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domingo, janeiro 28, 2018

O estatuto de vítima e a agressividade mortal

Observador, entrevista com António Ventinhas, presidente do Sindicato do MºPº, sobre os casos de violência doméstica:


O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) reconhece que “é inevitável” não haver falhas do MP nos casos de violência doméstica, devido à sobrecarga de processos e à falta de formação dos funcionários nesta área.
“Os funcionários do MP [Ministério Público] não têm formação nessa matéria, não lhes é dada por parte do Ministério da Justiça, e não existe número de funcionários que permita um atendimento personalizado, nem pelos funcionários nem pelos magistrados”, afirma hoje António Ventinhas em entrevista ao Diário de Notícias e à rádio TSF.

António Ventinhas deu o exemplo de uma magistrada que tem 700 processos de violência doméstica a tramitar e todos urgentes.
“Tramitar personalizadamente 700 processos de violência doméstica ao mesmo tempo é impossível. Portanto, poderemos estar aqui a falar da lei, do MP, mas quem tem 700 processos para tramitar vai falhar em algum deles, é inevitável. Como em qualquer profissão que tiver mais do que humanamente conseguir fazer, vai falhar”, admite na entrevista divulgada hoje.
Questionado sobre o caso de Valongo, em que uma mulher foi assassinada 37 dias após apresentar queixa por violência doméstica, refere que “foram detetados problemas que devem ser corrigidos”.
“Este relatório [da Equipa de Análise Retrospetiva de Homicídio em Violência Doméstica] é importante por isso mesmo”, diz, defendendo que a formação dos funcionários do MP que fazem o primeiro atendimento é uma “questão premente”.
Mas, observou, em muitos casos de violência doméstica “os acontecimentos são imprevisíveis”.
“A imprevisibilidade é um fator importante nestes casos. Às vezes, as relações parecem estar amenizadas e, de repente, há uma situação, que espoleta um problema antigo e leva ao homicídio”, afirma, sublinhando que nestes casos “ninguém assume que há um risco de vida iminente”.
Apesar de ainda haver falhas na resposta a estes casos, António Ventinhas elogia o aumento de prisões preventivas aplicadas ao crime de violência doméstica nos últimos anos: “Tem até uma frequência estatística já relevante”.

Sobre o triste caso de Valongo em que uma mulher foi assassinada por um marido já "sinalizado" oficialmente por autoria de violência doméstica, o jacobinismo reinante, acolitado sempre por este jornalismo de pacotilha que reina no Portugal mediático,  já decidiu que a culpa daquela morte foi do Ministério Público que omitiu diligências determinantes para que tal não sucedesse...

E porquê? Simplesmente porque logo que a mulher, vítima das agressões do marido, foi apresentar queixa, não foi  desencadeado nenhum procedimento cautelar tendente a proteger a vítima. E tal repetiu-se durante alguns dias que se revelaram fatais.
Tal factualidade terá sido apurada, agora, por especialistas que andam a analisar restrospectivamente os casos em que ocorreram vítimas mortais, de violência doméstica.
Os especialistas constituiram-se em grupo de estudo que é coordenado por Rui do Carmo,  magistrado do MºPº.
Segundo este, no caso concreto "o risco foi subestimado e as diligências débeis e pouco adequadas." Foi mesmo assim?

Segundo o Público que tudo isto relata, os factos são os seguintes:

O homicídio conjugal recua ao dia 4 de Novembro de 2015 e contextualiza-se em poucos parágrafos. Maria, então com 55 anos, conhecera João (nome também fictício), 13 anos mais novo, em Novembro de 2014. Ela jardineira, ele trabalhador da construção civil no desemprego. Quando decidiram casar, em Janeiro de 2015, ficaram a viver na casa dela, em Valongo, na periferia do Porto.
No dia 23 de Setembro do mesmo ano, Maria obriga João a sair de casa. Houve discussões com direito a agressões físicas presenciadas pelos vizinhos. Datam dessa altura ameaças do género: “Tu não vais ter sossego, não te vou sair da porta, vou-te matar filha da puta”. Inconformado com a ruptura, João vigiava e controlava os movimentos da ainda mulher. Telefonava-lhe insistentemente. O medo de Maria levou-a a colocar trancas de madeira na janela.
 Para se proteger, no dia 29 de Setembro, Maria dirigiu-se aos serviços do MP de Valongo, onde apresentou uma queixa contra João. No auto de “apresentação de queixa”, analisado pela EARHVD, lê-se apenas “agressão e ameaças”. A análise aos procedimentos subsequentes mostrou que o passo seguinte foi um despacho, de 8 de Outubro, em que a magistrada mandava notificar Maria para que esta, num prazo de 10 dias, esclarecesse o teor da sua queixa. O que esta fez por escrito, alegando ter sido vítima de socos, empurrões e ameaças do tipo “rebento-te a cabeça se fizeres queixa de mim”. No dia 26 de Outubro, a magistrada ordena nova inquirição a Maria capaz de ajudar o tribunal a avaliar se estavam “perante um crime de violência doméstica” susceptível de justificar o accionamento do estatuto de vítima.

Esta nova inquirição ficou marcada para o dia 4 de Novembro, às 14h00. Maria voltou a descrever os diferentes episódios de violência. Ainda assim, saiu do tribunal sem que lhe fosse atribuído o estatuto de vítima. Do mesmo modo, não foi feita qualquer avaliação de risco nem equacionada a aplicação das respectivas medidas de protecção.
No dia seguinte, 5 de Novembro, a magistrada emitiu um despacho em que pedia que, “em data disponível em agenda”, se procedesse à constituição de João como arguido, “seguida de interrogatório e sujeição a termo de identidade e residência”. Não sabia a magistrada que, nessa altura, Maria jazia morta. Na tarde do dia 4, João dirigira-se a casa de Maria e escondeu-se no quintal até que esta voltou do tribunal. Quando Maria se encaminhava para a porta da cozinha, desferiu-lhe uma pancada na cabeça com um pau. E outra e mais outra, até que a mulher caiu inanimada no chão do quintal. Depois, arrastou-a para o interior da residência e saiu, fechando a porta à chave.

Antes do mais importa saber, porque ainda não se disse em concreto e publicamente, que diligências de protecção são essas que foram omitidas.
Afinal, como é que o MºPº e as polícias actuam agora nos casos de violência doméstica, cada vez mais mortíferos? Porque será que os tais especialistas não tentam descobrir as verdadeiras razões que lhes subjazem e que podem ir muito além do não cumprimento da lei?
Estes especialistas são apenas conhecedores da lei mas a realidade pode ter a ver com outros fenómenos em que a lei pode até ser a responsável, paradoxalmente,  pelo que acontece. Mesmo que isto assim não sejam, alguém já equacionou tal hipótese ou nunca lhes ocorreu?

Assim, logo que uma mulher ( são sempre mulheres, nestes casos...) se apresenta a fazer queixa do marido, companheiro, namorado ( será que o conceito do STJ, aqui há tempos aflorado, também se aplica nestes casos?) o que deve fazer o MºPº ou o polícia que tomar conta do caso em primeiro lugar? Escrever o auto e preencher um papel em que se normativizaram umas perguntas avulsas a modo de "manual de boas práticas".

Foi esse preenchimento do tal papel e a ausência de medidas concretas que sinalizassem o agressor como perigoso que foi fatal para aquele desfecho? Não só é arriscado dizer isso como se pode dizer que é apenas estulto e um magistrado do MºPº ou qualquer pessoa de senso não o deveria fazer só porque lhe parece politicamente correcto e maria vai com as outras.

Se o jornalismo de pacotilha que temos o faz é outro problema, mas pode analisar-se o assunto em termos sumários:

Uma das perguntas que consta do tal papel normativizado e que é do conhecimento dos actuais núcleos de investigação criminal das polícias que tratam agora, de alguns anos a esta parte, destes assuntos a tempo inteiro e exclusivamente ( os NIAV- núcleo de investigação de apoio à vítima- e outros acrónimos similares que o jacobinismo inventa) é sobre o grau de perigosidade das ameaças se foram recebidas. Pergunta-se concretamente se a vítima foi ameaçada de morte e o colector da informação coloca uma cruzinha no "sim" ou no "não". É assim mesmo: uma cruzinha, sem  mais. para além disso e logo a seguir a tais cruzinhas fatais, aparece a questão da seriedade da ameaça de morte. Sim ou não e se lhe parece que foi séria ou não se haverá receio ou probabilidade de repetição. A vítima responde outra vez, sim ou não e o recolector de informações traça a cruzinha no sítio certo.

É nisto essencialmente que  consiste a informação acerca da eventual perigosidade do agressor: cruzinhas em papéis normativizados. Parece que foi isto que faltou fazer no tal caso de Valongo.

Depois, claro, o magistrado/a tem que avaliar o grau de perigosidade e se o agressor se afigura como letal ou não.
 E como é que vai avaliar? Com psicólogos e assistentes sociais? Pois sim...avalia a olho e segundo a sua sensibilidade e experiência, após a audição da vítima ou mesmo sem ela, por se revelar urgente a "participação" assim recebida das polícias que andam no terreno e que são quem mais sabe em concreto dos casos concretos.
Muitos dos agentes policiais nem escrever correctamente sabem e a experiência que denotam nestes casos não ultrapassa a dos meros transeuntes com um módico de sensibilidade e bom senso, quando muito.
Portanto é uma lotaria o que se vai passar a seguir, nestes casos. Quando corre mal, como neste caso, uma vez que falhou a tal burocracia do procedimento do papel sinalizador, já está: "o risco foi subestimado e as diligências débeis e pouco adequadas." O inspector que vier a seguir nada mais dirá do que isso...e a consequência para o magistrado é um processo disciplinar, acompanhado de palmas desta canalha mediática.

Mas afinal o que poderia ser feito em concreto no caso de o magistrado ter acreditado, por ter informações credíveis ou suficientemente claras, de que afinal o agressor era mesmo perigoso e susceptível de se tornar um assassino?

Uma coisa: prender imediatamente o agressor, para o meter na cadeia após audição por um juiz de instrução. Este, apenas com estes elementos dificilmente aceitaria tal proposta, mas enfim, há outro procedimento milagroso que parece também não foi seguido segundo o que manda a tal lei da sapatilha:

Conceder o tal estatuto de vítima à dita cuja e dar-lhe um dispositivo portátil que tem uma virtualidade: logo que pressinta uma agressão iminente carrega num botão e as autoridades são avisadas, podendo então socorrê-la imediatamente. Se estiverem por perto e tiverem tempo para isso...

Salvará isto alguém de uma morte nos modos como esta aconteceu? Vejamos o que diz o Público:

Na tarde do dia 4, João dirigira-se a casa de Maria e escondeu-se no quintal até que esta voltou do tribunal. Quando Maria se encaminhava para a porta da cozinha, desferiu-lhe uma pancada na cabeça com um pau. E outra e mais outra, até que a mulher caiu inanimada no chão do quintal. Depois, arrastou-a para o interior da residência e saiu, fechando a porta à chave.

Resta então perguntar: de que serviria o tal dispositivo portátil num caso destes? De nada, efectivamente de nada. 

Este jornalismo de pacotilha, em vez de andar a escrever inanidades porque é que não se interroga sobre o real efeito deste género de medidas, na mentalidade de um agressor?

Algum psicólogo respeitado e não apenas um daqueles encartado nos isctes ou similares, se pronunciou a sério sobre o efeito deletério que estas medidas legais e institucionais podem ter na mente de um agressor que se sente desse modo encurralado?

Alguém já reflectiu a sério nas estatísticas sobre vítimas mortais de violência doméstica nos últimos anos em que estas magníficas medidas gizadas por aqueles génios estão em execução prática e nos demais em que ainda não existiam estas medidas salvíficas? Há vinte anos havia tanta violência doméstica com estas taxas de mortalidade, acompanhadas em muitos casos pelo suicídio do agressor?

Alguém explica porquê? Alguém já reflectiu a sério na problemática dos mitos de eros e tanatos? Os psicólogos que têm a dizer sobre isto?

A violência doméstica é um problema tão antigo como o mundo. Não foi agora que se descobriu a pólvora da sua solução, mas provavelmente descobriu-se o modo mais rápido de conduzir à morte uma vítima que afinal poderia não morrer naqueles modos que ultimamente acontecem.

Como os alemães são lestos a pensar nestes assuntos que diz  o pensamento mais recente deles, sobre isto?

33 comentários:

  1. com o 'pugresso' verificado no
    GULAG de antonio das mortes

    continua a DESCIDA AOS INFERNOS ou catábase

    sempre em 'marcha à ré'

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  2. Concordo com o que diz. Mas neste contexto existe muita negligencia e deixa andar.
    Sim - umas cruzes, mas os pobrezinhos nem a elas têm direito.
    Isto de pobres ...
    Simplesmente ninguém quer saber. A Exm. Proc. do MPPºº está melhor no facebook do que a ouvir uma pobretanas casada com um bebado... a PSP\GNR melhor a beber uma mini ou a olhar para as "gajas".
    Pobres.. essa coisa.
    Mesmo no interrogatório ao 44 e perna...
    Um é o senhor engenheiro e "desculpe la" outro é tratado abaixo de cao.
    ...
    Uma sopeira vs uma medica\juiza, a sopeira tem 90% de probabilidade levar logo um balazio, mesmo dentro das instalaçoes do MP -- e procurador(a) prov. nem vai aparecer para atendimento - nao vá apanhar a sida\lepra.

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  3. Analisam processos no seu cantinho.
    Nada a ver com o que se passa na vida também...
    Só Deus é que sabe mesmo.
    A justiça ñ é para pelintras.
    Bem querem fazer crer o contrário... mas, bem pior.
    Era "ainda" crime semipublico e vinham do MP ao pontapé para casa, ah pois era!. Assim estava bem - o agressor sabia que o estado já nao tinha nada a ver com o assunto.

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  4. Deveriamos reflectir um pouco sobre o divorcio. Talvez ai esteja parte da chave do problema. A ultima vez que olhei para estatisticas, Portugal era campeao dos divorcios na Europa...

    Seria util ouvirem, ja agora, um professor e medico do Sao Joao... provavelmente nao falaria por medo. Eu vi casos muito graves de violencia mas praticada por mulheres... violencia psicologica que causou depressao e tentativa de suicidio nas vitimas. As senhoras queriam que o marido saisse de casa... mas nao tinham coragem de o dizer directamente. Faziam "vida negra" para que fosse ele a sair voluntariamente...

    Um advogado amigo disse-me que sente no exericio profissional que o sistema esta enviesado num sentido... imaginem qual... e ja defendeu homens acusados de violencia domestica... afinal inocentes.

    No entanto nao nego que nao haja homens violentos que tratam mal as mulheres. No entanto e preciso assumir uma coisa que o politicamente correcto nao deixa: homens e mulheres sao diferentes, e tem padroes de comportamento tendencialmente distintos. O homem normalmente pratica uma violencia fisica, ja a mulher quando nao tem bom fundo tem outras artes e manhas.

    Ha coisas deste mundo que nao mudam e estao inscritas no "fundo creencial comun", como diria Lain Entralgo. Ou no inconsciente colectivo, como diria Jung. As Capazes do politicamente correcto nunca compreenderao isso pois vivem num mundo artificial desligado da realidade. E muitos "doutores" tambem nao. Por isso um Pasolini, comunista, dizia que ha mais sabedoria no povo iletrado que nas classes medias...

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  5. Algo me diz que a recente onda de legislacao "regulamentadora" da familia que surgiu nas ultimas decadas tem parte da responsabilidade...

    Como era ha 50 anos? A minha bisavo separou-se ao fim de 5 anos de casamento porque nao tolerou uma traicao. Havia dois filhos e bens mas tudo se resolveu... sem Estado, sem tribunais, sem psicologos, como entao acontecia... e sem qualquer tipo de violencia.

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  6. Chegamos a um ponto em que uma mulher diz que fulano ou beltrano lhe disse umas ordinarices ao ouvido ou tentou engata-la ha 20 anos e temos uma carreira destruida. Ninguem poe em causa que aquilo possa ser mentira, nem que so num mundo puritano e extremista e que um engate mal sucedido pode ser um crime.

    Curiosamente estes por vezes sao os mesmos que num famoso processo que meteu nomes de um certo partido politico andavam a falar da presuncao de inocencia e diziam a toda a hora que os jovens que tinham feito as denuncias poderiam estar a mentir ou poderiam ter sido pagos...

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  7. Parte da desgraca dos partidos moderados de Centro nos EUA ou na Europa esta nisto: abracaram a engenharia dos costumes do marxismo cultural parido pela malta da Sociologia ou da Antropologia. Em parte temos um Erdogan, Trump, Le Pen, Orban e outros (Polonia, Rep. Checa) por causa disto. Estou a espera que em Portugal alguem diga que o rei vai nu. Talvez um Manuel Monteiro, se tiver vontade...

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  8. sempre existiu violência
    muitos que acusam e julgam fazem o mesmo

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  9. «Como era ha 50 anos?»

    Não sei se há 50 anos era muito comum uma mulhr com 55 anos e jardineira casar com um inútil sem trabalho com 42 anos.

    isso é que eu não sei. E a luta de classes não vem ao caso.

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  10. Cá para mim, se uma pessoa é ameaçada de morte por outra, a sério, tem mas é que se por ao fresco dali. Para parte incerta. E refazer a sua vida bem longe.

    Continuar a frequentar os mesmos cafés, mercearias, barbeiros, etc, que são frequentados por quem me quer matar, não é seguramente uma boa ideia!

    E ninguém pode ser preso eternamente por um crime que ainda não praticou...

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  11. Falta muito senso comum nesta questão porque os grupos de pressão de APAvs e afins legislam efectivamente e acabam por ser os principais fautores do aumento da violência mortal.

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  12. Ninguém se atreve a desmentir ou contrariar esses palermas.

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  13. Nestas matérias o que me parece é a existência de demasiados cegos a guiarem outros cegos.

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  14. Está fácil de ver: -Com processos cheios de "cruzinhas" acabam fatalmente em cemitério. É melhor assinalar com "bolinhas"!

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  15. Cá eu acho que o melhor era proibirem os paus...

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  16. com 87 vi demasiado lixo humano a fazer o que não devia

    depois de 25.iv a violência cresceu exponencialmente em todos os campos

    parece-me que só o José tem razão

    não dou a minha opinião porque se tivesse valor preferia vende-la

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  17. FRANKENSTEIN
    Questo racconto terrificante è il primo e il più famoso lavoro pubblicato dalla
    scrittrice inglese Mary Shelley (1797-1851), moglie del poeta romantico Percy Bysshe Shelley (1792-1822). Nata da una sfida ad inventare un racconto horror e ispirata da un incubo, la storia
    della Shelley narra di un giovane studente idealista che crea un essere umano da corpi umani esanimi e vi infonde la forza della vita, salvo poi rendersi conto della natura grottesca della sua
    creatura e delle terribili conseguenze delle azioni di quest’ultima.

    Mary Shelley

    GULAG ANTONIO DAS MORTES

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  18. AHAHAHAHAH

    Agora a violência doméstica é provocada pelas medidas de prevenção contra a violência doméstica !!!

    Só falta dizer que é culpa da democracia ou do bloco de esquerda !

    Com a Maria a garantir que os campos de concentração eram apenas campos de férias o quadro fica completo.

    Caro Rui, queria felicitá-lo por manter o melhor blog cómico da actualidade.

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  19. A violência conjugal e doméstica em geral (incluindo outros familiares, como os filhos) aumentou. Isso é inegável e não tem que ver com aquela desculpa pobre do "antigamente estava mais escondido".

    As pessoas perderam valores, a família foi destruída com sanha (quando ela é o lugar central da transmissão de valores, da construção dos afectos e da formação de pessoas equilibradas) e a comunidade próxima também já não existe enquanto contexto e enraizamento (o bairro, o quarteirão e as formas de solidariedade que existiam). Hoje tudo gira em torno da exaltação do cosmopolitismo e de outras chachadas. Como se as pessoas não continuassem a precisar de um local de ancoragem, de referências espaciais, temporais, comunitárias.

    Aqui reside uma parte do problema, do meu humilde ponto de vista.

    Não é só cá. Por exemplo, no capítulo da violência contra crianças, é incrível a quantidade de filhos que progenitores mal formados matam por motivos assustadoramente triviais ("chorava muito", "não se calava", "não me deixava ver TV"). Dir-se-ia que as pessoas estão em desumanização acelerada, em desagregação mental e afectiva.

    Agora, quanto à violência conjugal, sei de fonte segura que são muitos os casos de abuso da parte das mulheres. Sabem-se protegidas pela lei e chantageiam-nos. Fazem queixa por dá cá aquela palha, inconsistentes muitas delas. Não têm ponta por onde se pegue. Eles levam com a suspensão provisória e ficam assinalados. Elas carregam: "basta-me dizer uma palavra, que o processo é reaberto".

    Não tirando importância ao que de facto a tem, isto é um factor de encurralamento dos homens, em não poucos casos.

    Se houvesse serviço social e funcionários competentes e com verdadeiro conhecimento da vida e das coisas, muito trabalho de prevenção podia ser feito, ou de separação do trigo do joio. Assim , o MP está sobrecarregado com milhares de queixas, porque é o crime da moda. 90% delas são treta, pura e dura. Mas qual é o procurador que arrisca separar o trigo do joio? Depois cai-lhe meio mundo em cima. Resultado: vai tudo pró monte, o que é grave e o que é bagatela. Não há recursos humanos para tanto. E também há procuradores demasiado jovens para perceberem alguma coisa da vida.

    Portanto, falta tudo e junta-se tudo para fazer deste assunto o que ele é neste momento. E com tendência para se agravar.




































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  20. Comentava recentemente alguém que conheço: "na turma do meu filho, todos os pais estão separados. Há 29 alunos, na faixa etária dos 6-7 anos. Só o meu filho vive com o pai e a mãe na mesma casa. Os outros dizem, quase todos, que o pai e a mãe são amigos à mesma. Mas o que é que isto quer dizer? Criar e educar filhos é agora uma questão de amizade? Dormem e comem 15 dias aqui e 15 dias acoli?"

    Diz muito de como as coisas andam.

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  21. "Se houvesse serviço social e funcionários competentes e com verdadeiro conhecimento da vida e das coisas, muito trabalho de prevenção podia ser feito, ou de separação do trigo do joio. Assim , o MP está sobrecarregado com milhares de queixas, porque é o crime da moda. 90% delas são treta, pura e dura. Mas qual é o procurador que arrisca separar o trigo do joio? Depois cai-lhe meio mundo em cima. Resultado: vai tudo pró monte, o que é grave e o que é bagatela. Não há recursos humanos para tanto. E também há procuradores demasiado jovens para perceberem alguma coisa da vida."

    Exactamente isso.

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  22. Tem que se estudar o efeito de encurralamento e não julgo sequer que seja equacionado. Nem pensam nisso...

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  23. Sim, tem toda a lógica.

    Um gajo é acusado de violência doméstica e então, para provar que a acusação é falsa assassina a mulher á paulada.

    Imagino que para outros doidos tenha toda a lógica.

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  24. O que o Anjo disse parece-me muito pertinente e deve ser mesmo assim.

    Não faço ideia do número de denúncias que o MP recebe- Seria pertinente ter-se esse número, incluindo o da polícia.

    Que é moda, não há dúvidas e cada vez está mais na berra. Conheci um caso que parecia poder ser isso e acabou tudo calmamente em separação com o tipo encornado e calmo, porque não foi preciso chamar a polícia.

    E conheço agora um mais anormal. Uma sujeita médica que pôs 3 filhos na rua por motivos ridículos- uma porque queria cozinhar no fogão e não no micro-ondas e a mãe vai e diz que para isso tinha de lhe pagar. A outro atirou com tudo dele ao ar e para a rua e chamou a polícia.
    O pai ficou com a custódia do que fugiu da mãe que chamou a polícia- é um garoto menor e agora ela faz-lhe a vida negra e já fez a tal queixa de "violência doméstica" por ele apenas ter dito umas verdades mais cruas.

    Não imagino como separam estas anormalidades nem o que acontece a quem faz falsas denúncias para tramar.

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  25. O encornado aguentava ficar em casa à noite enquanto a "vítima" ia alegremente para os copos nos bares do Cais do Sodré.

    Um dia parou o carro na estrada e fez umas ameaças, em viagem e uma amiga dela disse-me logo que era muito grave porque tinha sido "violência doméstica". Eu ainda fiz notar que era ao ar livre, mas enfim.

    Daí a uns tempos aparece com o amante e a violência acabou para o lado dela e o dele consentiu e pronto. Acabou tudo bem. Sem crime público.

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  26. No caso deste relato há um casamente perfeitamenta anormal e um tipo que precisava mais de uma mãe que de uma mulher.

    Estas coisas não deviam era começar- mas agora tudo é válido, está tudo numa de rebeldia contra os preconceitos e depois só vivendo com polícia em casa 24 horas por dia.

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  27. Para que é que uma mulher vai casar aos 55 anos com um inútil mais novo que não faz nada e ela vive de um trabalho que não há-de dar fortuna a jardinar?

    São coisas marcadas de início. Não há paridade. De algum modo tem de haver uma dependência mais patológica no caso e depois descamba.

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  28. No primeiro caso, não sei. Não sei a que ponto o sujeito ameaçou. Conheço-os mas não sei. Sei e vi o que ela fazia e dizia. E sei que quem achou logo muito pertinente levar o caso à polícia foi uma amiga comum que só diz disparates por efeito de moda.

    No segundo caso, tenho absoluta certeza que é impossível haver qualquer ameaça, sequer, da parte dele. Ela não bate bem da bola e até disse publicamente, num café, que se ia matar.

    Mas a denúncia de violência doméstica (em casa dele, ela é que lá foi) foi feita por ela e a polícia fez seguir a anormalidade.

    Quantos casos assim existem, nem imagino. E os filhos corridos de casa não entram como vítimas da vítima da dita "violência doméstica".

    A miúda apenas queria cozinhar salmão e tinha de ser no micro-ondas para não gastar dinheiro.

    E é rica, de família histórica com nome em rua...

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  29. E judia, só por coisas...

    AHAHAHAHAHAHA

    Mais ninguém se lembrava de uma rábula tão anormal, de obrigar a filha a pagar um cozinhado por causa dos gastos do gás.

    ":O))))))))))

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  30. Ou pagas o gás do salmão ou vais para a rua!

    ":O))))))))))


    E há desgraçados na mão de médicas assim. maradas dos cornos

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  31. Não me admira nada Zazie! Os judeus sempre tiveram uma relação complicada com o gás.

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  32. Ainda não parei de rir com esta do Joserui. Vai-se a ver, é mesmo essa a explicação para o caso do salmão...

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