Miguel Sousa Tavares no Expresso de hoje assina uma crónica típica, sobre tudo o que mexe na vida portuguesa pública. Como habitualmente dá os palpites de tudólogo encartado pelo costume em palpitar sobre tudo e o habitual par de botas. É já um estatuto de que não abdica e por isso perceberá réditos substanciais e porventura superiores a alguns daqueles contra quem profere os anátemas habituais embrulhados nas asneiras costumeiras de quem não sabe do que fala mas escreve sobre isso com a natural desenvoltura da ignorância. Quando era pequeno ouvia muitas vezes em casa que " a ignorância faz parte da estupidez e da burriquice"...mas Sousa Tavares foi educado de outra maneira, com certeza.
Topei circunstancialmente nos 34 parágrafos, alguns sobre a Justiça, matéria em que Sousa Tavares se tornou catedrático de computador e fácil no verbo disparar sentenças definitivas em modo de aleivosia.
"Temos de terminar com a independência e a irresponsabilidade funcional do Ministério Público e colocá-lo ao serviço do país, através da política de Justiça do governo e sob a supervisão da Assembleia da República."
Esta frase, além do disparate implícito que confere legitimidade à confusão de poderes políticos, com o Governo e a Assembleia da República a controlarem a actividade do MºPº, talvez à compita e para livrar os habituais compinchas, deixa de fora o rabo felpudo da contradição mais soez: no parágrafo seguinte o cronista escreve logo que "na ditadura do Estado Novo o regime criou as corporações para melhor as controlar. Na democracia são as corporações que dominal e trazem cativo o Estado". Tirando o aspecto anedótico sobre a criação das corporações que existem desde que o mundo se organizou em poder político estabilizado, a afirmação só confere credibilidade à anterior: Sousa Tavares pretende o regresso ao modelo do MºPº do Estado Novo mas não quer o regime corporativo deste sistema que controla as corporações.Pretende apenas o controlo puro e simples pelo "Estado", leia-se poder político governativo, das corporações, mesmo aquelas que têm por missão fiscalizar o próprio Estado, leia-se poder político governativo. Quer portanto a ditadura de controlo totalitário do Estado Novo, mas sem o nome... Lógica assim ofusca qualquer entendimento rudimentar. Esperteza destas incomoda. Sabedoria assim estraleja.
Para além desses parágrafos ignominiosos e incitadores ao totalitarismo, Sousa Tavares, à semelhança de outro estalinista encapotado no Abrupto, diz no 7 que "Não podemos pactuar com os maus cidadãos, com os que roubam ao Estado, que fogem ao fisco, que vivem em off-shores ou nos cafés e blogues a dizer mal de tudo e de todos".
Por mim até acrescentaria outro parágrafo- o 7-A- a dizer que não podemos pactuar com quem escreve aleivosias destas nos jornais porventura a troco de réditos superiores aos que vitupera ao "juiz do Supremo" que no parágrafo 33 ( o do grau...) entende ganhar mais que um deputado, o que para Sousa Tavares é inadmissível. E refere até que o pobre deputado ganha "um terço ou metade" daquele.
Este Sousa Tavares só lido. Contado ninguém acredita nestas asneiras.
Topei circunstancialmente nos 34 parágrafos, alguns sobre a Justiça, matéria em que Sousa Tavares se tornou catedrático de computador e fácil no verbo disparar sentenças definitivas em modo de aleivosia.
"Temos de terminar com a independência e a irresponsabilidade funcional do Ministério Público e colocá-lo ao serviço do país, através da política de Justiça do governo e sob a supervisão da Assembleia da República."
Esta frase, além do disparate implícito que confere legitimidade à confusão de poderes políticos, com o Governo e a Assembleia da República a controlarem a actividade do MºPº, talvez à compita e para livrar os habituais compinchas, deixa de fora o rabo felpudo da contradição mais soez: no parágrafo seguinte o cronista escreve logo que "na ditadura do Estado Novo o regime criou as corporações para melhor as controlar. Na democracia são as corporações que dominal e trazem cativo o Estado". Tirando o aspecto anedótico sobre a criação das corporações que existem desde que o mundo se organizou em poder político estabilizado, a afirmação só confere credibilidade à anterior: Sousa Tavares pretende o regresso ao modelo do MºPº do Estado Novo mas não quer o regime corporativo deste sistema que controla as corporações.Pretende apenas o controlo puro e simples pelo "Estado", leia-se poder político governativo, das corporações, mesmo aquelas que têm por missão fiscalizar o próprio Estado, leia-se poder político governativo. Quer portanto a ditadura de controlo totalitário do Estado Novo, mas sem o nome... Lógica assim ofusca qualquer entendimento rudimentar. Esperteza destas incomoda. Sabedoria assim estraleja.
Para além desses parágrafos ignominiosos e incitadores ao totalitarismo, Sousa Tavares, à semelhança de outro estalinista encapotado no Abrupto, diz no 7 que "Não podemos pactuar com os maus cidadãos, com os que roubam ao Estado, que fogem ao fisco, que vivem em off-shores ou nos cafés e blogues a dizer mal de tudo e de todos".
Por mim até acrescentaria outro parágrafo- o 7-A- a dizer que não podemos pactuar com quem escreve aleivosias destas nos jornais porventura a troco de réditos superiores aos que vitupera ao "juiz do Supremo" que no parágrafo 33 ( o do grau...) entende ganhar mais que um deputado, o que para Sousa Tavares é inadmissível. E refere até que o pobre deputado ganha "um terço ou metade" daquele.
Este Sousa Tavares só lido. Contado ninguém acredita nestas asneiras.
"Contado ninguém acredita nestas asneiras."
ResponderEliminarO problema é que acreditam, caro José.
Muita gente acredita nestas e em muitas outras asneiras ditas pelo MST e por outros do calibre dele.
Bem ... entre esses gajos dos off-shores e os outros dos blogues ... é uma vergonha! ;) Ah e dos cafés! Tudo farinha do mesmo saco!
ResponderEliminarSerá que posso transferir o dinheiro da minha conta bancária para um blogue?
ResponderEliminarMST consegue ter mais espaço no 'Expresso' do que todos os directores juntos...
ResponderEliminarSorte a dele, mas azar o meu.
De facto, como ele repete as mesmas coisas até à náusea (o TGV,o aeroporto, os professores, os fumadores...), eu passei a ler essa página "em diagonal".
Aliás, o jornal está cada vez mais chato, e não falta muito para deixar de o comprar.