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sexta-feira, novembro 15, 2013

A raiz quadrada da Esquerda

Está neste pequeno texto de José Manuel Fernandes, no Público de hoje. É a última parte do artigo sobre as escolas, a pública e a privada e a liberdade de escolha.
Fala em Alexis de Tocqueville,  um francês que viu mais longe no seu tempo do que agora os contemporâneos da modernidade que vivem fossilizados em ideias do passado morto.
O paradoxo da igualdade é o túmulo da nossa desgraça pública.

 


51 comentários:

  1. O paradoxo desse dogma igualitário resume-se a terem levado à falência colégios privados para posses medianas e desbaratarem fortunas em escolas do Estado em bairros de luxo.

    A escardalhada está-se nas tintas para o interesse que muita gente tem em poder colocar os filhos no privado.

    Porque, para essa escardalhada que não se importa de haver capitalistas por encosto, a tragédia seria haver negócio privado que agradasse a todos.

    Tenho ideia que, se houver coragem de levar isto para a frente, vai haver delegações do PCP em cada salinha de profs.

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  2. O abandalhamento do ensino público ocorrido em 1975, por influência de Rui Grácio que durante muito tempo julguei ser do PCP e afina era do PS, foi a pedra de toque disto tudo.
    A separação que havia entre o ensino técnico e o liceal acabou precisamente por causa da ideia de igualdade explicitamente enunciada nessa reforma.

    Foi por isso e por mais nada, essa grande estupidez que afinal foi um crime dos maiores que essa gente cometeu. Os do PS, entenda-se.

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  3. A dona Lurdes é apenas um reflexo dessa mentalidade.

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  4. Sim, claro.

    Mas fizeram pior que isso.

    Secaram toda a alternativa de ensino privado sem ser para ricos.

    E com o universitário conseguiram ainda paradoxo maior.

    A população escolar diminuiu. Mas não podem tocar no séquito de fps que carregam.

    Então, para além de venderem mestrados idiotas a granel (e docs também) já têm de cobrar propinas de tal modo altas que já fica mais barato ir estudar para Espanha.

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  5. Há 40 anos havia estabelecimentos de ensino de massa e excelência que pertenciam à Igreja: os seminários, particularmente os jesuítas.
    Era para lá que iam alguns pobres que de outro modo não estudariam em cursos superiores.
    Aí aprendiam-se Humanidades, essencialmente, mas o ensino secundário era do melhor que pode haver, ainda hoje.
    Hoje já nem padres há em número suficiente...

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  6. Mas nem aí o ensino era gratuito porque havia "propinas", ou seja, despesas que os alunos tinham que pagar: lavadeiras da roupa, material escolar e outro, aulas, barbeiro, . Sendo de preço modesto não era grátis. E a conta pagava-se no fim de cada trimestre.
    Aí não se dizia "períudo", como depois ouvi dizer sempre.

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  7. E não só.

    Havia colégios para gente pobre, um pouco por todo o lado.

    Sei disso porque, tanto leccionei em locais para gente da média-alta burguesia, como num desses- para pequenos comerciantes e até operariado.
    Existiu durante mais de 50 anos.

    Foi à falência, como foram dezenas ou centenas dele por todo o país, devido à concorrência estatal.

    Portugal tinha uma boa rede de escolas públicas e de outras privadas, com leque variado.

    Foi esta imbecilidade do dogma da igualdade e máfia a ir ao pote que espatifou isso tudo.

    E agora, quanto a mim, já é tarde e não vão conseguir remediar nada.

    O que faliu, faliu. As instalações públicas vão acabar às moscas, a servirem de museu, como querem que se faça com a maternidade Alfredo da Costa.

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  8. A escola Lusitana, por exemplo- qualquer pessoa da minha geração se lembra dela e sabe a utilidade que teve.

    Havia escolas para todo o tipo de ensino e para toda a gente.

    Estragaram tudo com a pancada que só podiam servir para fazer doutores.

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  9. E continuam a inventar doutores com disciplinas complementares totalmente disparatadas.

    Quando falo nisto, dizem-me logo que isso do "técnico-profissional" é um segregacionismo facista e que é muito perigoso deixar crianças mexerem com máquinas e serrotes e coisas assim (sic)

    Quando lhes respondo se não é perigoso passarem carros para a mão dessas mesmas "crianças" entopem.

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  10. O problema com o técnico profissional teve muitos culpados, pois o sistema antigo era absurdo, ao limitar em definitivo qualquer possibilidade de progressão académica das pessoas.
    Depois teve a machadada final na função publica, em que as carreiras dos técnicos era indecentemente desprestigiada e mal remunerada.
    .
    Tenho para mim que isso foi feito para dar argumento de destruição do ensino técnico-profissional, e lá foi o bebé com a água do banho.
    Mas como sempre nasceram novas oportunidades, que além dos cursos manhosos com patrocínio do IEFP ainda levou a que milhares de operários e auxiliares se vissem de repente com "reconhecimentos", assim uma espécie de soldado raso que vai à guerra e vem de lá major.
    .
    Agora estamos a aposentar os ultimos técnicos-profissionais e vamos ter uma geração de hiato, em que as tarefas de complexidade média ou são feitas por licenciados ou mal feitas por incapazes, cuja formação é casuística, sem espirito critico e com capacidade de inovação nula.
    Já chegamos ao ponto em que se chama electricista ao indivíduo que usa um busca pólos no bolso e vê se acende a luz.

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  11. Limitava tanto, ó focídio, que até o Siza Vieira é formado no técnico-profissional.

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  12. Agora, que são todos formados para doutores nem para canalizadores têm préstimo.

    Anda enganá-los.
    Deve ser a coisa mais cruel vender essa trampa do "sucesso" a toda a gente.

    E a escola vende "sucesso" em festas escolares- em "feiras do teu futuro"- com cardeápios de cursos superiores, em "disciplinas obrigatórias" e, daí a uns meses, acabam, na melhor das hipóteses, a servir bicas ao balcão.

    Assiti a isso este ano. A profs a venderem cursos a granel e até a defenderem que a matemática nem devia ser disciplina obrigatória para quem quer ser médico.

    Porque é assim- na cabecinha dos igualitários vergonha é aprender a fazer alguma coisa útil, ou "empreender"- eles nem aguentam ouvir essa palavra.

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  13. Zazie
    Limitava sim e muito, e não é essa ou outra qualquer exceçao que irá demonstrar o contrario. Se esteve ou está no ensino sabe bem disso.

    Agora em relação ao resto concordo, pois foram menosprezadas as profissões técnicas, que passaram a ser realizadas por curiosos sem preparação, com resultados desastrosos.

    Gostemos ou não a ambição do sr. Doutor ou Engenheiro existe, e nenhum grupo abdica da reverencia, desde o sargento do posto da GNR até ao ilustre juiz que se coloca num pedestal inatingível pelos mortais.

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  14. Não limitava rigorosamente nada de nada.

    Mais, muito antes, ainda nos finais do séc. XVIII, já havia mobilidade social sem ser preciso ser doutor.

    O melhor exemplo disso tenho-o na família.

    Entre um lado de corte e um de família de camponeses, o que mais prosperou foi precisamente o meu bisavô, filho de caseiros.

    E nem a 4ª classe teve. Aprendeu com o padre da aldeia.

    Veio para Lisboa, ainda miúdo, foi moço de fretes, passou a empregado, mais tarde sócio e depois criou ele próprio uma ourivesaria.

    A biblioteca que tenho ainda é a que ele juntou, com tudo o que encontrava de História a literatura, a revistas modernistas da época.

    Hoje em dia conheço muitos licenciados que nem um livro têm em casa e que nunca puseram os pés numa biblioteca.

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  15. O outro bisavô apanhou com a República e teve de casar as filhas assim- com quem prosperava por ter cabeça.

    Quem tem capacidades consegue sempre.

    Hoje em dia o que acontece é o inverso- os medíocres mandam e têm a vida feita, bastando para tal infiltrarem-se nos partidos.

    Começam logo nas jotinhas do "liceu" que é assim mesmo que se marinha.

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  16. Nos finais do séc XIX

    eehehhehe enganei-me nos séculos.

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  17. "Quem tem capacidades consegue sempre.

    Hoje em dia o que acontece é o inverso- os medíocres mandam e têm a vida feita, bastando para tal infiltrarem-se nos partidos."

    Com uma consequência trágico-irónica: os competentes e capazes fazem salamaleques aos outros para terem lugar no pote. Exemplo? Freitas do Amaral e Sócrates.

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  18. Zazie
    Estamos a perder o rumo.
    É claro que se pode prosperar sem ter habilitações académicas, mas gostava de ver isso num cirurgião!
    O que eu digo é que alguém estude enfermagem ou farmácia, e se pretender mudar para medicina tenha os conhecimentos que são comuns reconhecidos, e não necessite de voltar ao principio do secundário.
    Era isso o antes.
    .
    Para canalizador, podia começar como aprendiz e com e a 4ª classe e podia chegar a operário de 2ª. Com o ciclo preparatório e mais tempo de estagio chegaria a mestre, com o 5º ano a encarregado, mas depois bloqueava. Enquanto isso outros tinham um caminho paralelo e iam logo parar a engenheiro, e nunca se cruzavam.
    .
    Percebeu o meu argumento?

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  19. Mas isso é igual de um modo ou de outro.

    Se você quer mudar, vai sempre ter de gastar mais tempo.

    Estudava-se e estudas-se à noite, por exemplo.

    Eu própria fiz outro curso estando a trabalhar em 2 locais e a chegar a casa perto da 1 da manhã

    Sem carro. Tudo em transportes públicos.

    Ora o que acontece hoje, com esse mito do sucesso igualitário é que até conheço jovens que já vão perto dos 30 anos e ainda "não acertaram no curso".

    Literalmente. Saltitam e voltam a saltitar e os papás são sempre muito de esquerda e acham o máximo apoiar todas as fantasias que lhes vêm à cabeça.

    Nalguns casos foram até eles quem lhes meteu essas fantasias porque hoje em dia acham que os filhos nascem logo sobre-dotados.

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  20. Agora para "quem tem capacidades consegue sempre" é que nem lá perto.
    A menos que por capacidades estejamos a falar das socratinices e esquemas da boyzada.

    Infelizmente o que não falta são incapazes a ser levados ao colo e muitos outros a não ter nunca a oportunidade de competir.

    Ainda ontem ouvia o Ministro Crato com algo que concordo em absoluto, em que dizia que o importante não é dar condições iguais a todos, porque uns fizeram bastante mais que outros, mas antes garantir que todos tenham oportunidade de atingir as mesmas metas.
    Traduzido por mim, dar bolsas aos pobres esforçados e despachar os cábulas para servente ou varredor.

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  21. Agora o que é mentira e meter na cabeça de toda a gente que mesmo sem conseguir resolver uma equação ou sequer passar num básico exame de português, pode ir a tudo e mais alguma coisa porque ser igual é isto.

    É tremendo. Estes jovens que não conseguem mesmo têm em cima deles uma pressão que deve ser uma brutalidade.

    Não os deixam é ser o que podem ser e fazem deles uns frustrados.

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  22. Por outro lado, como também não se obriga ninguém a estudar, os que têm capacidades ficam aquém na estúpida formação de nivelamento por baixo que lhes dão.

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  23. Eu penso que os cábulas são fabricados pelos programas ministeriais e pela família.

    Se quer saber é mesmo isto que penso.

    A escola tornou-se uma palhaçada doutrinária para entreter.

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  24. No outro dia constatei que, entre mais de 40 pessoas, grande parte delas com formação superior, ninguém tinha a menor ideia do que era o Código de Hamurabi.

    Isto é apenas um exemplo.

    Já nem dá para dialogar acerca de questões que sempre foram básicas.

    O tempo histórico, pro exemplo, desapareceu. A contextualização das questões desapareceu.

    Tudo se tornou um imenso presente, visto pelos dogmas do politicamente correcto.

    Citar Gil Vicente pode ser perigoso. Pode-se passar por pessoa esquisita.

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  25. Zazie
    Também estudei de noite (numa escola e numa cidade que hoje não tem ensino publico nocturno), e gastei dois anos a refazer disciplinas que já tinha feito com outro nome mas com a mesma matéria.
    A unica vantagem foi ter media de 18 na segunda passagem.

    E se para mim foram apenas dois anos, muitos houve que foram mais ou chegou para desmotivar.

    É claro que aí até ao nível de equivalência do Relvas vai alguma distancia, mesmo considerando que para o curso que ele fez e agora desfizeram (a tal ciencia política) muitas dos programas das cadeiras devem mesmo ser do conhecimento dele.

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  26. Upps
    Posso ir ali ver ao Google (já agora sabe o que é um Google? E um googleplex?), mas não sei o que é o código de Hamurabi

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  27. Vá ao Google que isso passa.

    eheehhe

    Eu fiz 2 cursos em tempos diferentes.
    Não me deram equivalência a nenhuma disciplina mas também não me chateei por isso.

    Ainda sou do tempo em que os mestrados também tinham 2 anos lectivos com 5 disciplinas anuais e mais 2 ou 3 anos para a dissertação.

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  28. Até foi engraçado porque fiz a mesma disciplina com o mesmo prof em tempos e locais diferentes.

    eehhehehehe

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  29. E também devo ter sido das raríssimas pessoas que não nada no PREC

    ":O))))))

    (Por não conseguir aguentar aquilo e também por não estar interessada em baixar médias.
    Tive a noção que mais cedo ou mais tarde a coisa haveria de voltar um tanto à normalidade).

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  30. Essa do Código de Hamurabi não é prova de nada de especial.

    Mas é de outra coisa. Dantes, apenas com uns livrinhos da Verbo, qualquer miúdo sabia o que era o Código de Hamurabi.

    Mesmo sem viajar e sem ir ao Louvre.

    Hoje em dia existem infinitos programas televisivos onde se mostra pode ver e aprender tudo isto.

    E não se sabe.

    Estranho é este detalhe de tanta informação dar menor conhecimento.

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  31. Tenho umas fotos desfocadas junto à pedra desse código...ahahah! Tiradas pelas minhas filhas.

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  32. Mas se perguntar a uma delas ( a mais nova, com 17 anos) se sabe o que é o tal código...aposto que não sabe. Vou fazer a experiência e já digo aqui.

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  33. Mas as pessoas que não sabiam andavam entre 30-40 anos.

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  34. Resposta: "hã...já ouvi falar...não é um livro?"

    Pronto. Não é que tal coisa seja importante mas de facto esta malta nova não tem oportunidade para saber destas coisas como dantes se sabia.

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  35. ehehe

    O mais estranho é que nunca se entende quais as coisas que deixaram pura e simplesmente de fazer parte do conhecimento comum.

    No caso que perguntei nem era propriamente "malta nova".

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  36. Mas, ainda em relação ao artigo do jmf, a questão é esta:

    http://www.fenprof.pt/?aba=27&mid=115&cat=64&doc=7767

    E vai dar direito a vigílias e greves da fome, em todas as praças republicanas e laicas.

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  37. Creio que o conhecimento dessas e doutras coisas têm a ver com os manuais do ensino secundário. Dantes aparecia a referência ao "código de Hamurabi" quando se estudava a Antiguidade porque era um marco e as ilustrações mostravam a pedra que está no Louve.

    Tal era um denominador da cultura geral. Hoje parece que este paradigma mudou.

    Quanto a mim empobreceu, mas há quem jure que agora até melhorou porque se sabem outras coisas.

    Enfim.

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  38. Há-de ser também há conta disso que depois há quem jure que o Direito é uma invenção do Estado e que nunca pode ter tido nada a ver com a moral e, muito menos, com algo de sagrado.

    Ia jurar que todos estes apagamentos não se fazem ao acaso.

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  39. Quando folheio o Manual Encyclopedico do Achilles de Monteverde verifico que no início do século XX havia um acervo de conhecimentos que eram ministrados aos alunos do ensino básico ( e era para o ensino básico, tal manual) que eram mais "puxados" e mais profundos em relação à cultura clássica de raiz greco-latina.

    Hoje em dia não é assim.

    Será isso bom ou mau?

    Penso que deveria continuar a existir uma exigência de conhecimento dessa cultura porque é a nossa raiz civilizacional e ao mesmo tempo os seus ensinamentos filosóficos continuam a ser válidos.

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  40. Não sei como é, pois nada tenho a ver com o ministério.

    Mas sei que é assim que penso e faço.

    E as pessoas interessam-se. Não é nada "chato" como se faz crer.

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  41. Os jesuítas nunca tiveram 'seminários', sempre tiveram colégios e não eram para pobres, tirando o de Cernache. Antigamente, nos anos 70, em muitos concelhos não havia liceus, em muitos concelhos do litoral. Havia por vezes colégios privados manhosos, muito manhosos. O problema hoje não está em haver escolha entre pública e privada. O problema está em não haver escolha: algumas escolas públicas, alguns colégios privados são bons, tudo o mais, para aí 90%, público ou privado, é uma bosta. Para as escolas públicas decentes entra-se por cunha; para os colégios bons entra-se com cunha e dinheiro, muito dinheiro. Os filhos dos pobres, que não têm dinheiro ou não têm os contactos certos, estão quilhados. A esquerdalhada e os liberais da treta trabalham para o mesmo, a brasileirização completa do ensino em Portugal, isto é, os pobres vão para as escolas púbicas e daí marcham para 'universidades' privadas, os ricos aprendem em bons colégios e acabam por ocupar todas as vagas dos melhores cursos das universidades públicas. A perversão perfeita está quase a ser atingida. Coragem, Fazenda, coragem Zé-Manel, a luta continua. Pataratas em 75, pataratas para sempre.

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  42. A alternativa era mudarem a constituição e despedirem metade de profs fps que têm de carregar.

    Isso e acabarem com disciplinas de folclore para preencherem horários.

    Esta ideia do cheque-ensino serve para isto. Não tem nada de preocupação liberal nem pedagógica.

    O privado, para ter paralelismo pedagógico, tem de seguir a mesma palhaçada que o ensino do Estado.

    Até a anormalidade da doutrina sexual alternativa já fio imposta no privado, a partir do ciclo.

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  43. Mas também é falso que seja tudo dividido entre "pobres e ricos" e boas faculdades do Estado e ensino privado manhoso.

    O ensino universitário está trampa no Estado e no privado.

    E resto, idem, e até colégios medianos sempre tiveram melhor que escolas públicas.

    É apenas uma questão geracional. Desce tudo por igual.

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  44. "Os jesuítas nunca tiveram 'seminários"

    Não? E formavam os padres, onde? Nos colégios?

    Havia seminários e havia colégios. Em Braga, por exemplo.

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  45. Não, nunca tiveram seminários, tiveram colégios, casas da Companhia e universidades. Em Braga a casa da Torre não era um seminário, como hoje a casa Pedro Arrupe não é um seminário. Formavam os padres nas suas casas de noviciado e de juniorado, como a de Soutelo, nas universidades, como a FacFil de Braga, e nas suas casas professas. A Companhia de Jesus, repito, nunca teve seminários, em momento algum da sua história, nem conventos :-), nem mosteiros :-), nem hábito, nem...

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  46. Tem razão. Não havia seminários como os dos padres seculares. Mas isso não quer dizer que não houvesse diferenciação de estudos e que tais estudos, em escolas próprias, não fossem um meio de ilustração distinta de quem os frequentou.

    O tema era: as pessoas pobres nessa altura podiam ir para os seminários e os dos jesuitas eram importantes para a ilustração cultural.

    Continua a valer como afirmação, com aquela correcção.

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  47. Claro que sim, que valeu e muito. Até há uns 20 anos, metade, se não for mais, dos professores das faculdades de letras e direito, além de outras, saíram dos seminários. Hoje, nos últimos vinte anos, nem há seminários, e os poucos ex-seminaristas que ainda aparecem nas universidades são péssimos, como o clero formado recentemente, intelectualmente um desastre.

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  48. Quando estudei na Faculdade de Letras, no Curso de História e Filosofia, uma parte considerável do corpo docente - como o hajapachorra salientou, num comentário anterior - eram homens do Clero. Antiguidade Clássica, Filosofia Medieval eram algumas das cadeiras ministradas pelos clérigos. Existia sabedoria, mas depois chegavamos à Idade Contemporânea e apanhavamos com os marxistas que só "vomitavam" os clichés e os dogmas do materialismo histórico.

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  49. «Há-de ser também há conta disso»

    hehehe

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