E porque se vivia num país em que a verdade que se mostrava, apesar de devidamente podada da propaganda de oposição comunista, era perceptível por todos, a pobreza não era escondida, como alguns agora pretendem imputar ao regime de então.
O Estado, ou seja, o regime político de então- com os seus órgãos de soberania e "o modo como se constituiam, participavam no poder e colaboravam para o bem da sociedade civil", no dizer de Salazar, em 1965 - não era, como hoje, amplamente social e interventivo a esse nível, apesar de ter sido Marcello Caetano quem concedeu a pensão de sobrevivência aos rurais que nunca descontaram para o sistema, fazendo-o porém, com a conta peso e medida que o país permitia, sem se endividar para tal. Dantes não se inventava dinheiro nem se pedia emprestado para as gerações seguintes pagarem e os orçamentos tinham as receitas que deveriam dar para as despesas. E havia guerra no Ultramar, é bom lembrar...
Portanto sobejavam nas grandes cidades de Lisboa e Porto bolsas de pobreza aflitiva e que se prolongaram ainda por muitos anos, nos bairros da lata. E a revista mostrava-o. desmentindo os pseudo-historiadores actuais que pretendem que tal era censurado.
Politicamente o regime era mais ou menos isto que a Vida Mundial mostra em duas páginas de 12 de Dezembro de 1969.
O Observador dava conta desse ambiente político-social, integrando os fenómenos numa perspectiva que incluía todos na responsabilidade em acabar com tal estado de coisas, sem imputar ao regime ou ao Estado a obrigação estrita de o fazer ou até a culpa pelo surgimento de tais desgraças sociais.
Por isso a escrita era clara e sem preconceitos, como hoje abundam. A linguagem era diversa, por isso mesmo, do que hoje se escreve sobre o mesmo assunto. Essa diferença separa os "memes" dos que sabem perscrutar a História como ela existiu e assim a escreveram.
E na edição de 29 de Outubro desse ano de 1971 mostrava-se o lumpen dos lumpens: as colmeias do Porto...e o realismo da miséria mais miserável desse tempo.
Por outro lado, a edição de 12 de Novembro de 1971 mostrava o povo de Barcelos que ia vender à afamada feira semanal e que não se confundia com aquela pobreza mostrada acima, dando um retrato realista do mundo rural do Minho de então ( aqueles bácoros em palha dentro de caixotes e os coelhos seguros pelo cachaço, digo, pelas orelhas, são um must, juntamente com as juntas de bois piscos e as tripas de porco secas, para os enchidos). Os penteados das moças, esses, são de recordar porque já não há. Eram copiados dos das mães e estas começaram depois a cortar o cabelo. Mas muito depois...
Realismo tremendo destas reportagens.
ResponderEliminarE linguagem tão diferente. O jornalista trata sempre aquelas mulheres por D. e nome completo.
Mas o José mostrou um contraste muito grande. Eu nunca conheci aquelas ilhas do Porto.
O mundo do campo era pior?
'devo ao socialismo e a SS a graça de ser pobre,
ResponderEliminarsem bens que valham por pouco estou
ligado à roda da fortuna'
morei na rua de Cedofeita no Porto.
em frente do tribunal de polícia havia uma ilha designada por
'cabaré de xangai'
mudaram o pessoal para bairros sociais mas nada se alterou a qualquer nível
tinha a consciência que eramos pobres e agiamos 'em conformidade'
aqgora somos muito mais pobres e temos mentalidade DE RICOS
o MONSTRO devora-nos
não prestam os serviços que presta
Não era pior segundo julgo porque as pessoas habituaram-se a viver segundo costumes ancestrais, nas aldeias.
ResponderEliminarOs lavradores ( era assim que se chamavam as pessoas do campo) tinham casas antigas, em pedra geralmente e com divisórias tipicamente distribuidas em dois andares.
O de baixo tinha as cortes dos animais e a loja com cereais, adega, "salgadeira" com as carnes curadas e conservadas no sal ( daí o nome deste blog portadaloja por causa das maçãs com esse nome que ficavam em cestos nas lojas).
O de cima tinha a casa de habitação com a cozinha ampla, quartos muito pequenos e sala suficiente para as visitas.
A casa do meu avô materno era assim e outras que conheci eram assim também.
Em algumas casas, os animais, por baixo,tinham uma função no inverno: aqueciam. E o esgoto, está-se mesmo a ver como eram.
As pessoas das aldeias, lavradores, tinham o suficiente para comerem, mas eram frugais porque comiam o que não vendiam.
Porém, como os géneros eram mais genuínos, sem fertilizantes, aditivos e isso, os animais eram mais saborosos ( nunca mais comi carne de porco igual ou coelho) etc.
Isto é pobreza?
Não é. Pobreza mesmo era nas barracas.
Também tinha essa impressão, José.
ResponderEliminarA descrição das ilhas do Porto é assustadora. E a especulação que aqueles desgraçados ainda faziam uns aos outros, pior.
Em casa do meu avô materno havia uma casota no quintal - que lhe chamava adega - independente da casa, onde tinha duas salgadeiras como essas, onde guardava a carne do porco em sal.
ResponderEliminarPorco criado e morto lá em casa.
Com o porco faziam-se chouriços que ficavam a fumar na "cozinha velha" - outra edificação separada da casa, no quintal, com um forno de lenha e uma grande lareira.
Os rojões feitos com a carne do porco e cozinhados em grande panela em fogão de lenha eram qualquer coisa divinal!
Nunca mais comi carne assim tão saborosa!
Na adega, havia também lagar de vinho, onde se pisavam as uvas e se produzia vinho que ficavam em barricas de madeira (pipas) e dava para o ano inteiro.
Noutras duas grandes arcas de madeira, guardava-se o milho para a "criação" - galinhas, perus e patos.
As galinhas e galos eram mortos lá em casa.
Ao Domingo era dia de frango assado no forno - outra iguaria que nunca mais comi parecida.
Memórias fantásticas que guardo desse tempo.
No dia da revolução dos cravas, fecharam-se as portadas das janelas lá em casa.
Lembro-me ainda do ar preocupado do meu avô nesse dia.
Tinha perto de 80 anos, completou a 4ª classe, e trabalhou até ao dia da sua morte em 1976, num pequeno negócio de ferros e ferragens criado e montado por ele.
Dizia ele, nesse dia: "vêm aí os comunistas que vão desgraçar este País".
Nunca mais me esqueci destas palavras e nunca pude com comunistas.
O artigo das feiras está muito bem. Tanto a fotografia como o texto.
ResponderEliminarMas o que vem a seguir também parece interessante. Parece ter aplicação para os dias de hoje.
Entretanto, saiu outro escarro do "investigador" Nuno Domingos no Público.
ResponderEliminarhttp://www.publico.pt/cultura/noticia/as-lutas-pela-memoria-de-eusebio-1619048
"A nacionalização de Eusébio é, desde logo, uma matéria tensa. Eusébio faz parte de uma narrativa nacional portuguesa imperial e pós-imperial. Esta, vista por muitos como um encontro cultural, foi, na verdade, e apesar de uma inegável história em comum, erguida pela violência, pela exploração e por relações de poder radicalmente desiguais."
E assim se vai escrevendo a história - a deles, claro.
Para além deste Nuno Domingos, dito investigador do ICS da UL, veja-se a cambada de outros sociólogos como ele que por lá pululam:
ResponderEliminarhttp://www.ics.ul.pt/instituto/?ln=p&mm=5&ctmid=2&mnid=1&doc=31809901190
Com esta gente toda a debitar, como ele, disparates sobre a nossa história recente, mais outros tantos que devem existir por aí por outros institutos similares - o do Boaventura Sousa Santos é outra "mina" destas - como é que não hão-de consguir moldar todo o pensar de uma sociedade?
Nuno Domingos é um escritor de ficção. E mau.
ResponderEliminarnunca despi a pele de rústico.
ResponderEliminarnasci numa aldeia pobre do Alto Alentejo. pouca gente tinha quintal.
no quarteirão da rua da Igreja onde nasci e vivi até aos 10, a nossa casa tinha um dos 3 quintais, onde tínhamos porcos, galinhas, pombos, burra,palheiro e uma das raras casa de banho. havia um pequeno depósito no telhado da casota e a água escorria dum ralo de regador.
o que mais me afligia era ver todas as manhãs o desfile dos penicos que as mulheres levavam à cabeça para despejar fora da aldeia.
na parte de baixo dormia eu e brincava com os amigos no inverno. nas traseiras tínhamos a dispensa com a carne de porco, as talhas dos cereais e as do vinho em 3 compartimentos.
todos tinham horta. devido às restrições da guerra a minha avó dizia que não era fácil 'estender a toalha'.
nenhum dos meus colegas de escola mesmo o de calças de cu rachado e pé descalço chegavam a escola com fome.
havia sempre o recurso das hortas e vinhas dos outros.
a partir de 25.iv aceitaram o programa 'vamos morrer a Lisboa'
Interessante como surgiu o nome do blog.
ResponderEliminarExistia sim um Portugal profundo e rural de raízes seculares. O baby boom do pós- II guerra mundial encheu as aldeias de crianças e muitas acabaram por recorrer no inicio da vida adulta a migração ou à emigração. O tal interior profundo que nunca se conseguiu desenvolver. Eram celebres as ilhas do Porto que eram escondidas por uma fachada normal de uma casa mas onde habitavam dezenas de famílias que vieram do campo para as fábricas.
Outro fator a ter em conta é que todo o mundo era bastante mais pobre nesse tempo. Portugal em 73 estava no top 20 mundial nos países mais prósperos. Hoje está em 43º.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pa%C3%ADses_por_%C3%8Dndice_de_Desenvolvimento_Humano
Amanhã vou colocar coisas antigas sobre a emigração. Interessantes, acho.
ResponderEliminarEram?!?! Ainda existe essa vergonha das ilhas do Porto. E são objecto do carinho de historiadores, sociólogos e o cara. que os f.. O Porto basicamente ainda é uma cidade sul-americana. E o idílico Portugal do Estado novo, com essa miséria tão gira, tão ancestral, mete-me nojo, porque de facto as pessoas viviam esfomeadas e enterradas em bosta e disso nem os salazaristas que por aqui vicejam nem os comunas afilhados e sobrinhos de ministro sabem porra nenhuma. Por isso é que digo sempre que os conflitos sociais e políticos, aqui como na américa, não são são entre esquerda e direita, mas entre ricos e pobres. Os ricos podem dar-se ao luxo de ser de direita ou de esquerda, ainda que na realidade nem sejam ricos, apenas remediados. Os pobres estão sempre quilhados. O resto são tretas de quem tresleu dois ou três títulos.
ResponderEliminarPois. O hajapachorra é que sabe tudo muito bem...
ResponderEliminarO resto são leituras de dois ou três títulos.
Malha-te Deus...
Porque é que havia "colmeias" no Porto? Era por causa do fassismo não era, sabidolas?
ResponderEliminarEra o fassismo, o imperialismo, o capitalismo e o parolismo. Principalmente este último que ainda não desapareceu. Juntamente com o estupidismo.
A guerra entre ricos e pobres é sempre por causa daqueles...o que é uma evidência.
ResponderEliminarHaja pachorra, de facto.
Os ricos exploram os pobres, roubam-lhes tudo, a começar pela força de trabalho que nunca tiveram, nem vontade para tal, na sua maior parte. Mas têm direitos iguais, isso têm. Logo, a culpa é dos ricos de cartola e charuto a fumegar com calças e polainas de fivela.
ResponderEliminarfec-ml forever. Há coisas que nunca mudam.
ResponderEliminarSó me custa perceber que inteligência se cultiva com estas ideias. Ou vice-versa.
ResponderEliminarJá há algum tempo pensara nisto, na vida no grande Portugal rural de antanho, quando lia e via aqui a cidade de Lisboa. A capital parecia de facto mais desenvolvida do que nos querem fazer crer os "commies", mas e no campo? Lembro-me de umas fotografias dos meus irmãos, um pouco mais velhos que eu, a brincar em plena EN2 sem carros à vista no início dos anos 1970. Os meus pais relatam-me a fome que se passava, e como muitos vizinhos gostavam de mandar os filhos visitar os meus avôs maternos, que felizmente por serem comerciantes de produtos alimentares - e sobretudo vinho! - não tinham carências desse género.
ResponderEliminarOlhando para o desenvolvimento da região onde nasci (Beira Alta), pergunto-me como poderia ter sido se não fosse o êxodo rural. Do mal o menos, a cidadevila é pequena mas as redondezas ainda apresentam algum desenvolvimento e industrialização. As infraestruturas são de nível razoável.
Mas entristece-me constatar que em muitos locais do interior há uma tão grande desertificação e uma população tão envelhecida.
Mas quer dizer, está-se aqui a falar como se, por um lado, não houvesse consciência que o país era pobre e, por outro, que o Governo e os altos governantes não fizessem disso caso!
ResponderEliminarE o hajpachorra pode afirmar que a miséria no Porto é acarinhada, mas há-de ser agora. Marcello Caetano refere-se a elas no Depoimento, penso. Nos estudos de urbanismo (pois faziam-se, ao contrário de agora) também são mencionadas, entre muitas outras situações comparáveis.
A questão aqui é que não se acaba com isso de um dia para o outro. Não se se quiser fazer as coisas bem feitas. Mas o problema era conhecido e estava a ser estudado. E estando a sê-lo podemos ter a garantia que o estava a ser bem.
Visse eu tamanha exigência, tamanha impaciência com a dita "democracia" e nada haveria a apontar. Mas quer dizer, ao EN exige-se tudo e tudo se lhe acusa. À "democracia", que tanto prometeu e nada cumpriu, encolhe-se os ombros, diz-se que o EN era pior. Ora tretas!
A democracia não acabou com a miséria. Escondeu-a nuns casos e, na maioria, adiou-a a troco de a sofrer multiplicada no futuro.
Pois ela aí vem e é para ficar. E há-de ser pior do que alguma vez foi. Só não vê isto quem é grunho.
Os sacrifícios que se fizeram foram todos em vão. Ter-se-ão de fazer novamente, mais duros e mais difíceis, pois as pessoas já se desabituaram daquela maneira comezinha e frugal de viver. Terão que se re-habituar. Desta vez sem o apoio de uma tradição, de uma família e de uma cultura; ou, pelo menos, com um apoio muito mais fraco.
E houve um grupo de pessoas, umas gerações, que viveram à grande, inebriadas de "libardade" e "pogresso", gastando o que havia e o que não havia, votando nos pulhíticos que lho prometiam, fazendo pouco de quem alertava para o futuro. E ainda hoje têm o desplante, a insolência e a desfaçatez, de me virem com cantigas, a mim que vou ter de pagar a bebedeira deles juntamente com os meus filhos e os filhos dos meus filhos, sobre fascismo, liberdade e democracia! Seria bom que puséssemos as coisas nos seus lugares...
Os pobres estão sempre quilhados... Pois então deixem de os fazer! Deixem de fazer pobres a troco de libardade. Deixem de fazer pobres a troco de democracia, porra!
O E.N. acabou facilmente. E este, quanto será preciso para nos vermos livres dele?
Esse relato de miséria das ilhas do Porto tem um detalhe que me impressionou:
ResponderEliminarO preço que pagavam por aquelas merdas de 2 ms2. Perto dwe mil escudos é uma fortuna há 40 anos.
Mas a quem ´é que pagavam essas pipas?
Aos capitalistas ricos que alugavam essas habitações?
Era?
Têm a certeza?
Ou era precisamente aos mesmos miseráveis que ainda hoje, quando dá uma reportagem na tv acerca dos valores das casas, vemos a alugarem barracas de merda a gente idêntica?
Em Lisboa havia barracas. Quem lá morava era miserável, sim, principalmente moralmente. Porque o desenraizamento criou vícios.
"...com a conta peso e medida que o país permitia,..."
ResponderEliminarE havia guerra no Ultramar, é bom lembrar..."
Ou seja, uma guerra com conta, peso e medida. No entender do José, penso eu de que!...
Quanto às colmeias, mais conhecidas como ilhas, o verdadeiro programa para a sua resolução (SAAL), foi criado no PREC. Curiosamente, este programa, foi extinto por um arquitecto do Porto, então secretário de estado num governo socialista.
E, para que conste, dos quadros do SAAL, faziam parte a nata dos arquitectos portugueses.
Pois. Agora não há guerra. Temos 40 anos de democracia sem colonialismo e com a esquerda no Poder.
ResponderEliminarPergunto agora eu:
Conhecem- estão a par- das condições em qeu vivem muitos velhos que estão a cargo da assistência estatal?
Querem que eu conte com nomes e moradas e responsáveis que deixaram morrer uma senhora de 89 anos em cima de uma cama, a gritar e sem comer e que nem um telefonema para o hospital as responsáveis fizeram?
Querem saber que ficava a 2 passos do centro estatal onde essas funcionárias públicas passam o dia a ver merda nos computas e que nem uma quis ir ver o estado em que estava a utente?
Querem saber o que fizeram os médicos de S. José quando uma das raparigas a recibo-verdes telefonou do seu telemóvel para o saúde 24 hs porque a chefe nem o telemóvel ou telefone da assistência quis comprometer?
Se quiserem basta ir ao PC e fazer copy paste do relato que lá deixei na altura e da participação que fiz à polícia
É que há miseráveis e há gente velha, sem mais ninguém no mundo que agora está nas mãos do Estado.
ResponderEliminarDeviam mostrar reportagens, como estas do facismo, do modo como o Estado Democrático trata esses velhos.
Porque, para azar dessas almas caridosas da assistência, ainda não foi aprovada a eutanásia.
É claro que me podem dizer que uma senhora que até foi química, aos 88 (ainda não tinha feito os 89 anos) está em muito boa idade de morrer.
ResponderEliminarSó que morreu num prédio desabitado, em cima de uma cama, a cagar-se e mijar, sem engolir sequer água e com os médicos de S. José a mandarem de novo para esse local, depois de terem detectado que estava "desidratada".
É natural que estivesse desidratada- pois, para além de ter aguenrtado 145 dias sem engolir um único alimento, também nem água bebia.
E as donas da assistência sabiam, nunca quiseram sequer ir lá ver e mandavam as moças a recibos verdes deitarem fora a comida.
Eu telefonei à polícia, a polícia perguntou-me se ela tinha família.
Quando eu disse que tinha informação que não e que apenas tinha assistência domiciliária estatal, responderam "pois"...
Garantiram-me ao relefone que iam lá mandar um carro patrulha mas a rapariga que ia lá garante-me que nem isso fizeram.
Porque não havia pretexto para "negligência familiar" e nem arrombar a porta dava gozo aos bombeiros.
A negligência sabiam-na eles bem de quem era e com o Estado não se metem.
15 dias, em vez de 145. Esteve até mais.
ResponderEliminarÉ apenas um caso entre centenas de casos idênticos que se passam no Portugal da solidariedade social obrigatória.
Neste caso a senhora pagava mensalmente ao Estado perto de 400 euros.
ResponderEliminarPara ter a a assistência dos mesmos que pagam milhões a sociedades de advogados para lhes darem pareceres.
O livro "Vérités et légendes d'une OAS internationale" (Verdades e lendas de uma OAS internacional), coordenado pelos historiadores Olivier Dard e Victor Pereira, demonstra sem margem para dúvidas que o General Charles de Gaulle apoiou, desde o início dos anos 1960, o regime de António Oliveira Salazar.
ResponderEliminarLer mais: http://expresso.sapo.pt/a-historia-da-alianca-secreta-entre-salazar-e-de-gaulle=f849883#ixzz2pzVjeplX
Cara Zazie
ResponderEliminaros 'lagares d'el rei' situavam-se na zona dos olivais para evitar transportes. 'penso eu de que'
o 2º marido de minha MÃE, mais que meu PAI tinha uma quinta nos Olivais. até 1967 o rendeiro ganhava mais dinheiro a alugar barracas do que com os 25he de horta e olival
tanto quanto me lembro as ilhas do Porto e os pátio de Lisboa funcionavam de igual modo: os pobres exploravam os mais pobres
Não, Floribundos.
ResponderEliminarOs Lagares d'El Rei ficavam perto do Areeiro.
Entre a Gama Barros e a Frei Miguel Contreiras e continuavam por campos até apanharem a Guilhermina Suggia
O resto é isso: não sirvas a quem serviu nem peças a quem pediu.
ResponderEliminarEngraçado que vi agora nos mpas do Google que ainda existe a Rua dos Lagares Delrei.
ResponderEliminarEram campos e uma moradia que ainda era habitada que ficava num recanto junto à escola da Câmara.
Mas depois era tudo terra (excelente) onde ainda se encontravam ferraduras entrerradas, fósseis e moedas de meio-tostão.
Os peles-vermelhas fizeram a cavalgada por aí, até entrarem na cabeleireira
AHAHAHAHJAHAHAHA
Carlos, mais uma vez, fala de cor. Não leu coisa nenhuma do que aqui se mostrou.
ResponderEliminarAs ilhas e as colmeias não eram a mesma coisa, como fica claro se ler o artigo.
Portanto, vá bardamerda mais o PREC porque isso que está para aí a dizer, obviamente, não merece crédito nenhum; pois nem os factos básicos V. compreende ou quer compreender.
O maior fenómeno de pobreza que vi foi criado pela democracia abrilina. As favelas ou o bidonville à entrada de Lisboa quem vinha do Norte.
ResponderEliminarFoi o Portugal mais miserável que conheci na década de 80 ainda eu era uma criança. As ilhas do Porto ou a vida no campo esteve longe de ser tão degradante como era o caso das favelas abrilinas.
Esses bairros eram muito mais antigos. Casal Ventoso, Musgueira, Curraleira, Quinta do Mocho, Birro do Relógio, Cova da Moura, Pedreira dos Húngaros, tudo isso existia muito antes.
ResponderEliminarA diferença é que se tornaram locais de marginalidade e crime por causa da droga.
A droga, sim, é abrilista.
Dei aulas a gente da Pedreira dos Húngaros, conheci várias casas e famílias daí e de outros de Algés e é mentira que tivesse a menor semelhança com essa trampa das ilhas e colmeias do Porto.
Cada um tinha a sua casa, feita por eles próprios, com vista sempre espantosa sobre a cidade (os miseráveis sempre tiveram bom-gosto) e o problema era mais a porcaria e depois a droga.
Já nem eram barracas. Barracas conheci, também e famílias delas, lá mais para a linha do comboio e Av do Aeroporto.
Mas tudo isso é demasiado complicado para se arrumar meramente como pobreza.
Uma das miúdas da Pedreira dos Húngaros até passou a estudar em colégio particular.
Tinham brutos carros à porta e esse mundo aguentou-se enquanto as velhotas vendiam a droga.
Depois os observadores de droga estragaram-lhes o negócio e agora a decadência funciona em prédios modernos que eles espatifam modernamente.
Aliás, dei aulas a descendente do húngaro que fundou o bairro da pedreira.
ResponderEliminarUma senhora linda, impecável, que ia estudar à noite e que, já na altura, h
a umas décadas, estava com problemas de empréstimos bancários para sair dali.
Nunca tive tantas prendas de Chanel 5 como nesse trabalhinho provisório
ResponderEliminarehehehehe
O bairro do Relógio também era bera mas, como digo, toda essa gente tinha brutos carros e mal os filhos entravam na universidade era carro novo porque transporte público é para o preto.
ResponderEliminarMas havia fome, sim. Nós dávamos assistência a uam família dessas e os putos eram vestidos e alimentados pela minha família.
A mãe era puta, o pai não existia. A filha mais velha deu em puta. A avó ainda foi para o antigo Congo Belga e deu e lady da catinga.
Voltou com bruto carro branco e toda bling-bling
Por isso é que lhes digo que o coloniaismo pé-descalço era tramado.
Tinham uma primita que vivia em Santa Marta de Penaguião.
ResponderEliminarEssa miúda era linda, eram pobres, notava-se mas a família permaneceu na aldeia e quem ajudava era o padre.
Não deu em puta, tanto quanto se saiba, nem em drogada.
Mas o Porto conheci mal.
ResponderEliminarO meu pai e a minha avó paterna eram de lá mas ele saiu de lá novo e depois ia só por ter montado oficina.
Mas o meu filho estudou lá há uns 20 anos e lembro-me bem do que ele contava.
Por exemplo- o famoso S. João do Porto.
Os putos eram levados pelas mães na véspera, para guardarem lugar para as vendas e elas tapavam-nos com uns plásticos.
Ficam ali a noite ao relento por causa dos manjericos.
Em Lisboa nunca vi tal coisa.
E também entrei em muita casa para procurar estadia para o pimpolho e vi trampa até dizer chega, pela qual pediam pipinhas sacanas.
Eu gosto muito do Porto, tenho até bruta costela portuense (na minha maneira de ser que é bem anti-moura) mas aquela gente faz negócio com tudo.
Se for preciso, vendem os parentes.
mujahedin مجاهدين
ResponderEliminarQuem dá conversa à canalha, pode dar nisto.
Bardamerda vai tu, seu garoto de merda.
"Se for preciso, vendem os parentes."
ResponderEliminarSó quem não conhece de facto, o Porto, pode escrever uma coisa destas.
"Se for preciso, vendem os parentes."
ResponderEliminarAliás, que melhores lugares de solidariedade e cumplicidades existiam no Porto, para lá das ilhas e dos sub-alugas?
Obs.: ilhas e sub-alugas (colmeias) eram as duas faces de uma mesma moeda.
O garoto lê o que lhe mostram. E depois, se entender, fala.
ResponderEliminarV. apenas fala. E para dizer sempre o mesmo. Ou então para choramingar, coitadinho que o insultam tanto. Os franceses chamam a isso pleurnicher.
Vem aqui para debater? Não. Senão lia o se mostra sobre o tema.
Agora vem dizer que são faces da mesma moeda. Isso não é o mesmo que dizer quanto às colmeias, mais conhecidas como ilhas, o que quer dizer que são, objectivamente, a mesma e única coisa.
Chame nomes à vontade, que eu estou-me nas tintas. As imbecilidades que V. dá em escrever aqui e a desonestidade com que aborda o debate - desde logo para o boicotar quando não lhe agrada - são insultos incomparavelmente maiores.
V. faz figuras de urso. Eu aponto-as. Não gosta? Evite-as.
Quanto ao dar conversa, tanto me faz. Eu não escrevo só para os seus olhos, caso ainda não tenha reparado. Há mais quem leia estas linhas, e que poderá fazer bom juízo de quem é, realmente, a canalha.
E antes que venha com cantigas, figuras de urso também eu as faço. E também mas apontam. A Zazie pode dizer, visto que é ela quem o faz mais.
ResponderEliminarA diferença entre nós é que, em vez de choramingar, eu encaixo, admito, procuro aprender e evitá-las.
Este blog que sempre foi muito interessante converteu-se num apoio à terceira idade saudosista do finado regime. Uma coisa é denunciar as aberrações e a corrupção do nosso Portugal político actual, bem como da ignorância jornalística generalizada. Outra coisa é propagandear o Portugal de antanho. O único que disse a verdade foi o hajapachorra. Isto era um país atolado em merda, com uma miséria assustadora, com condições higiénicas e alimentares deploráveis, com uma mortalidade infantil africana. Éramos brutalmente subdesenvolvidos material e civicamente, com taxas de escolaridade do terceiro-mundo. A história que aqui se conta é uma ficção tão bem urdida como as ficções do bloco de esquerda.
ResponderEliminarLamentável.
Alberto:
ResponderEliminarV. não entendeu nada do que por aqui se escreve sobre o assunto porque está imbuído de preconceitos esquerdistas.
A História que se conta por aqui é a que resulta de documentos da época contextualizados e só se mostram para também mostrar a manipulação que a Esquerda tem feito nestes últimos 40 anos quanto a essa História que foi nossa.
Mais logo vou acrescentar mais umas notas sobre isto.
Egoísmo do Homem das Cidades
ResponderEliminarA miséria parece uma secreção do progresso, da civilização. Não é nos campos (até em plena crise), onde a vida é simples e sem ambições, que a miséria se torna aflitiva, dramática. A sua tragédia sem remédio desenvolve-se antes nas cidades, nas grandes capitais, tanto mais insensíveis e duras quanto mais civilizadas. A mecanização, o automatismo do progresso que transforma os homens em máquinas, isolam-no brutalmente substituindo os seus gestos e impulsos afectivos por complicadas e frias engrenagens. O homem das cidades, modelado, esculpido na própria luta com os outros que lhe disputam o seu lugar ao sol, é talvez, sem reparar, a encarnação do próprio egoísmo.
António de Oliveira Salazar, in 'Salazar: O Homem e a Sua Obra'
E não há saudosismo algum. Prefiro viver agora do que há 40 anos. No entanto, prefiro perceber o que nos aconteceu e como aconteceu e não vejo outra forma que não mostrar os documentos históricos da época.
ResponderEliminarAo menos mostro-os enquanto V. insitem em inventar memórias como a do outro desgraçado que foi para a escola num Sábado à tarde e pelo caminho que lhe demorou mais de uma hora foi ouvindo o resultado do jogo, pelos gritos de alegria que vinham das casas por onde passava.
São essas memórias inventadas, mesmo acerca da tal pobreza que V. acalentam sempre para denegir um antigo regime que a mim não me aquenta nem arrefenta. O que gosto é da Verdade.
E não são V. quem a conta, infelizmente.
V só denigrem por motivos esconsos e inconfessáveis. Por clubismo, no final de contas.
E detestam quem voz diz que sois mentirosos, naturalmente.
ResponderEliminarAlberto?
ResponderEliminarehehehe Então agora a filósofa de xaile e sapo prantado no guardanapo chama-se Alberto?
":O)))))))))))
A escardalhada é uma anedota.
Preconceitos esquerdistas? Vocês, na linguagem que aqui se usa, parece que andam à caça de bruxas.
ResponderEliminarPercebi muito bem o seu objectivo que não nasci estúpido, mas esse objectivo está completamente ligado, provavelmente devido a uma deriva de natureza identitária, à glorificação do passado triste, repito, muito triste, do Portugal do salazarismo. Éramos uma excrescência na Europa civilizada de que ainda não nos libertámos. Os disparates da esquerda são simétricos dos disparates que aqui são ditos. E, pelos vistos, não basta ter vivido naquela miséria que conheci bem, para afinar o sentido crítico. Mais uma vez o peso das ideologias. Lembro que um grupo de escritores foi à URSS e só viu maravilhas. Lamento dizer mas o seu blog profundamente interessante é profundamente ideológico e nada tem de rigoroso.
O país de antanho com a maioria da população camponesa e miserável nada tem a ver com a ficção industrial e urbana que aqui se tem mostrado nos últimos dias.
São tolinhos mas vivem bem com isso.
ResponderEliminarAgora passámos a saudosistas. Eu cá até já sinto o efeito da gota no dedão do pé
":O)))))))
Vou meditar para a tasca da esquina sobre o assunto.
Mas a filósofa adoptou um alberto na pastelaria?
ResponderEliminarQue engraçado. Será poeta ou moço de fretes.
Esta Zazie é demente. Agora eu sou uma mulher. Prodígios da transexualidade blogueira.
ResponderEliminarALberto:
ResponderEliminarO passado não foi assim. Foi para os comunistas, eventualmente e só para alguns.
E quanto percebo com inteira razão e lógica porque eles se mandassem não ficavam pelas medidas soft do salazarismo. O Tarrafal não era um Gulag.
O seu passado é irreconhecível no que conheço e me lembro.
ResponderEliminarPor isso é falso, para mim. Inventado, tal como a memória do outro.
A diferença é que eu mostro porque é inventado e falso e V. não é capaz a nãoo ser uma opinião avulsa e sem provas factuais e contextualizadas.
ResponderEliminarV. vive com um fantasma na mente.
ò betinho- a que medita na pastelaria não é uma garina?
ResponderEliminarQue eu saiba é. É a Filósofa mija-nos-finados que costuma filosofar de xaile, como quem canta o fado.
Ia lá eu advinhar que já tinha feito parceria com albertinho.
E tu és filósofo dos jornais, também, ou apenas um caça salazarentos?
É que isto por aqui largam-se fontes, não se vende nada.
O hjapachorra é das pessoas mais eruditas que há muitos anos anda pela blogo.
Mas lá gosta de mandar as bocas de sabichão e lá tem os seus preconceitos de luta de classes.
Não deixou nenhum argumento, tal como tu não comentaste os relatos dos recortes do Observador.
Foi apenas isso que o José fez. Deixou textos de revistas desse tempo.
São agit prop?
Tens a certeza? ora explica lá com citação dos textos onde está a mentira e a ideologia que imputas aos outros quando a única que aqui foi largada foi a tua.
Ah, reparei agora que a meditação pasteleira é apenas um gostinho que segues.
ResponderEliminarComo é o único, pareceu-me ser o teu blogue e esse é de uma mulher.
Está reposta a confusão.
Por acaso acho piada à mija-nos-finados pasteleiros. É emproada mas um tanto anarca, o que sempre se torna mais divertido.
O que eu pretendo com isto é que alguém leia e perceba a linguagem e o contexto.
ResponderEliminarBasta isso. Porque se fizerem isso- o que estes obviamente não fazem porque nem lêem o que aqui fica- já seria um progresso para se pensar de uma outra maneira.
Porque há outra maneira de pensar e mais correcta, a meu ver, do que pela cartilha esquerdista e mentirosa.
O que esta gente faz é o costume: pela rama vêem que se fala do Salazarismo e isso é anátema.
ResponderEliminarÉ este o panorama intelecual nacional e mediático.
Se for um imbecil tipo Domingos a escrever asneiras esse já é dos nossos e por isso é lido e aceite.
Mais logo vou acirrar o reflexo pavloviano, com uma entrevista a um guerreiro patriota como poucos houve em Portugal.
ResponderEliminarTambém estou convencida que a maior parte vê os bonecos, lê os títulos, vem às caixinhas e tira o retrato que já tinha na manga.
ResponderEliminarNão lêem, não reflectem nem percebem provavelmente o que se escreve.
ResponderEliminarDepois lançam a atoarda da cartilha e dos memes do pensamento único.
A coisa é de tal modo tabu que ainda no outro dia fui repreendida, com ar muito sério, por falar nestas coisas.
ResponderEliminaré proibido, é uma infâmia e quem levou lavagem cerebral tem mesmo a certeza que é assim, como dizem.
O ar com que se repreende quem viveu, vindo de quem, na melhor das hipóteses, andava de cueiros ou nem projecto era, tem muita piada.
Mas é anátema mesmo, José.
ResponderEliminarMemso amigos meus olham de lado se digo alguma coisa que sai dos chavões que lhes ensinaram.
Desculpam-me apenas por serem amigos. Mas repreendem.
E isso tem muita piada. Eu, por acaso, nunca lhes repreendi as baboseiras porque também não me sinto responsável por elas.
Aquilo vem lá das entranhas. É pavloviano. Não dá.
ResponderEliminarJá pensei mesmo se a única unanimidade que os portugueses conseguiram ter em 40 anos não foi um gigantesco preconceito histórico.
O que é terrível, imaginar-se um povo coeso por uma patranha que entrou no ouvido.
E depois, mesmo os que t~em uma certa noção que está muita coisa errada, ficam a zero à espera de um futuro copiado sabe-se lá de onde.
Porque Portugal, para eles, apareceu com decência no mapa-mundo, há apenas 40 anos.
"O ar com que se repreende quem viveu, vindo de quem, na melhor das hipóteses, andava de cueiros ou nem projecto era, tem muita piada."
ResponderEliminarEstá por acaso a falar do fundamentalista com uma fralda na cara?
Perguntar não ofende! ou...
Este Carlos só sabe fazer isto.
ResponderEliminarReproduzir afirmações de outros e fazer perguntas irónicas ou comentários pretensamente jocosos.
Ainda não percebi qual o interesse dele em frequentar este espaço, se não lê nem tenta perceber o que por aqui se conta e se não concorda com nenhuma das ideias aqui defendidas.
Não percebi nem quero perceber.
Nisto, estou com o Mujahedin: que vá à bardamerda.
A seita vai ganhando forma.
ResponderEliminarPara uma qualquer JC, de certo grande moralista e respeitador, defensor de bons costumes, etc., etc., vá para onde conseguiu escapar, eventualmente por um qualquer "erro técnico".
Mas, quando quiserem, podem colocar no cantinho des Blog: VISADO PELA CENSURA
P.S.: Obviamente não é esse o espírito do José. E nisso, faço-lhe justiça.
O José fala a linguagem do rosas do loff. Está cada vez mais parecido com a rapaziada do insurgente ou do blasfêmias ou dos cinco dias ou lá que é. Há mais mundo além de marx. Os pobres não têm os mesmos direitos que os ricos. Têm? Hoje? Ontem? Sabe bem que não têm, nem nunca tiveram neste país merdoso. Sabe decerto quanto custa a justiça, quanto custa um emprego, quanto custam exames nos hospitais públicos, quanto custam as propinas. No 'fascismo' nem se sabia o custo, não era? Sabidolas? Talvez haja quem saiba um bocadinho mais do que um coleccionador de jornais. E não faz mais do que a sua obrigação. O mundo das ideias, da inteligência -oh, a inteligência, não é assim tão básico, de um lado os rosas e do outro os josés.
ResponderEliminarDireito a serem ricos, é isso?
ResponderEliminarQuem não chegasse a doutor tinha de viver em ilhas com 8 familiares em 2 metros quadrados?
Ou então sub-alugava esses antros a quem ainda conseguia ser mais miserável?
O Estado Novo criou isto porque, em parte alguma do mundo civilizado havia miséria idêntica.
Se assim é, o hajpachorra só tinha de dar uma explicação para o que afirmou.
1- Que esta miséria foi produto do Estado Novo
2- Que estes artigos do Observador vendem um Portugal idílico.
Por sei que posso esperar sentada porque sei que nem leu os artigos.
Eu só não sei como explicam a miséria estrangeira.
ResponderEliminarA sério. Isso é que nunca li em tese alguma.
Porque a Portuguesa é sui-generis- é fruto do facismo e deste país miserável onde os pobres não têm direitos iguais.
Porque, também nunca entendi o que a sabedoria académica consegue produzir diferente do comum mortal.
Não sei mesmo de que massa são feitos os académicos que, para entenderem o senso comum, acham sempre que precisam de medir páginas de tese e diplomas que os transformam em seres mais inteligentes que os outros.
Por acaso até penso o contrário- é nas torres de marfim que a soberba germina e o bom senso desaparece.
Ora se quem não é académico, não passa do tosco coleccionador de jornais que, no máximo, tresleu 2 ou 3 títulos, imagine-se essa lógica aplicada aos analfabetos.
ResponderEliminarSão infra-gente.
No passado facista, onde nem se podia medir o custo desse estudo, deviam ser animais.
Este pequeno desatino ainda me fez rir.
ResponderEliminarEm 10 anos de blogo acho que apareceram pouco mais de 3 pessoas capazes de pensar.
Entre elas está o hajpachorra. Ora, se nem ele entende o que o José quer dizer, como também já não entendia as baforadas do Dragão, estamos tramados.
":O))))))))
A sério. Não encontro explicação para a forma como o saber, a cultura e a inteligência podem não servir para nada a respeito do mundo que nos rodeia.
E como é que se pode comparar o que o José faz aqui, a reflexão semântica dele, com coisas neotontas à Blasfémias e Insurgente?
ResponderEliminarNão sei. Sei que se isto também se medisse academicamente, era afirmação que dava direito a chumbo e orelhas de burro ao fundo da sala.
10, não. Há-de ir mais para 14.
ResponderEliminarÉ impressionante. É impressionante a capacidade que as pessoas têm de falarem para se ouvirem a elas próprias.
E mais nada.
Porque só ouvem em dando crédito à etiqueta.
Esta etiqueta é de "coleccionador de jornais".
Não merece a pena o esforço.
O hajapachorra deixou de pensar. Recusa-se a essa tarefa fastidiosa.
ResponderEliminarE depois debita estas inanidades.
Malha-te deus, como dizia o outro.
E agora vou colocar uma coisa sobre a emnigração portuguesa e a espanhola.
ResponderEliminarDo mesmo Observador e para comparar os factos.
As opiniões tire-as quem quiser.
E depois o prato do dia: um petisco que até me admirou ler.
ehehehe
ResponderEliminarNão sei porquê mas lembrei-me do Bouvard et Pécouchet
Esqueceu-se de referir a pobreza no Alentejo...
ResponderEliminarO artigo só peca por esse motivo. As famílias em que se dividia uma sardinha para quatro filhos e coisas do género, enquanto os porcos dos grandes latifundios comiam e bebiam à grande e violavam as alentejanas quando queriam e lhes apetecia.
E ai da alenjana que abrisse a boca, o patrão chamava a PIDE/DGS e inventava uma história qualquer sobre a moça, o filho da moça ou o marido da respectiva.
E qual era o PIDE ou o GNR que fosse questinar a palavra do senhor Dr. nesse tempo?...
Sim, o anterior regime tinha muita coisa bem feita, mas também meteu os pés pelas mãos noutras tantas...
Publiquei:
http://www.portadaloja.blogspot.pt/2014/01/a-nossa-situacao-economico-social-ha-40.html
Cumpts,
João José Horta Nobre
Contacto: historiamaximus@hotmail.com
João José Horta Nobre:
ResponderEliminarJá aqui contei um facto real passado na minha terra (norte).
Um cego, bufo da PIDE, tentou abusar da sobrinha do proprietário de uma tasca. Foi corrido da mesma com uns safanões. Passado poucos dias, foi detido com a acusação de ocultar reuniões comunistas naquele espaço. O homem ficou preso durante uns anos e a sua vida foi uma desgraça. Depois do 25 de Abril, o maior castigo do bufo, foi morrer na mais completa solidão e abandono por parte da comunidade. Era assim a vida, naquele regime do respeito, seriedade e bons costumes. E tudo, a bem da Nação.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarJoão José Horta Nobre:
ResponderEliminarDe acordo.
Recomendo a leitura, a quem não o fez, de um ensaio publicado nas pág. 18 a 22, caderno ATUAL, do último Expresso (4.1.2014).
Bom tema para debate.
Cumprimentos,
Carlos
Os alentejanos tende a ser bestas, donde é possível que a bestialidade estivesse bem distribuída entre grupos sociais.
ResponderEliminarAinda assim, é absoluta mentira esse treta que até as novelas propagam dos patrões andarem a violar as mulheres e depois a chamarem a pide para os perseguirem.
Invenção do mais besta possível.
Agoa que por lá era tudo mais cretino, sim.
Dantes, como agora.
Cheguei a conhecer uns pardieiros onde albergavam os trabalhadores rurais.
ResponderEliminarDe uma família poderosa- os Gaviões.
Realmente aquilo era um nojo mas eles até ofereciam o mesmo pardieiro a amigos dos filhos.
Portanto, nada de luta classes mas de bestialidade natural.
Ainda assim, também conheci muita gente que ia para as vindimas e em França tinham alojamentos ainda mais nojentos.
Há poucos anos- agora, em "democracia tuga" e parelelo sueco, me contaram que os labregos dos nórdicos oferecem alojamento mil vezes mais nojento que os nossos "latifundiários facistas" proporcionavam.
Este comentário foi removido pelo autor.
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