No Causa Nossa, Vital Moreira rejubilou ontem com o artigo da magistrada Maria José Fernandes, avisando que esta vai ser "cruxificada" ( sic) pelo corporativismo dominante na cultura da instituição".
Não é a primeira vez que este intelectual-académico de direito constitucional, político do pcp e do ps e escriba de circunstância para defender o quintal do poder PS, se pronuncia sobre o MºPº e particularmente o seu figurino constitucional. Já o tinha feito anteriormente, sempre com a mesma preocupação de defesa sabuja do partido que o acolheu depois da apostasia e lhe deu prebendas variadas, como cargos de luxo sem grande trabalho associado.
Em 2019 escrevi o seguinte sobre estas investidas de fidelidade canina a sectarismos político-partidários:
Vital Moreira é um vira-casacas mentais, um tartufo do mais aprimorado que existe: aquele que reveste sempre a pele e o cheiro do interesse do momento, suportando tal fedor com argumentos de intelectualidade destinada a parolos.
Por isso é sempre um gosto revisitar os escritos desse antigo estalinista reconvertido às delícias do liberalismo socialista que o fez abraçar diversas cadeiras de mesas de administração de empresas públicas ou assimiladas.
Há dez anos, foi cabeça de lista pelo PS, às europeias, designado por Sócrates de quem só diz o melhor possível. Pudera, para o ex-44, era um dos maiores intelectuais existentes na parvónia. Na altura levou uns cachaços de antigos camaradas que não lhe perdoam a saltapocinhice atávica. Até afiança que a "Confiança no Mundo" foi escrito pelo próprio, porque lhe mandava sempre os "drafts" de cada capítulo. Logo, com tal prova redundante e retumbante, só poderia ter sido ele o autor da obra magna acolhida apoteoticamente, com a presença de um tal Lula. Enfim.
Quanto ao seu proverbial rigor e honestidade desde há muito que a conversa estiolou em evidências chocantes de sem vergonha.
Desta vez o escrito não destoa do espírito de sempre: sectarismo raivoso contra quem belisca os interesses do partido que o acolheu.
Porém, em 1976 contribuiu para aprovar uma Constituição, em nome do PCP que o acolhia como membro do estalinismo vigente, e co-anotou-a assim no capítulo em causa, dele:
O que Vital agora pretende é reverter o que diz a Constituição porque já não lhe agrada o sistema...e como não usa crucifixo, basta-lhe um x para a cancelar.
Este Vital não entende isto que se escreve no CM de hoje:
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