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quarta-feira, janeiro 19, 2011

O problema da Confiança

Económico:

O primeiro-ministro telefonou na semana passada à chanceler alemã a pedir ajuda e "parecia desesperado", revela hoje o "The Guardian".

O Chefe do Executivo português terá prometido a Angela Merkel "tudo fazer" desde que não fosse necessário seguir o exemplo da Irlanda e da Grécia, ou seja, o recurso ao fundo de estabilização europeu e consequente intervenção do Fundo Monetário Internacional.

Enquanto o governante português esperava pela resposta, Merkel falou com Dominique Strauss-Kahn, o responsável máximo do Fundo Monetário Internacional, que terá dito que o pedido não fazia sentido "pois Sócrates não seguiria nenhum conselho que lhe fosse dado".
Repare-se no problema fundamental que nos afecta social e economicamente: a Confiança. Lá fora, onde precisamos de ir buscar dinheiro e as temíveis agências de rating estão sempre à coca de sinais com significado, temos este: o presidente do FMI não confia no nosso primeiro-ministro. "Não seguiria nenhum conselho que lhe fosse dado", disse.

Que é preciso dizer mais para que se possa concluir que batemos no fundo dos fundos da nossa honorabilidade enquanto país? Que precisamos mais para correr com este traste político de primeiro-ministro que temos e nos vai conduzir à maior desgraça das últimas décadas?

Que mais é preciso para o corrermos a pontapé eleitoral? Será preciso também que alguém se imole pelo fogo?

8 comentários:

  1. Indignação é preciso


    Se calhar, o melhor é: TIRAR UM COELHO DA CARTOLA (já estou como o outro: "penso eu de que").

    C. S.

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  2. Imolar? Onde? Quem? A burguesia instalada? Isto ainda tem que descer muito mais para haver meia dúzia de chapadas na praça pública. Até porque não é a multidão que enxameia os centros comerciais à hora do "Plano Inclinado", que está interessado nesse programa, ou que lê o Porta da Loja.
    Onde eu vivo só vejo esta espécie de veraneantes fora de época. Cafés cheios, ruas cheias de carros, centros comerciais cheios.
    Correr com o indivíduo a que propósito? Tanto tem dado a este país de ingratos! -- JRF

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  3. É mesmo urgente fazer algo, nem que faça barulho, nem que parta cabeças, nem que queime alguém...
    Eu não tenho qualquer esperança de que quem tem o voto na mão resolva algo. Não querem, gostam de gente "bem vestida" e que fale muito, o que dizem não importa porque a maioria tb pouco mais percebe do que o enredo da novela.
    Eu ando preocupada, pq acho que o Cavaco vai ganhar e é capaz de dissolver a AR e o ranhoso voltará a ganhar e com maioria... Há muito que há um acordo entre os dois. Ele é o seu presidente e o 1º ministro de cavaco é o inenarrável!

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  4. A ver se eu percebi:
    Sócrates disse à Merkel que não queria o FMI, e esta foi falar com o chefe máximo do FMI? Para quê? Fazer queixa?
    E o que é que este devia ter respondido? "Se ele não quer vou obrigá-lo"?

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  5. Continuem a fornecer à populaça futebol, telenovelas e reality shows e não se passa nada. Foi isto que faltou na Tunísia!

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  6. EM VEZ DO FOGO PREFIRO A ÁGUA TALVEZ POR SER CARANGUEJO.DIA 23 LEVA UMA GRANDE BANHADA COM CLISTER DE 15 LITROS OBRIGATÓRIO.A SEGUIR O MERCEEIRO DO VIGARISTA DEIXA DE LHE FIAR TUDO EM GERAL E O DOM PERIGNON EM PARTICULAR.FINALMENTE, É PRESO EM FLAGRANTE DELITO A ROUBAR BARRAS DE OURO NO BANCO DE PORTUGAL E AS CAIXAS DE ESMOLAS DO PATRIARCADO.APÓS SER SENTENCIADO COM UM BANHO DE ÁGUA BENTA E MAIS UM CLISTER O ESTÁ AQUI ESTARÁ PRONTO PARA IR TER COM O BEM ALI QUE TEM TANTA CONFIANÇA NELE QUE NEM UMA BARRITA DE OURO LHE EMPRESTARÁ.

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  7. José

    O Sr. presidente da república, já disse que não vai usar a bomba atómica...

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  8. Se calhar para o fazer desaparecer o melhor é despachar Cavaco Silva primeiro, que o tem aguentado para garantir que Portugal funciona direitinho. Eu que sempre votei no homem vou lá no dia em que o PM fez o curso para desfazer os erros do passado. E peço desculpa aos Portugueses. Nunca pensei que ao votar em Cavaco Silva para Presidente estava a contribuir para a pouca-vergonha do PS de Sócrates, para a impunidade total, para o descalabro da segurança e da justiça e do raio que os parta a todos. Até ia ficar em casa, mas não posso. Pior do que está pode ficar, mas não há-de ser com o meu voto.

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