O presidente diz que não pode dizer mais que isto...mas poderemos especular:
No dia 7 o primeiro-ministro acordou com as notícias de busca no gabinete do seu chefe de gabinete, o mesmo onde foram encontrados envelopes com notas e dezenas de milhar de euros, aliás uma vergonha da qual pediu desculpa. Agora parece que o indivíduo, o Escária, se esqueceu de declarar ao Fisco e vai fazê-lo a destempo, pagando a coima. Fraude fiscal? Qual quê! Bagatela...mesmo que tresande a esturro criminal.
Seja como for, o primeiro-manhoso foi logo a Belém fazer não se sabe bem o quê, a não ser agora: pedir ao presidente da República para convocar a PGR para lhe dar satisfações a propósito de um processo crime de inquérito a correr, em segredo de justiça e sobre o qual a PGR pouco ou nada poderia adiantar de relevante.
Não sabemos o que disse ao presidente da República, mas sabemos que dali a algum tempo, ainda da parte da manhã, o mesmo primeiro-manhoso que tinha ido solicitar a diligência, foi informado do teor da mesma e veio a toque de caixa anunciar a demissão, aliás prontamente aceite pelo presidente da República.
Isto é um Estado de Direito, com um presidente da República professor de Direito Constitucional?
Se é, não parece.
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