Páginas

terça-feira, abril 23, 2013

O 25 de Abril de 1974 visto por jovens pioneiros

Este video aparentemente montado por alunos do 5º ano de ensino é, como lá se diz, imperdível. Escusado será dizer que os alunos do 5º ano actual não sabem fazer videos destes.
O que se suspeita é que o video seja feito por uns farsantes que se fazem passar por crianças. O video tem todos os lugares comuns comunistas sobre o regime do Estado Novo e sobre o 25 de Abril. Nem sequer falta a referência aos "direitos adquiridos" que as crianças do 5º ano de escolaridade devem entender como algo de efeito mágico.
A vergonha desta farsa é que o mesmo é apresentado no sítio do Facebook da Associação dos Oficiais das Forças Armadas, segundo um comentador deste blog.

Isto é obra de canalha, está bom de ver. E uma outra coisa parece certa, a meu ver: antes de 25 de Abril de 1974 uma obra destas ( ainda não havia video, mas havia lápis e papel) poderia ser feita por alunos do 1º ano do ensino preparatório. Agora, estes alunos do 5º ano são mesmo " pioneiros" com doutrina certa e muito bem decorada.

129 comentários:

  1. Impressionante, José.

    E os comentários ainda pior. Só apareceu lá um a dizer que podiam ter feito mais actual e menos instrumentalizado.

    O resto, foram profs de cócoras. Até perguntaram se isto e podia fazer numa escola privada.

    ResponderEliminar
  2. Qualquer dia estamos assim, se é que ainda lá não chegámos:

    http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=zoq_5GCBer8

    ResponderEliminar
  3. O Video no facebook da Associação de Oficiais das Forças Armadas

    https://www.facebook.com/AOFA.Oficiais.das.Forcas.Armadas/posts/566781733341903


    http://www.aofa.pt/index.php?menu=1&pag=8


    Segundo se diz no video terá sido feito por alunos desta escola

    http://aedf.pt/

    sendo indicados no fim os nomes dos 2 professores que orientaram os alunos na sua produção.

    Não é de estranhar que o video seja divulgado no site da AOFA, uma vez que o Vasco Lourenço faz parte dos corpos directivos dessa associação tal como o Capitão do COPCON Tasso de Figueiredo, agora Coronel e outros militares mais ou menos esquerdistas.





    ResponderEliminar
  4. A Esquerda tomou conta do discurso corrente e isto é parecido com a propaganda comunista no tempo da URSS.

    Fake. Tudo falso e propagandeado. As criancinhas que foram instrumentalizadas nisto deviam ser alvo de acção psicológica de desinfestação deste vírus.

    ResponderEliminar
  5. Mas até me deram uma ideia para comemorar este 25 de Abril que coincide com uma quinta-feira, como em 74.

    ResponderEliminar
  6. O Vasco Louenço é da maçonaria. Não tem vergonha porque é algo mentecapto.

    ResponderEliminar
  7. Esta canalha vive dos louros de ter derrubado um regime, tendo feito quase tudo para o trocar por outro ainda pior.

    Nem tem bestunto para pensar nisso.

    ResponderEliminar
  8. ehehe

    Faça isso, José.

    Eu digo-lhe que há uma geração que anda a fazer tanta porcaria como os do PREC.

    E fazem-no em risco porque se tornou a Verdade Histórica.

    Já esqueceram o Muro e agora, com a crise, volta tudo.

    Bem dizia o Lenine que bastava darem-lhe uma criança de 5 anos a educar que faria dela um comunista para o resto da vida.

    ResponderEliminar
  9. o ex-general 'd. lourençote de melena e pá' pertence à
    «'respeitável loja 25 de abril' ao vale de lisboa, sob os auspícios do gol, a trabalhar no rito francês»

    este conhecido intelectual do rato com os devidos apoios conseguiu eliminar outra facção mais à esquerda também pertencente ao gol.

    os jovens são meras figuras decorativas como os que foram contratados (para uma sessão no CCB) por uma agência de trabalho temporário no tempo do 'sô zé'

    ResponderEliminar
  10. Mas os que partilharam esta imbecilidade não são só profs de liceu.

    Há para lá da Nova, da de Letras de Coimbra, do ISCTE, de Letras do Porto; Lusíada.. .eu sei lá. Uns, alunos, outros profs

    ahahahahah

    Isto é assustador.

    ResponderEliminar
  11. Profs, pois. Profs da Nova

    ahahahaha

    Que horror.

    ResponderEliminar
  12. Estudante de Filosofia da Católica

    ":O)))))))

    ResponderEliminar
  13. Sobre o ensino da História nas escolas portuguesas é esclarecedor fazer uma pesquisa na internet relativa aos nomes das pessoas que os professores convidam para falar aos alunos sobre o 25 de Abril. Não se encontra um convidado que não seja claramente de esquerda. Aparentemente, sobre esse tema, só podem falar aos alunos, nas escolas secundárias, pessoas que tenham claramente credenciais de esquerda:

    O 25 de Abril nas escolas

    http://www.esoh.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=326:25-de-abril-revolucao-ou-evolucao&catid=1:noticias


    http://www.esmonserrate.org/index.php?option=com_content&view=article&id=725:otelo-saraiva-de-carvalho-o-25-de-abril-na-primeira-pessoa&catid=38:noticias

    http://www.reflexodigital.com/index.php?cat=3&item=12855&PHPSESSID=6a365ecdaaa1d73782eaa10dfc2953db


    Somos o 10º M
    Curso Profissional de Informática de Gestão

    Estamos a Trabalhar as seguintes personalidades:

    - Otelo Saraiva de Carvalho

    http://www.escamoes.pt/alunoscomotu/ALUNOS_COMO_TU/alunos_como_tu/quem_somos.html



    Palestra sobre o 25 de Abril com Otelo Saraiva de Carvalho

    O militar de Abril foi convidado da Semana da Juventude das Caldas da Rainha, tendo falado no auditório do Centro de Juventude para cerca de duzentos alunos das escolas do concelho.

    http://www.jornaldascaldas.com/JournalNews/JournalNewsDetail.aspx?news=ECF0F42A-7903-41E2-81F3-3A46D28AE1E7&


    http://www.esdduarte.pt/docs/actividades/actividades/abril/programa_abril.pdf



    «A apresentação de “O Dia Inicial” conta com a presença da presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Susana Amador, do vereador da Cultura, Mário Máximo, e do jornalista Joaquim Furtado, além de alunos de escolas secundárias do concelho de Odivelas, que terão o privilégio de fazer uma visita, guiada pelo próprio Otelo Saraiva de Carvalho, ao Posto de Comando do MFA, “o berço da revolução”.»


    http://www.youtube.com/watch?v=5Ir6h3-bWno

    http://odivelas.com/2011/03/20/pontinha-otelo-saraiva-de-carvalho-apresenta-%E2%80%9Co-dia-inicial%E2%80%9D-no-posto-de-comando-do-mfa/

    ResponderEliminar
  14. O Otelo tem sido a estrela destas palestras.

    O ano passado esteve por cá. Soube tarde porque senão tinha ido ver e perguntar-lhe umas coisas para lhe estragar a festa.

    ResponderEliminar
  15. Xiii, Sílvia. Isto é impressionante.

    ResponderEliminar
  16. Estes pataratas de professores da propaganda esquerdista nem se dão conta que o discurso oficial esbarra com factos comezinhos, como sejam a falsidade da história que contam sobre a censura ou a repressão que sendo verdadeiras não foram o terror que querem fazer acreditar às criancinhas.

    Estão a caminhar na mesma senda da historieta dos comunistas comerem criancinhas ao pequeno almoço.

    ResponderEliminar
  17. nas forças armadas há vários núcleos de esquerda com muito mais gentes que os sectores democráticos e, sobretudo mais activos politicamente.

    o meu filho vai-se doutorar em história peninsular. conhece bem o meio. as infiltrações são a todos os níveis. ao centro não há quem lute.

    além de muito arranjista, há muita cobardia, pulhice, hipocrisia.
    muita gente desinteressada que saiu pela janela e não está disoposta a 'lutar por causas perdidas'

    ResponderEliminar
  18. Na mais conhecida escola secundária de Lisboa, para além da tradicional comemoração do 25 de Abril, com militares de esquerda, cantores de extrema esquerda e jornalistas ex comunistas

    http://noticias.centromariodionisio.org/wp-content/uploads/25Abril_B_Fn_3.jpg

    comemora-se este ano também, oficialmente, o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal

    http://escamoes-web.sharepoint.com/Pages/Agenda.aspx

    Nota: a palavra "comemoração" não é minha, é da própria escola!

    ResponderEliminar
  19. Pois estão José.

    E não acha que esta imbecilidade se espalhou e aumentou?

    Eu tenho essa percepção. Está tudo mongo.

    ResponderEliminar
  20. Cunhal com direito a poster logo na entrada do site do Liceu Camões

    http://escamoes-web.sharepoint.com/Pages/default.aspx

    ResponderEliminar
  21. ahahahah

    Sílvia. Grande levantamento.

    Eu nem quero acreditar. Está mesmo tudo mais mongo e sem vergonha na cara.

    Até a palerma da amásia do Timoneiro vende livro e dá palestras e romanceia a loucura.

    ResponderEliminar
  22. Na Escola Secundária de Seia também decorrem as comemorações escolares do centenário de Álvaro Cunhal. Do programa constou uma reunião (obrigatória?) entre os alunos e um grupo de dirigentes do PCP, que foram á escola falar sobre Cunhal

    http://www.portadaestrela.com/noticia.asp?idEdicao=381&id=16885&idSeccao=3667&Action=noticia

    ResponderEliminar
  23. Aposto que falaram em Estaline e explicaram aos pobres alunos quem foi tal personagem...

    ResponderEliminar
  24. Outro que também é convidado pelas escolas secundárias para ir vender a sua banha da cobra aos alunos é este personagem:

    http://fotos.sapo.pt/Csus824L0sWZDiwCwYSz/s320x240


    http://esateca.blogspot.pt/2009/11/palestra-sos-racismo.html

    http://www.publico.pt/sociedade/noticia/activistas-do-sos-racismo-nao-deixam-ninguem-dormir-1470359

    ResponderEliminar
  25. E era tão fácil calar esses impostores todos com estes gráficos.

    http://viriatosdaeconomia.blogspot.com/2013/04/gaspar-e-politico-com-p-pequeno-salazar_15.html

    Os portugueses devem gostar de ser pobres.

    Alguém que explique que em 74 estávamos no 15º país mais próspero do mundo e hoje estamos em 43º e sempre a descer.

    ResponderEliminar
  26. Reportagem da TVI, em 2012, na sala de aula do professor Pinhão da escola secundária da Damaia.
    O professor Pinhão entra na sala vestido de agente da PIDE para dar inicio á aula sobre o 25 de Abril...

    http://www.youtube.com/watch?v=aIb6_weo8hk


    Alguns alunos e professores da escola da Moita explicam quais foram as principais conquistas de Abril:

    http://www.youtube.com/watch?v=4dSUmURGHYE


    Workshop do DN para professores:

    "O 25 de Abril...e depois?"

    http://www.youtube.com/watch?v=XM62dn_Y680


    Entre os formadores de professores em matéria de história do 25 de Abril estão os elementos da Associação 25 de Abril, com um protocolo nessa matéria com o Ministério da Educação:

    http://www.publico.pt/educacao/noticia/ministerio-assina-protocolo-para-mudar-ensino-do-25-de-abril-1291918


    http://www.aph.pt/pr_ass25abril.php

    ResponderEliminar
  27. O liceu Camões é "território revolucionário"?


    "Especialistas" vieram de fora para ensinar, ontem, no Liceu Camões, a lidar com as forças de segurança durante uma manifestação. À noite, manifestantes foram protestar para a rua. É importante planear e treinar as acções de desobediência civil não violentas. É necessário estudar itinerários para que a Polícia não saiba como e onde vamos actuar", explicava ontem, em inglês, Andreas Speck, activista da War Resisters Internacional, numa sala de aula no Liceu Camões, em Lisboa. O workshop estava inserido na Contra Cimeira NATO, organizado pela PAGAN - Plataforma Anti-Guerra, Anti-NATO.

    http://lisboasos.blogspot.pt/2010/11/que-e-isto-meus-senhores.html


    O Bloco de Esquerda presente no liceu Camões

    http://3.bp.blogspot.com/_3zVgQCbpCmA/Sxj9eDiIK_I/AAAAAAAACGg/8YX0-RIQB5w/s1600/Liceu%2BCam%C3%B5es%2B-%2Bprofs.jpg

    http://www.esquerda.net/artigo/bloco-assumir%C3%A1-suas-responsabilidades-com-os-professores


    No Liceu Camões debate-se a educação com a bandeira do Bloco de Esquerda desfraldada dentro do liceu, mesmo por detrás da sub directora da escola!


    http://peroladecultura.blogspot.pt/2009/12/debate-sobre-educacao-no-liceu-camoes.html


    ResponderEliminar
  28. O Pinhão vestido de Pide

    ahahahaha

    Se não fosse a Sílvia não sabia disto.

    E insisto: esta loucura está pior. Não me lembro de coisas assim há uns 10 ou 15 anos atrás.

    ResponderEliminar
  29. Esses do SOS Racismo também são cá uns retardados. Bem que se esforçam para haver porcaria mas têm tido azar que o único racismo visível é o deles.

    Aqui há tempos também me mandaram um mail (nem sei a que título) a convidarem-me para uma dessas palhaçadas.

    Respondi laconicamente: vão bardamerda.

    ResponderEliminar
  30. São retardados são...

    Não são bem os mesmos, mas é parecido: vá ver o vídeo que eu pus ali para cima e verá quão retardados são eles...

    Para já é em França, mas por cá se ainda não aconteceu já não faltará muito...

    ResponderEliminar
  31. Mas que é que se passa no Liceu Camões?

    Não fazia ideia - como podia fazer?... - de que era possível fazer-se propaganda política numa escola do Estado (não gosto da expressão escola "pública").

    Pode-se?

    Bandeiras do bloco de esquerda?

    Mas que palhaçada é esta?

    Tiram-se os crucifixos das escolas e substituem-se por bandeiras do Bloco?

    Que é que se está a passar neste País?

    ResponderEliminar
  32. Eu vi parte do video.

    Há gente estúpida e outra que abusa.

    Estes também abusam.

    Mas a questão que me faz pensar nem é essa.

    é a capacidade de reprodução destas porcarias.

    Quando se imagina que a liberdade de informação impede o controle mental, vai na volta e assiste-se ao inverso.

    Esta gente é mais castrada mental que toda a juventude que viveu sem a dita cuja liberdade.

    Porque deixaram de ser críticos- comem toda a palha que lhes metem à frente.

    E vá de servi-la às criancinhas à conta desse mito que cabe aos professores educar ou criar os filhos dos outros, como se fossem robots à disposição.

    É a puta da "educação para a cidadania" que criou esta monstruosidade totalitária.

    ResponderEliminar
  33. JC:

    Pelos vistos, não só se pode, como se tornou "preparação para a cidadania".

    Eu já desconfiava por muita coisa que vou ouvindo baixinho entre profs que conheço.

    Mas à minha frente eles cortam-se e disfarçam.

    Mas o que eu penso há que já há temos uma segunda geração de fósseis que substitui e até massifica aquilo que os fósseis orignais do PREC nem conseguiram.

    São estes quarentões. Esta malta é filha da gaivota e bebeu isto desde o berço e agora tratam de terraplanar o que têm à mão.

    ResponderEliminar
  34. Uma coisa se tem de reconhecer- a escardalha é mestre em propaganda.

    Deitam mão de tudo. Não descansam. Controlam tudo e usam todas as novidades, desde ONGs a cenas oficiais de associações e protocolos e tudo o que é lei e ainda é pago, para instrumentalizarem.

    Mais ninguém faz isto.

    É há-de ser por isso que ganham eleições.

    Porque são sempre mais activistas- mais militantes. Nem dormem.

    E nem precisam de afirmar a porra de nada.

    De nada- não têm um único exemplo, ou programa do que querem.

    Basta-lhes alimentarem-se dos espectros da Ordem dos outros.

    Basta-lhes a diabolização.
    São dialécticos, os cretinos.

    ResponderEliminar
  35. E citam o Big Brother. E o Admirável Mundo Novo- e não se enxergam ao espelho.

    Esse é o aspecto que mais impressão me faz.

    Lêem, sabem, citam, e fazem pior e nem se dão conta.

    ResponderEliminar
  36. Pois é. Mas se os partidos já têm secções ou lá o que é que lhes chamam, para o ensino básico, que queriam?

    E não tarda, tê-los-emos nas escolas primárias. Nas creches. Hão-de de inventar 'kits' de cidadania para fetos.

    Foi o canto da sereia com que enrolaram toda a gente. E agora devoram-lhes os filhos...

    ResponderEliminar
  37. mujahedin مجاهدين:

    A qualidade do "trabalhinho" é mesmo lastimável. Eu não percebo grande coisa de francês mas ao ver as primeiras imagens desconfiei logo de manipulação. Mas pronto, eu até trabalho mais ou menos na área (de imagem, não de manipulação política lol). É tenebroso pensar que 99,99% da malta come aquilo direitinho, sem sequer perceber que está a ser comido por lorpa.
    E depois isso faz-me pensar nas vezes que eu, mesmo com os meus conhecimentos técnicos, não topo a marosca.
    É mesmo um mundo perigoso este onde vivemos. E depois espantam-se das "conspirações"... se por uma merda duma manif estes gajos se prestam a estas coisas, imagine-se por coisas muito maiores.

    ResponderEliminar
  38. A propósito de ensino:

    V.s estavam a par da anormalidade que se passa com a aritmética?

    Dizem que mudaram o programa porque aprendiam a fazer contas por calculadora.

    Mas agora passam a aprender assim:

    «ao definir, por exemplo, que um dos objectivos de aprendizagem no 2.º ano é o “saber de memória as tabuadas do 2, do 3, do 4, do 5, do 6 e do 10”. No 3.º ano é a vez das tabuadas do 7, 8 e 9.»

    eehehhe


    Diabos me levem. Então não se aprende a tabuada toda de uma vez logo na primeira classe?

    É às pinguinhas, por ano?

    ahahaha

    Esta gente transforma as crianças que nascem normais, em mentecaptos como eles são.

    ResponderEliminar
  39. Eu aprendi até com salmodia. Cantava-se a tabuada.

    E depois aprendia-se com exemplos de pedrinhas e assim.

    Mas aprendi tudo de uma vez.

    Faz algum sentido aprender-se a multiplicar por 10 e só na terceira classe é que se pode aprender a multiplicar por 9?

    ahahahahah

    E são matemáticos, os malucos que inventam isto.

    ResponderEliminar
  40. É como nadar. Ninguém aprende a nadar porque andam anos a introduzi-los à natação.

    Chapinham. O meu pimpolho andou com aulas em clube e quando se chegou às férias é que vimos que ele ia ao fundo.

    Não sabia nadar, à conta das "novas metodologias"- ensinaram-no a chapinhar

    eehhehehe

    ResponderEliminar
  41. São as habituais vigarices de esquerda. A acção dos seus prosélitos é clara. Tentam vender a sua visão do mundo e as virtudes do totalitarismo. Essa visão não é “sonhática” como pretendem alguns ingénuos, mas autocrática. Um emblema folclórico de baixa qualidade, de atraso ideológico, de vigarice mais primária, de tudo o que de pior pode produzir o esquerdismo mais boçal, mais atrasado.

    Se o regime derrubado no 25 de Abril era execrável como o são todas as ditaduras, substituí-la por uma utopia liberticida e homicida seria incomparavelmente pior.
    Não faltará até discurso do terrorista Otelo promovido a pensador. Só se for do gatilho. Todos sabemos aquilo que faria as delícias de Otelo.

    Trinta e nove anos depois, ninguém se pode surpreender com aqueles que subscrevem a História escrita pelos perdedores, confunde factos com fantasias e tenta eternizar mentiras.

    Essa visão deliberadamente distorcida permite enxergar mártires da liberdade onde só houve gente disposta a tudo para substituir a ditadura existente pela ditadura do proletariado.

    Quem não sofre de miopia política sabe que os otelos, cunhais e demais liberticidas só contribuíram para prolongar o período autoritário. A liberdade foi resgatada não pelos totalitários, mas por milhões de portugueses engajados na resistência democrática.

    A democracia garantiu a sobrevivência dos devotos do partido único. Nós não lhes devemos nada. Eles devem-nos tudo, a começar pela vida. E ainda assim afrontam os seus salvadores com a tentativa de expropriação do triunfo do que foi, é e será para sempre dos democratas que resistiram.

    ResponderEliminar
  42. AF,

    percebeu o essencial então. O que eu não cheguei a perceber é quem teria manipulado as imagens. Isto é, se elas vieram assim da polícia, que as gravou, ou se passaram n'algum lado antes...

    De toda a maneira, é tenebroso. É impossível ter um pingo de confiança acerca do que passa na televisão.

    É como diz a Zazie. Estes cabrões implementam o Orwell e o Huxley e tudo isso, ao mesmo tempo que põem a malta a gritar "democracia", "liberdade", e outras banalidades inconsequentes.

    ResponderEliminar
  43. Se o regime derrubado no 25 de Abril era execrável como o são todas as ditaduras.

    Pois tem V. aí a razão pela qual eles açambarcaram isto. Essa ideia é um logro.

    Não há regime político que não seja uma ditadura, porque haverá sempre quem mande e tem que haver.

    Não lhe vão agora ao bolso, como a tantos outros? Votou nisso? Escolheu-o de livre vontade? Pois mude-o agora, se fôr capaz! Que é da liberdade democrática agora? Onde pára?

    É nessa ideia absurda, de que um sistema é bem melhor que outro só porque é permitido um simulacro de escolha, que se baseia a nossa desgraça.
    A democracia não é necessáriamente boa, por ser apenas democracia. Nem a ditadura necessáriamente má, apenas por o ser. Antes de mais, hão as pessoas. Sem nas ter boas e honestas, tanto faz um como outro; aliás, redundam no mesmo sem elas.

    O truque é esse: fazer-nos crer que é o sistema que determina se se é livre, ou feliz, ou o que seja, quando não é. Fizeram crer que com democracia tudo seria melhor. Pois não é que tudo deu em pior? Tivéssemos um Salazar ou Caetano agora a primeiro-ministro, tivéssemos no palramento de agora a antiga Assembleia Nacional, e alguém duvida que estaríamos em infinitamente melhor situação?
    Por outro lado, alguém duvida que se em vez de um Salazar ou Caetano, tivéssemos tido um Soares ou um Inenarrável a Presidente do Conselho no passado, que Portugal não estaria metido em trabalhos ainda maiores? Que seria a choldra que era ao princípio do século passado, quiçá pior?

    Portanto, são as pessoas e não sistema. É a negação deste princípio que permite a estes vigaristas arrancharem-se encarniçadamente e não haver maneira de nos livrarmos deles.
    São as pessoas que se tem que mudar. E se para isso tem que mudar o sistema, pois mude-se! Quando não, havemos de sacrificar tudo, até o país, até a língua, até a cultura, até a vida, para manter uma porcaria abstracta que não nos trouxe nunca nada de bom> essa malfadada democracia. Esta democracia que não deixa mudar as pessoas que a subvertem!

    Não digo que tenha de vir ditadura. Só digo que, antes de tudo o mais, venha ditadura, venha democracia, a escumalha tem de sair. Depois se verá. Mas se ditadura é o preço que se paga para ter homens bons e honestos a mandar, pois pago-o de bom grado.

    ResponderEliminar


  44. 25 de Abril, sempre. Viva a liberdade!

    ResponderEliminar
  45. Meu caro, não querendo esmiuçar alguns equívocos que escreve, apenas lhe digo: não há ditaduras virtuosas. A liberdade não é um adorno de luxo ou um mero adereço do regime democrático. Constitui a sua essência — atenção para isto! —, mais ainda do que a Justiça ou a igualdade. Não costuma acontecer, mas, em tese, do ponto de vista das ideias puras, um estado ditatorial também pode praticar justiça social e garantir a igualdade. Nunca se viu na história da humanidade, mas não há uma incompatibilidade de essências. Já a liberdade, esta é incompatível com as ditaduras; esta só existe nas democracias.

    Opere-se, então, com a lógica elementar: se democracias e ditaduras, em tese ao menos, podem conviver com a justiça e com a igualdade e se a liberdade só é possível no regime democrático, é a liberdade, e não a justiça e a igualdade, que define a democracia. Até porque, com ela, podemos reivindicar e alcançar as outras duas. Já os regimes autoritários, como é sabido, costumam oferecer uma troca indecente: em nome da suposta igualdade e justiça (quase sempre ilusórias), exigem que lhes doemos a nossa liberdade e, muito importante, SÓ a democracia é o garante que as MINORIAS exerçam a sua divergência. Quando uma minoria não tem voz, então tem-se uma ditadura.
    Se a lógica da reparação de injustiças históricas e do direito das ditas minorais não consegue conviver com a diferença e com a liberdade de expressão, então estamos diante de uma forma particularmente perversa de ditadura.

    Observo que o facto de alguém, exercendo a democracia, dizer ou fazer coisas que deploro não me faz aderir às suas tolices porque, afinal de contas, nascidas da democracia.
    Da mesma maneira, o facto de autoritários dizerem coisas com as quais concorde não me faz aderir ao autoritarismo virtuoso.

    ResponderEliminar
  46. Mas ó Mujah- eu não defendo nem totalitarismos, nem ditaduras e nem gostava do regime do Estado Novo.

    E também não tenho grandes pancadas contra a dita democracia que pode ter muitas variantes.

    O que me encanita são as lavagens ao cérebro, em nome de diabolizações fabricadas que eles ainda julgam combater, usando os mesmos meios.

    ResponderEliminar

  47. O Isaltino está na PJ , foi finalmente detido....

    ResponderEliminar
  48. E isto nem há-de ser escumalha.

    Acho que quem "morde" a questão é mesmo o José.

    Isto é um fenómeno de assimilação de jingle pelo ouvido.

    É um som que entrou- por se repetir muitas vezes e ser "redondinho", bonitinho e fácil de decorar.

    São palermas que repetem chavões em nome da "formação" dos jovens.

    Claro que depois existem os das jotas e os partidos que deitam mão e aí a coisa não é só jingle nem mera burrice.

    É mesmo instrumentalização.

    ResponderEliminar
  49. Sinceramente que o me repugna é ouvir aquelas crianças a repetirem a imbecilidade que uns tipos professores lhes impingiram.

    Dá-me vómitos. Não aguentava assistir a uma cena destas.

    Ia presa, de certeza, ou expulsao do ensino, mas há porcarias que agora se tem de enfrentar entre pares que nunca se enfrentou em ditadura.

    Nunca.

    Esta gente ficou no local do Poder e finge que é contra, que é pela liberdade, que são manifestações espontâneas de liberdade e sei lá mais o quê, quando isto é doutrinação e manipulação da mais imbecil.

    ResponderEliminar
  50. E os cabrões sabem que é pelas criancinhas que têm de começar.

    Porque a ver se há uns anos atrás tinham lata de fazer palhaçadas idênticas quando a plateia ainda os conhecia de ginjeira.

    Não tinham.

    Por isso é que me lembrei da maluca da Aurora. Porque é que só agora se lembrou de vender "memórias" e livro e cretinice de "anti-facismo" de "gente do povo".

    Porque agora sabe que tem na plateia quem a não conhece!

    Se fosse há uns anos era pateada e risota. Toda a gente sabia que ela era marada dos cornos.

    ResponderEliminar
  51. E é também por isto que já levam "Cunhal" para as escolas.

    Contam com o esquecimento para dourar a pílula.

    ResponderEliminar
  52. E este ano estão mais assanhados. Parece mesmo um neo-prec mongo.

    Uma farsa à conta da crise.

    ResponderEliminar


  53. Isaltino, dentro. Alguma "coisa" mexe!...

    A liberdade também é isto. Punir quem dela abusa.

    ResponderEliminar
  54. Punir quem abusa?

    Deve ser por isso que o Paulo Pedroso nem chegou a julgamento.

    E aí a palavra "abusa" até tinha um significado mais literal...

    ResponderEliminar
  55. Deve ser por causa da liberdade também que as certidões do Face Oculta contra o Sócrates foram arquivadas na gaveta.

    São os méritos do regime.

    Vá lá, que lá prenderam este gatuno do Isaltino...

    Mas ao fim de quanto tempo?

    ResponderEliminar
  56. O que me encanita são as lavagens ao cérebro

    Mas é disso que estou a falar!

    Ou não lhe parece lavagem cerebral que se sacrifique tudo em nome de uma ideia política? É que é disso que estamos a tratar!

    Recusa mudar-se o sistema porque pode pôr em causa a democracia! Ou então tem que se mudar democraticamente - o que significa, na práctica, votando nos mesmos que aí estão, desgraçando-nos!

    Eu também não defendo nem ditadura, nem democracia. Defendo o que fôr melhor para o meu país, que é o único que tenho meu. Defendo gente honesta e boa a mandar. É apenas isso e mais nada. Pois se essa gente honesta e boa não precisar da minha opinião para mandar, pois que me importa? Não me tenho em conta de grande estadista, de toda a forma! Se precisar, cá estou também às ordens para o fazer da forma que melhor lhes fôr conveniente.

    Eu sou português, não sou democrata. Falo a Língua Portuguesa, não falo a língua democrática. Pois não parece ser essa a ideia na cabeça de muitos!

    E agora vou aqui argumentar um pouco com o Floriano...

    ResponderEliminar
  57. Isto é mais um fenómeno histórico que meramente político.

    Há um problema histórico porque se fez um hiato histórico.

    Nenhum povo pode viver sem História.
    Por cá vive-se com uma "vergonha" de um passado recente e depois a fundação é o 25 de Abril.

    E pelo meio embrulha-se esta treta em jacobinismo.

    ................
    Ainda agora mesmo ouvi uma gritaria que vinha da rua. Eram as crianças da escola primária que vinham com as profs, a imitarem uma manif, gritando: 25 de Abril, sempre! Viva a Liberdade!

    Palavra que isto só no PREC.

    ResponderEliminar
  58. Criancinhas que não deviam ter mais de 6 anos.

    E elas lá vinham a liderar a "manif" todos de bonés vermelhos, garrafa de coca-cola e palavras de ordem.

    ResponderEliminar
  59. Então argumente, que eu vou trabalhar um pouco

    ehehehehe

    ResponderEliminar
  60. O Mujah pensa que isto é fenómeno de sistema e é outra coisa.

    É como o José diz- fenómeno de linguagem.

    Neste caso, junta-se à linguagem um fenómeno que também tende para ser único na Europa- o totalitarismo do Ministério da Educação.

    Por isso é que os profs tendem a ser a base de apoio da escardalhada.

    Claro que lá fora também existe terraplanagem pelo politicamente correcto.

    Mas por cá é coisa mais imbecil- é esta forma rasa, básica, estúpida, de se vender ideologia a pretexto de "formação de cidadania".

    Pois se esta malta toda nem História sabe. E nem quer saber, quem é que pode acreditar que não é mero jingle de excitação reactiva o que impingem.

    ResponderEliminar
  61. Meu caro Floriano,

    o que V. diz faria muito sentido, não fosse na práctica contradito pela realidade!

    Constitui a sua essência — atenção para isto! —, mais ainda do que a Justiça ou a igualdade.
    Diz que a liberdade constitui a essência da democracia. Bom, dir-me-á então, que até bem perto do passado século, não houve gente livre no mundo? Não esqueça que as democracias gregas eram apenas para os cidadãos que, porém, viviam de trabalho, ou escravo, ou servil. Não creio que tal coisa se possa classificar como democracia pelos cânones modernos.

    Não costuma acontecer, mas, em tese, do ponto de vista das ideias puras, um estado ditatorial também pode praticar justiça social e garantir a igualdade. Nunca se viu na história da humanidade, mas não há uma incompatibilidade de essências.
    Um estado ditatorial nunca se viu praticar a justiça social? Meu amigo, não nos vale ir mais longe do onde já estamos! O José tem aqui posto abundantes exemplos de que isso não é verdade. Para lhe dar apenas alguns: o 13o mês de Marcello Caetano; as escolas primárias que por esse país se fizeram; o declínio do analfabetismo.
    Já se viu sim. E ainda aqui há quem o tenha visto. Pois que fale se o entender.

    Já a liberdade, esta é incompatível com as ditaduras; esta só existe nas democracias.
    A que liberdade se refere? À de agitação e propaganda? Essa não, de facto.
    Mas a de forjar o próprio destino junto dos seus? Não creio. Essa vejo-a mais embotada agora que outrora, pelo que tenho lido. E visto, até. Há-de me mostrar alguém que hoje em dia chegue a algum lado com a instrucção da quarta-classe.
    Nem a de participar nos destinos da Nação lhe é necessáriamente vedada. Não o faziam na Assembleia Nacional muitos dos hoje ainda o fazem no Palramento de que dispomos (ou melhor, que dispõe de nós)?

    E nem a liberdade de agitação e propaganda é tão comum nas democracias quanto isso. Basta que seja anti-democrática, por exemplo. Ou que incomode algum dos muito interesses que vicejam nesses regimes. Existem crimes de pensamento e expressão por essa Europa fora e até nos Estados Unidos. Incitamento ao ódio, é um deles - claro que tal coisa é subjectiva. Mais escandaloso ainda, é o que condena os que ousem questionar certa e muito determinada verdade histórica...

    Quanto a igualdade, meu caro, a única que me interessa é a de todos perante a Lei. E essa meu caro, essa dá para anedota nos democráticos tempos que correm... Na ditadura, pelo que sei, não era assim. Ou pelo menos, era muito menos assim.

    ResponderEliminar
  62. Já os regimes autoritários, como é sabido, costumam oferecer uma troca indecente: em nome da suposta igualdade e justiça (quase sempre ilusórias), exigem que lhes doemos a nossa liberdade
    Equívoco, meu caro. A liberdade não é sua para a dar. A liberdade é-lhe dada pelas circunstâncias que o rodeiam e pelo discernimento que fôr capaz de ter. Além disso, ninguém lha exige mais numa ditadura do que numa democracia. Quanto muito, a que lhe dão é que pode ser diferente. Mas diferente não quer dizer mais, nem menos. Todavía, sem restringir o conceito desta liberdade, definindo-o mais precisamente, não conseguiremos concluir grande coisa.

    e, muito importante, SÓ a democracia é o garante que as MINORIAS exerçam a sua divergência. Quando uma minoria não tem voz, então tem-se uma ditadura.
    Então e tem-se o quê, quando é a maioria que não tem voz? E se houver conflito? Por qual havemos de decidir? Pela maioria, ou pela minoria? Qual é a regra? Para mim, a regra é a justiça: deve decidir-se pela causa mais justa, independentemente do que a suportam serem mais ou menos. Mas em democracia escolhe-se o exercício do poder pela maioria!
    Então, como resolver? Dir-me-á: redigindo leis que protejam especificamente as minorias. Ora! Então e não é isso a própria subversão do processo democrático, que se quer sem elites e em igualdade? É paradoxal...

    Se a lógica da reparação de injustiças históricas e do direito das ditas minorais não consegue conviver com a diferença e com a liberdade de expressão, então estamos diante de uma forma particularmente perversa de ditadura.
    Não, meu caro. Estamos perante a desordem e a injustiça. Mas, convém definir que direito é esse das minorias, e o que as define também, porque falar assim de termos vagos, dá para tudo e o seu contrário.

    ResponderEliminar
  63. Que minorias?

    também li isso das minorias e nem percebi.

    Que raio de minorias é que não tinham direitos antes do 25 de Abril?

    Nunca aprendi a falar como esta malta. Nem sei o que querem dizer.

    Essa das minorias, ultrapassa-me.

    Aqui há tempos a histérica da Isabel Moreira até escreveu que as mulheres tambem fazem parte das minorias.

    Deve ser por se sentir com pilinha curta.

    ResponderEliminar
  64. O Floriano é bacano, não é mongo mas há-de ser novito.

    Ensinaram-lhe a cena das minorias e pronto. Decorou.

    É como te digo- isto é efeito de ficar no ouvido.

    ResponderEliminar
  65. E que reparação histórica de injustiças?

    Que injustiças é que explicam que estes imbecis instrumentalizem crianças e coloquem videos destes numa página das Forças Armadas?

    Só se for uma injustiça da Natureza ter ficado em dívida para com a massa que lhes meteu no bestunto.

    ResponderEliminar
  66. Concluindo, e para que me não interprete mal:

    Eu não sou apologista nem de ditadura nem de democracia, a priori.

    Mas não sou ingénuo, nem cego, ao ponto de pensar que é por colocar papel em caixão, que sou mais livre do que não o fazendo.

    E comigo concordam sensivelmente 60 porcento dos meus compatriotas como se pode ver a cada eleição.

    Mantenho que é essa ideia perfeitamente infundada na realidade e completamente abstracta de que a democracia é o melhor ou o menos pior que nos mantém atolados nesta desgraceira, porque é o escudo dos bandidos que atrás dela se escondem.
    Caminhávamos para um sistema dito democrático no passado, ou seja, a ditadura transformava-se progressivamente em democracia.

    Sobreveio a desgraça que todos sabemos e, mais do que o sistema, o que mudou radicalmente foram as pessoas.
    Donde concluo o seguinte: a democracia, por si, não é garante de liberdade. E a ditadura, por si, também não é garante da falta dela. Se o fosse, a nossa não teria vindo a modificar-se como veio e é de crer que viesse.

    São nas pessoas que fazem a diferença.

    ResponderEliminar
  67. Meu caro, para terminar, digo-lhe que a minha escolha política é a que preserva ou que faz avançar aqueles que considero valores inegociáveis da democracia.

    Há quem ache que uma ditadura que conta com o apoio da maioria (que o digam o fascismo e o nazismo) é mais decente do que uma ditadura ancorada numa minoria. Como eu estaria morto ou preso tanto numa como noutra, nego-me a fazer essa escolha. Continuo a escolher o único regime que pode abrigar quem sou e penso: a democracia!

    Por que penso que a democracia é um regime superior a qualquer outro? Porque ao contrário das ditaduras ela dispõe de instrumentos para vigiar o poder e para substituir o governante - por meio das urnas ou da Justiça. É o modelo de protecção às liberdades individuais, sem as quais inexistem liberdades públicas, que nos faculta o direito de criticar o nosso próprio modelo!

    Também é o único regime que consegue aliar liberdades a qualidade da gestão. Não havendo qualidade, as tais liberdades encarregam-se de fazer a troca, ou no tempo previsto do conflito seguinte ou em razão de algum outro mecanismo legal.

    Mas também é inegável que é a existência de uma oposição no pleno exercício das suas prerrogativas, em condições de vencer uma eleição, que distingue um regime democrático de um regime autoritário.

    O elemento estranho ao jogo - ao jogo da democracia - é satanizar a alternância; é supor que há uma contradição inelutável entre aprovar o governo e eleger um eventual opositor. Não na democracia!!! Contraditório com o regime democrático é supor que o normal - ou desejável - é que um governo popular simplesmente homologue o seu sucessor.

    É a oposição que faz o governo ser governo; é o governo que faz a oposição ser oposição. Eles são protagonistas da mesma narrativa; a história de um não pode ser contada sem a história do outro. Ou estaríamos numa ditadura, ainda que muitos a pretendessem virtuosa.

    E não há ditaduras virtuosas.

    ResponderEliminar
  68. Floriano:

    Que raio tem isso a ver com a questão do post?

    E que diabo é essa cena das "minorias" sem voz no Estado Novo?

    ResponderEliminar
  69. Que Ditadura era essa do Estado Novo (sempre igual- reduzido sempre a uma caricatura igual durante décadas) que é iugal a todas as Ditaduras?

    V. também papagueia isto pelo mesmíssimo motivo de que trata o post.

    E o post não fala em regimes. V.s é que não o entenderam.

    O video é um retrato de uma imbecilidade escardalha que não é regime nem vem de regime- é outra coisa- é um mote dos dialécticos. Dos que se alimentam de supostas trevas poque nada têm a afirmar.

    ResponderEliminar
  70. Cara Zazie
    é cada vez mais 'a máxima'.
    muito me ri dos comentários escritos na véspera do dia do estalinista 'são barreirinhas'.

    nos dias que passam já se ultrapassou
    tudo 'o que a antiga musa canta'.

    na vida ou se combate ou se é engolido por ditaduras ou democracias (ditaduras das maiorias com eleições ditas representativas).

    recordem a frase de Jesus 'deixai vir até Mim ...'

    vivemos época de transição onde nada será como antes.

    para recordarem a passagem para a última fase da Idade Média (semelhança com a actualidade em muitos aspectos) será bom relerem
    Le Goff; S. Francisco de Assis

    ResponderEliminar
  71. V. disse aí que isto é tudo liberdade de cada um dizer o que quer porque isso não obriga ninguém a aderir a nada.

    Ora isto é legitimar que se faça da escola local de formatação mental.

    Porque, para si, toda a propaganda e mentira passada por quem tem obrigação de ensinar e não de instrumentalizar. é um direito de igual para igual.

    Até com criancinhas.

    E isto é chavão que vem de outra moda que os filhos de abril aprenderam:

    A moda de se dizer que tem direito a fazer ou a dizer, logo, nem pode haver crítica.

    Porque a tal cena da "democracia" acaba por ser um pântano onde tudo se iguala e cada instrumentaliza com as armas que tem à mão, desde que dê direito a outros a fazerem imbecilidade igual.

    E nem dão. Nem dão direito a outros a fazerem imbecilidade igual- porque esses estão sob "vigilância democrática".

    Esses são o perigo "facista".

    ResponderEliminar
  72. ehehe

    Eu nem sabia que esse j+a ia em centenário.

    Caraças que uma pessoa está velha.

    Ainda no outro dia tinha a utopia para vender, e agora já temos centenário nas escolinhas

    ehehehehe
    Isto de se ficar com uns anos no lombo dá para a anarquia.

    Não consigo deixar de achar uma certa ironia nisto tudo.

    ResponderEliminar
  73. É o barreirinhas em festa de centenário escolar; é o vigarista na tv a fazer de analista da merda que fez.

    Tudo se equipara. Até no tempo. Já nem se lembra o que foi ontem, quanto mais o que foi há décadas.

    O media é a mensagem, como dizia o outro.

    ResponderEliminar
  74. Zazie, não tenha mau feitio e esqueça lá a Isabel Moreira, o 25 de Abril, falo da democracia versus ditadura dos valores que estão na base de uma e de outra do que as diferencia. E sobre o vídeo de que fala o José já escrevi acima o que pensava.

    Adiante. Não percebeu a que minorias me referia? Por exemplo as que as esquerdas depois da queda do comunismo tomaram como bandeira. Mas não só. A toda e qualquer voz dissonante.

    Pois é, o chato é que na democracia existem aqueles que “representam”, sim — não necessariamente os seus anseios, ou os meus, mas representam! O facto de que a pauta deles não seja a sua ou a minha, não os tornam ilegítimos. E não duvide que isso é uma garantia para mim para qualquer um de nós, também para si: ou bem se considera que toda representação, no desígnio do estado de direito, da legalidade, é legítima, ou bem se considera que certos grupos não têm o direito a existir.

    Nesse segundo caso, abre-se as portas para que, amanhã ou depois, uma nova maioria ou uma nova “verdade influente” sequestre o seu próprio direito de se manifestar. Entendeu agora? O democrático não é o que eu quero; o democrático não é o que os outros querem; o democrático é haver regras pactuadas — também de forma democrática! —, para que todos esses quereres se possam articular e conviver.

    ResponderEliminar
  75. Floriano:

    Conte lá que minorias são essas. Força. Conte lá quantos são porque eu só conheço os militantes e as pan não sei quantos que se fazem passar pelos milhões da gays e fufas com vontade choco

    ResponderEliminar
  76. E conte lá onde lhe ensinaram que o Estado Novo foi uma famigerada Ditadura igual a todas as e quaisquer Ditaduras.

    ResponderEliminar
  77. E quem lhe disse que no Estado Novo, toda e qualquer "voz dissonante" estava silenciada?

    Vá, conte lá porque eu aposto que lhe ensinaram isto na escola, tal como no video ensinam anormalidade no seguimento da que lhe ensinaram a si.

    E é exclusivamente desta "pedagogia" feita por "jovens pioneiros" e montada como se fossem criancinhas que fala o post.


    Porque o problema é mesmo esse- canalha que se faz passar por criança ingénua

    ResponderEliminar
  78. Como o José diz no post- isto podia-se dizer e fazer redacção escolar acerca dos comunistas. E era fantasia de idade mental do preparatório.

    Agora há gente com idade para ter juízo que efabula como crianças acerca do papão do facismo, que só falta também comer criancinhas ao pequeno-almoço.

    ResponderEliminar
  79. Antes do 25 havia de facto coisas básicas de papão dos comunistas a quem só faltava comerem ao pequeno almoço criancinhas.

    Mas hoje, inventa-se anormalidade pior e quem o faz tem o Pder e tem os megafones na mão.

    E não fazem passar essas mentiras em tom de vox populi.

    O que é grave é que as fazem passar como se fossem "o rigor da historiografia".

    ResponderEliminar
  80. Olhe, nem digo mais nada.

    Aprenda com o José que atira com os factos.

    Os factos que nunca lhes contaram.

    ResponderEliminar
  81. E essa das "minorias amordaçadas" por causa da execrável Ditadura devia era ser ilustrada com Cesarinys e quejandos que não só faziam o que queriam com o escreviam e apregoavam.

    Incluindo as récitas do "ir ao cu a meninos".

    Na volta é isto que faz falta a um bom Regime.

    ResponderEliminar
  82. Deixem-se de tretas. A grande lavagem ao cérebro que se faz nas escolas não é sobre o Estado Novo porque não há saber para tanto. A grande lobotomia é sobre como é bom e normal ser paneleiro. Essa é a lavagem que está em curso. No caso de não funcionar, então as criancinhas têm que provar logo aos 8, ou aos 12, o mais tardar, que são capazes de fornicar, nem que não tenham nada para pôr dentro do preservativo. E claro os paizinhos não têm nada que saber disso. É tabu. O grande tabu, a escola não te ensina a tabuada mas ensina-te a declinar o 69. É este o modelo de escola que temos, o dos países-baixos.

    ResponderEliminar
  83. Hajpachorra:

    Claro que a grande lavagem ao cérebro é hsitórica- é esse passado que é falsificado e não é só pela escola. É por toda a informação em geral. Por todas as vozes, por todos os "historiadores".

    E isso é coisa que é nossa, como o não são as outras, incluindo o politicamente correcto ou a cena das minorias e homossexualidade.

    Esta última é geral e o problema dela é também histórico.

    Repare como o Floriano Mongo que nada tem de mongo, também perdeu o sentido histórico e de mentalidades às questões.

    Ele há-de ter estudo de acordo com esta nova ideia de que existem verdades e "topos civilizacionais" e supsotos "valores" que são eternos, sempre existiram mas foram perseguidos em países onde havia Ditadura.

    Foi isto que ele escreveu e isto corresponde a uma visão muito mais ampla que se tornou geral.

    As pessoas perderam o sentido histórico das coisas, devido a uma doutrinação imposta onde lhes fazem crer que essas questões sempre existiram e apenas eram reprimidas e perseguidas.

    Eu oiço isto no trabalho.

    Eu mostro um quadro do século XIX com uma mulher nua e destam aos berros a chamar machismo e a dizer que tinha de ser prostituta porque "dantes" as mulheres eram escravas e o machismo nunca permitiria.

    E uma pessoa pergunta-lhes o que é esse "antes" e dizem que era antes do 25 de Abril. Ou que era "antes" e ainda se lembram- quando eram pequenos- e isto tendo, por exemplo- 25 anos.

    Há um caos que é passado- são as novas trevas iguais ás que se fabricaram com a Idade Média


    E elas podem ter este sentido politicamente correcto que é geral- e existe em toda a Europa e América; e pode ter um sentido que é exclusivamente nosso:

    São as nossas Trevas da Ditadura. E a fabricação deste mito é o que o José procura mostrar aqui no blogue.

    É nosso- não tem paralelo em mais lado nenhum e há-de ter como consequência uma "originalidade" que também se espelha na nossa miséria, a começar pela mental.

    ResponderEliminar
  84. A amásia do Grande Timoneiro já tinha contado. Levou com um sapato na cabeça quando a kamarada Albertina que sustentava o Timoneiro e a família timoneira, os apanhou na cama.

    É a doutora procuradora que agora vende o livro e dá palestras acerca de uma coisa que foi doença dela e doença mental do pai.

    http://4.bp.blogspot.com/-QnTyoWKZUkk/TWKNUiJtLyI/AAAAAAAAAa4/tYKu0cZjgcg/s1600/Gente%2BComum_Aurora%2BRodrigues.jpg

    ResponderEliminar
  85. Mas vou mesmo acentuar o que me parece muitíssimo inquietante e que invalida a opinião do hajapachorra.

    O hajapachorra acha que esta mentira feita por comunas é coisa fóssil e que acaba quando eles morrerem.

    Eu acho que já é lenda que se tornou Verdade Histórica. E isso até aqui no blogue podemos constatar com todos estes apontamentos.

    Ora esta lenda pode ser muito mais nefasta porque se transmite sem que ninguém a desmonte.

    E quem podia desmontar, com conhecimento de facto é que qualquer dia morre e não deixa descendência como a mentira, porque a Verdade vivida e os factos, ainda que mais fortes, para destapar, requerem viva voz e transmissão directa.

    E é isso que não existe.

    Quem mais faz o que o José faz?

    Pergunte assim: acha que em alguma das escolas citadas onde se fazem estas palahçadas com falsa História, existe um único professor que conte e explique a mentira?

    Eu digo-lhe que penso que não.

    E também me pergunto porquê. Porque se demitiram; porque foram atrás da onda sem pensarem; ou porque apenas têm ideologia saudosista, tipo colonialista e quejando e isso é tão fóssil que é sempre ideologia paralela?

    ResponderEliminar
  86. Só se torna 'verdade histórica' se os historiadores que não são comunas nem põem avental se acagaçarem. Outra coisa é a ocupação do ministério da educação para impor uma forma de ver; e era a isso que me referia, hoje por hoje as patrulhas da APF e do ilga são quem manda.

    ResponderEliminar
  87. Hajapachorra:

    E acha que esses "historiadores" vestem outra fatiota?

    E outra questão: pensa que todo o pensamento, toda a percepção histórica e política, apenas tem uma transmissão erudita por via da historiografia?

    As pessoas não aprendem por ouvir e ver? e os media não têm esse gigantesco poder, incluindo de dar voz a quem conta a historieta oficial?

    ResponderEliminar
  88. Quanto à questão do Ministério foi o que eu disse mais atrás.

    Temos um ministério da educação absolutamente totalitário, como não existe em parte alguma do dito mundo civilizado.

    Mas, neste caso, nem é preciso vir ordem de cima- é descentralização e parcerias de baixo.

    Quem faz isto não recebeu ordem dos pedagogos do Ministério- tem é uma mentalidade distorcida daquilo que devia ser trabalho de professor.

    Pensam à URSS- acham que os filhos dos outros existem para os formatar em nome de ideais que eles próprios compraram ou que lhes impingiram desde o berço (leva-me a crer que a segunda é a mais comum).

    E isto sim, em matéria histórica é exclusivo nosso. Não é como a cópia macaqueada das "causas fracturantes" e minorias e politicamente correcto que ainda vem com pacote mal traduzido do americano.

    Até chamam ódio e crimes de ódio porque em "americano" eles dizem "hate".

    ResponderEliminar
  89. Aliás, a questão nem é apenas historiografia erudita, nem informação dos media- é aquilo que o José apanha como mais ninguém consegue e nem se traduz facilmente:

    é o som de uma época- é o batuque de fundo- é o "meme" em formato básico de jingle

    ResponderEliminar
  90. Mudando em cima, muda-se em baixo, pode parecer elitista mas é assim. O problema é que até agora tem mandado a 'historiografia' aventalícia dos Oliveira Marques, dos Reis Torgal e suas muchachas y muchachos que encharcam os manuais escolares de slogans patetas. Mudando a onda vai tudo atrás, não duvide. Hoje, só para dar um exemplo, já não falta quem ouse pôr em causa os mitos sobre Pombal e os jesuítas, bastou o Leitão começar a desmontar a coisa e pff lá se esvazia o balão. Não há é tomates e estudo a sério. Tirando o Rui Ramos, que tem muitos calcanhares, quem é que se mete a fazer história a sério do séc. XX? Qualquer pessoa com saber de ofício e capacidade de trabalho arrasava os ignorantões que andam por aí em bicos de pés. A propaganda só tem força se não for contrariada. O caso de Pombal e dos jesuítas é exemplar, porque foi tão persistente o mito? Porque a propaganda durou quase dois séculos e nunca foi contrariada (o Estado novo era ferozmente pombalista porque lhe estava na natureza).

    ResponderEliminar
  91. Estamos de acordo mas o hapachorra só está a ver a questão do ponto de vista académico.

    As mentalidades e a linguagem, o pensamento colectivo, não se limitam a questões académicas.

    E o que importa ao José é um fenómeno concreto- como é que em Portugal conseguimos ter um "discurso de esquerda" que legitima tudo e explica tudo, incluindo o voto.

    Porque não mandam academicamente. Porque existe o povo- existe uma mentalidade e informação que nunca, em parte alguma consegue viver sem História.

    Nós não vivemos sem História. Temos é uma falsa memória inventada.

    E só entendendo isto ao nível da rua, do mais corriqueiro, do que nem se pensa "porque já é assim"- porque se toma por ser assim, é que se entende como vivemos com viseiras impostas.

    ResponderEliminar
  92. E repare como nem as pessoas que aqui comentam entendem facilmente isto.

    Pensam sempre em função de "regime" de alternativa política, de problemas de "democracia ou ditadura".

    Não é nada disso- são memórias fabricadas que entraram e se instalaram e perpetuam e usam para mais do que contar História.

    Manipular não é uma técnica de elite. Não é escrevendo livros para serem lidos por uma elite que se contraria um discurso corriqueiro que se faz ouvir por todos os meios- a começar por estes- pela récita escolar.

    ResponderEliminar
  93. Quanto à questão meramente académica, dou-lhe 100% xde razão.

    Mas estávamos a falar de outra coisa mais fluida.

    Essa outra coisa é mediática, é transmitida, é manipulada, tem um só lado e não tem contraditório apenas por não existirem historiadores.

    ResponderEliminar
  94. Mas tem razão acerca do problema de poder durar séculos.

    Por isso é que me lembrei de si, quando diz que basta os fósseis morrerem.

    Não basta.

    Como é que explica que eles se repliquem e que até haja agora- em 2013 maior manipulação que há 10 ou 15 anos atrás?

    São apenas os fósseis que a fazem e que basta que morram para termos ponto final?


    Se os mitos acerca do Pombal duraram 200 anos, quantos imagina que duram acerca das Trevas Medievais.

    Olhe, experimente ir ver a exposição da Gulbenkian- 360 graus, a propósito das Descobertas.

    Vai ver como aquilo foi montado e é explicado com a mesmíssima mentalidade jacobina da revoulção francesa.

    e quem a fez nem vem de História. Vem dos cruzamentos cientóinos com a Filosofia da cientoinice, que é a filosofia boa para quem não sabe nada de Filosofia e a Ciência óptima para quem nem consegue ser cientista.

    Vá ver e ouça um guia que até é arquitecto.

    Eu passei-me. Tive de interromper aquela treta e dizer tudo- e mostrar o logro e mito jacobino com séculos que ali está.

    ResponderEliminar
  95. O mais original nesta busca do José foi ter achado que o principal problema que temos é um problema de linguagem.

    É esta a perspectiva dele.

    Depois vai buscar os factos. Mas detectou-a como um fenómeno de linguagem.

    Eu acho que ele acertou e nunca vi mais ninguém colocar a questão nestes moldes.

    ResponderEliminar
  96. Pois, o ar que se respira, a tal linguagem, não surge e, pior, não perdura, por acaso. É esse o meu ponto. Precisa de caução e só sobrevive com caução. Portanto a questão é mesmo académica, porque um jornalista nem para fazer modas serve. O jornalista espalha a moda, mas quem a dita é o palonço do 'académico'. Por que bulas a malta dos 55-70 anos pensa quase toda da mesma maneira? Porque em diferentes traduções beberam todos da mesma fonte. Só mudando de fonte, portanto, e de água para vinho. Por outro lado, há duas coisas que são inevitáveis: o meio ambiente não admite gradações, reduz tudo simplisticamente aos bons e aos maus; segunda, em muitas áreas do conhecimento é inevitável que os ignorantes tenham audiência e autoridade (quanto mais difícil de alcançar conhecimento, maior o número de ignorantes encartados). Podia exemplificar abundatemente mas não deve ser preciso (medievalistas, ui... quantos sabem latim? quantos metem o dente na patrística?)

    ResponderEliminar
  97. hapachorra:

    Acha que os partidos políticos, a militância, o poder, o controle dos média, a forma de caçar votos, tudo isso também apenas existe e funciona de forma académica?

    A linguagem não surge por acaso.

    Pois não. Mas não foi inventada academicamente.

    A linguagem não perdura por acaso; pois não, mas não perdura apenas por divulgação académica.

    Era bom que se limitasse a ser um fenómeno de problema de elites académicas- ficava resolvido entre eles- nunca chegava a criancinhas do ciclo nem ao Poder nem sequer se massificava.

    O fenómeno foi criado por agit prop. E a agit prop não é trabalho académico.

    Cada vez se funciona mais por sound byte. E issso é a negação do esforço de entimento e até de todo o trabalho académico.

    O que está em cima fica como o que está em baixo porque é criado por uma mediocridade que facilmente se massifica.

    ResponderEliminar
  98. Acho que se chama a isto terraplanagem e é isso que vivemos.

    Neste caso, o problema não é existirem outras trombetas a fazer com que a populaça desate a correr em sentido contrário.

    O problema é não haver quem mostre que o som é de cana-rachada, é fake.

    ResponderEliminar
  99. As elites não criam fake.

    É trabalho de publicitários.

    ResponderEliminar
  100. Aliás, a mim apavora-me a ideia que é preciso trombeta contrária a berrar em sentio oposto que o milagre acontece- quem corria para um lado, passa a correr em sentido contrário.

    Eu não desejo estupidificação geral de sentidos opostos.

    ResponderEliminar
  101. Eaachar que falar latim ajudava a entender o fenómeno, vai-me desculpar mas é tique de casta que julga que o mundo se mede por grau académico e agregações e coisas assim de mesnadas que chegam à plenitude e supra-sumo do percurso na véspera de morrerem.

    ResponderEliminar
  102. Antes disso, como dizia o outro, já nem têm memória para tanto saber que acumularam.

    eehhehehe

    O facto da vida ter limite temporal é tramado.

    ResponderEliminar
  103. E nem sei se com tanto saber conseguem apanhar o tal som.

    Acho que não.

    Por isso é que o José o apanha. Porque até gosta de música popular e de jornais

    ":O))))

    Coisas básicas, que não necessitam de especialização académica e também servem para se entender o mundo.

    Quem havia de dizer que também servem para isso...

    ResponderEliminar
  104. « Mudei-me da casa dos eruditos e bati a porta ao sair. Por muito tempo, a minha alma assentou-se faminta à sua mesa. Não sou como eles, treinados a buscar o conhecimento como especialistas em rachar fios de cabelo ao meio. Amo a liberdade. Amo o ar sobre a terra fresca. É melhor dormir em meios às vacas, que em meio às suas etiquetas e respeitabilidades.»

    Quem dizia isto era mestre da lucidez.

    ResponderEliminar
  105. Zazie,

    o que diz parece-me correcto.

    Note que a minha "embirrância" com a democracia, tem pouco que ver com o regime em si. No Estado Novo também se votou. Se não estou em erro, o Presidente da República não foi sempre eleito por colégio. Aliás, havia e houve campanhas eleitorais (que a oposição aproveitava para fazer agit-prop mais livremente e, à última por saber que ia perder, desistia). Como diz, e bem, há gradações e os regimes, todos eles, mudam.
    Portanto, não é esse o problema.

    O problema tem tudo que ver com o V. diz: linguagem. E a pedra de toque dessa linguagem sistemática é a democracia. Foi o ter-se elevado este termo (termo, note; não o sistema político, porque esse, a sério, existe em muito poucos sítios) à categoria de ideal humano inexcedível, a uma categoria quase reverencial, superior a quase tudo, incluindo a pátria e os compatriotas (e até a família, que já está sob assalto), que permite que se refugiem atrás desse termo todos os que beneficiam deste estado de coisas e da linguagem criada para o alcançar.

    Pela democracia, tudo vale a pena. Claro que ninguém se dá ao trabalho de definir o que é, e raramente se vai além de dizer que é o sistema mais livre, ou de maior liberdade. Outra coisa que ninguém se propõe definir exactamente...

    Ora temos estas duas coisas vagas, estes símbolos, a que cada um pode atribuir o seu significado, mas que são sempre usados como se toda a gente o partilhasse. Daí que tenha desde os fósseis esquerdalhos aos xuxas aos intrujas do PSD e por aí fora, todos defendendo vigorosamente a democracia e a liberdade, que, manifestamente, não podem significar o mesmo para todos.

    Mas é o escudo que tudo protege. Ainda agora li uma pessoa qualquer num blog, Delito de Opinião salvo erro, que dizia que o 25A tinha dado cabo do ensino, mas que valeu a pena. Ora isto é de loucos!... uu de formatados. Outro exemplo: três falências públicas - não faz mal, porque o importante é a democracia. E por aí fora.

    No dia em que se puser em causa o dogma da democracia, todo o resto da linguagem rui como castelo de cartas. Porque em nos abstraindo desta coisa vaga e indefinida, sobra-nos o concreto para analisar e comparar. E é precisamente isso que eles não querem e está bom de ver porquê - porque demonstrará inequivocamente a sua mediocridade, desonestidade e incompetência.

    PS: em termos de regime, a única coisa que defendo intransigentemente é a ausência de partidos. Daí, não arredo pé.

    ResponderEliminar
  106. Tem razão, Mujah.

    Tem razão- essa palavra foi elevada a píncaro mágico que se transformou até num valor.

    E é por isso que o Dragão se farta de gozar que podia faltar tudo, mas era sempre em nome da dita cuja- democracia.

    Inventaram-se palavras e inverteu-se a pirâmide dos valores da tradição.

    Só isso explica o fenómeno napoleónico que depois leva a aferir todo o mundo em função de terem essas palavras ou não terem.

    E todo o passado, em função de haver essa palavra ou não haver.

    Por exemplo, o que o bacano do Floriano disse foi isso.

    Ele acredita que a palavra "Minorias" também é um valor e que nada tem a ver com um fenómeno de moda recente.

    Como também acredita que a palavra mágica dos direitos das Minorias, só pode estar relacionada com Democracia.

    Logo- como Portugal viveu um tempo passado sem voto, as Minorias não tinham direitos por causa disso.

    Nem é preciso saber se havia essa noção noutros países cujos regimes eram democráticos.

    A historieta está feita e depois existem "vinganças" que são tidas por reposições de injustiças passadas- que só podem ter acontecido cá, por ter havido Ditadura.

    É isto que não precisa de doutoramento em patrística nem latim para se entender.

    E o temor do hajapachorra pelos efeitos da dita educação sexual nas escolas- que eu também penso ser um pavor- não foi inventado por académicos, como ele julga para tudo.

    ResponderEliminar
  107. Como isto já está no limbo, vou dar-lhe outro exemplo.

    Outra palavra mágica, inventada que se tornou pau para toda a obra é a palavra colonialismo.

    Eu gosto de dar exemplos das viagens- dos exploradores e dos desenhos que se faziam na altura nesse reconhecimento de territórios desconhecidos.

    Costumo mostrar as ilustrações do James Cook porque ele levava uma quantidade de desenhadores - artistas- com estudo por academia, para irem desenhando essas novas paragens.

    E gosto de mostrar como os nativos são mostrados com a tradição do belo clássico, como se fazia nas academias- eram sempre à imagem de Apolos e Afrodites de Cnido.

    Pois reparei que um colega meu que considero mesmo excelente, fez algo parecido e depois acrescentou-lhe o que nunca me passaria pela cabeça acrescentar:

    "É o colonialismo- a visão do homem branco- é terrível."

    Que colonialismo, era o que o que me apetecia perguntar-lhe.

    ResponderEliminar
  108. E esta catalogação e uso diferente entre mim e ele vem do quê?

    Estudámos no mesmíssimo local!
    Tivemos os mesmos "mestres". Não nos ensinaram nem falaram sequer nisto.

    Foi gosto recíproco por pesquisas nestes arquivos.

    A diferença é que ele tem menos 10 anos que eu.

    ResponderEliminar
  109. De que é que se estava a falar? Da tralha soixante-huitard recauchutada com cravos e passados antifascistas, da tralha que não deslarga. Pode irritar muito a tal caução 'académica', mas é essa a fonte, queira ou não, na educação sexual, no multiculturalismo, na visaão 'progressista' da história ou da pedagogia a aplicar, na ideologia de género, no que quiser, até nas políticas de saúde pública. Só se faz agir-prop do que já existe e tem de ser reduzido a slogan. Não há ambiente, nem ar do tempo sem gurus, ponto. Quem fez a cabecinha dessas fornadas de 'jornalistas'? Quem lobotomizou 2 gerações de 'académicos'? Outros 'académicos'. Ou pensa que o CES, a FCSH, a FEP, o Iscte apreceream porque sim? Foi tudo muito bem formatado. E quem faz os manuais escolares? Sabem quem os faz para português, para história, filosofia, etc.? Pois, são milhões de cabecinhas formatadas pelos formatadores certos. E que essa corrente tudo levou na enchurrada é uma coisa óbvia, porque não havia quem lhe fizesse frente. Mas um dique tem que ser mais forte que a corrente e isso dá um trabalho do caraças. Desmentir falsidades dá muito trabalho. Há coisas que só com latim e patrística, que nada têm a ver com obturamentos (credo!). A coisa é muito simples: já temos 2 ou 3 gerações formatadas por dúzias de manuais da mesma família. Quem os fez e faz prestou ou presta vassalagem a 7 ou 8 pessoas no máximo. São esses que fizeram e fazem a mentalidade dominante.

    ResponderEliminar
  110. Hajapachorra:

    Eu concordo consigo em tudo, incluindo na patrística (ia para a Católica consultá-las) e também concordo que não existem historiadores desta história recente, sem virem da mesma fonte aventalícia.

    Só que estamos a falar de coisas diferentes daquelas que o José conta.

    Isso faz sentido para se apanhar um "som de fundo" mais vasto.

    Para se perceber como se inventou um Estado Novo e uma Ditadura e se fez passar que a democracia veio pela mão comunista e de esquerda, não é por aí.

    É mesmo pelos jornais, por toda uma manipulação panfletária que não conseguia ser destronada se aparecessem apenas bom nível académico.

    Ajudava. É verdade. E faz muita falta. Mas isto é mais básico e entra no ouvido a par do tal som de fundo a que o hajpachorra se refere.

    E não se trata apenas dos bons e dos maus, como também disse. Trata-se de se terem apagado e inventado memórias e ainda se lidar com fantasmas do "facismo" para ter tudo controlado, incluindo o voto e o Poder.

    ResponderEliminar
  111. Mas tem razão- já temos mais de duas gerações formatadas e pelos manuais escolares- nisso é absolutamente verdade.

    E quem os faz nem muda de poiso por mudança de partido. Porque esse som é igual para todos.

    Porque é mentira que haja "direita" ou algum som diferente do esquerda. É tudo igual. Mudam apenas para se diferenciarem na caça ao voto.

    Mas a minha pergunta é outra.

    Como é que pensa que a mudança se dava por historiadores se o que vai para cima é igual ao que está a meio e em baixo também?

    Como é que explica que andem jotas e patrulhas partidárias a fazer comício nas escolas, com bandeiras e tudo e ninguém reaja?

    Como é que explica isto que eu desconhecia- o facto do centenário do Cunhal andar a ser oficialmente dado por brigadas do PCP nas C+S?

    E patrocinado por um reitor.

    Como é que se mudam os reitores? é por haver bons historiadores?

    Não é. Infelizmente isto é mediático e política rasteira com teias por todo o lado

    ResponderEliminar
  112. Mas, quanto à Academias, nem imagina como estamos de acordo.

    É literalmente assim- uns levaram os outros e são todos iguais porque, se não fossem porta-estandartes nem tinham convite para preencher o suposto concurso.

    E os manuais sei quem os faz. Bem de mais. São os mais ignorantes que conseguem ir para pedagogos.


    ResponderEliminar
  113. Mas o José mostra outra coisa- mostra literalmente quando as versões começaram a circular.

    E foi tudo muito mais simples e rápido.

    Era impossível uma linguagem destas ter de esperar por saírem livros ou estudos académicos para se impor.

    Foi pelos jornais e foi por esse clima escardalho mediático que já se tinha formado no Estado Novo.

    Eu digo-lhe: não notei grande diferença no que se lia e no som de fundo, entre o antes e o depois. Foi uma continuação.

    As universidades já eram de esquerda, os jornais já eram de esquerda, a linguagem já estava feita.

    Depois veio a festa e o acto político do "destronar" e o que aumentou foi a diabolização do passado e a aura dos que ficaram por cima.

    ResponderEliminar
  114. Quem foi para o poder, foi inventado no 25 de Abril?

    Não! já eram eles o "poder-sombra" de uma geração que depois se tornou dona disto.

    Foi fácil- só quem foi burro é que não teve cargo.

    Partilhou-se isto entre meia dúzia de conhecidos.

    E eu até os conheço. Faço parte da geração e fiz-lhes frente quando vi que eram mais iguais que os outros.

    ResponderEliminar
  115. As universidades já eram de esquerda, os jornais já eram de esquerda, a linguagem já estava feita.

    Depois veio a festa e o acto político do "destronar" e o que aumentou foi a diabolização do passado e a aura dos que ficaram por cima.


    Também estou aqui com a Zazie.

    Aliás, o padrão é sensivelmente o mesmo em todo o lado. A propaganda não vem dos académicos. Os académicos é que depois a validam e a "vestem" de pseudo-erudição.

    O M68 foi académico? Não! Cohn-Bendit era académico?
    Não! Ninguém era académico, porque eram todos alunos. Foi depois que se tornaram académicos e começaram a vestir a propaganda que antes berravam ao megafone.

    Propaganda (agit-prop, particularmente) não é coisa de académicos... Requer uma disposição muito mais práctica...
    Aliás, repare-se no caso mais moderno da "crise" de 2008. A origem não é académica, embora haja muitas publicações no sentido contrário da ideia de que haveria razões para a antecipar. Os académicos (economistas, neste caso) é que publicaram para validar as noções previamente popularizadas pelos media.

    ResponderEliminar
  116. Mas há outra questão com que a minha boca acerca do latim e da patrística se prende.

    A História é feita com fontes. Ora as fontes vivas existem, por agora.

    Mas também deve ser feita por quem viveu. Por isso é que o José disse que o Lomba era demasiado novo (para falar disto, noutros termos mediáticos).

    E por isso é qeu o José também acha que as pessoas que viveram e que costumam dar entrevistas contassem.

    A importância deste blogue é esta- trata de coisas por quem as viveu e publica fontes que podem ser contestadas em directo.

    Daqui a mais uns anos já ninguém vai contar nada porque está senil e os mais novos não é nas hemerotecas que conseguem encontrar contraditório.

    ResponderEliminar
  117. Caros o Maio 68 só foi possível porque houve Sartre, Simone de Beauvoir, Foucault, Althusser e, sobretudo, Barthes; sem Roland Barthes nem havia esquerdalhos na universidade portuguesa. O Maio de 68 só foi possível porque houve... O Concilio Vaticano II...

    ResponderEliminar
  118. Por aí há-de ser verdade.

    Acerca da questão do Estado Novo e mitos abrilistas, não.

    Não vieram dos livros, foram espalhados nos jornais e tv e só depois passaram para a escola e para a universidade e para os historiadores encartados.

    E essas fontes existem, porque a História recente é muito diferente da do passado.

    Esperar que tudo passe até aparecerem, milagrosamente, do nada, novos historiadores para "destruírem os mitos" não faz sentido.

    Quando desaparecerem as fontes vivas e o contraditório, esses vão ter de se socorrer do que ficou escrito e das interpretações e tudo o resto que depois justifica a boutade que é tudo "narrativa".

    ResponderEliminar
  119. Mas, um coisa é ter existido o Maio de 68 e outra é o seu efeito massificado.

    Ora o Estado Novo e a Revolução de Abril tornaram-se mais do que isso. Tornaram-se um momento de viragem que não foi como se conta mas que é a única versão para todo um povo.

    Não é um fenómeno de pseudo-intelectuais, como o Maio de 68. É algo muito mais amplo e daí eu insistir que não pode ser entendido como fabricado por uma elite, a vir a ser destruído, séculos depois, por outra elite.

    ResponderEliminar
  120. O hajapachorra navega no tempo longo e esquece que o tempo curto também cabe dentro dele e tem variâncias de ordem diferente.

    Os ditos intelectuais podem construir um pano de fundo mental que depois está na base de muitas coisas.

    A base do fenómeno Maio de 68 é ideológica.

    Claro. A base do pano de fundo que motivou uma política abrilista é ideológica, ainda que não estivesse logo feita no programa do MF- foi-lhe sobreposta pelo PCP e depois pelos que a legitimaram por Poder.

    Mas esta base de fundo não era linguagem nem perdurava, nem vendia factos por agit prop, fazendo deles Verdades reais, se não tivesse uma rapidez de difusão que é outra coisa.

    São os rumores e os simulacros mediáticos. Propagam-se de outra maneira, são muito mais rápidos e atingem muito mais gente e campos mais vastos.

    E não permitem sequer a distanciação da leitura de um livro. vê-se e entra, lê-se rapidamente e fica.

    ResponderEliminar
  121. São fotografias. São falsas fotografias do real- parecem verdade e são mentira mostrada.

    ResponderEliminar
  122. Ora valha-me Santa Engrácia, que eu tenho tanto que fazer. Não sou historiador, confesso. A história recente NÃO é muito diferente da do passado, pela simples razão que a história do passado já foi história recente. É ler Tucídides ou... Fernão Lopes. Essa ideia de que agora é que é, agora é tudo muito diferente só é possível se se ignorar, ou quiser ignorar, o passado. Não quer isto dizer que seja tão reaccionário que acredite que nihil novi sub sole... As coisas são mais complexas e complicadas. Tenho uma perspectiva diferente, é verdade. Porque lhes faço frente, em muitos sítios, e sei que é possível usar a razão para ter razão e com resultados. Ainda concedo, fontes para mim são textos, e sim, não tenho em grande conta os 'historiadores' que mais não fazer do que andarem perdidos no meio do lixo. Faço justiça ao José não o tendo nessa conta. Sabe usar a tralha que guardou. Porque, ao contrário do Pacheco, por exemplo, viveu no meio das pessoas, estudou e... leu livros. A FDUC induca, digo eu que sou insuspeitíssimo.

    ResponderEliminar
  123. Estamos a falar de coisas diferentes.

    É estranho que o hajapachorra pelo menos não se dê conta que um fala de alhos e outro de bugalhos.

    E eu concordo absolutamente consigo em relação a todo o estudo académico e modo como deve ser feito.

    Mas o assunto não é esse e já não me consigo fazer explicar melhor.

    Mas, pelo menos eu compreendi-o a si e até lhe digo mais: pensei melhor no que disse- que tudo começa em cima e depois é imitado em baixo, e tem razão.

    Tem razão que se não houver uma caução "científica", no sentido de académica, a vox populi de militância ou mediática, por ela mesma não cria nada.

    E até me lembrei que coisas mais básicas como estas manias da Animalia e direitos dos animais, têm uma linguagem, um pensamento acerca de "direitos de animais humanos e não humanos" que não foi inventada pelos mongos que militam.

    Vem de teóricos, como o Peter Singer e tem intenções bem mais perigosas que o mero folclore que parece.

    Só que não era disto que falava.

    Falava das fontes, dos mitos, das mentiras que toda a gente repete e isso o José mostra que não veio de biblioteca.

    O facto desaparece e dá lugar a outra coisa- a tal narrativa.

    Penso que o hajpachorra também não acredita nessa versão estruturalista da história onde mentira e verdade são o mesmo porque é sempre "narrativa".

    Mas no passado mais recuado, é claro que nada disto faz sentido e eu também nunca me interessei por história do presente, precisamente por me parecer jornalismo.

    ResponderEliminar
  124. Fontes para si são textos.

    Ok. O que aqui se mostra é que muitos textos são mentiras acerca de factos que foram adulterados.

    Como é que depois se lida com isto?

    ResponderEliminar
  125. Lida-se passando séculos e séculos de enganos.

    Por exemplo- o mito da terra plana. Agora até se anda à cata de quem o espalhou.

    Mas foi espalhado durante séculos e séculos.

    Nessa altura não havia informação em directo que o pudesse colocar em causa.

    Hoje há.

    ResponderEliminar
  126. Outra coisa:

    Se tiver mesmo pachorra, gostava que me explicasse, por poucas palavras, porque é que disse que um dos principais foi o Roland Barthes.

    Os outros entendi mas o Barthes não percebi bem em que sentido. Sempre o vi apenas como um retórico de bordados e detalhes engraçados.

    Por mim tenho de enfrentar outros- os internacionais socialistas, a escola Deleuze-Guattari e até o Walter Benjamin. Mandam e não têm alternativa académica.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.