Maria Filomena Mónica escreveu um panfleto de um pouco mais de cem páginas acerca de dois personagens da cena político-académica do país.
Dois flibusteiros do embuste, da falsidade e da mentira. Um, José Sócrates é retratado com recurso a memórias de recortes noticiosos, com particular destaque para o que se apurou na investigação processual no chamado processo Marquês.
Como é mais conhecido o percurso de enganos de José Sócrates ficam aqui excertos acerca da aventura dos "livros escritos com o seu nome", A Confiança no Mundo e O Dom Profano, ambos com grande participação de académicos do Direito. Um deles, intelectual-jurista da academia de Coimbra agora completamente enfeudado ao PS e que se assina Vital Moreira, que aqui se espelha numa vergonha que aparente e inacreditavelmente o não atingiu, ao contrário do que sucederia noutras paragens. O mesmíssimo Vital Moreira continua o seu empenho aferroado à defesa de um partido que só tem comparação com o modo como defendia a ortodoxia comunista e estalinista, até se desencantar com as perspectivas de carreira, aí pelos anos noventa. Um indivíduo exemplar desta fauna.
O outro é um tal Farinho, professor de Direito, confessadamente "colaborador" e cripto-autor do livro assinado por aquele Sócrates. Um típico colaborador de personagens deste jaez.
Sobre o professor Buonaventura, a aventura é mais pitoresca, lunática e flibusteira, feita de habilidades expostas e que terminam em beleza, com o aventureiro a provar do seu próprio veneno...
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