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segunda-feira, novembro 28, 2016

Cuba livre e outros cocktails

A "pedido de várias famílias" aqui ficam uns recortes do Diário de Lisboa de 2 de Dezembro de 1973 acerca da Cuba de Fidel Castro e o que a oposição no exílio, em Miami , fazia na época para reverter a situação na ilha.

A reportagem é de Joaquim Letria, o futuro ( dali a ano e meio) fundador de O Jornal, também um dos jornalistas que julgaram ser tudo possível depois do 25 de Abril de 1974.

O Diário de Lisboa dessa época prè-revolucionária já tinha como director o revolucionário do PREC,  A. Ruella Ramos, um sectário comunista que também dirigiu o Sempre Fixe então relançado e um dos bastiões da extrema-esquerda ortodoxa e não alinhada em partidos.

O jornal desse dia, um Domingo, tinha capa e suplemento a cores o que era notável para a época e o  nosso meio de imprensa, relativamente pobre mas em franca evolução.  Depois disso foi sempre a descer em qualidade gráfica até à época das vacas gordas da CEE.
O Diário Popular também já tinha suplementos a cores e por isso a concorrência sentia-se, embora a impressão do DL fosse bem melhor.

Quanto ao teor informativo é o que se pode ler. A reportagem poderia ter sido realizada hoje...o que é dizer muito do nosso género jornalístico de artefactos criados para entreter o público leitor e no fim de contas desinformar objectiva e regularmente.
Julgo que este Joaquim Letria foi o mesmo que depois disse do seu O Jornal ser um periódico que não metia notícias na gaveta. Nem precisava porque as tinha guardadas no sótão ideológico do politicamente correcto que  nunca abandonou.





 A última página era isto, exemplo máximo do politicamente correcto com travo artsy ao estilo do Público:



Como jornalista do género "enviado especial" a diversos locais,  também lá estava Nuno Rocha, o futuro fundador do Tempo e que nesta edição assina uma reportagem de uma viagem à...Roménia .
Na altura e até 1989 a Roménia foi um dos países comunistas mais típicos, mais pobres e mais atrasados do Leste e que tinha como dirigentes o casal Ceausescu,  ogres do seu próprio povo e que foram lapidados no decurso da revolução contra o comunismo.

Nuno Rocha reportou especialmente, além do mais que até dói ao ler que a Roménia era "um país sem polícias", o que antecipava o que sempre pensei do seu jornalismo e que me levou a comprar muito poucas vezes o produto que depois lançou, O Tempo, logo em 1975.

Curiosamente era este jornalismo que a Censura deixava estupidamente passar, sendo absoluta propaganda cripto-comunista enroupada em  crónica de viagens que mistificava completamente a realidade de um país como a Roménia comunista era. A propaganda ideal, pois então, escrita por Nuno Rocha que dali a tempos estava supostamente a combater o comunismo no Tempo...


11 comentários:

  1. A análise do Milhazes:

    http://observador.pt/opiniao/nao-sao-erros-mas-crimes/

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  2. O Milhazes já foi crente...agora é apóstata.

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  3. Que coisa- o Nuno Rocha a fazer encómios comunas

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  4. O Milhazes, faz mais para branquear o comunismo que os comunistas. Matou mais gente que Pinochet ou Salazar? O Milhazes que vá lavar a boca com sabão macaco porque é um bronco desbocado e ignorante. É burro ou subserviente ao politicamente correcto da esquerda que temos. -- JRF

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  5. Milhazes da merda, que me enervou esse Milhazes. Quantos matou Salazar ò Milhazes? Dois ou três a menos na minha modesta opinião! O Fidel ainda é pior, ò palhaço? Eu não me acredito em PCPs, UDPs, MRPP convertidos a nada que não seja à burguesia. -- JRF

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  6. Quanto à medicina cubana e os seus fortes avanços, devem estar à altura dos mecânicos que colocam a sucata americana com 60 anos a circular nas estradas.
    A longevidade e saúde dos cubanos, deve-se a um estilo de vida — pode ter sido imposto, mas é um estilo de vida. Por exemplo, todo o país produz em modo biológico sem pesticidas. O mel (naturalmente biológico) é um produto de luxo, procurado em todo o lado. O Mundo ocidental e outros devia era interrogar-se se o emporcalhamento da Terra é no interesse das populações e da saúde. Enfartam-se de hamburgers e coca-cola, mas felizmente há a medicina moderna! Que esquizofrenia. -- JRF

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  7. Estão aqui as contas:

    http://impertinencias.blogspot.pt/2016/11/lost-in-translation-281-ditador-brutal.html

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  8. Há nestas inúmeras folhas de jornais reproduzidas, muita matéria importante para ler e reler. Vai levar o seu tempo, mas vai valer muito a pena.
    Maria

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  9. Oh, mas o fidel – era tão fofinho.
    A foto encontra-o em sorriso benigno, quase beato.
    Prepara-se para pôr flores no coevo arcabuz.
    Talvez…cravos.

    Um contemporâneo, eivado de cortesia profissional disse dele: “Un hombre de mucho carisma. Es valiente Fidel Castro. Político …con una manita de hierro. Lo mantiene la fuerza. Fusiló hasta a su amigo íntimo. Yo le habría dado cadena perpetua o expulsado del país, pero él lo fusiló”.

    Foi pinochet, admirador e cultor de iguais malas artes.
    Também falecido, em sossegada paz tranquila.

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  10. Em suma e como disse o Floribundus: um grandecíssimo filho da puta.

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  11. Um fdp, escreveu ele. Eu é que descodifiquei segundo o meu dicionário prático.

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