Fez agora 70 anos que os japoneses do Sol Nascente se renderam aos americanos, na IIGM. Ao contrário do que se possa pensar não foram as duas bombas lançadas com intervalo de três dias, sobre Hiroshima e Nagasaki, que fizeram vergar os militares japoneses. Por eles a guerra continuaria.
Quem os obrigou a aceitar uma rendição incondicional foi o próprio Imperador, Hirohito que apelou directamente à capitulação e ainda assim teve a resistência dos mesmos militares que queriam mesmo prosseguir a aventura guerreira, em exercício kamikaze. Perante a inevitabilidade do desfecho muitos deles cometeram seppuku, o acto final de rendição perante o Criador.
Este particular espírio militar encontramo-lo agora, em avulso, nos bombistas-suicidas islâmicos, o que denota que o fanatismo não tem idade ou latitude.
Com as duas bombas terão morrido mais de 250 mil pessoas. Com a continuação da guerra teriam morrido certamente muitas mais.
Onde está o Mal, afinal?
Este artigo da revista espanhola La aventura de la Historia, deste mês, dá conta desse episódio histórico:
"Onde está o Mal, afinal?"
ResponderEliminarO Homem, por natureza do seu funcionamento psíquico e da realidade envolvente, está sempre em permanente 'crise' e, sobretudo em conflito.
O conflito é um elemento determinante quer para o progresso iindividual e social, como igualmente é fonte de sofrimento e dor.
Não existe outra via.
Por isso o 'Mal' está em toda a parte, assim como o 'Bem'.
( Valerá a pena, se quisermos entender e aprofundar esta e outras matérias , estudar Freud e outros depois de Freud, como Melanie Klein, Wilfred Bion e sobretudo, Antonino Ferro )
"Other voices, other rooms".
ResponderEliminarUma "fauna" que se rege pelo "Bushido" não é adjectivável em termos ( chamemos-lhe) ocidentais.
(Freud is fraude lol)
ResponderEliminarO Mal-Estar na Civilização
Um resumido superbo:
http://www.esdc.com.br/CSF/artigo_2008_08_darwin.htm
“Quem os obrigou a aceitar uma rendição incondicional foi o próprio Imperador, Hirohito que apelou directamente à capitulação e ainda assim teve a resistência dos mesmos militares que queriam mesmo prosseguir a aventura guerreira, em exercício kamikaze.”
ResponderEliminarQue militar estaria, ainda hoje, disposto a render-se depois de tomar conhecimento da barbárie provocada pelo ataque nuclear. Uma rendição, ante um adversário moralizado, nunca é fácil de obter, mas quanto mais bárbaro é o atacante mais desespero provoca e menor é a vontade de rendição dos que já não têm nada para perder (além da própria vida, claro).
“Este particular espírito militar encontramo-lo agora, em avulso, nos bombistas-suicidas islâmicos, o que denota que o fanatismo não tem idade ou latitude.”
ResponderEliminarNão me parece que esta comparação seja justa. O bombista-suicida islâmico é, regra geral, um terrorista; exlode-se no meio de civis inocentes. Pelo contrário, o kamikaze japonês atirava-se contra alvos militares legítimos. O mais parecido com o bombista-suicida islâmico é o bombardeamento aéreo com bombas de largo alcance (como as bombas de fragmentação). O exemplo extremo desta “tara” foi o ataque nuclear.
O principal problema da proliferação de armas nucleares é o seu efeito dissuasor. Não se pode atacar, com armas nucleares, um país que possua armas nucleares, porque a única resposta à barbárie de um ataque nuclear é um contra-ataque nuclear, o que leva à impossibilidade de vitória de qualquer das partes.
O ataque às torres gémeas parece-me um exemplo paralelo.
ResponderEliminarA questão nuclear é mais ampla: é a garantia de destruição do género humano.
A questão dos terroristas é engraçada.
ResponderEliminarNo Curdistão (se existisse) o mesmo curdo é terrorista de manhã e guerreiro da liberdade à tarde, dependendo do lado da montanha em que estiver.
Os japões de rabona lembram o cobrador do fraque - mas ao contrário...
ResponderEliminar“O ataque às torres gémeas parece-me um exemplo paralelo.”
ResponderEliminarSim, de acordo. O ataque ao WTC é, na sua natureza, idêntico a um ataque com bombas de fragmentação ou a um ataque com um pequeno engenho nuclear. A morte pela morte, aleatória e irracional (porque sem outro objectivo concreto) o uso a barbárie como manifestação de poder.
“A questão nuclear é mais ampla: é a garantia de destruição do género humano.”
ResponderEliminarDestruição da humanidade, a 100%? Discordo. Acho que essa garantia não existe, nem existirá, nem na perspectiva religiosa (judaico-cristã) nem na científica.