Expresso de hoje, um jornal que tem sido o melhor no relato e análise do que se passou nestes meses de incêndios. Basta ler este artigo para entender a incompetência de António Costa nesta matéria e a sua imensa responsabilidade naquilo que aconteceu.
É iniludível.
E basta ler este pequeno depoimento de um antigo guarda-florestal, do tempo do fassismo para se entender a diferença entre a competência do regime de Salazar/Caetano e a anedota que hoje é o actual Governo.
Para preservar o pinhal de Leiria, secular e emblemático, o regime de então, em 1960 tinha Armando Clemente, hoje com 82 anos e mais 22 colegas de profissão, para os 11.096 hectares de pinheiro que lá havia. "As mulheres faziam a limpeza da mata com foice e enxada. Cheguei a andar com grupos de 25 mulheres".
Não é preciso dizer mais nada para explicar a incompetência actual desta gente que nos governa, pá...
A cada passo se expõe de forma crua o que foi realmente o 25A, o que significou para o país e a chusma de incompetentes e desgraçados que chutou para cima, chegando ao cúmulo de nos desgovernarem.
ResponderEliminarE não foi só isso, Mira, Tocha, mata nacional de Quiaios, onde muito andei de bicicleta… tudo queimado. Mata nacional da Margaraça, 70%-80% ardida — (classificada como Reserva Biogenética do Conselho da Europa). É atroz. Só um calhau é insensível a um desastre destes.
Com as alterações climáticas já a decorrer, a primeira medida seria acabar já com o conceito de época de incêndios.
E numa outra nota, seria interessante saber o que é que o Estado está a preparar ou tem preparado para proteger as populações das doenças tropicais que vêm por aí acima. Insectos, etc. Com as palmeiras foi o que se viu; com a psila africana dos citrinos é o que se vê (entrou em 2014, está em todo o país)…
Este é um país preparado para os desafios graves que se avizinham?
Este sacana deste Costa… parece um rato chino… anafadinho, tem lhe corrido bem a vidinha.
ResponderEliminarMas deve haver por aí muita gentinha satisfeita com o desaparecimento desta relíquia dos "descobrimentos" que como se sabe escravizaram os coitadinhos dos descobertos...
ResponderEliminarAgora chegarem em barco de borracha e serem logo salvos na praia de embarque é que é chique.A partir daí o combate ao racismo faz cair maná mesmo que seja com base em dívida e sem ninguém se interrogar para quê...
com a geringonça existe todo o cuidado na conservação
ResponderEliminardo 'pinhal da Azambuja',
onde o fisco assalta os contribuintes
Diz no pasquim da sonae que houve confrontos no protesto contra os incêndios. Parece que a extrema esquerda quis aproveitar a desgraça para mais uma sessão de circo, se apanharam uns sopapos, foram poucos. Mas a conclusão dos próprios é impagável: "(…)ficou "comprovado" pelo episódio "que existe um movimento de extrema-direita a quer tirar vantagem dos incêndios"."
ResponderEliminarNão há quem ponha esta escumalha no lugar.
leiam Estado sentido sobre a manif
ResponderEliminara geringonça saiu sem alta dos cuidados intensivos
no Porto não conseguiram juntar vivalma
quando era campista alguém gritou
'ardeu a tenda!'
a CMTV revelou escutas ao 44
ResponderEliminarvai divulgar mais às 23 e 30
Isto já foi ou está a ser investigado pela PGR?
ResponderEliminar..." Em agosto de 2016, o “El Mundo”, tendo por base interrogatórios do processo, escreveu que estes empresários tinham um “coordenador de influência” em Portugal que tinha uma rede de contactos com “as instituições de Portugal” e marcaria reuniões obter informação confidencial acerca dos concursos. No centro estava mesmo a Avialsa, até porque terá sido um ex-funcionário da empresa, Franciso Alandí, a denunciar o caso às autoridades espanholas em finais de 2014."
http://visao.sapo.pt/actualidade/portugal/2017-06-23-Portugal-tera-pago-tres-vezes-mais-em-contratos-para-combate-a-incendios
..."Segundo o diário digital espanhol dirigido por Pedro J. Ramírez, co-fundador do “El Mundo”, o cartel terá actuado em Portugal sobretudo nos anos de 2006 e 2007 mas a investigação alarga-se às adjudicações feitas até 2015 e foram encontrados documentos que mostram a vontade de ganhar dinheiro extra via contratos com Portugal desde 2001."...
Aqui vai um pequeno postal
ResponderEliminarhttps://www.rtp.pt/noticias/politica/incendio-florestal-deixa-de-ser-crime-de-investigacao-prioritaria_v851193
É nesta matéria que um lançador de alertas seria bem-vindo. Relevante seria um Wikileaks para desbloquear o assunto.
ResponderEliminarDelito de Opinião
ResponderEliminarBlogue da semana.
por Luís Menezes Leitão, em 22.10.17
Há bastante tempo que costumo seguir um blogue, cujo autor não apenas faz correctas análise políticas, como também possui um impressionante acervo de documentação que muitas vezes publica em apoio dessas análises. É assim que frequentemente um artigo de jornal recente aparece contraposto com notícias de há vários anos, que nos fazem compreender como poucas coisas têm mudado no nosso país. Em virtude desse verdadeiro serviço público, escolho o Porta da Loja como blogue da semana.
Em 1966, ao contrário de outros países, não existiam, em Portugal, meios aéreos para o combate a incêndios. Por outro lado, os veículos de bombeiros não dispunham de tracção às quatro rodas e muito menos de depósitos de grande capacidade e de bombas de grande débito.
ResponderEliminar.
https://www.publico.pt/2006/09/08/jornal/ha-40-anos-morreram-25-soldados-num-inferno-de-chamas-na-serra-de-sintra-96704
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No tempo do estado novo também havia incêndios. A diferença é que a floresta não está monopolizada pelo eucalipto (cavaco dixit) e não havia estás temperaturas extremas de baixíssima humidade como nunca houve registo.
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Morreram muitas dezenas de pessoas em 1966 mas, se por mero acaso tivessem naquela altura os problemas de secura e floresta de eucaliptos, o estado sem meios aéreos e poucos recursos no terreno os mortos dos últimos dias seriam a triplicar.
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Rb
Não percebi. Então querem cortar os meios ao estado e depois queixam-se que o estado não tem meios ?
ResponderEliminarNo tempo do fascismo havia centenas de pessoas a manter o pinhal de Leiria. Chegaram os neoliberais, ai que não pode ser, que isso é viver acima das possibilidades e essa treta toda. Depois como era de prever, com a "poupança" gasta-se mil vezes mais e morrem cem pessoas. E então ai que o estado falhou ?
Quem fez falhar o estado foram os criminosos neoliberais que o estão a desmantelar para encher especuladores privados á custa dos impostos.
A assistencia técnica e de manutenção ao pinhal de Leiria foi reduzida em 30% apartir de 2011.
ResponderEliminar.
As consequências estão à vista.
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O governo actual está a agir com elevada responsabilidade. Primeiro pediu um estudo profundo a pessoas que percebem do assunto. O estudo foi concluído em 3 meses. Um recorde. O governo propõe-se executar as conclusões do estudo.
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Será o primeiro governo a implementar medidas sérias de combate e prevenção aos incêndios.
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Tivessem feito isto outros governos e as consequências recentes tinham sido muito menores.
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Mas não. Desataram a desinvestir à toa desde 2011 e depois ainda tem a lata de acusar quem recebeu o país com menos meios.
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Que topete.
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Rb
E vem aí, finalmente, carros siresp equipados com comunicacoes por satélite. Ainda não temos satélites próprios dedicados, mas seria boa ideia tê-los, o mais rapidamente possível.
ResponderEliminar.
Carrega Costa.
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Rb
Aquilo que parecia uma bênção(incêndios) para os trauliteiros de direita ainda vai acabar em "prejuízo".O Sr Primeiro Ministro tem agora uma legitimidade acrescida para pôr a casa em nova ordem e isso vai doer aos interessados nos incêndios e não só...
ResponderEliminarO Costa admite ter errado nas emoções! Enganou-se na cara de pau e trocou os trapos da língua.
ResponderEliminarO Costa é um aldrabão de primeira. Tudo o que ele agora anda a prometer que vai fazer para fazer frente a eventuais incêndios e protecção da floresta, é pura mentira. Diz que nada vai ser como dantes, que desta vez é que vai ser a valer. MENTIROSO! Também prometeu tudo isto em 2003, 2004 e 2005 e então não fez nada do que havia prometido. Mas os milhões que estão envolvidos nos SIRESP's (novamente, agora reforçado), em relatórios fictícios encomendados para fingir que ía/vai agir e nos milhões que vão vir da U.E. a fundo perdido para indemnizar as populações, além das centenas de milhar contribuídos por anónimos, vão todos parar ao bolso dele e d'apaniguados.
ResponderEliminarSe ele continuar no poder, tudo vai passar-se exactamente da mesma maneira. Daqui a meses mais grandes incêndios com dezenas de mortes irão verificar-se. Não acreditam? (Os jornais espanhóis revelam, com dados fidedignos, de uma organização secreta que está por detrás dos incêndios que têm deflagrado em Portugal e Espanha e lucram biliões... E então em França? E em Itália? E na Grécia?).
Falaremos daqui a dez anos para comprovar se foi assim ou não.
Comunista uma vez, pra sempre comunista. Aldrabão uma vez, pra sempre aldrabão.
Enviado há cerca de uma hora via portal do Governo para o Sr. Ministro da Administração Interna.
ResponderEliminarTambém enviei cópia para o Sr. Primeiro-Ministro.
«Exmo. Sr. Ministro da Administração Interna,
soube V. Exa., e soubémos todos recentemente, que o IPMA prevê, para os próximos dias, calor e baixa humidade, e também soubémos todos e também V. Exa. o soube que a Autoridade Nacional de Protecção Civil prevê (nomeadamente aqui: http://www.prociv.pt/pt-pt/paginas/avisos.aspx?detailId=46) aquilo que a referida Autoridade descreve com as seguintes palavras (passo a citar): « SITUAÇÃO Na sequência da informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), verifica-se, previsivelmente, a partir de amanhã, domingo, 22 de outubro, e até ao final da semana, um período de tempo seco e subida de temperatura, para valores acima da média para esta época do ano. EFEITOS EXPECTÁVEIS Estão reunidas condições favoráveis à propagação de incêndios rurais na eventualidade de se verificarem ignições do material lenhoso, não obstante a precipitação registada nos últimos dias, uma vez que o país atravessa um já longo período de seca e, além disso, existe grande quantidade de material combustível acumulado e suscetível de arder rápida e violentamente nos espaços florestais.»
Exmo. Sr. Ministro: é seu dever jurídico (também político, mas desde logo jurídico) cumprir e fazer com que a lei seja cumprida. Neste momento está por cumprir, em incontáveis quilómetros de terreno lateral às faixas de rodagem, a norma que determina que as árvores (e outro tipo de vegetação), até x metros de distância a partir da referida faixa, devem ser eliminadas.
Esta norma tem como finalidade a protecção da vida humana. Recordemos as dezenas de pessoas que morreram, umas sufocadas por falta de oxigénio, outras devido aos ferimentos internos (irreversíveis e determinantes da morte) causados pela inalação de ar extremamente quente, na estrada nacional 236-1. Curvemo-nos perante o seu sofrimento e aquilo que poderia - e deveria! - ser, hoje, a vida de cada uma dessas vítimas mortais.
(Continua porque o número de caracteres excede o admissível por esta caixa de comentários.)
(continuação e fim)
ResponderEliminarExcelência:
A omissão da realização de uma acção pode ser causa da morte de outrem, como é sobejamente conhecido.
Nos termos do art. 10º do Código Penal: «1 - Quando um tipo legal de crime compreender um certo resultado, o facto abrange não só a acção adequada a produzi-lo como a omissão da acção adequada a evitá-lo, salvo se outra for a intenção da lei.
2 - A comissão de um resultado por omissão só é punível quando sobre o omitente recair um dever jurídico que pessoalmente o obrigue a evitar esse resultado. »
Sobre V. Exa., o Sr. Ministro da Administração Interna, recai o dever de mandar cumprir a(s) lei(s) sobre a distância mínima das árvores e outra vegetação junto a estradas (nacionais, auto-estradas, etc.) e ainda junto a outras infra-estruturas.
Havendo omissão e nexo de causalidade entre essa omissão e o resultado morte há responsabilidade criminal: homicídio por omissão (art. 131º do Código Penal + art. 10º mesmo Código).
Não havendo nexo (por não haver, de todo, nexo; ou por não se lograr fazer prova da sua existência) ou não havendo resultado criminoso há também responsabildiade criminal, embora por outra via: é que quem, sabendo que é seu dever rezalizar certa acção, a omitir, conformando-se com o resultado “morte de outrem”, pratica o crime de homicídio (por omissão - cfr. referido art. 10º Código Penal) na forma tentada.
É evidente que, após duas tragédias como as que ocorreram, só se pode entender que, se um Ministro omite o dever de mandar cumprir uma lei cuja finalidade é evitar a ocorrência de mortes, é porque se conforma com o resultado. Já ninguém pode falar em negligência. Nesta altura já todos estamos muito conscientes dos riscos e da sua probabilidade, pelo que, se omitimos os deveres que podem salvar vidas, omitimo-los já no estado de dolo eventual (pelo menos...).
Certo de que o Sr. Ministro é incapaz de, na forma tentada e por omissão, matar outrem - por não mandar cumprir uma simples lei sobre a distância do arvoredo a quaisquer infra-estruturas - ou de, forma consumada, matar quem quer que seja,
fica este cidadão à espera de que o Sr. Ministro comunique ao soberano Povo, nomeadamente fazendo uso dos órgãos de comunicação social, das ordens de corte de árvores ou de desbaste de vegetação que, certamente, vai começar a dar já hoje.
Com os mais respeitosos cumprimentos,
Gabriel Órfão Gonçalves
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JRF,
ResponderEliminarvaleu de muito, ser reserva não-sei-quantas do conselho da Europa... Tem que ver com uma conversa de há tempos.
Isto é como as liberdades do Salazar. No papel é tudo muito bonito, mas o que conta é a prática...
Morreram cinco pessoas na terra do meu pai. Não ardeu a casa de meus avós por milagre. Embora não tenha sido grande milagre porque eles já faleceram há alguns anos.
ResponderEliminarPreparem-se, porque para o ano há mais.
Não se sabe combater incêndios florestais. Não se sabe, nem quer saber. E ver os bombeiros a irem de mangueira na mão é como ver soldados a marchar para a guerra armados de vassouras...
Não se apagam labaredas de seis e sete metros de altura. Nem com mangueiras, nem com aviões, nem com nada.
Limpar o mato é mais uma bacoquice de citadino. O fogo propaga-se pelas copas das árvores, a 4, 5, ou 6 metros de altura.
Os incêndios florestais travam-se cortando árvores. Dá-se uma folga de terreno e começam a abater-se para travar ali a progressão. Em fogos grandes tem de escolher-se onde estrategicamente, porque é impossível fazê-lo para uma frente de vários quilómetros.
O fogo rasteiro abafa-se mecanicamente, e a água é apenas para extinguir as brasas.
Por detrás da linha de sapadores têm de estar gente de atalaia para extinguir as projecções.
Mas pás, serras e moto-serras dão muito menos cacau do que auto-tanques, helis, aviões e outros "meios" de enriquecimento privado e ruína nacional...
Há leis que determinam faixas de 50 e 10 metros sem árvores à volta de habitações e na beira das estradas, respectivamente. Alguém faz cumprir? A Autoridade Florestal Nacional e as Câmaras Municipais, entre outros, são autoridades competentes para a fiscalização das respectivas... Não há responsabilidade penal?