A ministra está a ensinar às pessoas como o maior incompetente pode chegar a ministro. Já Santos Silva não perde uma ocasião para mostrar que é um idiota.
GOVERNO Uma experiência do Terceiro Mundo Alberto Gonçalves 8/7/2017, 0:01885
É gente literalmente abjecta. Perante a tragédia, decretam o caso resolvido. Perante o desleixo, lembram desleixos maiores. Perante as dúvidas, confessam sentimentos. Perante as câmaras, dão abraços.
Certo é que, em poucas semanas, alguma coisa mudou. Não mudaram o circo, os “media”, o povo ou as clientelas. Sucedeu apenas que, de repente ou nem por isso, a realidade tornou-se impossível de negar. E a invencível nação que, de acordo com a propaganda, maravilhava a Terra acordou destapada. E feia. Foram necessários dezenas de cadáveres carbonizados e um picaresco (e aterrador) roubo de armamento ao exército para expor, à revelia da maquilhagem e do “spin” e das “boas notícias”, a natureza da gente que ocupa o poder.
Não tem sido um espectáculo agradável, excepto para apreciadores da incompetência, do descaramento e da radical ausência de dignidade. É, em suma, uma gente literalmente abjecta. Perante a tragédia, eles decretam o caso resolvido. Perante o desleixo, lembram desleixos maiores. Perante as dúvidas, confessam sentimentos. Perante as câmaras, dão abraços. Perante a culpa, acusam eucaliptos e furriéis. Perante o caos, pedem avaliações de popularidade. Perante a obrigação, partem de férias para Ibiza, a subjugar espanhóis com a barriga e um par de cuecas.
A propósito de Espanha, é revelador que, apesar dos divertidos esforços dos “jornalistas” de cá para os calar, sejam sobretudo os jornais de lá a contar-nos o que o “estrangeiro” vê quando olha para aqui. Vê uma anedota perigosa, um manicómio em auto-gestão, uma experiência do Terceiro Mundo às portas da Europa. E, naturalmente, assusta-se.
A substituição de duas insignificâncias por duas insignificâncias iguaizinhas não alteraria nada. O prolongamento das férias do dr. Costa por 20 ou 30 anos alteraria imenso. Quanto ao Estado em frangalhos, em teoria só um socialista, assumido ou dissimulado, se maçaria com o tema – na prática, o aborrecido é a devastação principiar pelos únicos pedaços que, se calhar, convinha manter.
Entre o chinfrim, sobra um facto: Portugal é governado por uma coligação de leninistas com sentido de oportunidade e de oportunistas com nostalgias totalitárias. O que nos está a acontecer é o percurso fatal em qualquer arranjo do género. Começa-se em euforia, avança-se para a estupefacção, saltita-se para a raiva e termina-se em desgraça, porque semelhante malformação não poderia terminar de maneira diferente. O simbolismo da recente manifestação de apoio ao sr. Maduro, em Lisboa, não é desprezível.
No mesmo dia em que os funcionários da ditadura atacaram com marretadas pedagógicas o parlamento venezuelano, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, uma excrescência do PCP, desfilou a regozijar-se com o sangue das vítimas. Na homenagem, participaram, cito, “representantes da câmara municipal de Lisboa” e, quiçá em celebração de Tancos, a Banda do Exército. Segundo o “Diário de Notícias”, o belo evento “foi perturbado por um incidente com um cartaz”. O cartaz rezava “Venezuela Livre”, e o portador acabou devidamente assaltado em prol da paz e, claro, da cooperação.
Portugal não está nas mãos de irresponsáveis, tradição a que aliás nos habituáramos: está nas mãos de criminosos, por acção ou omissão. São eles que, a cada calamidade, juram que podia ter corrido pior. E, no que depender deles, há-de correr.
Eu já disse várias vezes, e fi-lo por convicção e não por humor, que algumas nomeações de António Costa não passaram de provocações gratuitas a Cavaco Silva. Com elas, era evidente que, graças à habilidade de intriga de Costa e várias coincidências de calendário, Cavaco Silva pouco podia fazer e Costa estava livre para fazer o que muito bem lhe apetecesse sem qualquer tipo de escrutínio institucional.
Só isto consegue explicar, por exemplo, o convite a um neandertal pseudo-escritor-erótico como Soares-filho-do-pai para o Ministério da Cultura, ou colocar um carroceiro como Santos Silva a liderar a diplomacia portuguesa. É-me difícil imaginar duas criaturas mais nos antípodas daquilo que os respectivos ministérios deviam representar do que estes dois sedimentos humanos.
Este indivíduo é repelente. Estes indivíduos do PS devem ir todos ao mesmo assessor de imagem e maquilhadora, porque ficam todos com o mesmo focinho.
ResponderEliminarA ministra está a ensinar às pessoas como o maior incompetente pode chegar a ministro. Já Santos Silva não perde uma ocasião para mostrar que é um idiota.
ResponderEliminarObservador
ResponderEliminarGOVERNO
Uma experiência do Terceiro Mundo
Alberto Gonçalves
8/7/2017, 0:01885
É gente literalmente abjecta. Perante a tragédia, decretam o caso resolvido. Perante o desleixo, lembram desleixos maiores. Perante as dúvidas, confessam sentimentos. Perante as câmaras, dão abraços.
Certo é que, em poucas semanas, alguma coisa mudou. Não mudaram o circo, os “media”, o povo ou as clientelas. Sucedeu apenas que, de repente ou nem por isso, a realidade tornou-se impossível de negar. E a invencível nação que, de acordo com a propaganda, maravilhava a Terra acordou destapada. E feia. Foram necessários dezenas de cadáveres carbonizados e um picaresco (e aterrador) roubo de armamento ao exército para expor, à revelia da maquilhagem e do “spin” e das “boas notícias”, a natureza da gente que ocupa o poder.
Não tem sido um espectáculo agradável, excepto para apreciadores da incompetência, do descaramento e da radical ausência de dignidade. É, em suma, uma gente literalmente abjecta. Perante a tragédia, eles decretam o caso resolvido. Perante o desleixo, lembram desleixos maiores. Perante as dúvidas, confessam sentimentos. Perante as câmaras, dão abraços. Perante a culpa, acusam eucaliptos e furriéis. Perante o caos, pedem avaliações de popularidade. Perante a obrigação, partem de férias para Ibiza, a subjugar espanhóis com a barriga e um par de cuecas.
A propósito de Espanha, é revelador que, apesar dos divertidos esforços dos “jornalistas” de cá para os calar, sejam sobretudo os jornais de lá a contar-nos o que o “estrangeiro” vê quando olha para aqui. Vê uma anedota perigosa, um manicómio em auto-gestão, uma experiência do Terceiro Mundo às portas da Europa. E, naturalmente, assusta-se.
A substituição de duas insignificâncias por duas insignificâncias iguaizinhas não alteraria nada. O prolongamento das férias do dr. Costa por 20 ou 30 anos alteraria imenso. Quanto ao Estado em frangalhos, em teoria só um socialista, assumido ou dissimulado, se maçaria com o tema – na prática, o aborrecido é a devastação principiar pelos únicos pedaços que, se calhar, convinha manter.
Entre o chinfrim, sobra um facto: Portugal é governado por uma coligação de leninistas com sentido de oportunidade e de oportunistas com nostalgias totalitárias. O que nos está a acontecer é o percurso fatal em qualquer arranjo do género. Começa-se em euforia, avança-se para a estupefacção, saltita-se para a raiva e termina-se em desgraça, porque semelhante malformação não poderia terminar de maneira diferente. O simbolismo da recente manifestação de apoio ao sr. Maduro, em Lisboa, não é desprezível.
No mesmo dia em que os funcionários da ditadura atacaram com marretadas pedagógicas o parlamento venezuelano, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, uma excrescência do PCP, desfilou a regozijar-se com o sangue das vítimas. Na homenagem, participaram, cito, “representantes da câmara municipal de Lisboa” e, quiçá em celebração de Tancos, a Banda do Exército. Segundo o “Diário de Notícias”, o belo evento “foi perturbado por um incidente com um cartaz”. O cartaz rezava “Venezuela Livre”, e o portador acabou devidamente assaltado em prol da paz e, claro, da cooperação.
Portugal não está nas mãos de irresponsáveis, tradição a que aliás nos habituáramos: está nas mãos de criminosos, por acção ou omissão. São eles que, a cada calamidade, juram que podia ter corrido pior. E, no que depender deles, há-de correr.
Eu já disse várias vezes, e fi-lo por convicção e não por humor, que algumas nomeações de António Costa não passaram de provocações gratuitas a Cavaco Silva. Com elas, era evidente que, graças à habilidade de intriga de Costa e várias coincidências de calendário, Cavaco Silva pouco podia fazer e Costa estava livre para fazer o que muito bem lhe apetecesse sem qualquer tipo de escrutínio institucional.
ResponderEliminarSó isto consegue explicar, por exemplo, o convite a um neandertal pseudo-escritor-erótico como Soares-filho-do-pai para o Ministério da Cultura, ou colocar um carroceiro como Santos Silva a liderar a diplomacia portuguesa. É-me difícil imaginar duas criaturas mais nos antípodas daquilo que os respectivos ministérios deviam representar do que estes dois sedimentos humanos.
Repugnante e intriguista, esta rastejante personagem.
ResponderEliminarEnquadra-se bem , muito bem mesmo, na quadrilha chefiada pelo costa.
Como é que podia ser de outra forma com a teia bem urdida desde o Abrilinho incipiente? Ora veja-se.
ResponderEliminarhttps://www.facebook.com/produtoinflamavel/posts/1118415544940314
O fio da bobine está a chegar ao fim.
ResponderEliminarVale a pena ver a imagem aterradora e a argumentação da PJ.
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-07-08-PJ-contesta-dados-do-IPMA
Claro que a popularidade não será o mais importante(conforme um dos títulos desse artigo jornaleiro/propagandeiro),mas sim os votos da "manada".
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