Económico:
A palavra "abuso" foi utilizada várias vezes e sempre tendo por alvo "o Estado" e os seus "agentes", que alegadamente detêm um indivíduo para interrogatório "sem que haja fundadas razões para considerar que esse individuo visado não se apresentaria voluntariamente perante as autoridades policiais", aludindo à sua detenção em Novembro no aeroporto de Lisboa apesar de alegadamente ter desejado ser ouvido pelas autoridades, "por mail e por telefone".
"Deter sem fundadas razões e converter a detenção num espectáculo público para daí retirar efeitos políticos - porque é disso que se trata - é um abuso", classificou, argumentando ainda que o Estado de direito democrático está vedado transformar a presunção de inocência na "presunção pública de culpabilidade", permitindo uma "campanha baseada em violações graves do segredo de justiça".
Sócrates referiu-se a um "poder oculto", resultado de "uma cumplicidade escondida entre alguns elementos da justiça e alguns elementos do jornalismo", resultando um poder "que não é fiscalizado nem controlado, que age criminosamente". "Este poder corrompe. É um poder corrupto, que corrompe quer as instituições do jornalismo, quer as da justiça", afirmou.
"O Estado não devia prender 11 meses sem apresentar uma acusação. Ao fim de um ano mantém um cidadão preso sem apresentar acusação diminui fortemente a autoridade moral do Estado", disse, denunciando a "hipocrisia" do Estado português, que pode prender preventivamente durante mais tempo do que em Angola.
O arguido José Sócrates foi a Vila Velha do Ródão dizer de sua justiça por causa do processo em que é arguido por factos graves e que lhe custaram quase um ano de prisão preventiva.
Qualquer pessoa normal na posição do indivíduo recolhia a penates, defendia-se como poderia no processo e deixaria correr o tempo, respeitando o normal funcionamento das instituições. José Sócrates, desde o início decidiu que não seria assim e agora queixa-se de terem aproveitado a boleia que deu aos media.
Em primeiro lugar considera que a sua prisão foi vergonhosa porque foi transformada em espectáculo, como se a prisão de um antigo primeiro-ministro em qualquer parte do mundo pudesse passar em segredo de justiça. Aliás, as peripécias rocambolescas que protagonizou nesses dias, ditaram o interesse mediático que foi mostrado e que aliás nunca chegou ao ponto de o mostrarem em tempo real na detenção propriamente dita.
Depois queixa-se do tempo da investigação: acha muito 11 meses para um processo com 55 volumes e dezenas e dezenas de milhar de páginas, muitas delas com os recursos que interpôs das decisões interlocutórias. Não conhece a realidade judiciária do país e julga-se acima do vulgar cidadão. Aliás tem sido essa a postura habitual deste indivíduo, julgar-se acima dos demais, incluindo os magistrados do processo. Basta ver o que disse ao procurador numa diligência cuja quebra de segredo também poderia ter sido provocada pelos seus advogados.
De resto, o que fica é apenas poeira para iludir desatentos e crédulos. José Sócrates lembra demasiado outro arguido sempre inocente e a cumprir pena, Vale e Azevedo.
Quanto ao poder oculto que referiu, entre "alguns elementos da justiça e alguns elementos do jornalismo" é a tese da cabala sempre repristinada nestes casos.
Não se lembrará do que assinou em conselho de ministros a propósito dos diplomas que possibilitaram a divulgação de actos processuais e factos neles contidos, para além do que seria necessário. Mas alguém lho deveria lembrar e frisar que é vítima daquilo que engendrou. Sibi imputet.
Só isso desmonta a cabala que agora matraqueia como meio de defesa em desespero de causa.
José Sócrates age como político que ainda julga ser para interferir com a justiça. É essa a sua principal arma que vai usar até a perder. E vai perder. Contra factos, não há argumentos e mistificar os mesmos ainda é pior.
abriu-lhe as portas
ResponderEliminara secção de Vila Velha de Rodão
do ps. de que ainda se considera dono
bolçou e desembolsou
o bláblá de argumentos invendáveis
Eu lembro-me José !!!
ResponderEliminartoda a mistificação actual me recorda
ResponderEliminarle matin des magiciens
la planète (comprei um dos últimos nos)
o monhé deve andar a fazer yoga
upanishad
'é difícil caminhar descalço sobre o fio afiado de uma navalha ... de barbear'
prefiro gume do latim acūmen/inis (ponta, ferrão, subtileza)
ResponderEliminarpor ser mais acutilante
as rainhazinhas e os reizinhos vão todos nus depois dum discurso a escavacar
eles com uma mão à frente, elas no vício-versa do blá blá
'a vitória é difícil, mas é nossa'