Numa edição especial da revista francesa Sciences Humaines, em Dezembro de 2008 havia esta entrevista a um historiador- Paul Veyne- que tem algo de iconoclastia: a História não serve para dela tirar lições...e sendo obra sujeita a parcialidade e subjectividade, será antes de tudo uma coisa de pura curiosidade com um valor próximo da astrologia.
Aqui fica:
Uma das partes mais interessantes tem a ver com os gregos antigos, do tempo da mitologia e à questão acerca dos gregos antigos acreditarem nos deuses. Diz o historiador que sim e por exemplo, ninguém duvidava da existência de Baco, o que significa que houve gente que acreditou piamente em verdades que nunca o foram...embora tingidas por historietas que ajudavam a perceber o sentido das coisas e misturavam fantasias com realidades que entendiam como tal.
Em conclusão, a partir do sec. XIX, as ciências humanas evoluíram para um maior racionalismo e positivismo, abandonando crenças antigas ligadas à religião. Porém, a História, no séc. XX, diz o entrevistado que passou por três fases: a dos acontecimentos; a da escola dos Annales e o desenvolvimento a partir das ideias de Michel Foucault que contextualiza as convicções segundo o tempo histórico em que ocorrem.
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