No editorial à edição desta semana da revista francesa L´Obs, o seu director durante muitos anos ( e um dos fundadores, em 1964) Jean Daniel, de ascendência judaica, escreve sobre o Mal da bomba nuclear, dando razão aos que pensam que nunca houve um Mal tão potencial como esse, uma vez que o arsenal atómico actual assegura a destruição de todo o planeta em poucos instantes.
O autor entrevistou Robert Oppenheimer, em Los Alamos, local do desenvolvimento do projecto atómico.
O professor Oppenheimer confessou-lhe então que toda a gente deveria colocar-se a questão do uso da energia nuclear como arma de guerra e da possibilidade de auto-destruição da espécie humana, através dessa arma que alterou todo o panorama do mundo, ao permitir essa destruição integral.
Sendo isto uma ameaça de Mal absoluto deverá concluir-se que o mesmo foi inventado pelos americanos em primeiro lugar, seguidos pelos russos, tendo o génio científico alemão um papel relevante e fundamental nessa invenção.
Assim dito, o primeiro uso e manifestação desse Mal foi efectivamente em 1945 pelos americanos. Não obstante, os efeitos foram ainda restritos e com consequências similares aos alcançados pelos métodos convencionais de destruição. E na comparação com a tentativa de destruição de uma raça humana, os propósito morais são algo diversos.
No entanto, actualmente, a destruição potencial de tais armas permite alcançar a destruição não apenas de uma mas de todas as raças, no caso de um conflito global descontrolado.
Foram aliás os próprios cientistas que criaram esse Mal potencial que alertaram para esses efeitos...
Eu encontro uma diferenca basica- as armas so devem ser usadas sobre alvos militares e com a finalidade de provocar rendicao.
ResponderEliminarSempre que se mata com outra intencao e sobre civis 'e massacre indesculpavel
A bomba at'omica, pelas pr'oprias caracteristcas nunca serviu nem servira para neutralizar alvos militares
O exterminio de pesssoas, de forma deliberada, seja qual for a panca, 'e massacre na mesma
Também serve de forma clara como chantagem geopolítica(ou pelo menos serviu durante décadas)para dominar países e regiões,quer pela ameaça do uso quer pelas sanções a certos países que querem desenvolver.Outra coisa que me parece evidente(além do facto de Israel ser um Estado fora da lei e de excepção pois tem a arma há várias décadas)é que há sempre um hebreu em "cada esquina" desse processo(não falemos agora da economia,banca,média etc etc).
ResponderEliminarA questão, para mim, é esta: a natureza humana é como é.
ResponderEliminarA 'bomba' teria que ser sempre inventada.
Resta saber, no estado actual da arte tecnológica militar, qual é a última versão dela e até onde chega o seu potencial destrutivo.
Estamos condenados ao movimento perpétuo da agressão/reparação.
Santo Agostinho tinha razão: o Mal está em nós mesmos.
ResponderEliminarE a redenção? Pois aí é que se complicam as coisas e há Mal que se pratica em nome da redenção...
Usam-se armas para causar rendição mas é pueril pensar que apenas alvos militares devem ser visados. Melhor: nem tanto pueril mas limpo, o que se pensa, hj em dia, ser a guerra.
ResponderEliminar"tudo é permitido no amor e na guerra...excepto aleijar civis" é a nova redacção.
Sempre foi essa a 'etica da guerra. Dantes quem comandava eram os senhores e a coisa podia dar gigantesco morticinio mas era corpo a corpo.
ResponderEliminarAt'e consigo achar que os drones sao potencialmente menos mal'eficos que qualquer mega bomba.
Uma coisa 'e existirem danos colacterais e civis que acabam por levar com bombas, outra escolher-se deliberadamente civis para shock and awe ou massacre deliberado de um povo.
A bomba atomica nunca devia terr sido inventada. O primeiro crime foi faze-la.
CARO SENHOR JOSÉ, peço um esclarecimento: o Senhor diz que um sujeito é de ascendência judaica. Ora como eu estou convencida que ser Judeu é uma questão religiosa e não de raça, porque há judeus de todas as raças e etnias, penso que uma pessoa não pode ser de ascendência judaica ou católica. Pode sim seguir a religião da sua família ou mudar. Se eu estiver A PENSAR MAL, PEÇO ME AJUDE.
ResponderEliminarNo que respeita a bomba, o que os americano pretendiam era fazer o teste final sobre pessoas e locais e aproveitaram um pretexto para fazer explodir a Bomba Atómica. TRUMAN foi e será sempre o maior criminoso do Mundo. Ao pé dele Hitler, Estaline, Salazar franco e outros ditadores foram uns anjinhos. O documentário que passou na RTP 2 é aterrador. Ver os homens que transportaram a bomba para a atirar para cima de inocentes. supera tudo o que é possível dum ser humano, Estes aviadores que ainda estão vivos mereciam ser condenado à pena de morte. Despejar bombas em cima de crianças e velhos
inocentes é demais.
Leia a biografia de Jean Daniel é percebe. No Google, pode ser.
ResponderEliminarEm Dresden foi sobre militares fardados que as despejaram? E as V2 foram inteligentes, para atingir o QG do inimigo?
ResponderEliminarE na Manchúria? E nas Filipinas? E em Timor?
Sobre a raça judaica, Hitler também pensaria o mesmo...então, ser judeu é apenas questão de religião?
ResponderEliminarSer judeu tem pouco a ver com religião: os judeus são em larga maioria agnósticos ou ateus.
ResponderEliminarA guerra de extermínio não é invenção moderna, existe desde sempre. A guerra contra cidades é necessariamente guerra contra civis. Só quatro exemplos da Antiguidade: Cartago, Numância, Corinto e Jerusalém foram arrasadas, salgadas e as suas populações, velhos, mulheres e crianças, inteiramente massacradas ou escravizadas. A 'guerra justa' saiu da cachimónia de São Tomás e só passou a incomodar católicos, esses facínoras.
Entretanto na Ocitania :)
ResponderEliminar“Matem-nos a todos. Deus se encarregará dos seus”.
Well well se comparar-mos esses dias aos de hoje
les moeurs d'antan equiparam-se nos falta um São Bernardo
Ética de guerra é um oximoro. Uma tentativa de tornar um acto selvagem ou primitivo em civilizado.
ResponderEliminarNao 'e oximero nenhum e iisso 'e coisa que ate se aprende em crrianca quando se anda 'a luta.
ResponderEliminarHa regras e 'etica em tudo e falta dela, tambem.
A guerra por vezes 'e mesmo inevitavel. Nem que seja por defesa 'e preciso quem combata e os combates devem ter 'etica.
Por isso mesmo existem tribunais militares para julgarem quando as regras sao quebradas.
Não sendo perito em filosofia nem em filologia, como alguns se acham, parece-me que a palavra ética tem sentidos que abrangem o que indiquei.
ResponderEliminarSó porque a Guerra é primitiva não a considero desnecessária. A agressão é primitiva e não deve ter acontecido a última vez que cravei um soco a alguém...às vezes é mesmo preciso.
ResponderEliminarAgora, permita-me que entenda o termo ética como uma falácia.
Não vejo Israel no TPI ou algo semelhante apesar da sua actuação bater certinha com a se um Estado Terrorista.
Mas esses sao os unicos que conseguiram o privilegio 'a conta do que se sabe
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