos animados, pequenos filmes e depois longas-metragens, a partir de 1937, com Branca de Neve e os sete anões e a seguir Pinóquio e Fantasia, em 1940, durante a II guerra mundial.
Até ao final dos anos sessenta apareceram os seus principais filmes de desenhos animados: Dumbo, Bambi, Gata Borralheira, Alice no país das fadas, Robin dos Bosques, Peter Pan, A Dama e o Vagabundo, A Bela Adormecida, Os 101 Dálmatas, Mary Poppins e O Livro da Selva l ( de 1967, o último com Walt Diseny) , além de outras pequenas metragens como Saludos Amigos ou A caixa de música.
Em 1955 surgiu a Disneylândia e a cultura popular ocidental nunca mais foi a mesma. Todas as crianças ocidentais de um modo ou outro ficaram a conhecer o mundo Disney, através da colonização cultural americana durante tais décadas.
A partir dos anos oitenta do século passado, a vulgarização do videogravador permitiu ainda uma maior divulgação do "mundo Disney" com a publicação em videocassetes e depois noutros formatos dos filmes antigos, alguns em novas versões e os que se lhes seguiram, já num mundo Disney diferente do antigo até chegar aos nossos dias em que a cultura woke se estabeleceu à mesa da administração da empresa global.
Enquanto tal não sucedeu no panorama videográfico, havia ainda as publicações em papel que publicitavam tais produções, aliás diversificadas e que assentam em temáticas da cultura popular tradicional e das fábulas dos contos infantis clássicos e universais, ocidentalizados.
É por isso um verdadeiro mundo cultural que entre nós, nos anos cinquenta a setenta foi divulgado por publicações de origem brasileira, da Editora Abril que eram importadas e vulgarizaram os nomes de personagens da Disney, para além de "Mickey", como os "irmãos Metralha", "João bafo-de-onça", "Pateta", Maga Patalógika", "pato Donald", "Peninha", "professor Pardal", "Zé Carioca" ou "Tio Patinhas".
Muitos livrinhos ilustrados, semanal ou mensalmente publicados davam continuidade a tais historietas que foram sendo desenhadas ao longo das décadas por artistas saídos das "produções Disney", como Carl Barks ou Floyd Gottfredson.
Em 24.11.1991 a revista do Expresso dedicou um número ao assunto, com textos assim:
Os "livrinhos do patinhas" eram assim pequenos volumes de historietas sortidas, com vários personagens e geralmente com sotaque e nomes brasileiros, aliás deliciosos na inventividade sonora e onomatopaica que o português de Portugal não consegue atingir.
Foi com este género de iconografia que iniciei a viagem interminável pelos caminhos arcanos de uma fantasia desenhada e que se transmitia nas figuras e expressões desenhadas daquelas personagens, como neste caso da revistinha brasileira do início dos anos sessenta acima mostrada.
Naquela edição do Expresso de 2001 contava-se a história de tais personagens desenhadas pelos artistas do universo Disney:
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